8 motivos que fazem do polvo o 'gênio' dos oceanos:bwin sk
- Nic Fleming
- Da BBC Earth

Crédito, Brandon Cole/naturepl.com
Polvo-comum foi observado planejando a capturabwin skcaranguejos
bwin sk A notícia, divulgadabwin skabrilbwin sk2016,bwin skque um polvo conseguiu escapar do Aquário Nacional da Nova Zelândia pode ter surpreendido muita gente. Mas só veio a confirmar o que muitos cientistas já suspeitavam: que essa espécie é uma das mais inteligentes do planeta.
Inky, o polvo fujão, aproveitou que a tampabwin skseu tanque foi deixada entreaberta e, durante a noite, conseguiu sair, atravessou uma sala até encontrar um ralo aberto e se espremeu por um canobwin sk50 metrosbwin skextensão até chegar ao mar aberto.
Confira oito comportamentos já observados nesses animais que ilustram como eles são mais espertos do que pensamos.
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1. Capacidadebwin skplanejar

Crédito, Alex Mustard/naturepl.com
O polvo-imitador mudabwin skformato e movimentos para se passar por até 15 animais diferentes
A psicóloga Jennifer Mather, da Universidadebwin skLethbridge, no Canadá, estuda polvos desde 1972. Mas foi durante uma pesquisabwin skcampo nas Bermudas, há maisbwin sk30 anos, que ela se deparou com a primeira demonstraçãobwin skinteligência por parte do animal.
Ela observou que um polvo-comum (Octopus vulgaris) caçava caranguejos e os levava parabwin sktoca para comê-los. Antes da refeição, no entanto, o animal catou algumas pedras para criar um espéciebwin skbarreira e impedir que as presas fugissem.
Segundo Mather, esse e outros exemplos mostram que o polvo tem a capacidadebwin skfazer previsões ebwin sksequenciar ações.
"Ali estava um animal com uma imagem mental clara do que ele queria. E que conseguiu fazer um planejamento, o que é muito diferentebwin skuma simples resposta a um estímulo, mais comumbwin skoutros bichos", afirma.
2. Bem equipado

Crédito, Alex Mustard/naturepl.com
Polvo venoso é observado carregando conchas
Em 2009, Julian Finn e seus colegas do Museu Victoria,bwin skMelbourne, na Austrália, conseguiram demonstrar que polvos sabem usar objetos como ferramentas.
Um grupobwin skpolvos-venosos (Amphioctopus marginatus) desenterrava cascasbwin skcoco que foram jogadas no mar e,bwin skseguida, as limpava com jatosbwin skágua. Alguns empilhavam cuidadosamente as cascas e as carregavam por até 20 metros para usá-las para montar um abrigo.
Finn chamou a atenção para o fato dessa movimentação deixar o animal mais vulnerável a predadores, por ser mais lenta e dispendiosa. "Isso mostra que o polvo está disposto a aceitar riscosbwin sktrocabwin skproteção para o futuro", afirma.
3. Brincalhão

