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Microssonecas: o efeito sobre o corpo dos cochilos que podem durar segundos:home bet online
E estamos também chegando mais pertohome bet onlinecompreender os motivos que nos levam a tirar essas microssonecas.
Pesquisas recentes concluíram que os verdadeiros especialistas nesse sono minúsculo são os pinguins-de-barbicha.
Enquanto seus parceiros estão no marhome bet onlinebuscahome bet onlinealimento, os inúmeros pinguins que ficam nos ninhos precisam ficarhome bet onlineestadohome bet onlinealerta para proteger seus ovos dos predadores, como os mandriões-antárticos, além das agressõeshome bet onlineoutros pinguins.
O ecofisiologista do sono Paul-Antoine Libourel, do Centrohome bet onlinePesquisahome bet onlineNeurociênciashome bet onlineLyon, na França, avaliou a atividade cerebral e os padrõeshome bet onlinesonohome bet online14 pinguins na ilha do Rei George, na Antártida.
Ao longohome bet onlineum períodohome bet online10 dias, os pinguins não dormiram por maishome bet online34 segundos por vez. Na verdade, eles tiveram maishome bet online10 mil microssonecashome bet onlinemenoshome bet onlinequatro segundos – às vezes,home bet onlineapenas uma metade do cérebrohome bet onlinecada vez.
Quatro segundos pode parecer um tempo curto demais para causar qualquer função reparadora. Mas o tempo somado indica que cada pinguim tinha impressionantes 11 horashome bet onlinesono a cada 24 horas.
Este sistema parece funcionar bem para os pinguins. Para o ser humano moderno, entretanto, as microssonecas são menos benéficas.
Para nós, as situaçõeshome bet onlinevida ou morte que nos exigem ficarhome bet onlinealerta são diferentes das enfrentadas pelos pinguins. Conduzir um carro ao longohome bet onlineuma estradahome bet onlinealta velocidade pode ser uma dessas situações, não evitar um predador.
E, infelizmente, dirigir veículos é uma tarefa que pode ser monótona, mas exige constante atenção.
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Este é o tipohome bet onlinesituação que os experimentos tentaram reproduzirhome bet onlinelaboratório (eliminando os riscos envolvidos), para pesquisar a natureza das microssonecas.
Em 2014, foi publicado o primeiro estudo sobre o tema utilizando scanners cerebrais, gravaçõeshome bet onlinevídeo dos olhos das pessoas e equipamentohome bet onlineeletroencefalografia para medir as ondas cerebrais.
A equipehome bet onlinepesquisa criou uma tarefa muito monótona para os participantes. Deitados no scanner, eles tinham uma tela àhome bet onlinefrente e um joystickhome bet onlineuma das mãos. Seu trabalho era usar o joystick para garantir que um disco na tela acompanhasse constantemente um alvohome bet onlinemovimento.
A tarefa era tão maçante que as pessoas tinham dificuldade para ficar acordadas – e 70% delas tiveram pelo menos 36 microssonecas durante a sessãohome bet online50 minutos. Os cientistas, da cidadehome bet onlineChristchurch, na Nova Zelândia, esperavam que ocorressem alguns cochilos, mas não tantos assim.
É verdade que as pessoas haviam acabadohome bet onlinealmoçar e estavam deitadas, mas, ainda assim, elas não estavam privadashome bet onlinesono – e qualquer pessoa que já estevehome bet onlineum aparelhohome bet onlineressonância magnética sabe que ele gera um estrondo constante como ruídohome bet onlinefundo. Não parece o lugar ideal para uma soneca.
Outros pesquisadores da Universidadehome bet onlineCanterbury,home bet onlineChristchurch, ofereceram aos participantes um volantehome bet onlinedireção falso e uma pista para trafegar. Eles observaram que as pessoas ficavam sonolentas com a monotonia.
Os participantes do teste demonstraram aquele comportamento familiar que verificamos quando tentamos ficar acordados durante uma palestrahome bet onlineuma sala quente. As pálpebras se fecham por um momento, a cabeça se inclina um pouco e se movimenta subitamente quando acordamos novamente.
