Faltagiga sena quinamedicamentos para câncer, sífilis e covid-19 escancara crise na saúde pública:giga sena quina

  • André Biernath
  • Da BBC News Brasilgiga sena quinaSão Paulo
Cápsulas amarelas e laranjas organizadas dentrogiga sena quinauma máquina

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Uma falha na cadeiagiga sena quinasuprimentos pode ser suficiente para dificultar o acesso a tratamentos essenciais

giga sena quina O mêsgiga sena quinanovembrogiga sena quina2020 terminou com uma péssima notícia para os pacientes que necessitam fazer um transplantegiga sena quinamedula óssea: o bussulfano, um medicamento essencial para a realização do procedimento, deixariagiga sena quinaser distribuído no Brasil.

A farmacêutica Pierre Fabre, única empresa que comercializa esse produto no país, anunciou a desistência após a fábrica aprovada pela Agência Nacionalgiga sena quinaVigilância Sanitária (Anvisa) na produção desse remédio encerrar suas atividades no exterior.

O bussulfano é uma das poucas opções terapêuticas disponíveis para indivíduos com tumores hematológicos, como os linfomas e as leucemias: ele destrói as células da medula óssea que estão doentes e, assim, "abre terreno" para instalar células saudáveisgiga sena quinaum doador compatível.

Sem esse fármaco, o transplantegiga sena quinamedula óssea fica absolutamente inviávelgiga sena quinapraticamente 50% dos casos e dificulta bastante o tratamento na outra metade, já que as demais alternativas disponíveis para essas situações são mais tóxicas e pouco práticas.

"Não há nenhuma lei que impeça um laboratóriogiga sena quinatirar certo medicamento do mercado, mesmo que ele seja importante do pontogiga sena quinavista da saúde pública", contextualiza o sanitarista Tiago Cepas, coordenadorgiga sena quinapolíticas públicas da Associação Brasileiragiga sena quinaLinfoma e Leucemia (Abrale).

Após muita pressãogiga sena quinamédicos e pacientes, a decisão foi revertida — mesmo quegiga sena quinaforma temporária. "Pelas últimas informações que recebemos, o fornecimento está garantido até 2022", diz Cepas.

O bussulfano ilustra bem um problema estrutural que tira o sonogiga sena quinagestoresgiga sena quinasaúde e afeta a vidagiga sena quinamilharesgiga sena quinapessoas que carecemgiga sena quinatratamentos no Brasil e no mundo: o desabastecimentogiga sena quinamedicamentos.

Nos últimos anos, terapias primordiais contra sífilis, hanseníase, tabagismo e diversos tiposgiga sena quinacâncer desapareceram e deixaram na mão quem mais precisava delas.

Durante a atual pandemia, até fármacos essenciais para tratar os casos gravesgiga sena quinacovid-19 apresentaram uma escassez preocupante.

Mas qual a origem dessa crisegiga sena quinasaúde pública? E o que pode ser feito para resolvê-la?

Uma questão que se arrasta há sete décadas

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A farmacêutica Luisa Arueira Chaves, professora da Universidade Federal do Riogiga sena quinaJaneiro - Campus Macaé, aponta que a faltagiga sena quinaopções farmacêuticas não é um problema que surgiu no ano passado.

"Desde a décadagiga sena quina1950 nós já encontramos documentos que relatam o desabastecimentogiga sena quinaalgumas partes do mundo", aponta.

Emgiga sena quinatesegiga sena quinadoutoradogiga sena quinasaúde pública pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), Chaves observou uma mudança importante dos fatores que motivam essa escassez a partir da virada do século 21.

"Até os anos 2000, o desabastecimento era visto como um problemagiga sena quinademanda,giga sena quinaque os países não tinham dinheiro para comprar por questõesgiga sena quinacâmbio, desvalorização das moedas ou desorganização interna", descreve.

Nos últimos 20 anos, porém, a perspectiva mudou completamente: o problema passou a ser na oferta dos produtos. "Começam a pipocar casosgiga sena quinaque os governos possuem meiosgiga sena quinapagar, mas não há quem faça a venda", completa a especialista.

A questão ficou tão séria que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a fazer reuniões e debates sobre o que poderia ser feito para lidar com isso.

