O poder que o seu intestino tem sobrebetmotion paga mesmosaúde e até seu comportamento:betmotion paga mesmo

  • Jessica Brown
  • BBC Future
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O microbioma do intestino influencia vários aspectosbetmotion paga mesmonossa saúde

Há trilhõesbetmotion paga mesmomicro-organismos, incluindo bactérias, fungos e vírus, no interiorbetmotion paga mesmoseu trato gastrointestinal. Você tembetmotion paga mesmoseu corpo aproximadamente o mesmo númerobetmotion paga mesmomicrorganismos, principalmente no intestino grosso, quantobetmotion paga mesmocélulas. Mas apenasbetmotion paga mesmo10% a 20% das bactérias do intestino são iguais àsbetmotion paga mesmooutros indivíduos.

Os microbiomas diferem imensamentebetmotion paga mesmopessoa para pessoa, dependendobetmotion paga mesmodieta, estilobetmotion paga mesmovida e outros fatores. E eles influenciam tudo: saúde, apetite, peso e humor. Mas, embora seja uma das partes mais pesquisadas do corpo, ainda há um longo caminho a ser percorrido para se entender o intestino. A BBC Future revisou as descobertas científicas até agora.

Dieta saudável

A dieta tem uma enorme influência sobre o microbioma intestinal. Pesquisas mostram relações entre a dieta ocidental, tipicamente ricabetmotion paga mesmogordura animal e proteína e pobrebetmotion paga mesmofibras, com o aumento da produçãobetmotion paga mesmocompostos causadoresbetmotion paga mesmocâncer e inflamação. A dieta mediterrânea, por outro lado, que é tipicamente ricabetmotion paga mesmofibras e com pouca carne vermelha, foi ligada ao aumento dos níveisbetmotion paga mesmoácidos graxos fecaisbetmotion paga mesmocadeia curta, que tem efeitos anti-inflamatórios e melhoram o sistema imunológico.

Cientistas esperam que pesquisas populacionais tragam mais avanços nessa área. Um dos projetosbetmotion paga mesmoandamento, o Estudo Americano do Intestino, vem coletando dados e comparando os microbiomas intestinaisbetmotion paga mesmomilharesbetmotion paga mesmopessoas dos EUA. Até agora, a pesquisa sugere que aqueles cujas dietas incluem mais alimentos à basebetmotion paga mesmoplantas têm um microbioma mais diversificado, diz Daniel McDonald, diretor-científico do projeto.

"Não podemos ainda garantir que é o lado saudável ou não, mas suspeitamos que aqueles com uma dieta ricabetmotion paga mesmofrutas e vegetais têm microbiomas muito saudáveis", afirma.

Mas ainda não está claro, acrescenta McDonald, se um indivíduo que mudar radicalmentebetmotion paga mesmodieta à basebetmotion paga mesmoplantas para uma pobrebetmotion paga mesmoalimentos saudáveis sentirá o impactobetmotion paga mesmoseu microbioma.

Probióticos

Nos últimos anos criou-se um hypebetmotion paga mesmotorno dos benefícios dos prebióticos e probióticos para a saúde. Mas embora sejam cada vez mais usadosbetmotion paga mesmotratamentos, incluindobetmotion paga mesmodoenças inflamatórias intestinais, como a doençabetmotion paga mesmoCrohn e colite ulcerativa, várias revisões científicas apontam para a necessidadebetmotion paga mesmomais pesquisas sobre as cepas e dosagens mais eficazes.

Em um estudo relativamente pequeno, Eran Elinav, imunologista do Institutobetmotion paga mesmoCiência Weizmann,betmotion paga mesmoIsrael, descobriu recentemente que algumas pessoas são imunes aos probióticos. Ele deu a 25 indivíduos saudáveis 11 cepasbetmotion paga mesmoprobióticos ou placebos e testou seus microbiomas ebetmotion paga mesmofunção intestinal a partirbetmotion paga mesmocolonoscopias e endoscopias - antes da e três semanas após a intervenção.

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Algumas pessoas têm um bioma intestinal que acolhe os suplementos probióticos

"Há dois gruposbetmotion paga mesmopessoas: aquela cujo microbioma recebeu bem os probióticos, que colonizaram o trato gastrointestinal e, porbetmotion paga mesmovez, alteraram o microbioma; e aquela cujo microbioma foi resistente aos organismos. Nesse último grupo, os probióticos não conseguiram se estabelecer, e, por isso, não tiveram qualquer efeito", explicou.

Os pesquisadores conseguiram preverbetmotion paga mesmoqual categoria uma pessoa se encaixaria ao examinar característicasbetmotion paga mesmoseu microbioma. A descoberta sugere, diz Elinav, que os probióticos precisam ser mais adaptados às necessidadesbetmotion paga mesmocada indivíduo.

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A microbiota intestinal tem um papel importante na saúde e no funcionamento do trato gastrointestinal. Há evidênciasbetmotion paga mesmoque condições como a síndrome do intestino irritável (SII) frequentemente tem relação com uma microbiota alterada. Na realidade, ela tem um papel até mais amplo na saúde, e isso é determinadobetmotion paga mesmogrande parte nos primeiros anosbetmotion paga mesmovida.

