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4 maus hábitos que afetam a memória quando envelhecemos:suporte vbet
Em conversa com a BBC News Mundo, serviçosuporte vbetnotíciassuporte vbetespanhol da BBC, o autor do livro Why We Remember ("Por que nos lembramos",suporte vbettradução livre) identificou quatro maus hábitos que a maioria das pessoas tem — e que, segundo ele, afetam a capacidade do nosso cérebrosuporte vbetlembrar das coisas.
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Fim do Matérias recomendadas
Ele deu também algumas dicas para corrigi-los.
1. Não descansar o suficiente
À medida que os seres humanos envelhecem, tendem a dormir menos horas e, como se não bastasse isso, problemas no trabalho, econômicos esuporte vbetsaúde podem afetar a qualidade do sono, uma combinação que pode ser bastante prejudicial para a saúde.
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“Sabemos agora que o cérebro possui um sistema que drena as toxinas que se acumulam nele, incluindo a proteína amiloide, que está envolvida no desenvolvimentosuporte vbetAlzheimer. Este sistema é ativado durante a noite”, observa Ranganath.
O neurocientista, que há 25 anos estuda o funcionamento do cérebro, explica que o sono também tem uma função restauradora.
“Se uma pessoa não dorme o suficiente, a função frontal do cérebro é reduzida, assim como o seu nívelsuporte vbettolerância ao estresse; e, por isso, ela não é capazsuporte vbetse concentrar adequadamente.”
Mas, durante a noite, o cérebro não só elimina elementos nocivos e recarrega as baterias, como também organiza as nossas memórias.
“Durante o sono, a memória é reativada, e é a isso que muitos atribuem a origem dos sonhos (…) Dormir facilita a retenção das informações que aprendemos”, acrescenta o especialista.
Não usar celular e computador, evitar refeições pesadas, bebida alcoólica e cafeína antessuporte vbetdormir são algumas das recomendações que Ranganath dá para tentar ter um sono reparador.
E para aquelas pessoas que, por um motivo ou outro, têm dificuldadesuporte vbetdormir à noite, o especialista afirma que tirar uma soneca durante o dia também pode ser muito benéfico.
“Os benefícios [do sono] para a memória também podem ser alcançados durante o dia”, diz ele.
2. Ser multitarefa
No mundo competitivo e atribuladosuporte vbethoje, a capacidadesuporte vbetser multitarefa — ou seja,suporte vbetfazer várias coisas ao mesmo tempo — é vista como algo positivo. Mas Ranganath alerta que isso pode ser “muito ruim” para a memória.
O motivo? “O córtex pré-frontal nos ajuda a focar no que precisamos fazer para atingir nossos objetivos, mas esta habilidade maravilhosa fica prejudicada se pularmos continuamentesuporte vbetum objetivo para outro”, explica.
Segundo ele, existesuporte vbetnosso cérebro uma competição entre os conjuntossuporte vbetneurônios que participamsuporte vbetdiferentes tarefas — e esta competição é o que dificulta que a gente realize várias tarefas ao mesmo temposuporte vbetmaneira correta e eficiente.
Por isso, o neurocientista adverte que verificar o e-mail enquanto se assiste a uma palestra ou uma aula só vai levar a uma coisa: não se lembrar do que estava ouvindo inicialmente.
“Ao mudarsuporte vbetobjetivo (começar a verificar o e-mail), os neurônios se distraem e registram memórias fragmentadas da conferência, porque você está usando muitas funções executivas para gerenciar a mudançasuporte vbetuma atividade para outra, e isso dificulta a formaçãosuporte vbetuma memória duradoura”, observa.
Mas, como acontece com toda regra, há pelo menos uma exceção: tarefas que estão associadas ou relacionadas.
“Se você está fazendo um bolo, tem que pré-aquecer o forno, e depois voltar a preparar a massa, ou algo do tipo. Mas se você juntar todas essas tarefassuporte vbetuma grande tarefa, vai conseguir”, ilustra.
Para evitar ser multitarefa, Ranganath não apenas recomenda tentar terminar uma atividade antessuporte vbetiniciar outra, como também evitar o que pode nos distrair do objetivo.
Assim, ele sugere colocar o celular no modo silencioso, principalmente as notificaçõessuporte vbete-mail e mensagens, enquanto uma ação está sendo executada.
Também recomenda fazer pausas para sonhar acordado ou esticar as pernas.
A questão do tempo que gastamos verificando o celular também leva a outra pergunta: que efeitos isso vai ter para os jovenssuporte vbethoje?
“Possivelmente haverá algumas consequências positivas, e outras negativas, mas o relevante é que eles estão desenvolvendo hábitos que não fazem bem à memória”, diz o especialista.