Em 2017, a entidade estabeleceu as suas primeiras definições do que significa o desabastecimento. "Isso é muito importante para se definir políticas públicas globais e entender onde estão os gargalos desta cadeiagiga sena quinasuprimentos", ressalta Chaves.

Muito na mãogiga sena quinapoucos

Um dos primeiros fatores que ajuda a entender o drama do desabastecimento está na concentração extrema da produçãogiga sena quinamedicamentos no mundo.

"Grande parte dos insumos farmoquímicos, que são os ingredientes ativos dos medicamentos, vemgiga sena quinadois lugares: China e Índia", descreve a farmacêutica Claudia Osoriogiga sena quinaCastro, professora titular da Escola Nacionalgiga sena quinaSaúde Pública da Fiocruz, no Riogiga sena quinaJaneiro.

Isso significa que a demanda terapêuticagiga sena quinatodos os continentes está sujeita ao que acontece e ao que é fabricado por esses dois países.

Em algumas especialidades, essa dependência é ainda maior: entre 80 e 90%giga sena quinatodos os IFAs (Insumos Farmacêuticos Ativos) usados na fabricação dos antibióticos têm origem chinesa, por exemplo.

Trabalhadores numa fábricagiga sena quinamedicamentos na China

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Atualmente, a maioria dos produtos farmacêuticos é produzidogiga sena quinadois países: China e Índia

Portanto, qualquer interrupção numa fábrica já impacta a disponibilidadegiga sena quinatratamentos para infecções bacterianas.

Foi exatamente isso que aconteceugiga sena quinaoutubrogiga sena quina2016, quando uma explosão numa unidade fabril na provínciagiga sena quinaShandong, na China, interrompeu a produçãogiga sena quinapiperaciclina e tazobactam, remédios que atuam contra bactérias que afetam os pulmões, o trato urinário e outras partes do corpo.

Durante o anogiga sena quina2017, hospitais da Europa inteira egiga sena quinapartes da Ásia precisaram lidar com a falta dessa opção terapêutica tão importantegiga sena quinapacientes internados.

Foco no lucro

Outro ponto essencial para entender a crisegiga sena quinadesabastecimento está no modelogiga sena quinanegócio das farmacêuticas.

"Existe uma pressão pela inovação, que motiva essas empresas a buscarem um lucro garantido e rápido. Elas se concentram, então,giga sena quinaproduzir coisas novas, com excelentes evidências, mas com um preço altíssimo", analisa Castro, que também integra a Associação Brasileiragiga sena quinaSaúde Coletiva (Abrasco).

Isso não significa que as opções terapêuticas antigas não deem lucro. Mas o valor é infinitamente menor quando comparado a uma molécula inovadora que acabagiga sena quinaser descoberta.

Não é raro encontrar tratamentos recém-aprovados contra o câncer ou outras doenças que chegam a custar dezenas (ou centenas)giga sena quinamilharesgiga sena quinareais.

Trabalhador opera numa máquina que produz medicamentos

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Farmacêuticas priorizam tratamentos completos, que garantem um lucro bem maior

O exemplo mais extremo disso é uma terapia contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma desordem genética rara, aprovadagiga sena quina2020giga sena quinaalguns países, inclusive no Brasil.

Seu valor égiga sena quinaUS$ 2,1 milhões (ou maisgiga sena quinaR$ 11 milhões).

O que acontece, portanto, é uma substituiçãogiga sena quinaprodutosgiga sena quinabaixa complexidade, custo inferior e ampla abrangência por aqueles que são altamente complexos, muito caros e que servem apenas a uma parcela específicagiga sena quinapacientes.

"Por mais que isso seja da dinâmicagiga sena quinamercado, nós vemos desaparecer medicamentos para hanseníase, sífilis e tuberculose, que são muitas vezes as únicas alternativas terapêuticas que a gente tem", acrescenta Chaves.

Dificuldades nacionais

Se o desabastecimento deve ser visto como um desafio global, ele também possui as suas particularidades e barreiras no contexto brasileiro.

A primeira delas é a forma como o Sistema Únicogiga sena quinaSaúde (SUS) está configurado: atualmente, uma parcela importantegiga sena quinaremédios é adquirida por estados e municípios, não pelo governo federal.