Riscos à segurança no trânsito
Quanto mais fatigados estivermos, mais propensos estamos a ter microssonecas.
A pesquisadora do sono Yvonne Harrison, da Universidadehome bet onlineLoughborough, no Reino Unido, descobriu que essas sonecas são mais comuns à tarde e à noite. Elas costumam preceder um períodohome bet onlinesono mais longo.
O professorhome bet onlinepsiquiatria David Dinges, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, mantém pessoas acordadas toda a noite para observar com que frequência elas adormecem no dia seguinte.
Como se pode esperar, os lapsoshome bet onlineatenção (que muitos cientistas consideram como microssonecas) se tornam muito mais frequentes depoishome bet onlineperder uma noitehome bet onlinesono.
Mas Dinges chegou a uma conclusão alarmante,home bet onlinetermoshome bet onlinesegurança nas estradas. Ele descobriu que, quando as pessoas tiveram seis horashome bet onlinesono à noite por 14 dias seguidos, tiveram a mesma quantidadehome bet onlinemicrossonecas que as pessoas que ficaram uma noite inteira sem dormir.
E, ao contrário das que passaram a noite acordadas, as pessoas que tiveram seis horashome bet onlinesono por noite não perceberam que estavam tão fatigadas. Elas simplesmente se acostumaram com aquilo.
E nós nem mesmo ficamos sabendo quando tiramos uma microssoneca.
Em outro estudo, as pessoas foram convidadas a tirar sonecas diurnas deliberadamente no laboratório e depois acordadas pelos pesquisadores após um, cinco, 10 ou 20 minutos.
Elas foram então questionadas se haviam dormido ou não. E, se fossem mantidas dormindo por apenas 60 segundos, apenas 15% delas percebiam que haviam tirado um cochilo. Mesmo depoishome bet onlineum períodohome bet onlinesonohome bet online10 minutos, apenas a metade reconheceu que havia adormecido.
Esta descoberta pode explicar por que as pessoas negam categoricamente que cochilaramhome bet onlinefrente à TV, mesmo quando você as observa claramente adormecendo.
Em relação ao que acontece no cérebro, as microssonecas são caracterizadas,home bet onlinegrande parte, por uma mudançahome bet onlineondas alfa para teta – o tipohome bet onlineondas observado no primeiro estágio do sono.
Até aqui, tudo é muito parecido com o sono normal. Mas outro fato curioso pode estar acontecendo. O experimento da Nova Zelândia, que fez as pessoas seguirem um alvo com um joystick, revelou uma descoberta fascinante que surpreendeu os pesquisadores.
Em vezhome bet onlineuma redução sistemática da atividade cerebral à medida que as pessoas adormeciam, os pesquisadores observaram algo diferente. Embora algumas áreas do cérebro realmente ficassem menos ativas conforme o esperado, houve um aumento da atividade do lobo frontal e parietal (as áreas do cérebro atrás da nossa testa).
Eles especulam que esta pode ser uma reação inconsciente ao adormecimento, uma tentativahome bet onlinenão dormir e ficar acordado.
Este fenômeno não é observadohome bet onlinesonecas mais longas, o que indica que as microssonecas são diferentes do sono normal – não apenas mais curtas.
Analisando os dados desse experimento com mais detalhes nove anos depois, a equipe descobriu que não havia redução, mas um aumento das ondas delta, beta e gama durante a microssoneca. Esta descoberta sustenta a noçãohome bet onlineque, quando adormecemoshome bet onlinemomentos nos quais deveríamos permanecer concentrados, nosso cérebro percebe a situação e inicia um processo para nos fazer acordar novamente.
Quando você não está dirigindo, esse sono pode não importar tanto. Talvez você esteja apenas se arriscando a perder alguns segundoshome bet onlineum filme ou peça ou, no pior dos constrangimentos, pode ser flagrado com os olhos fechados por um momento enquanto alguém fala com você.