Um estudo publicadosuporte vbet2023 revelou que adolescentes e crianças americanas passam entre cinco e oito horas por dia grudados no celular.
3. Cair na monotonia
Diferentemente do que se imagina, o cérebro humano não está programado para lembrarsuporte vbettudo. Pelo contrário, ele é seletivo.
“A maioria das experiências que vivemos ou das informações às quais fomos expostos vai ser esquecida”, explica Ranganath.
Apenas aquelas experiências ou eventos associados ao medo, raiva, desejo, felicidade, surpresa ou outras emoções que sejam capazessuporte vbetliberar substâncias químicas como adrenalina, serotonina, dopamina ou cortisolsuporte vbetnosso cérebro vão acabar fixadossuporte vbetnossos neurônios.
Estas substâncias químicas ajudam na plasticidade cerebral, que é essencial para a memória.
“A plasticidade no cérebro nos ajuda a realizar tarefas, especialmente aquelas que são repetitivas,suporte vbetforma mais eficiente”, explica o professor da Universidade da Califórnia, acrescentando que esta capacidade diminui com a idade.
Por isso, ações como lembrar a senha que acabamossuporte vbetalterar para acessar nossa conta bancária, celular ou e-mail ficam mais difíceis com o passar do tempo.
“Uma vez que você altera a senha, os neurônios que tinham a senha antiga armazenada vão brigar com aqueles que possuem a nova”, afirma.
Quebrar a monotonia e sair da rotina é, segundo o especialista, a melhor maneirasuporte vbettentar preservar a plasticidade cerebral.
4. Ser confiante demais
“As pessoas pensam quesuporte vbetmemória é muito boa até que,suporte vbetalgum momento da vida, percebem que não é o caso”, observa Ranganath.
E não é para menos, já que o cérebro não foi projetado para lembrar literalmentesuporte vbettudo aquilo que vivenciamos — o que, segundo o especialista, seria uma tarefa muito árdua.
“Estima-se que o americano médio esteja exposto a 34 gigabytes (o equivalente a 11,8 horas)suporte vbetinformação por dia”, afirma o professor.
“O propósito da memória não é recordar o passado, embora possa fazer isso — mas, sim, retirar do passado as informações importantessuporte vbetque necessitamos para compreender o presente, e nos preparar para o futuro”, explica, recomendando não recorrer apenas à memorização para aprender algo.
“A aprendizagem mais eficaz ocorresuporte vbetcircunstânciassuporte vbetque nos esforçamos para evocar uma memória, e depois obtemos a resposta que buscamos”, indica.
“Por exemplo, alguns minutos depoissuporte vbetser apresentado a alguém, desafie-se e tente dizer o nome da pessoa. E à medida que a conversa fluir, faça isso novamente. Quanto mais espaçadas forem essas tentativas, melhor.”
Outras recomendações
Alémsuporte vbetcombater os quatro hábitos mencionados acima, Ranganath garante que existem outras formassuporte vbetproteger nossa memória — e desfrutarsuporte vbetuma boa saúde mental.
“Há muitas coisas óbvias que as pessoas podem fazer para cuidar da memória, mas não fazem porque estão à esperasuporte vbetum comprimido ousuporte vbetuma vacina, porque é mais fácil, e não precisam mudar seu estilosuporte vbetvida", diz ele.
Mas quais são estas coisas óbvias?
“No curto prazo, busque dormir melhor, aprenda a lidar com o estresse (ou tente diminuir as causas que o desencadeiam) e adote práticassuporte vbetmindfulness (atenção plena), que servem para detectar quando você está distraído”, afirma.
No longo prazo, a lista é um pouco mais comprida.
“A alimentação pode fazer muito, a dieta mediterrânea tem provado ter resultados muito bons no que diz respeito à promoção da saúde mental”, diz ele.
“O exercício físico, principalmente o exercício aeróbico, é bom porque aumenta a secreçãosuporte vbetsubstâncias que aumentam a plasticidade e melhoram a vascularização do cérebro”.
“Uma boa saúde bucal e auditiva também é importante, porque estudos constataram que pessoas com problemassuporte vbethigiene oral ou que não cuidam dos ouvidos tendem a sofrersuporte vbetproblemas cognitivos", acrescenta. "E, por último, as relações sociais e a exposição a coisas novas estimulam a plasticidade cerebral."
Por fim, o especialista afirma que estudos revelaram que estas boas práticas permitiram a algumas pessoas mantersuporte vbetmemória até uma idade avançada — e reduzirsuporte vbetum terço o riscosuporte vbetdemência.
Os dados são animadores, especialmente considerando que 40% das pessoas podem ter algum tiposuporte vbetproblemasuporte vbetmemória ao completar 65 anos, segundo a Sociedadesuporte vbetAlzheimer do Canadá.
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