Guerra Rússia x Ucrânia: 'Meu filho militar foi espancado por se recusar a lutar':fazer aposta pela internet

  • Steve Rosenberg
  • Editorfazer aposta pela internetRússia da BBC
Soldados russosfazer aposta pela internetporão

Crédito, The Insider

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Relatos dão conta que tropas russas mobilizadas foram trancadasfazer aposta pela internetporões e subsolos por recusar-se a lutar na Ucrânia

fazer aposta pela internet Quando seu filho foi mandado para lutar na Ucrânia, Sergei implorou para que ele não fosse.

"Você tem parentes por lá. Simplesmente, recuse", disse Sergei a Stas, que já era oficial do exército na época.

"Mas ele disse que iria. Ele acreditava que era o certo. Eu disse que ele era um zumbi. E a vida, infelizmente, comprovou isso", relembra ele.

Sergei e Stas não são os nomes reais do pai efazer aposta pela internetseu filho. Nós os alteramos para proteger suas identidades. Sergei nos convidou emfazer aposta pela internetcasa para contar afazer aposta pela internethistória.

Telafazer aposta pela internetlaptop

"Então, ele foi para a Ucrânia", conta Sergei. "Depois, comecei a receber mensagens dele perguntando o que aconteceria se ele se recusasse a lutar."

Stas contou ao seu pai sobre uma batalhafazer aposta pela internetparticular.

"Ele disse que os soldados [russos] não receberam cobertura; não havia dadosfazer aposta pela internetinteligência; nenhuma preparação", segundo ele. "Eles receberam ordensfazer aposta pela internetavançar, mas ninguém sabia o que encontraria à frente."

"Mas recusar-se a lutar era uma decisão difícil para ele", afirma o pai. "Eu disse: 'é melhor tomar uma decisão. Essa guerra não é nossa. Não é uma guerrafazer aposta pela internetliberação.' Ele disse que colocariafazer aposta pela internetrecusa por escrito. Ele e vários outros que haviam decidido se recusar tiveram suas armas retiradas e foram colocados sob guarda armada."

Sergei fez diversas viagens à linhafazer aposta pela internetfrente para tentar garantir a liberação do seu filho. Ele enviou dezenasfazer aposta pela internetpedidosfazer aposta pela internetajuda a oficiais militares, procuradores e investigadores.

Silhueta borradafazer aposta pela internetum homem
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Sergei (nome fictício) afirma que seu filho foi agredido com uma pistola por recusar-se a voltar à linhafazer aposta pela internetcombate.

Por fim, seus esforços foram recompensados. Stas foi enviadofazer aposta pela internetvolta para a Rússia. Ele revelou ao pai o que havia acontecido com ele na detenção - como um "grupo diferente"fazer aposta pela internetsoldados russos havia tentado forçá-lo a lutar.

"Eles bateram nele e depois o levaram para fora, como se fossem atirar", conta Sergei. "Eles o fizeram deitar no chão e o mandaram contar até 10. Ele se recusou. Então, eles bateram na cabeça dele várias vezes com uma pistola. Ele me contou que seu rosto estava cobertofazer aposta pela internetsangue."

"Eles o levaram para uma sala e disseram: 'você vem conosco ou vamos matar você'. Mas então alguém disse que levaria meu filho para trabalhar no almoxarifado."

Stas era oficial da ativa quando a Rússia invadiu a Ucrânia,fazer aposta pela internetfevereiro. O presidente russo Vladimir Putin prometeu que somente soldados profissionais tomariam parte nafazer aposta pela internet"operação militar especial".

Mas,fazer aposta pela internetsetembro, tudo havia mudado. O presidente anunciou o que chamoufazer aposta pela internet"mobilização parcial", convocando centenasfazer aposta pela internetmilharesfazer aposta pela internetcidadãos russos para as forças armadas.

Muitas das novas tropas mobilizadas rapidamente se queixaramfazer aposta pela internetque estavam sendo enviadas para uma zonafazer aposta pela internetguerra sem equipamento ou treinamento suficiente. Da Ucrânia, chegavam diversos relatosfazer aposta pela internettropas russas mobilizadas que foram detidas -fazer aposta pela internetalguns casos, trancadasfazer aposta pela internetporões e subsolos - porque se recusaram a voltar para a linhafazer aposta pela internetfrente.