O microbioma começa a se desenvolver assim que nascemos, quando os micróbios colonizam o intestino humano. Bebês nascidosbetmotion paga mesmoparto normal têm mais bactérias no intestino do que os nascidos por cesariana por causabetmotion paga mesmoseu contato com as bactérias intestinais e vaginais da mãe, explica Lindsay Hall, coordenadora da pesquisabetmotion paga mesmomicrobiomas no Institutobetmotion paga mesmoBiociência Quadram.

"Crianças nascidasbetmotion paga mesmocesárea perdem a inoculação inicial, e alguns dos micróbios com os quais entrambetmotion paga mesmocontato serão da pele e do ambiente", diz Hall.

"Isso é muito importante para as crianças desenvolverem seus sistemas imunológicos. Um trabalho recente sugeriu que os distúrbios no microbioma intestinal na primeira infância têm consequências negativas para a saúde do hospedeiro", diz ela.

"Vários estudos mostram que as cesáreas afetam a saúdebetmotion paga mesmolongo prazo, e há fortes evidênciasbetmotion paga mesmoque isto aumenta o riscobetmotion paga mesmodesenvolver alergias e ecossistemas menos robustos, o que significa que você fica mais suscetível a mudanças e distúrbios, como antibióticos.

"No entanto, não há evidências robustas do que essas diferenças significam especificamente para o sistema imunológico", afirma.

Há também diferenças nos microbiomasbetmotion paga mesmobebês amamentados e alimentados com fórmula. As bifidobacterium, grupobetmotion paga mesmobactérias associadas à saúde, são frequentemente encontradas no estômagobetmotion paga mesmobebês amamentados.

"Sabemos que as bifidobacterium podem digerir os componentes do leite materno. Eles não são normalmente encontrados na fórmula láctea, e é por isso que os bebês alimentados com fórmula têm menos dessas bactérias", diz Hall.

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Um problema com os suplementos é que o microbioma intestinalbetmotion paga mesmocada pessoa é sutilmente diferente

Cientistas estão pertobetmotion paga mesmoentender como o intestino pode ser usado para tratar doenças. Um dos mais novos tratamentos na área é o transplantebetmotion paga mesmomicrobiota fecal, no qual a microbiotabetmotion paga mesmouma pessoa saudável é colocado no intestinobetmotion paga mesmoum paciente.

O procedimento serve para tratar bactérias intestinais resistentes aos antibióticos, que podem infectar o intestino e causar diarreia. Embora não haja evidências conclusivas sobre o mecanismo subjacente, sabe-se que o transplante atua repovoando o microbioma com bactérias que contribuem com a tarefa.

A grande questãobetmotion paga mesmotorno desses transplantes é definir o que é um microbioma intestinal normal.

"Não estabelecemos o que é normal, mas o que é normal para cada indivíduo. Isso dependebetmotion paga mesmoetnia, ambiente e outras coisas pelas quais o corpo passou", diz Fiona Pereira, chefebetmotion paga mesmodesenvolvimentobetmotion paga mesmonegócios e estratégia do departamentobetmotion paga mesmocirurgia e câncer no Imperial College London, que supervisiona a pesquisa sobre a relação entre o microbioma e a dieta.

Pereira diz que, se os cientistas puderem ter uma compreensão clara do que é saudávelbetmotion paga mesmodiferentes grupos étnicos e etários, eles podem ver como o intestinobetmotion paga mesmouma pessoa varia e com o que isso está relacionado - pode ser dieta, ambiente ou predisposições genéticas para certas doenças.

Antibióticos

Já está bem estabelecido que os antibióticos podem alterar drasticamente a microbiota intestinal.

O intestino é um ambiente onde bactérias inofensivas e benéficas estãobetmotion paga mesmocontato muito próximo com agentes patogênicos oportunistas que causam infecções, diz Willem van Schaik, professor da Universidadebetmotion paga mesmoBirmingham e pesquisador principalbetmotion paga mesmoum novo estudo que identifica maisbetmotion paga mesmoseis mil novos genesbetmotion paga mesmoresistência a antibióticosbetmotion paga mesmopatógenos.

Ele descobriu que a maioria desses patógenos (agentes causadoresbetmotion paga mesmoinfecções) não estavam associados a DNA que pode ser transferido entre bactérias, o que significa que não há um risco imediatobetmotion paga mesmoque esses genes se espalhembetmotion paga mesmobactérias normais para patógenos.

Mas, muitos desses genes que são fixosbetmotion paga mesmoambientes bacterianos específicos podem começar a se espalhar pelo uso excessivobetmotion paga mesmoantibióticos. "Nossas descobertas destacam quantos genes resistentes estão no microbioma e poderiam ser mobilizados a se tornarem patógenos oportunistas. Elas (as descobertas) deveriam ser vistas como um alertabetmotion paga mesmoque há um grande reservatório desses genes que não queremos começar a mobilizar", disse van Schaik.

