Após 6 anos preso à cama, homem mais gordo do mundo relata luta que levou à perdacasa de apostas para menores de 18220 kg:casa de apostas para menores de 18

Nesta semana, vai se submeter a outra intervenção cirúrgica chamadacasa de apostas para menores de 18bypass gástrico. Nesse tipocasa de apostas para menores de 18procedimento, parte do estômago é grampeada e o intestino, desviadocasa de apostas para menores de 18forma que menos alimentos sejam digeridos e, mesmo assim, a pessoa tenha a sensaçãocasa de apostas para menores de 18saciedade.

A expectativa é que essa cirurgia o leve a atingir, nos próximos meses, um peso saudável.
Poucas horas antescasa de apostas para menores de 18ir para o hospital, o rapaz conversou com a BBC Mundo, o serviçocasa de apostas para menores de 18espanhol da BBC, e compartilhoucasa de apostas para menores de 18história.
Obesidade infanto-juvenil
Juan Pedro écasa de apostas para menores de 18Aguascalientes, na região central do México, mas há um ano vivecasa de apostas para menores de 18Guadalajara para estar mais perto da clínica e dos médicos que o atendem.
Sentado sobre uma cama reforçada e respirando com ajudacasa de apostas para menores de 18um cilindrocasa de apostas para menores de 18oxigênio, ele lembra da vida emcasa de apostas para menores de 18cidade natal.

"Minha vidacasa de apostas para menores de 18criança eracasa de apostas para menores de 18brincadeiras,casa de apostas para menores de 18jogar futebol com meus amigos,casa de apostas para menores de 18ficar na rua. Era muito divertida", recorda.
Segundo ele próprio, era uma "infância normal, entre aspas". "Porque desde pequeno eu era obeso". Franco nasceu com 3,5 kg, mas até os seis anos ganhou,casa de apostas para menores de 18média, 10 kg por ano.
"As pessoas estão acostumadas a falar às crianças: que gordinha, que bonita! Disseram à minha mãe que isso (o ganhocasa de apostas para menores de 18peso) ia parar."
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Aos 15 anos, Juan Pedro pesava 200 kg. À época, trabalhava como ajudantecasa de apostas para menores de 18lojas ou costurando roupas.

E a escola? "Não terminei os estudos por causa do bullying, por causacasa de apostas para menores de 18tudo o que me diziam e me faziam. Tive que sair", lamenta.
Juan Pedro diz que os adolescentes são "um pouco cruéis". Ele se lembra da enorme quantidadecasa de apostas para menores de 18apelidos que lhe deram. "Todos os dias me falavam: Como quer ser chamado hoje?", conta, com um sorriso tímido.
Dificuldade para perder peso
Na adolescência, ele tinha sonhos como oscasa de apostas para menores de 18qualquer outro garoto da idade dele. Herdou o gosto por automóveis do avô paterno - queria ser mecânico ou motorista.
Do avô materno, veio a paixão pela música. "Sempre gosteicasa de apostas para menores de 18cantar, tocar guitarra. Até os 20 anos, aprendi sozinho, com uns livrinhos."
Tudo mudou na vidacasa de apostas para menores de 18Juan Pedro quando ele tinha 17 anos. Por causacasa de apostas para menores de 18um acidentecasa de apostas para menores de 18trânsito, ficou um ano e meio na cama. E foi assim que seu peso começou a aumentar vertiginosamente.
Cinco anos depois, já com maiscasa de apostas para menores de 18330 kg, recebeu a ajudacasa de apostas para menores de 18um instituto médico para perder 80 kg. Mas paroucasa de apostas para menores de 18emagrecer. Mesmo indo à academia, seu peso foi voltando a aumentar pouco a pouco.

E, assim, passou a sofrer com doençascasa de apostas para menores de 18série, entre elas uma pneumonia que lhe deixou na cama com um cilindrocasa de apostas para menores de 18oxigênio. Sete anos depois, entroucasa de apostas para menores de 18coma.
"Foi por causacasa de apostas para menores de 18um inchaço no corpo, mas não sabemos o porquê. O corpo parou, e imagino que a proteção foi me colocar para dormir."
Foi depois do coma que a atual equipe médicacasa de apostas para menores de 18Juan Pedro passou a acompanhar o caso dele.
Eles disseram que era um caso complicado, e que todos os problemascasa de apostas para menores de 18saúde eram decorrentes da obesidade: aquele nos pulmões, hipertensão, diabetes e hipotireoidismo. Mas, mesmo assim, queriam tentar ajudá-lo.
"Agora, estamoscasa de apostas para menores de 18Guadalajara vivendo um sonho", afirma.

Cachecóis e 'alegria'
Juan Pedro contacasa de apostas para menores de 18própria história com desenvoltura. Na casa dele, ninguém para quieto. O pai, Herminio, empacota saquinhoscasa de apostas para menores de 18um doce chamado "alegria", feito com sementescasa de apostas para menores de 18amaranto e mel. Depois que o rapaz descobriu na internet tratar-secasa de apostas para menores de 18"uma receita fácil", o trabalho uniu a família.
A mãe, María, prepara a comida e às vezes tece cachecóis coloridos para vender. O filho também tece. Diz que o ajuda a conter a ansiedade.
A venda na porta da casa, onde comercializam o doce e os cachecóis, é o que garante o sustento da família.
Herminio está aposentado desde os 35 anos por causacasa de apostas para menores de 18uma doença nas pernas. María paroucasa de apostas para menores de 18trabalhar depois do acidente do filho, para cuidar dele.

