Os segredos dos escritores para nos 'prender' até o final dos textos:cassino bonus

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Que vontadecassino bonuscontinuar mencionando outros exemplos brilhantes! Mas estes são suficientes para observar que o princípiocassino bonusuma história é um anúncio, uma surpresa, uma declaraçãocassino bonusintenções.
Em detalhes

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Vamos começar do princípio. Que melhor começo existe que a primeira grande históriacassino bonusaventuras da literatura ocidental?
Esta é a aberturacassino bonusA Odisseia,cassino bonusHomero:
"Conta-me sobre um homem complicado.
Musa, conta-me como ele vagou e se perdeu depoiscassino bonusdestruir a sagrada cidadecassino bonusTroia, aonde foi e a quem conheceu; a dor que sofreu na tormenta nos mares e como batalhou para salvarcassino bonusvida e guiar seus homens para casa.
Não conseguiu mantê-los a salvo."
A primeira linha já nos adverte que esta não é uma história comum. É uma declaração simples que expõe as perguntas: por que este homem é o herói da história? E quais são as suas complicações?
"Musa, conta-me como ele vagou e se perdeu depoiscassino bonusdestruir a sagrada cidadecassino bonusTroia." A ousada abertura convida a outras perguntas.
Por que Ulisses andou errante? Por que ele se perdeu? Quando e como ele destruiu a sagrada cidadecassino bonusTroia? Por que Troia era sagrada? O que o levou a destruí-la?
Uma boa narração dependecassino bonusapresentar não uma, mas uma sériecassino bonusperguntas que precisamcassino bonusrespostas... e, neste caso, as perguntas não param. Elas nos dão vontadecassino bonussaber aonde ele foi e quem conheceu, saber das suas dores e dos esforços para salvar seus homens e levá-los paracassino bonuspátria.
Homero nos convida a ouvir acassino bonushistória. E até nos presenteia com um spoiler do que irá acontecer: "não conseguiu mantê-los a salvo".
Mas até esta frase gera mais uma pergunta: por que ele fracassou? E Homero nos diz que eles morreram pelos seus próprios erros. Mas quais foram esses erros? Como morreram os homenscassino bonusUlisses?
A cada duas ou três palavras, a aberturacassino bonusA Odisseia impulsiona a narração e provoca um por quê, como, quando ou onde – questões cuja resposta só a leitura pode trazer.
Esta é a essênciacassino bonustodas as boas narrações: elas se alimentam da curiosidade. Algo que foi um tanto problemático para a premiada escritora britânico-paquistanesa Kamila Shamsie quando escreveu seu romance Sombras Marcadas (Ed. Alfaguara, 2011).
Mundos
A história começacassino bonusum lugar e momento que, só ao mencioná-los, já revelam o que irá acontecer.
Algo assim pode ocasionar a queda da "espadacassino bonusDâmocles", que, segundo o romancista americano Richard Ford, "pende sobre todas as nossas cabeças: que os leitores encontrem uma razão para deixarcassino bonusler".
Ganhador do prêmio Pulitzer, Ford afirmou à BBC que "para mim, um livrocassino bonussucesso é aquele que leva o leitor do princípio até a última palavra".
E, para consegui-lo, os escritores precisam fazer com que passemos a morar nos mundos que eles criaram.
Mas como eles ambientam seus romancescassino bonuslugares que podemos tocar, cheirar, ouvir e até saborear?
Em suas obras, Shamsie nos levacassino bonusLondres até Karachi, no Paquistão; ecassino bonusNova York, nos Estados Unidos, até Nagasaki, no Japão – o cenáriocassino bonusSombras Marcadas que tanto a preocupou.
Chegar à versão final da abertura do romance levou "muito tempo. Escrevi quatro ou cinco rascunhos e nenhum funcionava", conta a autora.
Até que ela decidiu pegar o touro à unha: abriu o livro com o nome da cidade e a data precisa, sabendo que seus leitores "saberiam que iria cair uma bomba":
"Nagasaki, 9cassino bonusagostocassino bonus1945.
