'Minha namorada me batia e me proibiabetboo brasilusar banheiro': os homens que denunciam mulheres por agressão:betboo brasil

No início deste ano, Sarah Rigby,betboo brasil41 anos, foi condenada a 20 mesesbetboo brasilprisão, com suspensão condicional da pena por dois anos, após se declarar culpadabetboo brasilcomportamento coercitivo e controlador.

A detetive Sophie Ward, da Políciabetboo brasilCheshire, na Inglaterra, afirmou que Rigby tinha "domínio absoluto" sobre a vítima.

"Muita gente pensa que apenas as mulheres podem ser vítimasbetboo brasilcomportamento controlador e coercitivo, mas como este caso mostra, nem sempre é o caso", acrescentou.

Jones, que é gerente do NHS (sistema públicobetboo brasilsaúde britânico) contou ter sido isoladobetboo brasilamigos e familiares durante o relacionamentobetboo brasilnove meses, perdendo o controlebetboo brasilsuas finanças e cercabetboo brasil£40 mil (aproximadamente R$ 295 mil).

Ele era submetido a abusos verbais e humilhações diárias, não podendo usar o banheiro da casa nem tomar banho sem a permissãobetboo brasilRigby.

Controles rígidos sobrebetboo brasilalimentação fizeram com que ele perdesse 28 kgbetboo brasildois meses, enquanto Rigby ameaçava repetidamente dizer à polícia que havia sido agredida por ele, se ele falasse com alguém sobre o abuso.

Cinco meses após a sentença judicial, ele contou à BBC que, no início, o relacionamento parecia "normal" — embora, fazendo uma retrospectiva, ele pudesse ver que ela era "excessivamente afetuosa".

"Acho que chamam issobetboo brasillove bombing (algo como 'bombardeiobetboo brasilamor')", ele disse.

"Eu pensava: Como esta pessoa pode ser tão amorosa?"

"Te surpreende... você acha que pode ser realmente a pessoa certa, e que pode dar certo."

"Foi muito poderoso."

Ele entregou seu apartamento, e se mudou para a casabetboo brasilRigby apenas quatro meses depoisbetboo brasilse conhecerem. Foi então que o abuso se intensificou.

Rigby o fez pagar por todo o tempo que havia passado na casa anteriormente.

Ele também pagava £700 (cercabetboo brasilR$ 5 mil) por mêsbetboo brasilaluguel, alémbetboo brasiltodas as contas, mas não tinha direito a uma chave — e só podia entrar no imóvel quando ela estavabetboo brasilcasa.

Ela também impôs restrições ao uso do banheiro e ao que ele podia e não podia comer.

"Ela me fazia dormir no chão, sem cobertor, se as coisas não estivessem indo do jeito dela, como punição", ele disse.

"Eu não tinha permissão para tomar banho, fazer a barba ou usar o banheiro. Tinha que segurar (a vontade) e tentar chegar ao supermercado local, um pub ou restaurante."

"Se ela quisesse sair, eu tinha que sair, mesmo que estivesse tentando trabalhar."

Rigby verificava seu telefone, e dizia a ele para não se relacionar com a família e os amigos, afirmando: "Você está comigo agora".

Todas as mensagensbetboo brasiltexto que enviava à mãe, ele apagava imediatamente para evitar qualquer repercussão.

Houve abuso físico, incluindo mordidas, chutes, arranhões e unhadas.

Ele descreveu uma ocasiãobetboo brasilLondres, durante um fimbetboo brasilsemana prolongado, na qual Rigby exigiu que ele comprasse uma bolsabetboo brasilgrife para ela.

"Estávamos na Harrods (lojabetboo brasildepartamentosbetboo brasilluxo), e ela disse: 'Não vamos embora até que você me compre algo caro'", ele recorda.

"Ela me deu uma unhada pelo suéter, meu braço estava sangrando, até me obrigar a comprar algo caro para ela."

Cinco meses depoisbetboo brasilter ido morar com Rigby, as coisas chegaram a um ponto crítico, quando ele se encontrou com a mãebetboo brasilsegredo para tomar um café.

"Ela desabou na minha frente", ele disse.

"Pensei: 'Não posso mais fazer minha família passar por isso'... eles estavam implorando para que eu fosse embora."

Nesta época, Jones telefonou para a Mankind Initiative.

Eles confirmaram que ele estava sofrendo violência doméstica — e ouvir issobetboo brasilalguém neutro o ajudou a entender que precisava sair do relacionamento.

'Sai dessa'

A mãebetboo brasilJones, Diane Debens, disse que a família estava "orgulhosa" dele por ter dado este passobetboo brasilcompartilhar o que aconteceu.

"Você passa por uma sériebetboo brasilemoções."

"Há frustração. Você quer sacudir a pessoa e dizer: 'Sai dessa'."

"Você sabe que ele está sofrendo. É seu filho, não importa a idade. E você se sente realmente impotente."

Debens contou que eles viam Jones com hematomas, que ele escondia — e,betboo brasiluma ocasião, com um corte no nariz.

"Eu não conseguia acreditar que um ser humano pudesse tratar outro ser humano desta maneira", acrescentou.

O presidente da Mankind Initiative, Mark Brooks, elogiou a bravurabetboo brasilJones ao compartilharbetboo brasilhistória — e ressaltou que não se costuma ouvir falar da experiênciabetboo brasilhomens como ele.

"Não há muita informação sobre as vítimas masculinasbetboo brasilviolência doméstica", afirmou.

"Não se fala muito sobre isso."

"Por isso, nem sempre existe essa consciência, inclusive entre os homens,betboo brasilque o abuso doméstico realmente acontece, e pode acontecer com eles."

Tanto Jones quantobetboo brasilmãe esperam que ele se sinta preparado novamente para encontrar o amor no futuro, mas ele disse que esse momento ainda não chegou.

Quando Jones deixoubetboo brasilabusadora, ficou "apenas com as roupas do corpo", e teve que começar do zero financeiramente, construir um novo lar e resgatar amizades — sem mencionar o trabalho que ele teve para se recompor.

"Isso abalou minha confiança por muito tempo... tinha baixa autoestima por causa dos abusos constantes", ele disse.

"Tive que fazer terapia."

Ele acrescentou que havia um estigmabetboo brasiltorno dos homens que falavam sobre ter sido vítimabetboo brasilabusos — e queria contarbetboo brasilhistória para tentar mudar isso.