Países precisam 'se mexer', diz médico que monitora emergência do coronavírus na Itália:campobet bonus

Coliseu

Crédito, AFP

Legenda da foto, Pontos turistísticos na Itália, como Coliseu, estão fechados

Em entrevista à BBC News Brasil por telefone, no fim da noitecampobet bonussexta-feira (13 março), o médico disse que a Itália está sendo fortemente atingida pelo novo vírus porque ele chegou sorrateiramente num período friocampobet bonusque é comum um aumento nos casoscampobet bonusgripe, o que dificultou acampobet bonusidentificação no início.

Ele conta que o coronavírus já circulava pelo Norte do país (epicentro da crise italiana até agora) pelo menos desde janeiro e que será preciso esperar mais algumas semanas para avaliar os impactos da quarentena, prevista no decreto do governo até o dia 3campobet bonusabril.

Rezza reconhece falhas pontuais no início da crise e pede que os países estudem a emergência italiana para tirar lições. Na Lombardia, região do Norte e a mais afetada até agora, o sistemacampobet bonussaúde, considerado um dos melhores da Europa, está próximo do colapso.

"Se não houver contenção no Sul, os danos serão ainda piores", afirma ele.

Guitarrista nas horas vagas e admirador da Bossa Nova, o médicocampobet bonus65 anos estava colaborando com pesquisadores brasileiros da Universidadecampobet bonusGoiás sobre o vírus do Mayaro, disseminado por mosquitos e que pode provocar sintomas semelhantes ao chikungunya, atividade que ele suspendeu por causa da emergência do coronavírus.

Giovanni Rezza

Crédito, PARLAMENTO EUROPEU

Legenda da foto, Em entrevista à BBC News Brasil, Giovanni Rezza, que coordena resposta à pandemia no país, reconhece erros e alerta: respostacampobet bonusalguns países tem sido lenta

campobet bonus Confira os principais trechos da entrevista.

campobet bonus BBC News Brasil: Como tem sido acompanhar na linhacampobet bonusfrente a emergência nacional?

campobet bonus Rezza: São dias longos, que parecem intermináveis. Vivemos com uma certa preocupação, pois não esperávamos nos encontrar numa situação assim. Pensávamos que o vírus fosse chegar aos poucos na Itália, mas nos encontramos improvisamente atingidoscampobet bonusforma pesada e numa região como a Lombardia, onde ele já deve ter começado a circular na metadecampobet bonusjaneiro, durante o picocampobet bonusinfluenza.

campobet bonus BBC News Brasil: O vírus chegou durante o picocampobet bonusgripe que geralmente se registracampobet bonusjaneiro?

campobet bonus Rezza: Sim, entre janeiro e fevereiro. O novo vírus entroucampobet bonuscirculação num momentocampobet bonusque é normal haver mais casoscampobet bonusgripe. Tantos casos, no início, pareciam uma influenza. Foi difícilcampobet bonusdiagnosticar naquele período. Esse foi um dos principais problemas. Quando nos encontramoscampobet bonusfrente a esse situação, não tomamos tantas medidas ali para retardar a difusão.

campobet bonus BBC News Brasil: O que faltou no início da crise?

campobet bonus Rezza: Não aconteceu nada. Não se sabe como o vírus chegou da China. Muitas pessoas que têm o coronavírus não apresentam sintomas. Então se uma pessoa com um poucocampobet bonussintoma, que começou a tossir, mas não sentiu nada mais sério, ela começou a transmitir o vírus. Até que não se chegou a um caso grave, ninguém entendeu que o coronavírus estava por aqui. Porque todos poderiam pensar que era uma gripe, um resfriado forte. Isso provavelmente fez com que o vírus circulasse por um mês sem ser identificado, esse foi o maior problema. Quando as pessoas com infecção respiratória mais grave chegavam ao hospital, infectavam os operadorescampobet bonussaúde, médicos, enfermeiras, e assim o vírus se difundiu rapidamente.