Mais tarde, quem sobreviver recordará este dia como cinza. Mas, na manhãcassino bonus9cassino bonusagosto propriamente dita, tanto o homemcassino bonusBerlim, Konrad Weiss, quanto a professora da escola, Hiroko Tanaka, saemcassino bonussuas casas e observam o azul perfeito do céu onde floresce a fumaça branca das chaminés das fábricascassino bonusmunições.
Konrad não pode ver as chaminés dacassino bonuscasacassino bonusMinamiyamate, mas, há três meses, seus pensamentos visitaram com frequência a fábrica na qual Hiroko Tanaka passa seus dias medindo a espessura do açocassino bonusmicrômetros, com imagenscassino bonusaulas invadindo seus pensamentos, como as recordações do voo talvez entrassem nas mentescassino bonuspássaros com asas rasgadas."
Alémcassino bonusnos situar no marco histórico, Shamsie nos adianta que uma dessas pessoas irá sobreviver e a outra, não.
"Quero que você se envolva com a data, com os personagens e com seu próprio desconhecimento, porque, naquele dia,cassino bonusNagasaki, ninguém acordou pensando no que iria acontecer", declarou ela à BBC.
Para criar seus mundos, Shamsie começa imaginando a si mesma neles. "É claro que não estivecassino bonusNagasakicassino bonus1945,cassino bonusforma que li e vi fotografias e todo tipocassino bonuscoisa para tentar criar para mim esse sentidocassino bonuslugar", ela conta.
"Quando procurava Nagasaki, tudo o que via era uma nuvemcassino bonusformacassino bonuscogumelo", prossegue Shamsie. "Eu quis restaurar a cidade nas páginas. E realçar o contraste. Hiroko estácassino bonusférias, existe um azul perfeito no céu e a ilusão da vitória."
Essa tranquilidade antes da tormenta é deliberada, mas também um fato. "Esse 9cassino bonusagosto realmente começou como um dia ensolarado e,cassino bonusum dado momento, o céu ficou cheiocassino bonusnuvens que quase impediram o lançamento da bomba", relembra a autora.
Mas Shamsie ressalta que "a escrita descritiva nunca se trata apenascassino bonusmostrar algo como se fosse uma fotografia. Ela deve ir além do visual. É preciso haver algo nos detalhes específicos oferecidos para começar a semear a trama do romance."

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Silêncio
E foi um detalhe sobre as mulheres que vestiam quimonos brancos com botões escuros, que Shamsie encontrou ao ler Hiroshima, do escritor John Hersey, que deu ao seu livro o nomecassino bonusSombras Marcadas e a levou a "ver uma imagem que poderia se transformarcassino bonusum romance".
"O branco refletiu o calor da bomba para longe do seu corpo e o preto o absorveu. Por isso, pavorosamente, surgiram tatuagens na pele na forma dos botões dos seus quimonos", ela conta. "Ao ler isso, tive na cabeça a imagemcassino bonusuma mulher com um quimono com botões na formacassino bonustrês grous pretos nas costas. Eu quis que essa mulher se virasse."
"Hiroko sai para o terraço. Seu corpo, do pescoço para baixo, é uma colunacassino bonusseda, branco com três grous pretos que caem sobre suas costas. Olhacassino bonusdireção às montanhas e tudo parece mais bonito no início dessa manhã. Nagasaki está mais bonita do que nunca. Ela vira a cabeça e vê as torres da Catedralcassino bonusUrakami, que Konrad está olhando quando observa um espaço aberto entre as nuvens. A luz do sol atravessa aquele espaço, separando as nuvens ainda mais.
Hiroko.
E, então, o mundo se torna branco."
Seguem-se duas páginascassino bonusbranco no livro.
"Como escritora, existem momentoscassino bonusque você reconhece que faltam as palavras."
Diálogos
O silêncio, assim como as entrelinhas e o discurso inarticulado, certamente são indispensáveis.
