Como a evolução transformou os gatosbetnacional patrocina quais timesanimais solitários:betnacional patrocina quais times

Donosbetnacional patrocina quais timesgatos do mundo inteiro irão concordar. Mas por que exatamente os gatos são tão relutantesbetnacional patrocina quais timescooperar, seja entre si ou com humanos? Ou, perguntandobetnacional patrocina quais timesoutra forma, por que tantos outros animais - domésticos ou selvagens - têm espíritobetnacional patrocina quais timesequipe?

A vidabetnacional patrocina quais timesgrupo é comum na natureza. Pássaros formam bandos e peixes, cardumes. Predadores frequentemente caçam juntos. Até mesmo o leão, parente do gato doméstico, vivebetnacional patrocina quais timesgrupo.

Para as espécies que são caçadas por outras, obviamente há uma estratégiabetnacional patrocina quais timesmaior segurançabetnacional patrocina quais timesum bando. "Chama-se efeitobetnacional patrocina quais timesdiluição", diz o biólogo Craig Packer, da Universidadebetnacional patrocina quais timesMinnesota (EUA).

"Um predador só consegue matar um, e se há cem da mesma espécie isso reduz as chancesbetnacional patrocina quais timescada um deles ser pego para 1%. Mas se você estiver sozinho você será escolhido 100% das vezes."

Animaisbetnacional patrocina quais timesbando também se beneficiam do efeito "muitos olhos atentos": quanto maior o grupo, é mais provável que alguém perceba um predador se aproximando. "E quanto mais cedo você detectar o predador, mais tempo tem para iniciar a fuga", diz Jens Krause, da Universidadebetnacional patrocina quais timesHumboldtbetnacional patrocina quais timesBerlim, Alemanha.

Essa vigilância coletiva traz outras vantagens. Cada um pode gastar mais tempo e energia procurando por comida. E não se trata apenasbetnacional patrocina quais timesevitar predadores. Animais que socializambetnacional patrocina quais timesgrupos não precisam perambularbetnacional patrocina quais timesbuscabetnacional patrocina quais timescompanheiros, o que é um problema para espécies solitárias que vivembetnacional patrocina quais timesterritórios amplos.

Uma vez que se reproduzem, muitos animais que vivembetnacional patrocina quais timesgrupo adotam a máxima "é necessária uma aldeia inteira para criar uma criança", com os adultos trabalhandobetnacional patrocina quais timesequipe para proteger ou alimentar os mais novos.

Em várias espéciesbetnacional patrocina quais timespássaros, como a zaragateiro-árabebetnacional patrocina quais timesIsrael, os pequenos permanecembetnacional patrocina quais timesgruposbetnacional patrocina quais timesfamiliares até que eles estejam prontos para procriar. Eles dançambetnacional patrocina quais timesgrupo, tomam banho juntos e até trocam presentes entre si.

Princípio 'Volta da França'

Viverbetnacional patrocina quais timesgrupo também poupa energia. Os pássaros que migram juntos ou os peixes que vivembetnacional patrocina quais timescardumes se movimentam com mais eficiência do que os mais solitários.

É o mesmo princípio que os ciclistas da Volta da França utilizam quando formam um pelotão. "Os que estão mais atrás não precisam investir tanta energia para atingir a mesma velocidadebetnacional patrocina quais timeslocomoção", diz Krause.

Como pinguins e morcegos podem atestar, a vida pode ser mais calorosa quando se vive cercadobetnacional patrocina quais timesamigos.

Com tantos benefícios, pode parecer surpreendente que qualquer animal rejeite seus companheiros. Mas, como os gatos domésticos demonstram, a vidabetnacional patrocina quais timesgrupo não é para todos. Para alguns animais, os benefícios da coletividade não compensam ter que dividir comida.

"Chega a um pontobetnacional patrocina quais timesque se alimentar com outros indivíduos com grande proximidade reduz abetnacional patrocina quais timesquantidadebetnacional patrocina quais timesalimento", diz John Fryxell, biólogo da Universidadebetnacional patrocina quais timesGuelph, no Canadá.