O cérebro

O cérebro e o intestino têm um forte sistemabetmotion paga mesmocomunicação chamado eixo intestino-cérebro. Um órgão é essencial ao outro - estudos mostram que, sem o microbioma intestinal, o desenvolvimento do cérebro é anormal. Mas, como mostrou uma análisebetmotion paga mesmo2015 do Journal of Psychiatric Research, não se sabe qual bactéria intestinal é crucial no desenvolvimento cerebral.

Uma nova pesquisa vem estudando como o intestino se interliga ao cérebro,betmotion paga mesmocasos como humor e saúde mental, explica Katerina Johnson, pesquisadora do eixo microbioma-intestino-cérebro da Universidadebetmotion paga mesmoOxford.

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Há uma tendênciabetmotion paga mesmose tomar suplementos probióticos porque estamos percebendo como o microbioma intestinal nos afeta

"Pesquisas mostram que, se pegarmos bactérias intestinaisbetmotion paga mesmoseres humanos com depressão e colonizarmos o intestinobetmotion paga mesmocamundongos, os animais terão mudanças fisiológicas ebetmotion paga mesmocomportamento características da depressão", exemplifica.

Microrganismos do intestino produzem a maioria dos neurotransmissores encontrada no cérebro humano, incluindo a serotonina, que desempenha um papel fundamental na regulação do humor. Cientistas esperambetmotion paga mesmobreve conseguir entender como eles podem produzir neurotransmissores para tratar distúrbios psiquiátricos e neurológicos, como a doençabetmotion paga mesmoParkinson e a esclerose múltipla.

Influência no comportamento

Começamos também a compreender como os micróbios intestinais influenciam o comportamento. Alguns estudos,betmotion paga mesmogrande parte conduzidosbetmotion paga mesmoanimais, sugerem que determinados tipos interferem na química cerebral e no comportamento social dos animais.

Por outro lado, animais livresbetmotion paga mesmogermes, sem exposição a micróbios, mostraram deficits no comportamento social, e os pesquisadores descobriram que isso pode ser restaurado pela adiçãobetmotion paga mesmotipos específicosbetmotion paga mesmobactérias, como o lactobacillus, freqüentemente encontrado no iogurte.

Um artigo recente intitulado Por que o microbioma afeta o comportamento? examinou a teoriabetmotion paga mesmoque o microbioma intestinal manipula seu hospedeirobetmotion paga mesmobenefício próprio, como parasitas, para torná-lo mais sociável e, assim, facilitandobetmotion paga mesmotransmissão entre indivíduos. Mas o texto argumenta que a teoria é improvável e que mudanças comportamentais provavelmente são resultadobetmotion paga mesmoprocessos que levam os microrganismos a crescer e competir no intestino, como a fermentação.

"O microbioma intestinal é tão diverso que, mesmo que houvesse um tipobetmotion paga mesmobactéria produzindo substâncias químicas para manipular nosso comportamento, essa bactéria seria rapidamente superada por outras bactérias que não gastam nenhuma energia extra para produzir o composto", diz Johnson, um dos autores do artigo.

O futuro

A ciência ainda não definiu como seria um microbioma saudável, e uma conclusão parece ainda distante. Mas há um consenso crescentebetmotion paga mesmoque fatores ambientais, como dieta e antibióticos, afetam mais o nosso microbioma do que nossos genes, e que um microbioma mais diverso é melhor para nós.

"Embora possamos mudar o nosso microbioma com a nossa dieta, eles parecem ter um pontobetmotion paga mesmoreferência para o qual costumam retornar após uma turbulência", diz Johnson. "Mas uma coisa que podemos fazer é comer mais fibras como formabetmotion paga mesmoaumentar a diversidade do intestino, o que é freqüentemente associado a boa saúde."

Embora tenha havido muitos avanços na pesquisabetmotion paga mesmomicrobiomas nos últimos anos, também permanecem alguns desafios. Um deles é a dependênciabetmotion paga mesmoum método chamado seqüenciamento 16S rRNA, explica McDonald. Ele analisa uma região específicabetmotion paga mesmoum único gene que existebetmotion paga mesmotodas as bactérias. O E. coli é um exemplo que mostra por que esse método é amplo demais, diz McDonald.

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Antibióticos podem ter um poderoso efeito contra as bactérias intestinais

"Embora existam E.coli patogênicas, há também E.coli que desempenham um papel neutro ou benéfico no intestino, o que seria indistinguível com o método que usamos hoje. Um aumento no nívelbetmotion paga mesmoE.coli não significa que isto é ruim para você".

O conselhobetmotion paga mesmoMcDonald é que devemos ser cautelosos.

"Há muitas coisas interessantes que a pesquisabetmotion paga mesmomicrobiomas trará, e há avançosbetmotion paga mesmoandamento, mas há pesquisas que fazemos com ratos que ainda não podem ser aplicadasbetmotion paga mesmohumanos porque não são seguras."

Enquanto isto, o máximo que cientistas podem aconselhar é ingerir vegetais.

betmotion paga mesmo Leia a versão original betmotion paga mesmo desta reportagem (em inglês) no site BBC Future betmotion paga mesmo .

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