"Às vezes, costuma-se dizer que existem palavras indeléveis, mas, na verdade, o silêncio depois do discurso, a mudança no silêncio ou a transformação do ambiente depois que se fica sabendocassino bonusalguma coisa é o que marca", afirma à BBC a romancista irlandesa e ganhadora do prêmio Booker Anne Enright.
A tarefa do narrador é mostrar como tudo acontece, não só com descrições, mas também com diálogos. E, neles, sempre cabem os protestos, as interrupções, as frases foracassino bonuslugar, os insultos acidentais e o arrebatamento não articulado. Estes encontros impulsionam a história.
A boa narração depende dos confrontos. Se todos entrarem na cena com o mesmo pensamento, não tem sentido ficar para ver o que acontece.
O drama dependecassino bonusque os personagens não saibam o que querem ou esperem por coisas diferentes. E o autor precisa nos surpreender com reviravoltas inesperadas, como fez Jane Austen neste trechocassino bonusOrgulho e Preconceito:
" – Oh, senhor Bennet! Precisamos do senhor com urgência. Estamoscassino bonusdificuldades. É preciso que o senhor vá e convença Elizabeth a casar-se com Collins, pois ela jurou que não o fará e, se não se apressar, Collins mudarácassino bonusideia e não a irá querer mais.
Ao entrarcassino bonusmulher, o senhor Bennet ergueu os olhos do livro e os fixou no seu rosto com uma calma indiferença que a notíciacassino bonusnada alterou.
– Não tive o prazercassino bonusentendê-la – disse, quando ela terminoucassino bonusladainha. – Do que você está falando?
– Do senhor Collins e Lizzy. Lizzy diz que não irá se casar com o senhor Collins e o senhor Collins começa a dizer que não se casará com Lizzy.
– E o que eu vou fazer? Parece-me que não há remédio.
– Fale com Lizzy. Diga a ela que o senhor quer que ela se case com ele.
– Diga-lhe que desça. Ela ouvirá minha opinião.
A senhora Bennet tocou a campainha e Elizabeth foi chamada à biblioteca.
– Venha, minha filha – disse seu pai, quando a jovem entrou. – Pedi que a buscassem para um assunto importante. Dizem que Collins fez propostascassino bonusmatrimônio para você, é verdade?
Elizabeth respondeu que sim.
– Muito bem; e dizem que você as recusou.
– É verdade, papai.
– Bem. Agora, vamos ao assunto. Sua mãe deseja que você aceite. Não é verdade, senhora Bennet?
– Sim, caso contrário não a quero ver mais.
– Você tem uma triste escolha pela frente, Elizabeth. A partircassino bonushoje, você terá que renunciar a um dos seus pais. Sua mãe não quer voltar a ver você se não se casar com Collins e eu não quero voltar a vê-la se você se casar com ele."
A linguagem é precisa. Nenhuma palavra é desperdiçada, mesmo com as repetições.
O contraponto é convertidocassino bonusuma sériecassino bonusopostos irreconciliáveis, que termina fazendo com que a filha já não precise escolher um marido, mas sim optar entre seus pais. Fazer o leitor esperar algocassino bonusum diálogo sem que ocorra exatamente o esperado é outro pilarcassino bonusuma narração convincente.
E, para que isso aconteça, é indispensável que os moradores do mundo criado pelo autor sejam quase quecassino bonuscarne e osso.

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Personagens
Como criar personagenscassino bonusficção que pareçam reais?
Um dos segredos da narração é o reconhecimentocassino bonusque todos nós podemos adotar várias identidades, como observou o poeta norte-americano Wlat Whitman nacassino bonusCançãocassino bonusMim Mesmo:
"Eu me contradigo?
Sim, eu me contradigo. E daí?
(Sou imenso e tenho multidões dentrocassino bonusmim)."
Os personagens sempre podem ser maiscassino bonusuma coisa. Ninguém é típico.
Eles nem mesmo precisam estar presos aos estereótiposcassino bonusgênero. Um exemplo é o personagem Orlando,cassino bonusVirginia Woolf, que mudacassino bonussexo no transcurso do romance (Orlando: uma Biografia).