Um fator-chave para essa decisão é ter alimentação suficiente, o que dependebetnacional patrocina quais timesquanta comida cada animal precisa. E os gatos têm um gosto caro. Por exemplo, um leopardo come cercabetnacional patrocina quais times23 kgbetnacional patrocina quais timescarnebetnacional patrocina quais timespoucos dias. Para gatos selvagens, a competição por alimentos é cruel, e por isso leopardos vivem e caçam sozinhos.

Há uma exceção à regrabetnacional patrocina quais timesfelinos solitários: leões. Para eles, é uma questão territorial, diz Packer, que passou 50 anosbetnacional patrocina quais timessua vida estudando os leões africanos. Alguns locais da savana têm emboscadas perfeitas para a caça, então controlar esse lugar resultabetnacional patrocina quais timesuma vantagem significativabetnacional patrocina quais timestermosbetnacional patrocina quais timessobrevivência.

"Isso impõe sociabilidade porque você precisabetnacional patrocina quais timesequipes para dominar seu bairro local e excluir outros times. Assim, o maior time vence", diz Packer.

O que torna essa vidabetnacional patrocina quais timesgrupo possível é que a presabetnacional patrocina quais timesum único leão - um gnu ou uma zebra - é grande o bastante para alimentar várias fêmeasbetnacional patrocina quais timesuma vez só. "O tamanho da caça permite que eles vivambetnacional patrocina quais timesgrupos mas é a geografia o que realmente os leva a viverbetnacional patrocina quais timesgrupos", diz Packer.

Não é a mesma situação dos gatos domésticos, já que eles caçam animais pequenos. "Eles vão comê-lo inteiro", diz Packer. "Não há comida o suficiente para dividir."

Domesticação

Essa lógica econômica está tão integrada ao comportamento dos gatos que parece improvável que até mesmo a domesticação tenha alterado essa preferência fundamental por solidão.

Isso é duplamente verdade quando você levabetnacional patrocina quais timesconsideração o fatobetnacional patrocina quais timesque os humanos não domesticaram os gatos. Em vez disso,betnacional patrocina quais timesseu próprio estilo, os gatos domesticaram a si mesmos.

Todos os gatos domésticos são descendentes dos gatos selvagens do Oriente Médio (Felis silvestris), o "gato-do-mato". Os humanos não coagiram esses gatos a deixar as florestas: eles mesmos se convidaram a entrar nos alojamentosbetnacional patrocina quais timeshumanos, onde havia uma quantidade ilimitadabetnacional patrocina quais timesratos ao seu dispor.

A invasão a essa festabetnacional patrocina quais timesratos foi o iníciobetnacional patrocina quais timesuma relação simbiótica. Os gatos adoraram a abundânciabetnacional patrocina quais timesratos nos alojamentos e depósitos e os humanos gostaram do controle grátis da infestaçãobetnacional patrocina quais timesratos.

Os gatos domésticos não são completamente antissociais. Masbetnacional patrocina quais timessociabilidade -betnacional patrocina quais timesrelação a outro humano ou entre eles - é determinada inteiramente por eles,betnacional patrocina quais timesseus próprios termos.

"Eles mantêm um nível altobetnacional patrocina quais timesindependência e se aproximambetnacional patrocina quais timesnós apenas quando querem", diz Dennis Turner, especialistabetnacional patrocina quais timescomportamento animal no Institutobetnacional patrocina quais timesEtologia Aplicada e Psicologia Animalbetnacional patrocina quais timesHorgen, Suíça.

"Os gatos desenvolveram muitos mecanismos para se manter à parte, o que não os conduz para a vidabetnacional patrocina quais timesbando", diz Mills. Os gatos marcam seu território para evitar encontros constrangedores entre si. Se eles acidentalmente se toparem, os pêlos são levantados e as garras saltam para fora.

Em determinadas circunstâncias pode parecer que os gatos domésticos adotaram a vida coletiva, como quando um grupo vive juntobetnacional patrocina quais timesum galpão. Mas não se engane. "Eles têm laços muito frouxos e não têm uma identidade real como grupo", diz Fryxell. "Eles só gostambetnacional patrocina quais timester um lugar comum para deixar seus filhotes."