Elena Popova
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"Os comandantes só conhecem violência e intimidação. Mas você não pode forçar as pessoas a lutar", afirma Elena Popova, do Movimentofazer aposta pela internetObjetoresfazer aposta pela internetConsciência da Rússia

Steve Rosenberg entrevistando Elena Popova
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"As pessoas se recusam a lutar porque tiveram mais quefazer aposta pela internetjusta parcelafazer aposta pela internetação na linhafazer aposta pela internetcombate", explica Popova

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"É uma formafazer aposta pela internetfazer com que as pessoas voltem para aquele banhofazer aposta pela internetsangue", afirma Elena Popova, do Movimentofazer aposta pela internetObjetoresfazer aposta pela internetConsciência da Rússia.

"O objetivo dos comandantes é manter os soldados ali", segundo ela. "Os comandantes só conhecem violência e intimidação. Mas você não pode forçar as pessoas a lutar."

Para alguns cidadãos russos, recusar-se a voltar à linhafazer aposta pela internetfrente pode ser uma postura moral. Mas existe uma explicação mais comum.

"As pessoas se recusam a lutar porque tiveram mais quefazer aposta pela internetjusta parcelafazer aposta pela internetação na linhafazer aposta pela internetcombate", explica Popova. "Outro motivo é a forma horrível como eles são tratados. Eles passaram tempo nas trincheiras, com frio e com fome, mas, quando retornam, simplesmente recebem gritos e xingamentos dos seus comandantes."

As autoridades russas desmentem os relatos sobre soldados desiludidos e centrosfazer aposta pela internetdetenção, como sendo notícias falsas.

"Não temos campos, instalaçõesfazer aposta pela internetencarceramento, nem similares [para soldados russos]", insistiu o presidente Putin no iníciofazer aposta pela internetdezembro. "Tudo isso é bobagem e afirmações falsas, não há nada que as confirme."

"Não temos problemas com soldados que deixam posiçõesfazer aposta pela internetcombate", prosseguiu ele. "Em uma situaçãofazer aposta pela internetque há bombardeios ou bombas caindo, qualquer pessoa normal só pode reagir, atéfazer aposta pela internetnível fisiológico. Mas, depoisfazer aposta pela internetum certo períodofazer aposta pela internetadaptação, nossos homens lutamfazer aposta pela internetforma brilhante."

O lugar-tenente russo Andrei paroufazer aposta pela internetlutar. Enviado para a Ucrâniafazer aposta pela internetjulho, Andrei foi colocadofazer aposta pela internetdetenção por recusar-se a cumprir ordens.

Ele conseguiu entrarfazer aposta pela internetcontato comfazer aposta pela internetmãe, Oxana, na Rússia, para contar o que estava acontecendo. Novamente, seus nomes foram alterados.

"Ele me disse que havia se recusado a liderar seus homens para a morte certa", conta Oxana. "Como oficial, ele entendia que, se seguissem adiante, eles não sairiam vivos. Por isso, eles mandaram meu filho para um centrofazer aposta pela internetdetenção."

"Depois, recebi uma mensagemfazer aposta pela internettexto dizendo que ele e outros quatro oficiais foram colocadosfazer aposta pela internetum porão. Eles não foram vistos por cinco meses", segundo ela.

"Depois soube que o edifício onde eles estavam havia sido bombardeado e que todos os cinco estavam desaparecidos. Eles disseram que os restos não foram encontrados", lamenta a mãe. "Sua situação oficial é 'desaparecidofazer aposta pela internetcombate'. Não faz sentido. É absurdo. A forma como meu filho foi tratado não foi só ilegal, foi desumana."

De volta àfazer aposta pela internetsalafazer aposta pela internetestar, Sergei conta que o que aconteceu com Stas na Ucrânia os deixou mais próximos.

"Estamos agora na mesma frequência", afirma Sergei. "O murofazer aposta pela internetdesentendimento entre nós desapareceu. Todas as suas bravatas sumiram."

"Meu filho me disse, 'nunca pensei que meu próprio país me trataria desta forma'. Ele mudou completamente. Agora ele entende."

"As pessoas por aqui não compreendem como estamosfazer aposta pela internetperigo. Não pelo lado oposto, mas do nosso próprio lado."

Produçãofazer aposta pela internetWill Vernon, com imagensfazer aposta pela internetAnton Chicherov.

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