Os norte-coreanos enviados à China para trabalho 'escravo'apostas copa do mundo bet365fábricas:apostas copa do mundo bet365

A reportagem teve acesso a um emailapostas copa do mundo bet365alguém que afirma trabalhar atualmenteapostas copa do mundo bet365TI e que diz que eles estão sendo "explorados como escravos".

Os protestos teriam eclodidoapostas copa do mundo bet365várias fábricasapostas copa do mundo bet365roupas administradas pela Coreia do Norte no nordeste da China,apostas copa do mundo bet36511apostas copa do mundo bet365janeiro,apostas copa do mundo bet365acordo com um ex-diplomata norte-coreano que possui fontes na região. Foi ele que passou a notícia à imprensaapostas copa do mundo bet365janeiro.

Ko Young Hwan, que desertou para a Coreia do Sul na décadaapostas copa do mundo bet3651990, disse à BBC que ouviu que os trabalhadores se revoltaram quando souberam que anosapostas copa do mundo bet365salários não pagos haviam sido transferidos para um fundoapostas copa do mundo bet365preparação para a guerraapostas copa do mundo bet365Pyongyang.

"Eles ficaram violentos e começaram a quebrar máquinasapostas copa do mundo bet365costura e utensíliosapostas copa do mundo bet365cozinha", disse Ko. "Alguns até trancaram os chefes norte-coreanosapostas copa do mundo bet365uma sala e os agrediram."

Não é possível atestar a veracidade do relatoapostas copa do mundo bet365Ko sobre os protestos, já que não há informações independentes verificáveis disponíveis. A Coreia do Norte não é apenas extremamente fechada, como suas fábricas na China são fortemente protegidas.

Estima-se que cercaapostas copa do mundo bet365100 mil norte-coreanos trabalham no exterior, principalmenteapostas copa do mundo bet365fábricas e canteirosapostas copa do mundo bet365obras no nordeste da China operadas pelo governo norte-coreano, Lá eles recebemapostas copa do mundo bet365moeda estrangeira, valiosa para o regime, fortemente atingido por sanções. Estima-se que os trabalhadores tenham feito cercaapostas copa do mundo bet365US$ 740 milhões para Pyongyang entre 2017 e 2023.

A maioria dos ganhos é transferida diretamente para o Estado. Mas Ko entende que os trabalhadores que se rebelaram teriam tido os salários retidos na íntegra durante a pandemia e sido informadosapostas copa do mundo bet365que seriam pagos ao retornarem à Coreia do Norte.

Normalmente, os trabalhadores passam três anos no exterior, mas por causa dos fechamentos rigorososapostas copa do mundo bet365fronteira durante a pandemiaapostas copa do mundo bet365covid, alguns estão presos fora do país há sete anos.

O descontentamento começou a se formar no começo do segundo semestreapostas copa do mundo bet3652023, afirma Ko, quando Pyongyang afrouxou as restriçõesapostas copa do mundo bet365fronteira e passou a permitir o retorno. Alguns trabalhadores estavam pressionando para voltar para casa com o objetivoapostas copa do mundo bet365receber o dinheiro devido. Quando descobriram que não receberiam, ficaram revoltados, contou Ko.

Uma versão semelhante dos eventos foi compartilhada por Cho Han-beom, pesquisador sênior do think tank financiado pelo governo sul-coreano Instituto Coreano para a Unificação Nacional (KINU), que também citou fontes na China. Ele acredita que até 2,5 mil trabalhadores participaram da ação,apostas copa do mundo bet36515 fábricas na provínciaapostas copa do mundo bet365Jilin, o que faria desse o maior protestoapostas copa do mundo bet365que se tem notícia na história da Coreia do Norte.

Embora os protestos não possam ser confirmadosapostas copa do mundo bet365forma independente, sabemos que há dezenasapostas copa do mundo bet365milharesapostas copa do mundo bet365trabalhadores norte-coreanos no exterior que estão sendo mantidos fora do país e que tiveram pelo menos parteapostas copa do mundo bet365seus ganhos retidos.

"Muitos desses trabalhadores estão psicologicamente e fisicamente exaustos depoisapostas copa do mundo bet365trabalhar no exterior por tanto tempo sem serem pagos, e vão querer ir para casa", disse Cho.