"Orlando havia se transformadocassino bonusuma mulher – era inútil negá-lo. Mas,cassino bonustodo o mais, Orlando era ele mesmo. A mudançacassino bonussexo alterava seu futuro, nãocassino bonusidentidade."
Alteraçõescassino bonusidentidade foram temacassino bonusnarração desde a Metamorfosecassino bonusOvídio. Na versão atualizadacassino bonusFranz Kafka, o personagem central chega a mudarcassino bonusespécie:
"Quando Gregor Samsa acordou certa manhã, depoiscassino bonusum sono intranquilo, encontrava-se sobrecassino bonuscama transformadocassino bonusum monstruoso inseto."
É muito dramático, mas,cassino bonusum romance, os personagens precisam mudar. Se não o fizerem, terminam sem futuro, como a senhorita Havisham do romance Grandes Esperanças,cassino bonusCharles Dickens. Ela ficou presa no momentocassino bonusque foi abandonada antes do casamento.
"Sentadacassino bonusuma poltrona com o cotovelo apoiado sobre a mesa e a cabeça na mão correspondente, observei a dama mais estranha que já havia visto e que jamais verei.
Ela vestia uma roupa muito belacassino bonuscetim, renda e seda, toda branca. Seus sapatos eram da mesma cor. Dacassino bonuscabeça, pendia um longo véu, também branco, e seus cabelos estavam ornados com florescassino bonusnúpcias, embora fossem grisalhos. No pescoço e nas mãos, brilhavam algumas joias e, na mesa, viam-se outras joias cintilando. Por toda parte, meio dobrados, havia outros trajes, embora menos esplêndidos que o vestido daquela estranha mulher.
Ela aparentava não haver terminadocassino bonusvestir-se, já que só calçava um sapato e o outro repousava sobre a mesa. E, quanto ao véu, estava arrumado pela metade, não havia colocado o relógio e a corrente e, sobre a mesa coroada pelo espelho, podia-se ver algumas rendas, seu cachecol, suas luvas, algumas flores e um livrocassino bonusorações, todos amontoados.
Não observei tudo imediatamente, mas pude ver muito mais do que se acreditaria, e também percebi que tudo aquilo que deveria ser branco,cassino bonusfato, foi dessa cor, talvez muito tempo atrás, já que havia perdido seu brilho, assumindo tons amarelados. Além disso, observei que a noiva, vestida para casar-se, havia perdidocassino bonuscor, da mesma forma que a roupa e as flores, e que nela nada mais brilhava além dos seus olhos profundos.
Ao mesmo tempo, notei que aquela roupa vestiu, um dia, a figura arredondadacassino bonusuma mulher jovem e que, agora, encontrava-se sobre um corpo reduzido a pele e ossos."
Se a metamorfose da personagem é fundamental para a trama, o que fazcassino bonusum romancecassino bonusDickens alguém que não consegue ou não quer se transformar?
"Perceba que, neste trecho tão curto, o que você vê é o que foi e o que é agora", destaca o escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah, vencedor do Prêmio Nobelcassino bonusLiteraturacassino bonus2021.
"Você observa a mudança, mas ele é muito cuidadoso para mostrá-la e o fazcassino bonusuma forma muito dramática", explica Gurnah. "Ao mostrar como mudou a cor da seda, ele deixa a entender a passagem do tempo."
Assim, nem a senhorita Havisham consegue evitar a mudança, por mais que tente. "Não, o que ela procura é deter o momento, mas, na verdade, o que está fazendo é demonstrar como o tempo passou para ela", destaca o escritor.
Se os personagens mudam, desenvolvem-se e crescem ao longocassino bonusum romance, talvez o leitor também se transforme no processo. O prazer da ficção reside neste poder.
Ela nos permite viver foracassino bonusnós mesmos, imaginar novos personagens, novos mundos e novas maravilhas,cassino bonusforma que, quando terminarmoscassino bonusler, talvez reconsideremos quem somos,cassino bonusquem nos transformamos e quem ainda poderíamos ser.
