A invenção latino-americana que revolucionou a menstruaçãoexcbet freebetmilharesexcbet freebetmeninasexcbet freebettodo o mundo:excbet freebet

Crédito, BE GIRL

Crédito, BE GIRL
Atualmente, a marca está presenteexcbet freebet13 países da África e tambémexcbet freebetoutras partes do mundo.
Causa e efeito
"A relação entre a menstruação e a evasão escolar não é fácilexcbet freebetdemonstrar", reconhece Diana.
Mas, segundo ela, a associação entre causa e efeito é inegável.

Crédito, BE GIRL
Em um aldeiaexcbet freebetUganda, um pacoteexcbet freebetabsorventes custa US$ 0,75 (R$ 2,56), o equivalente a um dia inteiroexcbet freebettrabalho para quem ganha o salário mínimo.
E um único pacote nem sempre é suficiente.
Como resultado, muitas meninas não podem recorrer a esses produtos durante a menstruação.
"A maioria coloca um tecido grosso entre as pernas, às vezes até palha seca", explica.
"E considerando que caminham quilômetros até chegar à escola, acabam sofrendo com ferimentos e bolhas nas partes íntimas", acrescenta.
Além disso, o método rudimentar não deixa as meninas totalmente protegidas.
"Jáexcbet freebetsalaexcbet freebetaula, elas não se levantam da cadeira por medo que o sangue vaze do tecido e fiquem com uma mancha visível", diz.

Crédito, BE GIRL
Ao medo do estigma somam-se as crenças e superstições relacionadas à menstrução que ainda predominam nas zonas ruraisexcbet freebetvários países africanos.
Segundo a Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, algumas famílias seguem uma antiga tradição que consisteexcbet freebetisolar meninas e mulheresexcbet freebetcabanas remotas quando estão menstruadas.
"Por isso,excbet freebetmuitos casos, pelo medo do estigma, as meninas decidem não frequentar mais a escola", diz Diana.
"Todo o mês acabam perdendo quatro ou cinco dias letivos, ou 25% da grade curricular durante o ano", calcula.
"Então, os pais pensam que o rendimento da menina está baixo e decidem tirá-la da escola. As matrículas são caras, o machismo é brutal e elas são levadas para trabalhar no campo", assinala.
A Unicef estima que na África uma a cada dez meninas falta à escola todos os meses e que, na zona subsaariana, quatroexcbet freebetcada cinco não têm acesso a absorventes femininos.
'Cópia'
Para reverter tal cenário, Diana teve uma ideia que mudaria para sempre a vidaexcbet freebetmuitas dessas meninas.
"Decidi copiar os absorventes femininos", conta.

Crédito, BE GIRL
A ideia foi uma resposta à crise profissional e existencial na qual Diana mergulhou enquanto fazia seu mestradoexcbet freebetdesenvolvimento sustentável na Universidadeexcbet freebetColumbia,excbet freebetNova York, nos Estados Unidos.
Dez anos antes, ela havia obtido um diplomaexcbet freebetdesenho industrial pela Universidadeexcbet freebetLos Andes, na Colômbia, e trabalhado para marcas como Panasonic, Nike e LG.
"Passava um monteexcbet freebettempo desenhando televisores, câmeras, escovasexcbet freebetdentes... produtos com os quais enchia os bolsos dos outros. E isso me gerava um certo conflito ético", explica.
"Para um designer, um usuário é um usuário, só que alguns são ignorados porque não têm dinheiro ou porque pertencem a uma classe social desfavorecida. Ninguém desenvolve produtos para eles."
Mosquiteiro e guarda-sol
Mas Diana não seguiu a lógica. Ela criou um protótipoexcbet freebetabsorvente feminino usando um guarda-sol e um pedaçoexcbet freebetum mosquiteiro.
"O material do guarda-sol seria a parte impermeável, evitando que a roupa da menina fosse manchada", diz.
"Sobre ela cozi um pedaçoexcbet freebetmosquiteiro, formando uma espécieexcbet freebetbolso".

Crédito, BE GIRL
Nesse bolso, as meninas poderiam colocar um pedaçoexcbet freebettecido, que seria substituído ao longo da menstruação.
Posteriormente, Diana se deu contaexcbet freebetqueexcbet freebetoutros povoados as meninas não tinham roupas íntimas.
Ela, então, redesenhou o protótipo, criando uma calcinha reutilizável.
Junto com Pablo Freund, especialistaexcbet freebetterceiro setor, Diana conseguiu o financiamento necessário para lançar o produto.
Foi quando ela decidiu trazer o invento para a América Latina, mais especificamente para a Amazônia colombiana, onde iniciou um programa piloto com os ticunas, uma tribo indígena local.
Até o momento, já foram distribuídas 20 mil calcinhas, diz Freund.
A maioria foi vendida para ONGs locais, às quais cabe redistribuir o material.
Design e educação
"O design é uma ferramente espetacular para acabar com a pobreza", assinala Diana.
Mas informação também é importante, segundo ela.

Crédito, BE GIRL
"A maioria das meninas não sabe o que está acontecendo com seus corpos quando ficam menstruadas", explica.
"Durante uma conversa com os ticuna na Colômbia, por exemplo, umas meninas me perguntaram o que aconteceria com elas se elas entrassem na água durante a menstruação, se poderiam ficar grávidasexcbet freebetalgum animal selvagem."
Apesar do teor social, Diana espera que as calcinhas se tornem "comercialmente rentáveis".
"Cada mulher usa ao longoexcbet freebetsua vida 11 mil absorventes. Para onde vão todos esses dejetos?", pergunta Freund.
"É preciso pensar na gestão sustentável disso também", conclui ela.