Crédito, Jeff Rotman/naturepl.com
Polvo-imitador evita predadores ao fazer parecer que é um animal venenoso
Cientistas sempre defenderam que o atobwin skbrincar é algo peculiarbwin skanimais com elevadas habilidades cognitivas, já que não serve a nenhuma função imediata a não ser a diversão.
Mather quis investigar se polvos sabem brincar e estabeleceu um experimento no Aquáriobwin skSeattle (EUA). Ela colocou oito polvos-gigantes (Enteroctopus dofleini)bwin sktanques vazios e, ao longobwin skdiversos testes, deu a eles frascosbwin skplástico.
No início, todos os animais levaram os frascos à boca, descartando-os ao perceberem que não era algo comestível. Depoisbwin skum tempo, dois deles começaram a jogar jatosbwin skágua nos frascos, que iam rolando até o outro lado do tanque e voltavam aos polvos com a correntebwin skágua.
Para Mather e os outros pesquisadores, trata-sebwin skuma formabwin skbrincadeira exploratória, semelhante ao que crianças fazem ao brincarem com objetos desconhecidos.
"Quando um polvo estábwin skuma situação nova, a primeira coisa que ele faz é explorar", afirma a cientista.
4. Tentáculos temperamentais
Mather e o biólogo Roland Anderson, do Aquáriobwin skSeattle, já tinham tentado estudar a diferença nas personalidadesbwin skcada polvo.
Profissionais que trabalham com esses animais têm o costumebwin skdar nomes a eles porque percebem que cada um se comportabwin skuma maneira consistente e diferente dos demais.
Em um experimento com 44 polvos-rubi (Octopus rubescens), um pesquisador visitava o tanque a cada dois dias, colocando seu rosto perto da tampa, tocando os animais com uma escova e oferecendo caranguejos a eles.
Foram observadas 19 respostas diferentes e consistentes. Alguns polvos eram mais passivos, enquanto outros eram mais curiosos.
Em um estudo subsequente, Mather e Anderson encontraram indíciosbwin skque o polvo transmite traçosbwin sksua personalidade à cria. "Essas variaçõesbwin skpersonalidade permitem que o animal aprenda e se adapte rapidamente", afirma a pesquisadora.
5. Mestre do disfarce
A corrida evolutiva levou animais a desenvolverem muitas maneiras ardilosas para enganarem uns aos outros: das serpentes que se fingembwin skmortas para evitar serem pegas a peixes machos que se passam por fêmeas para aumentar as chancesbwin skse reproduzirem.
Mas dentre todos os malandros da natureza, o polvo-imitador (Thaumoctopus mimicus) deveria levar o títulobwin sk"mestre dos disfarces".
Outros polvos podem mudar a cor e a textura da pele para evitar os predadores. Mas o imitador é o único que já foi observado tentando se passar por outros animais. Ele pode mudarbwin skforma, seus movimentos e seu comportamento para ser confundido com 15 espécies diferentes,bwin skpeixes a serpentes marinhas venenosas.
6. Craque dos problemas
Polvos são capazesbwin skusar a tentativa e erro para encontrar a melhor maneirabwin skconseguirem o que querem.
Em um estudo publicadobwin sk2007, Mather e Anderson observaram polvos gigantes tentando chegar à parte comestívelbwin skdiferentes tiposbwin skmexilhões usando recursos como quebrar ou separar as conchas, ou ainda usarbwin skrádula para perfurar as cascas mais resistentes.
Os cientistas então costuraram os mexilhões e perceberam que os polvos trocarambwin sktécnica. "Isso nos mostrou que esses animais são muito bonsbwin skresolver problemas, pois têm diversas estratégias para atingir o mesmo objetivo, e utilizam primeiro a que for mais fácil", diz Mather.
7. Bem orientado
Durante uma pesquisabwin skcampo, Mather observou que, depoisbwin sksaírem para caçar, os polvos voltavam a suas tocas por outro caminho. Eles também visitavam áreas diferentesbwin skcada caçada.
Em um estudo publicadobwin sk1991, ela concluiu que os polvos têm uma capacidadebwin skmemória complexa. Eles conseguem se lembrar dos locais onde há alimentos e retêm informações sobre os lugares que visitaram recentemente. Trata-sebwin skalgo que apenas nos animais cordados (dotadosbwin skespinha dorsal).
8. Como nós
Em muitos aspectos, o cérebro do polvo é como o nosso. Eles têm lóbulos torcidos, semelhantes aos cérebros dos vertebrados, o que é um sinalbwin skcomplexidade.
Além disso, os padrões elétricos gerados nos cérebros desses cefalópodes são semelhantes aos dos mamíferos.
O polvo também tem uma visão monocular, algo que tende a ocorrerbwin skespécies cujos hemisférios cerebrais têm especializações diferentes.
O cefalópode até armazena memóriasbwin skmaneira semelhante ao ser humano, usando um processo chamadobwin skpotenciaçãobwin sklongo prazo, que fortalece as ligações entre os neurônios.
Mas as diferenças entre o polvo e o homem são ainda mais fascinantes do que as semelhanças. Mais da metade dos 500 milhõesbwin skneurônios do animal se concentrambwin skseus tentáculos. Isso significa que cada um deles pode agir sozinho oubwin skcoordenação com os demais.
E, enquanto o cérebro humano é visto como um controlador central, a inteligência do polvo pode estar distribuídabwin skuma redebwin skneurônios, um pouco como a internet.
Se isso for provado, Inky e seus parentes podem nos obrigar a enxergar a essência da inteligênciabwin skuma maneira totalmente nova.
- bwin sk Leia a versão original desta reportagem (em inglês) bwin sk no site da BBC Earth bwin sk .




