A vida com compulsão por comida: 'O monstro dentrovaidebet patrocinador do corinthiansmim queria devorar tudo':vaidebet patrocinador do corinthians

mulher cercada por comida

Crédito, BBC THREE / DAVID WELLER

Legenda da foto, "Supermercados eram meu pior pesadelo", diz Sarah, uma comedora compulsiva

Você pode achar que sabe o que é comer demais. Você provavelmente já brincou dizendo que é "viciado"vaidebet patrocinador do corinthianschocolate, que não pode dizer não a um doce ou que um potevaidebet patrocinador do corinthianssorvete te ajudou a superar o término davaidebet patrocinador do corinthiansúltima relação. Mas para pessoas que sofremvaidebet patrocinador do corinthiansdistúrbios alimentares, o desejovaidebet patrocinador do corinthianscomervaidebet patrocinador do corinthiansexcesso tem um significado muito mais sério.

12 milhõesvaidebet patrocinador do corinthianscomedores compulsivos

De acordo com o Centro Nacionalvaidebet patrocinador do corinthiansTranstornos Alimentares, umavaidebet patrocinador do corinthianscada duas pessoas que buscam ajuda para perder peso comem compulsivamente - isso representa cercavaidebet patrocinador do corinthians12 milhõesvaidebet patrocinador do corinthianspessoas no Reino Unido.

Comervaidebet patrocinador do corinthiansexcesso vem ganhando cada vez mais destaquevaidebet patrocinador do corinthiansmeio à opinião pública. Muita gente ainda acredita que a solução passa pela forçavaidebet patrocinador do corinthiansvontade. Já as autoridades vêm se concentrandovaidebet patrocinador do corinthiansestabelecer diretrizes para determinar o tamanho ideal das porções e aumentar os impostos sobre alguns tiposvaidebet patrocinador do corinthiansalimentos.

Atualmente, o NHS (sistema britânicovaidebet patrocinador do corinthianssaúde pública) oferece Terapia Comportamental Cognitiva e recomenda sessõesvaidebet patrocinador do corinthiansautoajuda como tratamento para distúrbios alimentares.

Grupovaidebet patrocinador do corinthiansapoio com donut no centro

Crédito, BBC THREE / DAVID WELLER

Legenda da foto, Umavaidebet patrocinador do corinthianscada duas pessoas que buscam ajuda para perder peso comem compulsivamente - isso representa cercavaidebet patrocinador do corinthians12 milhõesvaidebet patrocinador do corinthianspessoas no Reino Unido

Mas para aqueles para quem comer demais se torna uma compulsão, existe uma solução alternativa.

No Comedores Compulsivos Anônimos, os membros seguem um programavaidebet patrocinador do corinthians12 passos, semelhante ao do Alcoólicos Anônimos (AA). Esses passos variam desde admitir a impotência frente ao transtorno a fazer as pazes com pessoas com quem você talvez tenha brigado por causavaidebet patrocinador do corinthiansproblemas alimentares.

Os participantes são apoiados por alguém que se recuperou e participavaidebet patrocinador do corinthiansreuniões - como avaidebet patrocinador do corinthiansSarah.

Compulsão afeta a todos

Embora o Alcoólicos Anônimos seja recomendado pelo NHS como partevaidebet patrocinador do corinthiansum planovaidebet patrocinador do corinthiansrecuperação para o alcoolismo, os médicos no Reino Unido não sugerem formalmente o Comedores Compulsivos Anônimos a pacientes com problemas alimentares ou distúrbios.

A associação surgiuvaidebet patrocinador do corinthiansLos Angelesvaidebet patrocinador do corinthians1960 e,vaidebet patrocinador do corinthiansacordo com seu site, tem agora 6,5 mil gruposvaidebet patrocinador do corinthiansmaisvaidebet patrocinador do corinthians75 países, com uma adesão totalvaidebet patrocinador do corinthianscercavaidebet patrocinador do corinthians54 mil pessoas. No Brasil, há gruposvaidebet patrocinador do corinthianspelo menos 15 Estados.

Identificar um "comedor compulsivo" pode ser complicado - para começar, eles não estão necessariamente acima do peso. Podem ser desde obesos mórbidos a pessoas abaixo do peso. A compulsão alimentar também pode afetar qualquer pessoavaidebet patrocinador do corinthiansqualquer idade - as reuniões têm participantesvaidebet patrocinador do corinthians20 a 70 anos.

