Mudanças climáticas: 6 patrimônios culturais da África sob ameaça:sporty bet c om

A equipesporty bet c omcientistas que escreveu recentemente sobre ameaças como essa listaram alguns patrimônios que também estãosporty bet c omrisco na África.

Suakin, Sudão

Suakin, no nordeste do Sudão, já foi um porto muito importante no Mar Vermelho.

Sua história começou há 3 mil anos, quando faraós egípcios transformaram o local estratégicosporty bet c omportasporty bet c omentrada para o comércio e outras formassporty bet c omexploração.

Mais tarde, Suakin se tornou um lugarsporty bet c ompassagem para peregrinos muçulmanos a caminho da Meca e desempenhou um papel significativo no tráficosporty bet c omescravizados do Mar Vermelho.

Também foi parte do Império Otomano, embora tenha perdidosporty bet c omproeminência depois que o Porto Sudão foi construído mais ao norte no início do século 20.

Grande partesporty bet c omSuakin estásporty bet c omdecadência, mas ainda contém belos exemplossporty bet c omcasas e mesquitas, diz a organização cultural das Nações Unidas, a Unesco.

Joanne Clarke, da Universidadesporty bet c omEast Anglia, no Reino Unido, está atualmente trabalhando para quantificar a velocidade com que o aumento do nível do mar e a erosão costeira podem afetar o patrimônio — possivelmente,sporty bet c omforma irreversível.

"O que sabemos é que a costa do Mar Vermelho será afetada nas próximas décadas, o que significa que o que atualmente estásporty bet c ompé será perdido [sem intervenções]", diz Clarke.

Cidade velhasporty bet c omLamu, Quênia

A cidade velhasporty bet c omLamu guarda o assentamento suaíli mais antigo e mais bem preservado da África Oriental,sporty bet c omacordo com a Unesco.

Ao contráriosporty bet c omoutras cidades e vilas ao longo da costa da África Oriental, muitas das quais foram abandonadas, Lamu é habitada continuamente há maissporty bet c om700 anos.

Também se tornou um polo significativo para o estudo das culturas islâmica e suaíli, acrescenta a ONU.

Entretanto, Lamu é "severamente afetada pelo recuo da costa", o que significa que a proteção natural antes oferecida pela areia e vegetação foi perdida.

Isso aconteceusporty bet c omparte pela mudança nos níveis do mar, mas Clarke também culpa a construção do enorme portosporty bet c omLamu ao norte da cidade velha, "que está destruindo os manguezais que protegem a ilhasporty bet c ominundações".

"Portanto, muito do que chamaríamossporty bet c ompatrimônio natural é uma proteção ao patrimônio cultural. E à medida que destruímos o patrimônio natural, também deixamos os patrimônios culturais expostos."

Construções costeiras, Comores

Comores, um arquipélago vulcânico na costa leste da África, tem várias construções antigas bem preservadas, incluindo uma medina e um palácio com centenassporty bet c omanossporty bet c omidade.

Mas é um dos lugares "mais ameaçados" pelo aumento do nível do mar na África, aponta Clarke.

Em um cenário possívelsporty bet c omemissões globaissporty bet c omcarbono moderadas a altas, "partes significativas da zona costeira africana serão inundadas até 2100",sporty bet c omacordo com o estudo.

"Em 2050, Guiné, Gâmbia, Nigéria, Togo, Benin, Congo, Tunísia, Tanzânia e Comores estarão todos sob ameaça significativasporty bet c omerosão costeira e aumento do nível do mar."

Fortes e castelos costeiros, Gana

A costasporty bet c omGana é cheiasporty bet c omentrepostos comerciais fortificados, fundados entre 1482 e 1786, que se estendem por 500 km ao longo do litoral.

Os castelos e fortes foram construídos e ocupadossporty bet c omépocas diferentes por comerciantessporty bet c omPortugal, Espanha, Dinamarca, Suécia, Holanda, Alemanha e Reino Unido.

Essa infraestrutura desempenhou um papel importante no comérciosporty bet c omouro e, posteriormente, na ascensão e queda do tráficosporty bet c omescravizados entre a África e as Américas.

Mas os fortes estão localizadossporty bet c omáreas altamente vulneráveis a tempestades e à elevação do nível do mar.

Clarke diz que algumas pérolas dessa arquitetura, como o Forte Prinzenstein, estão sendo "erodidas pelo mar".

Comparando as imagens atuais do forte com as tiradas há 50 anos, é possível ver como a estrutura já foi deteriorada.

Arte rupestresporty bet c omTwyfelfontein, Namíbia

As mudanças climáticas podem aumentar a umidadesporty bet c omáreas relativamente áridas e, com isso, criar condições para a proliferaçãosporty bet c omfungos e micróbios nas rochas.

É o que está acontecendosporty bet c omlocais como Twyfelfontein, na Namíbia, que tem uma das maiores concentraçõessporty bet c omarte rupestre da África.

A Unesco descreve o lugar como um "registro extenso esporty bet c omalta qualidadesporty bet c ompráticas rituaissporty bet c omcaçadores-coletores há pelo menos 2 mil anos".

Djenné, Mali

As cercasporty bet c om2 mil casassporty bet c ombarrosporty bet c omDjenné formam um dos cartões postais mais icônicos do Mali. Habitada desde 250 a.C., Djenné era uma cidade mercantil e um importante elo ponto na rota do ouro transsaariana.

Nos séculos 15 e 16, foi um dos centrossporty bet c omexpansão do Islã na África Ocidental.

Mas a mudanças climáticas estão afetando a disponibilidadesporty bet c omlamasporty bet c omalta qualidade usada pelos residentes originais para essas construções.

A população local, que também viusporty bet c omrenda cair com safras ruins na agricultura, acaba recorrendo a materiais mais baratos — o que "está mudando radicalmente a aparência da cidade", diz o estudo.

'Lugar inacreditavelmente maravilhoso'

Alguns países estãosporty bet c ommelhor posição para lidar com o impacto das mudanças climáticassporty bet c omseu patrimônio.

O Egito, por exemplo, ficasporty bet c omuma regiãosporty bet c ombaixa altitude sob "grave riscosporty bet c omenchentes nas próximas décadas", mas tem mais estrutura para lidar com alguns dos desafios.

Há por outro lado lugares que podem desaparecer "sem quase ninguém saber", diz Clarke, com pinturas rupestres na autodeclarada Somalilândia. Arqueologicamente, trata-sesporty bet c omum lugar "inacreditavelmente maravilhoso", diz a professora — mas pouco conhecidosporty bet c omoutros continentes e carentesporty bet c omrecursos parasporty bet c omproteção.

sporty bet c om Todas as imagens têm direitos autorais preservados.

sporty bet c om Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube sporty bet c om ? Inscreva-se no nosso canal!