Isso restringe o podergiga sena quinacompra e impede a negociaçãogiga sena quinalotes maiores, que certamente poderiam ser custeados pelo Ministério da Saúde por um preço mais atrativo.

Esses produtos poderiam então ser distribuídos para as cidadesgiga sena quinaacordo com as características e necessidadesgiga sena quinacada local.

"Além disso, toda a estruturagiga sena quinaaquisiçãogiga sena quinamedicamentos e tecnologiasgiga sena quinasaúde no Brasil é anacrônica, o que certamente contribui para esse cenário", completa o médico José David Urbaez, consultor da Sociedade Brasileiragiga sena quinaInfectologia.

Outro grande impedimento é a desvalorização da nossa moeda. Como as negociações são feitasgiga sena quinadólar, o podergiga sena quinacompra do Brasil fica naturalmente mais restrito.

Por fim, há ainda a desorganização das cadeias logísticas internas — muitas vezes, um caminhão quebrado já dificulta a chegadagiga sena quinaum medicamento até uma determinada cidade.

Exemplos da vida real

Aliado às questões globais (fábricasgiga sena quinapoucos países e estratégia financeira das farmacêuticas), essa conjunçãogiga sena quinafatores locais leva a situações impensadas e dramáticas.

Isso ocorreu, por exemplo,giga sena quina2016 e 2017 quando o Brasil sofreu com a faltagiga sena quinapenicilina.

"Mesmo com décadasgiga sena quinauso, esse antibiótico continua sendo o melhor tratamento para a sífilis", informa Urbaez.

Provocada pela bactéria Treponema pallidum, essa infecção voltou a ser um grave problemagiga sena quinasaúde pública por aqui: entre 2010 e 2018, houve um aumentogiga sena quina4.157% no númerogiga sena quinacasos notificados da doença.

Sem tratamento disponível, o nívelgiga sena quinacomplicações ou o riscogiga sena quinatransmitir a enfermidade para outros também subiu exponencialmente.

Depósitogiga sena quinamedicamentosgiga sena quinaSão Paulo

Crédito, FURP/Governo do Estadogiga sena quinaSão Paulo

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A compra e a distribuiçãogiga sena quinamedicamentos num país tão grande como o Brasil exige uma logística muito bem afinada

O cenáriogiga sena quinaescassez se repete na área da oncologia: uma planilha disponibilizada pela Abrale à reportagem da BBC News Brasil aponta que, ao longogiga sena quina2020, 24 medicamentos contra o câncer sofreram desabastecimento definitivo ou temporário. Desses, 6 não possuíam nenhum substituto disponível no mercado.

Os motivos para a falta variam desde a motivação comercial das farmacêuticas até mudanças nos locaisgiga sena quinaprodução ou alterações no processogiga sena quinafabricação.

Um novo ingrediente

Como se a situação já não fosse grave o suficiente, a chegada do novo coronavírus serviu para escancarar ainda mais os desafios do desabastecimento no Brasil e no mundo.

Ao longo dos últimos meses, hospitais começaram a sentir faltagiga sena quinaprodutos essenciais para tratar os casosgiga sena quinacovid-19, especialmente aqueles que exigem internaçãogiga sena quinauma Unidadegiga sena quinaTerapia Intensiva (UTI).

"Encontramos dificuldadesgiga sena quinaacesso a medicamentos que permitem fazer a ventilação mecânica com os respiradores, como sedativos e relaxantes musculares", relata Urbaez.

Profissionais da saúde também tiveram que lidar com a escassezgiga sena quinaantibióticos, tão necessários para os quadrosgiga sena quinaque bactérias se aproveitam da fragilidade do organismo para provocar pneumonias ou outras infecções.

Para completar, o uso inadequadogiga sena quinaalgumas drogas que pertencem ao famigerado "tratamento precoce" deixou na mão quem realmente necessitava delas.

O excessogiga sena quinaprocura por hidroxicloroquina, ivermectina e outros remédios, que não têm comprovaçãogiga sena quinaeficácia contra a covid-19, criou uma demanda artificial e fez com que os preços subissem e os estoques acabassem (ou ficassem significativamente reduzidos)giga sena quinamuitos lugares.