Há uma misturavaidebet patrocinador do corinthiansetnias e sotaques, e as pessoas estão vestidas com roupas que variamvaidebet patrocinador do corinthiansroupas esportivas a camisas e calças sociais. Apesar da intensidadevaidebet patrocinador do corinthiansalguns dos sentimentos compartilhados, a atmosfera é tranquila, com homens e mulheres trocando sorrisos e olharesvaidebet patrocinador do corinthiansapoio.

"Estou petrificada", conta uma mulher que está prestes a sairvaidebet patrocinador do corinthiansfériasvaidebet patrocinador do corinthiansduas semanas com a família. Ela diz estar com medovaidebet patrocinador do corinthiansque a viagem possa desencadear um descontrole alimentar.

Uma mulhervaidebet patrocinador do corinthians60 anos explica que se abstémvaidebet patrocinador do corinthianscomer compulsivamente desde os anos 1980. "Levo o vício comigo aonde quer que eu vá. E estarei trabalhando na minha cura para o resto da minha vida."

'Monstro dentrovaidebet patrocinador do corinthiansmim'

Durante uma discussãovaidebet patrocinador do corinthiansgrupo, vários participantes descrevem-se como "viciadosvaidebet patrocinador do corinthianscomida". Hannah*, uma cenógrafavaidebet patrocinador do corinthians24 anos, é uma delas. Antesvaidebet patrocinador do corinthiansparticipar do grupovaidebet patrocinador do corinthiansapoio, ela havia tentado quase tudo,vaidebet patrocinador do corinthiansterapia a medicina tradicional chinesa. Hannah lutou contra a anorexia na adolescência, que, segundo ela, "andouvaidebet patrocinador do corinthiansmãos dadas" com seu comportamento compulsivo.

"Foi quase como se eu tivesse que controlar esse monstro dentrovaidebet patrocinador do corinthiansmim que queria devorar tudo", diz.

Algumasvaidebet patrocinador do corinthianssuas piores bebedeiras aconteciam nos corredores da universidade, onde Hannah dividia a cozinha com outras cinco companheirasvaidebet patrocinador do corinthiansapartamento. Quando não estavam por perto, ela revirava os suprimentos das colegasvaidebet patrocinador do corinthiansbusca da comida.

"O segredo causava uma descargavaidebet patrocinador do corinthiansadrenalina", diz ela. "Abria o armário delas para buscar comida. Ultrapassava todo e qualquer limite."

O descontrole era tanto que Hannah não selecionava o que comia. "Pegava legumes e verduras congelados no freezer ou colocava ketchup no alface", lembra.

Em seguida, praticava exercícios físicos intensos. Também controlava rigidamentevaidebet patrocinador do corinthiansdieta. Mas não demorava muito para ter uma nova recaída.

O impacto emvaidebet patrocinador do corinthianssaúde mental desse ciclo constantevaidebet patrocinador do corinthiansdesordens alimentares a deixou desesperada. Hanna começou a procurar ajuda online e descobriu o Comedores Compulsivos Anônimosvaidebet patrocinador do corinthiansum blog.

prato vazio

Crédito, BBC THREE / DAVID WELLER

No início, ela não estava convencidavaidebet patrocinador do corinthiansque os 12 passos funcionariam. Mas, assim como no Alcoólicos Anônimos, os membros do Comedores Compulsivos Anônimos são acompanhados por um "padrinho" experiente no programa.

Hannah e seu "padrinho" trabalharam nos passos juntos, mas não era um caminho fácil. O Passo Oito - no qual os participantes são instigados a fazer as pazes com aqueles que prejudicaram - foi particularmente desafiador.

Quando avaliou fazer as pazes com suas antigas colegasvaidebet patrocinador do corinthiansapartamento, Hannah diz que se sentiu muito nervosa. Mas seguiu adiante.

"Pedi desculpas às pessoasvaidebet patrocinador do corinthiansquem peguei comida - alguns pessoalmente e a outras pelo Skype porque agora vivemvaidebet patrocinador do corinthiansoutros países", diz ela. "Elas foram todos muito fofas." Algumas acharam um pouco estranho, admite.

"Esse é o ponto, fazer as pazes nem sempre é uma experiência incrível", diz ela. "Algumas pessoas reagem com estranheza."