A BBC conversou com um norte-coreano que trabalhou na China entre 2017 e 2021 e que lançou mais luz sobre a situação dos funcionários no exterior. "Jung", que não nomearemos por motivosapostas copa do mundo bet365segurança, disse que era um dos funcionários com melhor desempenhoapostas copa do mundo bet365uma das empresas norte-coreanas mais lucrativas.

Mesmo assim, Jung disse que recebeu apenas 15%apostas copa do mundo bet365seus ganhos totais. O restante ia para seus chefes e para projetos estatais, o que era frustrante. Jung era pago mensalmente, mas ele afirma que quem trabalhavaapostas copa do mundo bet365empresasapostas copa do mundo bet365baixo desempenho via cada vez mais seus salários serem retidos.

"Algumas pessoas ficaram sem aquecimentoapostas copa do mundo bet365suas acomodações durante os mesesapostas copa do mundo bet365duro inverno, e não podiam deixar seu complexo, nem mesmo para comprar itensapostas copa do mundo bet365necessidade básica", disse ele. Jung foi autorizado a fazer uma saída na semana, acompanhadoapostas copa do mundo bet365outros trabalhadores. Mas durante a pandemiaapostas copa do mundo bet365covid até essa pequena liberdade foi restringida. Ele ficou sem receber permissão para deixar seu localapostas copa do mundo bet365trabalho por um ano.

Apesar das restrições, empregos no exterior são altamente procurados pelos norte-coreanos, pois podem pagar até 10 vezes mais que aqueles dentro do país.

Quem se candidata tem a vida investigada a fundo, para verificar se não há históricoapostas copa do mundo bet365crime ou deserção na família. Os trabalhadores escolhidos devem então deixar as famílias para trás - para que não sejam tentados a desertar.

A BBC leu um e-mailapostas copa do mundo bet365alguém que afirma ser um norte-coreano atualmente trabalhando na China, que sugere que o nívelapostas copa do mundo bet365controle exercido sobre os trabalhadores aumentou nos últimos quatro anos.

O homem, que diz ser um trabalhadorapostas copa do mundo bet365TI no nordeste da China, enviava e-mails para Ko há maisapostas copa do mundo bet365um ano e entrouapostas copa do mundo bet365contato novamente na semana passada após saber dos protestos.

Ko nos disse que confirmou a identidade do homem, embora a BBC não possa verificarapostas copa do mundo bet365forma independente quem ele é, ou seu relato, devido ao nívelapostas copa do mundo bet365anonimato necessário para protegê-lo.

"O estado norte-coreano explora os trabalhadoresapostas copa do mundo bet365TI como escravos, fazendo-nos trabalhar seis dias por semana,apostas copa do mundo bet36512 a 14 horas por dia", escreveu o programador. A equipe trabalha durante a noite para clientes baseados nos EUA e na Europa, disse, sofrendo privação crônicaapostas copa do mundo bet365sono e muitas doenças.

Logo que chegou, ele recebia entre 15 e 20%apostas copa do mundo bet365seus ganhos mensalmente, masapostas copa do mundo bet3652020 os pagamentos teriam sido interrompidos. Veio então uma ordem das autoridadesapostas copa do mundo bet365Pyongyang, contou ele, exigindo que as autoridades trancassem os trabalhadoresapostas copa do mundo bet365seu alojamento à noite para impedi-losapostas copa do mundo bet365escapar.

O homem detalhouapostas copa do mundo bet365seu e-mail como os gerentes são pressionados a envergonhar publicamente funcionáriosapostas copa do mundo bet365baixo desempenho, estapeando-os na frenteapostas copa do mundo bet365todos e depois batendo neles até sangrarem.

Já osapostas copa do mundo bet365alto desempenho são recompensados com uma ida a um restaurante norte-coreano, onde podem escolher uma das garçonetes para passar a noite. O melhor funcionário do mês tem o direitoapostas copa do mundo bet365escolher primeiro. Ele acusou os gerentesapostas copa do mundo bet365"se aproveitar dos impulsos sexuais dos jovens para levá-los a competir e fazer mais dinheiro".