"Por um bom tempo, indivíduos com doenças reumatológicas como lúpus e artrite reumatoide tiveram dificuldade para conseguir a hidroxicloroquina", exemplifica Urbaez.

Por meiogiga sena quinanota, a Agência Nacionalgiga sena quinaVigilância Sanitária (Anvisa) informou que tem publicado "editaisgiga sena quinachamamento para que os detentoresgiga sena quinaregistro desses insumos [anestésicos, sedativos, bloqueadores neuromusculares e demais agentes usados no enfrentamento à covid-19] informem os dados relativos à fabricação, estoque, comercialização e os fatoresgiga sena quinarisco para a produção".

A agência também diz que "os dados integrais dos editais são compartilhadosgiga sena quinatempo real com a Secretariagiga sena quinaAtenção Especializada à Saúde e com o Gabinete do Ministro da pasta da Saúde. A medida possibilita o mapeamento da quantidadegiga sena quinamedicamentos disponíveis para atender à população brasileira e concede aos gestores da saúde a capacidadegiga sena quinaorientação quanto à localização dos estoques".    

Como resolver essa equação?

Enquanto a OMS e outras instituições trabalham para encontrar soluções e "tratar" o desabastecimento do pontogiga sena quinavista global, algumas iniciativas locais sinalizam caminhos interessantes.

A ONG Civica RX, sediada nos Estados Unidos, é um bom exemplogiga sena quinacomo lidar com a questão com planejamento e estrutura.

O que eles fazem é sublocar fábricas ociosas para produzir medicamentos genéricos que estãogiga sena quinafalta ou não têm mais interesse das farmacêuticas.

Atualmente, eles produzem maisgiga sena quina40 tiposgiga sena quinafármacos diferentes, que são distribuídos a um preço módico para cercagiga sena quina1.350 hospitais espalhados pelos Estados Unidos.

De acordo com os especialistas, o Brasil tem uma oportunidadegiga sena quinaouro que não está sendo bem aproveitada no momento.

Por aqui, há uma redegiga sena quinalaboratórios farmacêuticos públicos ligados aos estados ou ao governo federal.

É o caso da Fundação para o Remédio Popular (FURP),giga sena quinaSão Paulo e do Institutogiga sena quinaTecnologiagiga sena quinaFármacos Farmanguinhos/FioCruz, no Riogiga sena quinaJaneiro.

"Com o devido incentivo, financiamento e política pública, esses locais poderiam adequar suas plantas fabris e começar a produzir medicamentos que o governo entende que são críticos para cuidar da saúde da população brasileira", propõe Chaves.

Um gargalo importante aqui podem ser os IFAs (insumos farmacêuticos ativos), majoritariamente importados. Mas é possível arriscar que,giga sena quinamédio e longo prazo, dá para produzi-los internamente também.

Fachada da Fábricagiga sena quinaMedicamentos do Estadogiga sena quinaSão Paulo

Crédito, FURP/Governo do Estadogiga sena quinaSão Paulo

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A Fundação para o Remédio Popular (FURP) é um dos laboratórios públicos brasileiros que poderia ajudar a suprir a demanda

No campo das leis

Mesmo antes do sufoco provocado pela ameaçagiga sena quinafalta do bussulfano para os pacientes que necessitam fazer o transplantegiga sena quinamedula óssea, a Abrale já tinha começado a se articular com outras entidades e representantes políticos para elaborar mecanismos que combatam o desabastecimento no país.

"Em primeiro lugar, precisamos da criaçãogiga sena quinaum sistemagiga sena quinamonitoramento,giga sena quinaque toda a sociedade ficasse sabendo ao mesmo tempo sobre os estoquesgiga sena quinamedicamentos essenciais", descreve Cepas.

Segundo, a entidade tenta criar uma espéciegiga sena quinaválvulagiga sena quinaescape para suprir necessidades pontuais quando a escassez aparecer. "Podemos pensargiga sena quinaparcerias com universidades e até laboratórios públicos ou privados que tenham interessegiga sena quinafabricar esses produtos", completa.