Em Aguascalientes ficaram os três filhos mais velhos do casal. Quem também foi para Guadalajara, além dos pais, foi o inseparável cachorro Barbas. "Quando estou mal, ele me desperta. É como se fosse meu alarme. Além disso, é meu guarda-costas", diz Juan Pedro.
Encontrar um lugar para a família e Barbas viverem durante o tratamento não foi fácil. Muitas pessoas se recusaram a alugar uma casa ao saberem que era para ele.
Ao contar essa história, o sorriso desaparece. Ele assume que vê a discriminação como parte inseparávelcasa de apostas para menores de 18sua vida.
"É ruim dizer isso, porque não deveria ser assim. Mas aprendi a viver com a discriminação porque é algo que se repete", reconhece, sem disfarçar a tristeza.
Aquela sensação que tinha quando ia a um restaurante e não tinha onde sentar, ou quando lhe negavam trabalho com medo que ficasse doentecasa de apostas para menores de 18repente. Ou mesmo quando não encontrava uma roupa ou um sapato que servissem.
Ainda assim, Juan Pedro demonstra bom humor na maior parte do tempo. Às vezes, recorre à ironia ao falarcasa de apostas para menores de 18si próprio. E, segundo os médicos, é isso que tem ajudado o jovem a recuperar mais rápido.
O papel da mãe

Juan Pedro faz uma pausa no relato da própria história para tocar uma música no violão. Ele gostacasa de apostas para menores de 18clássicos mexicanos, como as cançõescasa de apostas para menores de 18Javier Solís, Juan Gabriel e Vicente Fernández.
Canta a música Esclavo y amo ("Escravo e mestre"), eternizada na vozcasa de apostas para menores de 18Solís, olhando para a mãe. María devolve o olhar, cheiacasa de apostas para menores de 18orgulho, sorrindo e cantarolando baixinho.
"Não há como agradecer minha mãe pelo que faz por nós. Ela é quem cuida da gente. Talvez, algum dia, vou livrá-la desse trabalho. E talvez, algum dia, seja eu que tenhacasa de apostas para menores de 18cuidar dela."
María,casa de apostas para menores de 1864 anos, tem um rosto amável e cansado, resultadocasa de apostas para menores de 18uma vidacasa de apostas para menores de 18sacrifício. Concordando com o filho, ela o interrompe para falar sobre todas as tentativas, desde a infância do filho,casa de apostas para menores de 18frear seu aumentocasa de apostas para menores de 18peso.
"Todos os irmãos comiam igual. Mas não aconteceu isso com eles. Tentamos todas as dietas, todos os produtos, eu e ele. Eu perdia peso, mas ele não."

María se dedica 24 horas por dia ao filho. Só saiucasa de apostas para menores de 18casacasa de apostas para menores de 18três ocasiões: para um casamento, um batizado e um funeral. E o fez depoiscasa de apostas para menores de 18muita insistência por parte dele.
Quando Juan Pedro tinha 22 anos, María sofreu um derrame cerebral. Mesmo recuperada, só pensa no diacasa de apostas para menores de 18que o filho vai poder se virar sozinho, antes que ela se ausente.
Recuperar o passado
Depois da primeira cirurgia, Juan Pedro passa os dias tocando violão, tecendo cachecóis, ajudando o pai a embrulhar doces e assistindo TV. Também faz alguns exercícios físicos à medida que recupera a mobilidade.

Ele acredita que vai poder recuperar muitas coisas do passado. Sonhacasa de apostas para menores de 18voltar a caminhar, trabalhar e a cantar num coral.
Juan Pedro diz que não são sonhos difíceiscasa de apostas para menores de 18realizar, mas sabe que, para alguém preso a uma cama, significa muito.
Conta ter saudadescasa de apostas para menores de 18coisas simples, como sentir as mudanças no tempo e o vento batendo no rosto. "Quando me tiraram do hospital, fazia anos que não via o sol. Nem consegui abrir os olhos", conta.
Questionado sobre desejar ter um relacionamento amoroso, diz: "Uma mulher... não sei, porque não posso dar qualidadecasa de apostas para menores de 18vida e nem financeira, então não penso nisso".

Otimismo com o futuro
Ao longo dos anos, houve períodoscasa de apostas para menores de 18que tudo se tornava mais sombrio para Juan Pedro. Ele ter enfrentado episódioscasa de apostas para menores de 18depressão severa.
Em Aguascalientes, chegava a passar o dia inteiro dormindocasa de apostas para menores de 18um quarto escuro, com a cortina fechada. "É por isso que tecer me alivia da pressãocasa de apostas para menores de 18estar aqui, preso. É difícil ter uma mente equilibrada com todas as mudanças que estou vivendo, mas é assim que estamos indo, com vontade", diz ele.
Ainda que não haja nenhum caso documentado similar aocasa de apostas para menores de 18Juan Pedro Franco, sabe-se que o México é um dos países com maior taxacasa de apostas para menores de 18obesidade no mundo.
Sobre o título dado pelo livro dos recordes, que guarda na salacasa de apostas para menores de 18casa, o rapaz admite uma espéciecasa de apostas para menores de 18sentimento controverso.
"Estou agradecido por terem me notado, mas não sinto orgulho. Se fosse por outra coisa... mas mesmo isso me faz lembrar do meu compromisso comigo e com outras pessoas, para que continue querendo e sabendo que eu posso. Nada está perdido, nada acabou até que chegue ao fim."
Antescasa de apostas para menores de 18deitar, ele reza o terço com a família. Afirma que vai ser muito difícil dormir. No dia seguinte, vai sair das quatro paredes rumo ao hospital, para fazer a segunda cirurgia.
Mas Juan Pedro é otimista. "Eu tentei, mas não funcionou, é por isso que eu pedi ajuda. Você não precisa jogar a toalha. Se, com o meu caso, as pessoas vão ter um pontocasa de apostas para menores de 18apoio para seguir adiante ou pensar que é possível, é minha melhor contribuição."
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