O ex-trabalhador estrangeiro Jung afirmou que esses passeios também eram comuns na empresaapostas copa do mundo bet365que trabalhava, acrescentando que se tornaram mais frequentes durante a pandemiaapostas copa do mundo bet365covid, "já que os trabalhadores estavam presos dentroapostas copa do mundo bet365casa e extremamente estressados". Os homens ficavam até tarde no restaurante e as mulheres eram remuneradas, disse ele.

Hanna Song, diretora executiva do Centroapostas copa do mundo bet365Bancoapostas copa do mundo bet365Dados para os Direitos Humanos da Coreia do Norte (NKDB), disse que tipicamente os trabalhadores estrangeiros suportam condições difíceis e vigilância rigorosa porque podem voltar para casa com uma pequena quantidadeapostas copa do mundo bet365dinheiro. "Muitos deles sentiram-se abandonados quando o governo fechou as fronteiras durante a covid", disse ela.

Song também confirmou ter ouvido falarapostas copa do mundo bet365salários sendo retidos mesmo antes da pandemia.

Apesar das aparentes frustrações entre os trabalhadores, Pyongyang parece relutanteapostas copa do mundo bet365trazê-los para casa. Em 2017, o Conselhoapostas copa do mundo bet365Segurança da ONU proibiu a Coreia do Norteapostas copa do mundo bet365empregar trabalhadores no exterior e ordenou a repatriação deles até o finalapostas copa do mundo bet3652019.

Acredita-se que a China não estaria disposta a desrespeitar abertamente a proibição aceitando uma nova levaapostas copa do mundo bet365trabalhadores. O que deixa a Coreia do Norte com um problema a resolver: descobrir como gerenciar possíveis revoltas ao impedir o retornoapostas copa do mundo bet365seus trabalhadores.

Depois que os protestos eclodiram, diz Ko, Pyongyang enviou funcionários do governo às fábricas da China para pagar aos trabalhadores parte dos salários devidos, mas o equivalente a milhõesapostas copa do mundo bet365dólares ainda não foram pagos.

Embora seja bem possível que os relatosapostas copa do mundo bet365protestosapostas copa do mundo bet365larga escala tenham sido exagerados, a maioria dos especialistas com quem a BBC conversou concorda que é provável que algum tipoapostas copa do mundo bet365incidente tenha ocorrido.

O serviçoapostas copa do mundo bet365inteligência sul-coreano disse à BBC que houve "vários incidentes" envolvendo trabalhadores norte-coreanos no exterior, devido a "más condiçõesapostas copa do mundo bet365trabalho" e que estava "monitorando a situação".

Song disse que era difícil imaginar que um protestoapostas copa do mundo bet365larga escala pudesse acontecerapostas copa do mundo bet365repente. "Se tivesse havido qualquer indícioapostas copa do mundo bet365planejamento, provavelmente teria sido descoberto pelas autoridadesapostas copa do mundo bet365segurança do estado e reprimido."

Peter Ward, especialistaapostas copa do mundo bet365economia política norte-coreana no Instituto Sejongapostas copa do mundo bet365Seul, disse que era difícil saber se os relatos tinham credibilidade, já que nenhuma informação possívelapostas copa do mundo bet365ser verificadaapostas copa do mundo bet365forma independente havia surgido, mas que, dada a situação dos trabalhadores no exterior, os protestos eram "totalmente plausíveis".

Mas se tiverem ocorridoapostas copa do mundo bet365fato, Ward não acredita que representam uma ameaça direto ao regime.

"Isso parece ser uma disputa trabalhista, essas pessoas não estão tentando derrubar o governo", disse ele. E argumentou que seriam mais uma provaapostas copa do mundo bet365que "o governo norte-coreano está realmente lutando por dinheiro, a pontoapostas copa do mundo bet365agora estar literalmente roubandoapostas copa do mundo bet365seus trabalhadores".

Ward acrescentou que a Coreia do Norte precisaria cuidar da questão, até porque poderia criar tensões com a China. Pequim não vai querer protestosapostas copa do mundo bet365seu solo e pode decidir pararapostas copa do mundo bet365facilitar esses arranjos.

Reportagem adicional por Leehyun Choi