Talvez este seja o maior segredo da narraçãocassino bonushistórias.

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O fim
Pouco a pouco, vamos irremediavelmente chegando à última página, muitas vezes sem querer que a história termine, mesmo estando intrigados para saber o seu final.
Partecassino bonusuma boa narração depende da capacidadecassino bonusfazer conexões entre o comum e o extraordinário, permitindo a nós, os leitores, sair do cotidiano, pensarcassino bonusvidas diferentes das nossas, encontrar o espaço, considerar o significado e o propósito, a ambição e a futilidade, o amor e a morte, o humor e a graça.
Mas depende também da habilidade do escritor para manter o ritmo e chegar até o final, o que pode ser fundamental para moldar nossa compreensão do que acabamoscassino bonusler. Ou talvez não tão claramente, como acontececassino bonusum dos finais mais impactantes e discutidos: ocassino bonusO Grande Gatsby,cassino bonusF. Scott Fitzgerald:
"E, enquanto estava ali, raciocinando sobre um velho mundo desconhecido, pensei na maravilhacassino bonusGatsby quando vislumbrou pela primeira vez a luz verde no caiscassino bonusDaisy.
Ele havia percorrido um longo caminho para chegar a esta grama azul e seu sonho devia parecer tão próximo para ele que quase conseguia capturá-lo. Ele não sabia que já estava atrás dele,cassino bonusalgum lugar naquela vasta escuridão além da cidade, onde os campos escuros da república giravam à noite.
Gatsby acreditava na luz verde, o futuro orgásmico que, ano após ano, afasta-secassino bonusnós. Ela nos escapou, mas não importa: amanhã, correremos mais rápido, esticaremos mais os braços e, algum dia,...
Assim remamos para frente com os barcos contra a corrente, arrastados incessantementecassino bonusdireção ao passado."
O romance termina aqui, mas a curiosidade, não.
Por que Gatsby, Myrtle e George Wilson morrem? Por que Daisy volta com Tom? Por que ninguém vem ao funeralcassino bonusGatsby?
O final abrupto e pessimista deixa uma sensaçãocassino bonusvazio e sem sentido que apresenta mais perguntas do que respostas, gerando interpretações que transformam o ponto finalcassino bonusreticências.
Outros finais não deixam interrogações, mas sim reflexões que os escritores parecem querer nos fazer levar conosco, como o final da romancista britânica George Eliotcassino bonusMiddlemarch:
"... o bem acumulado do mundo depende,cassino bonusparte,cassino bonusfatos que não constam na história.
O fatocassino bonusque as coisas não estejam tão mal como poderiam haver ficado para mim e para você deve-se,cassino bonusparte, àqueles que viveram fielmente uma vida oculta e descansamcassino bonustúmulos que ninguém visita."
Nas mãoscassino bonusescritores geniais, muitas vezes, os finais são tão brilhantes e inesquecíveis quanto os inícios. Comocassino bonusNinguém Escreve ao Coronel,cassino bonusGabriel García Márquez (Ed. Record, 1980):
"A mulher se desesperou. 'E, enquanto isso, o que comemos?', perguntou, agarrando o coronel pelo colarinhocassino bonusflanela. Ela o sacudiu energicamente.
– Diga-me, o que comemos?
O coronel precisoucassino bonussetenta e cinco anos – os setenta e cinco anos dacassino bonusvida, minuto após minuto – para chegar a este momento. Ele se sentiu puro, explícito, invencível, quando respondeu:
– Merda."
Ouça a série "The Secrets of Storytelling", da BBC Rádio 4, que deu origem a esta reportagem (em inglês), no site BBC Sounds. A série é apresentada pelo escritor britânico James Runcie e produzida por Ellie Bury.
Esta reportagem é parte do Hay Festival Cartagena, um encontrocassino bonusescritores e pensadores realizado na Colômbia entre 26 e 29cassino bonusjaneirocassino bonus2023.
- Este texto foi originalmente publicadocassino bonushttp://roberthost1.accountsupport.com/articles/c4nz99zgkvdo