No momento, a Abrale está conversando com parlamentaresgiga sena quinaBrasília para a criaçãogiga sena quinaprojetosgiga sena quinalei que tratem deste assunto.

Mas Cepas admite que a pandemia traz muitas dificuldades para avançar com esta demanda.

Pontosgiga sena quinavista

A BBC News Brasil procurou diversas outras instituições para saber o posicionamento delas a respeito da crisegiga sena quinadesabastecimento.

Elizabethgiga sena quinaCarvalhaes, presidente executiva da Associação da Indústria Farmacêuticagiga sena quinaPesquisa (Interfarma) destacou que é preciso melhorar a comunicação entre todos os entes envolvidos nessa cadeiagiga sena quinasuprimentos.

"Acreditamos que a uniãogiga sena quinaesforços entre indústria, Governo Federal, governos estaduais e municipais seja a chave para aprimorar a gestãogiga sena quinasaúde e garantir melhor acesso a todos os brasileiros", escreveu a representante por e-mail.

Já a Anvisa, por meiogiga sena quinanota enviada pela assessoriagiga sena quinaimprensa, destacou que a agência não possui um instrumento legal que impeça os laboratórios farmacêuticosgiga sena quinaretirarem seus medicamentos do mercado.  

O texto continua: "No entanto, a Anvisa responsável pela gestão e acompanhamento das notificaçõesgiga sena quinadescontinuaçãogiga sena quinafabricação encaminhadas pelos laboratórios, assim como pela análisegiga sena quinadenúncias relativas ao desabastecimento do mercadogiga sena quinamedicamentos. Diantegiga sena quinasituaçõesgiga sena quinaredução na oferta de medicamentos no mercado nacional, a Anvisa  articula-segiga sena quinadiversas frentes com o Ministério da Saúde, laboratórios fabricantes e demais "stakeholders" para buscar soluções que possam minimizar os impactos do desabastecimento para os usuários". 

A Anvisa ainda destaca que,giga sena quinaacordo com uma sériegiga sena quinaresoluções, fabricantes e importadores devem informar quando pretendem retirar algum produto do mercado, alémgiga sena quinatraçar planos para não deixar os pacientes na mão. Essas informações são disponibilizas no próprio site da agência

Após a publicação da reportagem, o Grupo Pierre Fabre, detentor da distribuição do medicamento bussulfano no Brasil, também enviou uma notagiga sena quinaesclarecimentos à BBC News Brasil. No texto, eles reforçam que garantiram um novo lote para atender o mercado brasileiro até o final do primeiro semestregiga sena quina2022.

"Essa é uma medida temporáriagiga sena quinaprol dos pacientesgiga sena quinatransplantegiga sena quinamedula óssea, que dependem do medicamento, até que o Ministério da Saúde encontre uma solução definitiva para a normalização das importações. Apesargiga sena quinanão ser fabricante do medicamento, a Pierre Fabre segue comprometida, pensando no bem-estar dos pacientes,giga sena quinaoferecer soluções e produtos na área da oncologia e articulou para manter o abastecimentogiga sena quinaforma excepcional,giga sena quinaacordo com as exigências da agência reguladora, dando mais tempo para as autoridades públicas identificarem uma solução a longo prazo para a distribuição do medicamento no Brasil".

A nota segue: "Hojegiga sena quinadia, há diferentes empresas que têm o bussulfanogiga sena quinaseu portfóliogiga sena quinamedicamento. A expectativa é que neste espaçogiga sena quinatempo, com estoque garantido, o Ministério da Saúde entregiga sena quinacontato com outros fabricantes e distribuidores para reverter essa situação, ofertando o medicamento para os pacientes brasileiros a partir do segundo semestregiga sena quina2022".

Até o fechamento desta reportagem, não recebemos respostas às nossas solicitaçõesgiga sena quinaentrevistas do Conselho Nacionalgiga sena quinaSecretários da Saúde (Conass), do Sindicato da Indústriagiga sena quinaProdutos Farmacêuticos (Sindusfarma) e da Associação Nacionalgiga sena quinaHospitais Privados (Anahp).

A Associação Brasileiragiga sena quinaRedesgiga sena quinaFarmácias e Drogarias (Abrafarma) preferiu não comentar o assunto.

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