O importante para ela não era o resultadovaidebet patrocinador do corinthianssi, mas limparvaidebet patrocinador do corinthians"bagagem emocional"vaidebet patrocinador do corinthiansforma que pudesse ter a liberdade para deixar para trás seus problemas alimentares.

silhuetavaidebet patrocinador do corinthiansmulher abrindo a geladeira

Crédito, BBC THREE / DAVID WELLER

'Obcecada por comida'

Na reunião seguinte do grupovaidebet patrocinador do corinthiansapoio está Zoe*,vaidebet patrocinador do corinthians26 anos, que trabalha na áreavaidebet patrocinador do corinthiansfinanças. Calmamente, ela confessa que era uma garotavaidebet patrocinador do corinthians11 anos "insegura e obcecada por comida" e acha que jamais superou a compulsãovaidebet patrocinador do corinthianscomer. "Senti que precisava ser colocada na prisão para me recuperar."

Seus excessos compulsivos atrapalharam seus estudos na universidade, isolaram-navaidebet patrocinador do corinthiansseus amigos e deixaramvaidebet patrocinador do corinthiansautoestima no fundo do poço. "Definitivamente não era suicida, mas não imaginava me formar", diz ela. "Simplesmente não conseguia pensar sobre como seria minha vida porque eu só podia pensar sobre como passar o dia sem comer nada."

"Só conseguia me concentrar naquele dia evaidebet patrocinador do corinthiansser magra."

Quatro anos atrás, ela decidiu confrontar seus problemasvaidebet patrocinador do corinthianstornovaidebet patrocinador do corinthiansalimentação e se internouvaidebet patrocinador do corinthiansuma clínicavaidebet patrocinador do corinthiansreabilitação privada.

Foi assim que teve o primeiro contato com o Comedores Compulsivos Anônimos. Depoisvaidebet patrocinador do corinthiansalguns retrocessos e o fimvaidebet patrocinador do corinthiansum relacionamento, Zoe concentrou seus esforços totalmentevaidebet patrocinador do corinthiansseguir o programa.

"Hoje eu como o que quer que seja", diz.

Parcelavaidebet patrocinador do corinthianshomens aumenta

George*,vaidebet patrocinador do corinthians37 anos, senta-sevaidebet patrocinador do corinthiansfrente a Zoe e é fácilvaidebet patrocinador do corinthiansser percebido - afinal, ele é um dos poucos homens na sala. Isso talvez não seja surpreendente. Embora estudos sugiram que 25% das pessoas com distúrbios alimentares sejam homens, condições como anorexia e compulsão alimentar ainda são vistas por muitos como doençasvaidebet patrocinador do corinthiansmulheres, deixando os homens menos confiantes sobre o diagnóstico.

"Comigo, a comida era fundamental para o conforto, a recompensa, o amor - tudo", diz ele. Tendo se tornado obeso quando era menino, entrou para um clubevaidebet patrocinador do corinthiansemagrecimento no início da adolescência. "Eu tinha 14 anos e sabia que havia mais caloriasvaidebet patrocinador do corinthiansuma maçã verde do quevaidebet patrocinador do corinthiansuma maçã vermelha", diz ele. Era obsessivo com a comida e aos 20 anos comecei a expurgar. Então começou um ciclovaidebet patrocinador do corinthiansexcessos e bulimia.

Incentivado por seu namorado, George finalmente foi ao médico. Saiuvaidebet patrocinador do corinthianslá encaminhado para uma unidadevaidebet patrocinador do corinthiansdistúrbios alimentares, onde foi diagnosticado com bulimia e compulsão alimentar. Mas quando chegou ao hospital, sentiu-se desconfortável.

"Entrei e - sendo um cara gordo,vaidebet patrocinador do corinthians32 anos - me senti como uma fraude, como se não me deveria estar ali", diz ele. "Senti muita vergonha por ser um homem."

Embora o númerovaidebet patrocinador do corinthianshomens que integram o Comedores Compulsivos Anônimos seja menor que ovaidebet patrocinador do corinthiansmulheres, George - que vem participando das reuniões há cinco anos - notou um pequeno aumento nessa parcela. Se antes havia dois homens num grupovaidebet patrocinador do corinthians60 pessoas, agora eles são oito, até dez, estima ele.

Víciovaidebet patrocinador do corinthianscomer

George, como Hannah e Zoe, descreve a si mesmo como tendo sido "viciado"vaidebet patrocinador do corinthianscomida. "Dependência alimentar" é um assunto controverso. Uma pesquisavaidebet patrocinador do corinthians2014 sugere que não há evidências suficientes para rotular qualquer alimento específico como viciante. Pesquisadores agora propõem o termo 'víciovaidebet patrocinador do corinthianscomer' para ajudar a enfatizar um elemento mais comportamental. Alguns psicólogos acreditam que o rótulo 'vício' é inútil, alegando que isso impede as pessoasvaidebet patrocinador do corinthiansassumirem responsabilidade porvaidebet patrocinador do corinthiansalimentação excessiva e recuperação.