Aliás, mesmo diantebetnacional patrocina quais timesum grande perigo, quando eles se unem para se defender, é pouco provável que os gatos colaborem entre si. "Não é que algo que eles tipicamente façam quando se sentem ameaçados", diz Monique Udell, bióloga da Universidadebetnacional patrocina quais timesOregon (EUA).

Os gatos simplesmente não acreditam na forçabetnacional patrocina quais timesum grupo. Tudo isso ajuda a explicar por que os gatos têm a reputaçãobetnacional patrocina quais timesdominação impossível. Ainda assim, há evidênciasbetnacional patrocina quais timesque o desprezo dos gatos pela vidabetnacional patrocina quais timesgrupo possa ser uma fraqueza.

Caixa-preta da menta felina

Um estudo publicadobetnacional patrocina quais times2014 no periódico científico Journal of Comparative Psychology investigou os traçosbetnacional patrocina quais timespersonalidade dos gatos domésticos. A conclusão foi que manter-se solitário e desinteressado torna os gatos neuróticos, impulsivos e resistentes a ordens.

Curiosamente, no entanto, os gatos domésticos parecem capazesbetnacional patrocina quais timescooperar um pouco mais que seus parentes selvagens. Quando os pesquisadores compararam o gato doméstico a quatro selvagens - o gato selvagem escocês, o leopardo-nebuloso, o leopardo-da-neve e os leões africanos -, os gatos domésticos foram os que mais se aproximaram dos leõesbetnacional patrocina quais timestermosbetnacional patrocina quais timespersonalidade.

É preciso dizer que os gatos domésticos trilharam um longo caminho a partirbetnacional patrocina quais timesseus ancestrais até aquibetnacional patrocina quais timestermosbetnacional patrocina quais timestolerar a companhia um do outro. Mesmo que gatos morandobetnacional patrocina quais timesgalpões formem laços frouxos, eles ainda demonstram um nível impressionantebetnacional patrocina quais timesaceitação da presença do outro nesses espaços confinados.

Em Roma, cercabetnacional patrocina quais times200 gatos vivem lado a lado no Coliseu, enquanto na ilhabetnacional patrocina quais timesAoshima, no Japão, o númerobetnacional patrocina quais timesgatos supera obetnacional patrocina quais timespessoasbetnacional patrocina quais timesuma proporçãobetnacional patrocina quais timesseis para um. Essas colônias podem não ter tanta cooperação, mas estão bem avançadasbetnacional patrocina quais timesrelação ao passado solitário dos gatos domésticos.

Enquanto isso, pode ser mais fácil para pesquisadores encontrar os gatos "no meio do caminho" ao realizar seus experimentos, fazendo certas concessões.

Quando Udell fez suas primeiras experiências com gatos, enfrentou uma sériebetnacional patrocina quais timesdificuldades ao tentar motivar suas cobaias a participarbetnacional patrocina quais timescerta atividade. Ela já havia trabalhado com cachorros, que estariam dispostos a fazer qualquer coisabetnacional patrocina quais timestrocabetnacional patrocina quais timesum petisco.

Os gatos, contudo, eram mais exigentes. Com o passar do tempo, Udell percebeu que teria mais sucesso se desse aos gatos a opçãobetnacional patrocina quais timesescolherbetnacional patrocina quais timesrecompensa.

"Acho que parte do desafio é o quanto sabemos sobre os gatos", diz. Se os cientistas começarem a entrar na caixa-preta que é a mente felina, a domesticação à força pode ser substituída por uma coerção mais astuta.

"Muito do comportamento animal - incluindo uma afinidade ou resistência à domesticação - é profundamente ligado ao circuito neural. Portanto, parece pouco possível deixar para trás anosbetnacional patrocina quais timesseleção natural", diz Fryxell.

"Mas quem sabe? Obviamente, leões conseguiram essa proeza, então deve ser possível que mutações ocorram", diz ele. "E se eles conseguiram fazer isso, talvez domesticar gatos não seja uma ideia tão maluca, afinalbetnacional patrocina quais timescontas."

betnacional patrocina quais times Leia a versão original desta reportagem betnacional patrocina quais times (em inglês) no site da BBC Earth betnacional patrocina quais times .