Coreia do Norte tem criseboneca betbooalimentaçãoboneca betboomeio a demonstraçãoboneca betbooforça militar:boneca betboo
A Coreia do Norte está passando por uma crise alimentar crítica, segundo especialistas.
O país está habituado à escassez crônicaboneca betbooalimentos, mas os controlesboneca betboofronteira, o mau tempo e as sanções agravaram a situação nos últimos anos.
A expectativa éboneca betbooque autoridades do alto escalão se reúnam no fim deste mês para discutir uma "mudança fundamental" na política agrícola, informou a imprensa estatal.
Esta é uma "tarefa muito importante e urgente",boneca betboomeio a questões agrícolas "prementes", publicou o agregadorboneca betboonotícias estatal KCNA Watch.
A crise alimentar acontece enquanto Pyongyang continua dando demonstrações do seu poderio militar.
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Há relatosboneca betbooque o Ministério da Unificação da Coreia do Sul também alertou sobre a alimentos no vizinho e pedido ajuda ao Programa Mundialboneca betbooAlimentos (WFP, na siglaboneca betbooinglês), agência ligada à Organização das Nações Unidas (ONU).
Imagensboneca betboosatélite das autoridades sul-coreanas mostram que o Norte produziu 180 mil toneladas a menosboneca betbooalimentosboneca betboo2022 do queboneca betboo2021.
Em junho, o WFP expressou preocupaçãoboneca betbooque condições climáticas extremas, como secas e inundações, poderiam reduzir a produção tanto nas colheitasboneca betbooinverno quantoboneca betbooprimavera. A imprensa estatal também noticiou no fim do ano passado que o país estava passando porboneca betboo"segunda pior" seca já registrada.
Como previsto, os preçosboneca betbooalimentos subiram neste anoboneca betboomeio às colheitas fracas, e a população se voltou para alternativas mais baratas, afirma Benjamin Katzeff Silberstein, que trabalha para o site 38North.org, especializadoboneca betbooCoreia do Norte.
Diante da maior procura por milho, um alimento básico e acessível, mas não tão popular quanto o arroz na região, o preço do grão subiu 20% no inícioboneca betboo2023, informou a Rimjin-gang, revista norte-coreana com sede no Japão.
"Se as pessoas estão comprando mais milho, isso significa que os alimentosboneca betboogeral estão ficando mais caros e alimentos básicos como o arrozboneca betbooparticular", explica Silberstein. Atualmente, um quilo custa cercaboneca betboo3.400 won norte-coreanos (US$ 3,80).
A Coreia do Norte é classificada como um dos países mais pobres do mundo. Estimativas recentes são escassas, mas a publicação CIA World Factbook projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do país eraboneca betboocercaboneca betbooUS$ 1.700boneca betboo2015.
Dito isto, a situação concreta e os números não são claros, dada a economia pouco transparente da Coreia do Norte.
“Devido às rigorosas medidasboneca betboofronteira impostas pela Coreia do Norteboneca betboorelação à covid-19 para mercadorias e pessoas, não há como alguémboneca betboofora entrar no país e verificar por conta própria qual é a situação”, diz James Fretwell, analista da NK News.
Segundo ele, essas medidas também dificultaram o envioboneca betbooajuda por parteboneca betbooorganizações fora da Coreia do Norteboneca betboomomentosboneca betboocrise.
A Coreia do Norte também restringiu rigorosamente o comércio e o tráfego transnacional desde janeiroboneca betboo2020.
Sokeel Park, diretor nacional da organização sem fins lucrativos Liberty in North Korea (LiNK), classifica a resposta do regime à pandemiaboneca betboocovid-19 como "extrema e paranoica".
Park, cuja organização ajuda a realocar refugiados norte-coreanos na Coreia do Sul e nos EUA, afirma que o suprimentoboneca betboonecessidades básicas no Norte vem diminuindo desde o início da pandemia. A LiNK ouviu inúmeros relatos confiáveis de pessoas morrendoboneca betboofome, segundo ele.
O país também observou um declínio significativo na ajuda humanitária da comunidade internacional — o Escritório da ONU para a Coordenaçãoboneca betbooAssuntos Humanitários afirmou que a Coreia do Norte recebeu US$ 2,3 milhõesboneca betbooorganizações internacionais e outras agências no ano passado, número bastante inferior aos US$ 14 milhões que recebeuboneca betboo2021.
Embora isso possa ser resultado do fechamento prolongado das fronteiras, alguns funcionários desse setor disseram à BBC que as sanções internacionais, que se tornaram mais rígidasboneca betbooresposta às provocações militares da Coreia do Norte, também impediram a entregaboneca betboosuprimentosboneca betbooajuda humanitária.
Ainda assim, há alguns sinaisboneca betbooque a atividade econômica transnacional está sendo reativada. O Nikkei Asia informou na semana passada que algumas viagensboneca betboocaminhão para a China, que responde por maisboneca betboo90% do comércio da Coreia do Norte, foram retomadas.
Mas isso não significa necessariamente que o padrãoboneca betboovida vai melhorar para o cidadão comum norte-coreano.
Park afirma que o regime concentrou seus recursos na capacidade bélica e na propaganda, com altos custos sociais. Pyongyang disparou um número recordeboneca betboomísseis balísticos no ano passado — maisboneca betboo70, incluindo mísseis balísticos intercontinentais, ou ICBMs, que têm o potencialboneca betbooatingir o continente americano. No início deste mês, fezboneca betboomaior exibiçãoboneca betbooICBMsboneca betbooum desfile militar.
“O regime reconheceu como as coisas estão difíceis para o povo norte-coreano comum, mas continua a priorizar a propaganda e a ostentação para a família Kim, lançamentosboneca betboomísseis e controles rígidos sobre a população”, acrescenta Park.
Especialistas temem que a situação se deteriore ainda mais, levando a uma fome tão devastadora quanto a que arrasou o paísboneca betboomeados da décadaboneca betboo1990, muitas vezes chamadaboneca betboodocumentos oficiaisboneca betboo"Marcha Árdua". As estimativas colocam o númeroboneca betboomortes entre 600 mil e um milhão.
"Não parecemos estar perto dos níveis da fome dos anos 1990", diz Silberstein.
"Mas os limites são muito tênues. Então, até mesmo um suprimento ligeiramente menorboneca betbooalimentos pode ter consequências terríveis."