Deanne Jade, fundadora do Centro Nacionalvaidebet patrocinador do corinthiansDesordens Alimentares, rejeita a ideiavaidebet patrocinador do corinthians"dependência alimentar", mas reconhece que as pessoas que frequentam o Comedores Compulsivos Anônimos podem considerá-lo favorável, uma vez que comer demais compulsivamente é um "problema solitário".

No entanto, emvaidebet patrocinador do corinthiansopinião, é necessária uma avaliação psicológica para descobrir se alguém realmente tem ou não um problemavaidebet patrocinador do corinthianscomer demais - algumas pessoas, explica Jade, pensam que comeram demais depoisvaidebet patrocinador do corinthiansuma barravaidebet patrocinador do corinthianschocolate.

"Como se distingue alguém que come demaisvaidebet patrocinador do corinthiansum comedor emocional evaidebet patrocinador do corinthiansum comedor compulsivo?", questiona. "Não há uma divisão clara, é preciso bastante análise e observaçãovaidebet patrocinador do corinthiansalguém qualificado.

Jade explica que,vaidebet patrocinador do corinthianstestes cegos, quando uma pessoa que se diz viciadavaidebet patrocinador do corinthiansaçúcar come açúcar, mas seu sabor é mascarado, responde como se não o tivesse comido - não mostrando aumento no desejo ou perdavaidebet patrocinador do corinthianscontrole. Isso sugere que qualquer efeito "viciante" dessas substâncias é fundamentalmente psicológico.

Mas nem todos os especialistasvaidebet patrocinador do corinthiansdistúrbios alimentares concordam com a visãovaidebet patrocinador do corinthiansJade. Nicola Schlesinger, psicoterapeuta que trabalha com mulheres com dependência e transtornos alimentares, disse à BBCvaidebet patrocinador do corinthians2013 que aqueles que não acreditam na dependência alimentar não veem o que ela causa diariamente.

"Eles podem dizer o que quiserem, mas, no final, ainda temos que lidar com a situaçãovaidebet patrocinador do corinthiansfrente", disse ela.

À medida que a sessão da Comedores Compulsivos Anônimos se aproxima do fim, um dos responsáveis pergunta se o grupo tem algum marco a celebrar.

"Sim", diz um homem jovem, endireitando-se emvaidebet patrocinador do corinthianscadeira. Ele estava comemorandovaidebet patrocinador do corinthiansmetavaidebet patrocinador do corinthiansum mês.

Um sorriso enorme e radiante se espalhavaidebet patrocinador do corinthiansseu rosto e a sala explodevaidebet patrocinador do corinthiansuma rodadavaidebet patrocinador do corinthiansaplausos.

*Alguns detalhes foram modificados para preservar o anonimato dos entrevistados

vaidebet patrocinador do corinthians Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube vaidebet patrocinador do corinthians ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvaidebet patrocinador do corinthiansautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavaidebet patrocinador do corinthiansusovaidebet patrocinador do corinthianscookies e os termosvaidebet patrocinador do corinthiansprivacidade do Google YouTube antesvaidebet patrocinador do corinthiansconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevaidebet patrocinador do corinthians"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdovaidebet patrocinador do corinthiansterceiros pode conter publicidade

Finalvaidebet patrocinador do corinthiansYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvaidebet patrocinador do corinthiansautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavaidebet patrocinador do corinthiansusovaidebet patrocinador do corinthianscookies e os termosvaidebet patrocinador do corinthiansprivacidade do Google YouTube antesvaidebet patrocinador do corinthiansconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevaidebet patrocinador do corinthians"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdovaidebet patrocinador do corinthiansterceiros pode conter publicidade

Finalvaidebet patrocinador do corinthiansYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosvaidebet patrocinador do corinthiansautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticavaidebet patrocinador do corinthiansusovaidebet patrocinador do corinthianscookies e os termosvaidebet patrocinador do corinthiansprivacidade do Google YouTube antesvaidebet patrocinador do corinthiansconcordar. Para acessar o conteúdo cliquevaidebet patrocinador do corinthians"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdovaidebet patrocinador do corinthiansterceiros pode conter publicidade

Finalvaidebet patrocinador do corinthiansYouTube post, 3