Naturalmente, o problema é que, com os rápidos veículos modernos, um sonohome bet onlinedois segundos é suficiente para que um carro ou caminhão se desvie para a pista ao lado, o que pode ser fatal. Por isso, não podemos correr o riscohome bet onlinetirar sonecas inesperadas enquanto estamos dirigindo, não importa o quanto elas possam ser curtas.
Pesquisas recentes realizadashome bet onlineuma única companhiahome bet onlinetransporte no Japão, que emprega quase 15 mil motoristas, podem nos ensinar algumas coisas.
Os cientistas analisaram as imagens das câmerashome bet onlinepainelhome bet online52 dos seus motoristas profissionais que se envolveramhome bet onlinecolisões depoishome bet onlineadormecer.
Os vídeos revelaram que três quartos deles exibiram sinaishome bet onlinemicrossonecas antes da colisão.
A sequênciahome bet onlineeventoshome bet onlineum dos motoristas foi a seguinte: um minuto antes do acidente, ele começou a piscar rapidamente; seu corpo parouhome bet onlinese mover 38 segundos antes da colisão, o que foi seguido por algumas piscadas lentas; até que, quatro segundos antes do acidente, seus olhos se fecharam por apenas dois segundos.
Os olhos do motorista se abriram novamente um segundo antes da colisão, mas era tarde demais para que ele fizesse qualquer coisa e o caminhão saiu da rodovia.
A partir desses vídeos, os pesquisadores identificaram formashome bet onlineprever acidentes iminentes, o que pode ser usado para alertar o motorista.
Quando se sentem cansados, os motoristas tentam ficar acordados tocando seu rosto ou o corpo (eles não fornecem detalhes, mas imagino que isso signifique algo similar a dar tapas no nosso próprio rosto para tentar nos acordar). Eles podem então se movimentar ou se esticar antes que ocorra a microssoneca.
Os pesquisadores indicam que qualquer sistema automático para detectar se um motorista está a pontohome bet onlinecochilar inclui muito mais do que observar apenas se os seus olhos se fecham. É preciso procurar movimentos do corpohome bet onlineforma mais ampla.
Paralelamente, nós, enquanto motoristas, precisamos ter consciênciahome bet onlineque estamos sentindo sono, o que é mais difícil do que parece, considerando que nem sempre percebemos que cochilamos por um segundo. E, quando sabemos que estamos exaustos, simplesmente tentar nos concentrar nem sempre é suficiente.
Este ponto foi comprovado pelos casoshome bet onlinemorteshome bet onlinepilotos que voltavam para a Inglaterra após bombardeios na Segunda Guerra Mundial, segundo o pesquisador do sono Jim Horne no seu livro Sleepfaring: a Journey Through the Science of Sleep ("Viagem pelo sono: uma jornada através da ciência do sono",home bet onlinetradução livre).
Durante os combates, o medo, a concentração, os esforços para atingir a vitória e a adrenalina mantinham os pilotos acordados, por mais cansados que eles estivessem. Mas, depois que não havia mais distrações no caminho para casa, alguns pilotos eram vencidos pelo sono e, com isso, acabavam se acidentando.
A forçahome bet onlinevontade não é suficiente para manter uma pessoa acordada, nem mesmo quando ela sabe que é uma questãohome bet onlinevida ou morte. Durante uma longa viagem, precisamos seguir o conselhohome bet onlinepararhome bet onlineum lugar seguro assim que nos sentirmos cansados, tomar café, tirar um cochilo e esperar até que estejamos totalmente acordados anteshome bet onlinevoltar a dirigir.
Ao contrário dos pinguins-de-barbicha, os seres humanos não conseguem substituir uma boa noitehome bet onlinesono pelas microssonecas. Se os cochilos forem muito frequentes, pode ser um sinalhome bet onlineque não estamos dormindo o suficiente.
Mas, quando não estamos dirigindo nem nos dedicando a outra atividadehome bet onlineque a nossa concentração é vital, talvez não precisemos nos preocupar com alguns segundoshome bet onlineolhos fechados aqui e ali.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future.
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