Guerra na Ucrânia: como invasão fez Suíça abandonar neutralidade e adotar sanções contra Rússia:megasena acumulada

megasena acumulada Em uma decisão surpreendente pormegasena acumuladahistória, o governo suíço deixoumegasena acumuladalado a tradicional posiçãomegasena acumuladaneutralidade e anunciou que vai adotar todas as sanções estipuladas pela União Europeia contra a Rússia.

A Suíça não faz parte do bloco europeu. Apenasmegasena acumulada2002 tornou-se membro da Organização das Nações Unidas (ONU) - e pediu formalmente que a neutralidade constassemegasena acumuladasua adesão.

Entre as medidas seguidas pelos suíços estão o congelamento imediato dos fundosmegasena acumuladaquatro empresas e maismegasena acumulada360 russos, incluindo as contas do presidente Vladimir Putin e do ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

Lavrov, por sinal, participaria nesta terça (01/03)megasena acumuladareunião do Conselhomegasena acumuladaDireitos Humanos da ONUmegasena acumuladaGenebra, mas está impedidomegasena acumuladaentrar no território suíço como consequência das sanções.

As medidas têm peso significativo. Importantes empresasmegasena acumuladaenergia emegasena acumuladacommodities da Rússia têm escritórios na Suíça.

Depósitos russos somam US$ 11 bilhõesmegasena acumuladainstituições financeiras suíças,megasena acumuladaacordo com o Bancomegasena acumuladaCompensações Internacionais. É quase um terçomegasena acumuladatodos os depósitos internacionais (US$ 36 bilhões)megasena acumuladaorigem russa.

O presidente suíço Ignazio Cassis, ao justificar as medidas, declarou que a ofensiva na Ucrânia é um ataque inaceitável à democracia e à liberdade.

Em comunicado oficial, o governo disse que levoumegasena acumuladaconsideraçãomegasena acumuladaposiçãomegasena acumuladaneutralidade e suas políticasmegasena acumuladapaz ao decidir pelas sanções.

"Isso reafirmou o desejo da Suíçamegasena acumuladacontribuir ativamente para uma solução ao conflito atravésmegasena acumuladaseus bons ofícios [serviços]."

Pressões dentro e fora

Stefanie Walter, professoramegasena acumuladarelações internacionais emegasena acumuladaeconomia política na Universidademegasena acumuladaZurique, disse que pressões domésticas e internacionais alteraram o posicionamento da Suíça.

"O governo havia mencionado a neutralidade para argumentar que implementar sanções mais amplas reduziria a habilidade da Suíça para prover seus 'bons serviços' na resoluçãomegasena acumuladaconflitos", diz Walter.

"Mas, nos últimos dias, tanto a pressão interna quanto vindamegasena acumuladafora fez com que fossem adotadas novas sanções, já que as medidas anunciadas pela União Europeia cresciammegasena acumuladaforma substancial."

"No plano doméstico, essas demandas foram expressas por todos os partidos políticos, com exceçãomegasena acumuladaum, emegasena acumuladagrandes manifestaçõesmegasena acumuladarua. Internacionalmente, houve declarações não muito comuns e bastante diretas dos EUA emegasena acumuladaatores políticos europeus para que a Suíça seguisse esse caminho", afirma.

Ela diz que não é a primeira vez que o país adota medidasmegasena acumuladapunição contra outros países (Belarus e Síria são exemplos), mas que as atuais têm um peso muito maior.

Para Carlos Gustavo Poggio, professormegasena acumuladarelações internacionais da FAAP, a mudançamegasena acumuladapostura suíça entra como um dos "diversos marcos importantes que têm ocorrido ao longo dessa guerra. Por exemplo, houve uma mudança importante na política externa alemã e acho que isso entrou no cálculo da Suíça".

Poggio afirma que as reações à guerra estão mostrando que as forças do mundo vão se reorganizar.

"Há a ideiamegasena acumuladaque estamos vendo o nascimentomegasena acumuladauma nova ordem mundial. A gente não sabe exatamente os contornos dessa ordem, mas há uma certa consolidação dos blocos: países ocidentais contra a Rússia, e não está claro ainda qual é o papel da China."

Stefanie Walter diz que especialistasmegasena acumuladalei internacional consideram que as sanções não violam as obrigações da Suíça como um Estado neutro.

"A neutralidade suíça não significa que a Suíça é neutra quando há violaçõesmegasena acumuladaprincípios básicos da lei internacional, como a integridade territorial dos estados, ou grandes violações dos direitos humanos."

Elite russa se voltará contra Putin?

Para a professora da Universidademegasena acumuladaZurique, a forte ligação econômica e financeira da elite russa com a Suíça torna difícil contornar as sanções.

"Mas se isso vai levar a elite russa a abandonar Putin é muito difícilmegasena acumuladaprever agora. As sanções são certamente dolorosas e restringem os ganhos que Putin pode distribuir à elite. Masmegasena acumuladaum estado crescentemente autoritário, protestar também é perigoso. Muito vai dependermegasena acumuladaquais seriam as alternativas [para o lugar de] Putin e quais são as chancesmegasena acumuladatransição para um novo regime favorável a essas elites."

Walter diz que o posicionamento da Suíça na atual crise também mostra que o país está disposto a restringir os ativosmegasena acumuladaseus clientes quando sérias violações da lei internacional acontecem.

"Dito isso, para a maioria da elite mundial, os bancos suíços continuarão um destino atrativo."

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