campobet bonus BBC News Brasil: Quais são as lições dessa emergência?

campobet bonus Rezza: O problema é que o vírus se alastra muito rápido, se transmite muito facilmente, então pode infectar muita gentecampobet bonuspouco tempo. E isso pode provocar uma crise no sistemacampobet bonussaúde. Aqui temos uma população muito idosa, muitos pacientes precisamcampobet bonusterapia sub-intensiva ou mesmo intensiva, precisamcampobet bonusaparelhos para auxiliar a respiração, e aí começaram a faltar postos nas UTIs. Se não houver uma diminuição da circulação do vírus, colocamoscampobet bonusrisco todo o sistema, na assistência e no tratamento. Colocamoscampobet bonusrisco não só os doentes do Covid-19, mas todos os demais que convivem com outras doenças. Esse é o maior problema.

campobet bonus BBC News Brasil: Muito se falou nesta semana sobre o estresse dos médicos e enfermeiras e a alta contaminação entre eles. A Itália está preparada para enfrentar a emergência se ela piorar?

campobet bonus Rezza: A difusão do vírus explodiucampobet bonusregiões que têm um ótimo sistemacampobet bonussaúde, como Lombardia e Vêneto. Os médicos italianoscampobet bonusgeral são bem preparados. Os doentes eram muitos, muitoscampobet bonusUTIs, e também porque muitos operadores sanitários se infectaram, provavelmente não estavam todos preparados, faltavam máscaras apropriadas, algum problema aconteceu. Houve alguns focoscampobet bonusdifusão dentro dos hospitais, o que é uma coisa absolutamente impensável.

campobet bonus BBC News Brasil: Isso aconteceu por causa da natureza desconhecida do vírus ou por errocampobet bonusprocedimento?

campobet bonus Rezza: Por ambos os motivos, por desconhecimento e por faltacampobet bonusprecaução adequada. Especialmente no início. Depois, por faltacampobet bonusdispositivos individuais, por inexperiência ao lidar com um infecção contagiosa e perigosa, não foram tomadas todas as precauções.

campobet bonus BBC News Brasil: No início da crise, houve desencontroscampobet bonuscomunicação e uma certa fricção entre o governo central e os governadores das regiões. Essa relação melhorou?

campobet bonus Rezza: Aquele foi um problema político entre o governo central e os governadores. Pode até haver desencontro sobre as questões políticas, mas a colaboração do pontocampobet bonusvista científico existe e não há problema. As regiões estão colaborando, mas algumas têm um peso muito grande na emergência, como a Lombardia.

campobet bonus BBC News Brasil: A letalidade do Covid-19 na Itália é maior do que na China (6,7% contra 2,4%). Isso se explica pela grande população idosa ou o vírus chegou aqui com alguma mutação que o tornou mais agressivo?

campobet bonus Rezza: Não há sinalcampobet bonusmutação, ele é basicamente o mesmo que circulou na China. Isso se explica exatamente pela proporção maiorcampobet bonusidosos, pessoas que já conviviam com patologias crônicas. Elas se agravam com o coronavírus.

campobet bonus BBC News Brasil: De cada quatro vítimascampobet bonuscovid-19 na Itália, três são homens. Há alguma explicação?

campobet bonus Rezza: Precisamos estudar os fatores que favorecem os danos nos homens. Precisamos observar se esse dado vai se atenuar com o tempo, ainda não temos uma evidência científica.

campobet bonus BBC News Brasil: Como está o sistemacampobet bonussaúde italiano nesse momento? Trabalha-se com a hipótese da crise se agravar no Sul?

campobet bonus Rezza: Precisamos ver se as medidascampobet bonusdistanciamento social vão funcionar. O grande medo é esse. Porque se um sistemacampobet bonussaúde como o da Lombardia entroucampobet bonuscrise, um dos melhores da Europa e direi também um dos melhores do mundo, certamente se a infecção chegar ao sulcampobet bonusforma potente provocará danos ainda maiores. Esse é um dos motivos para a quarentena ter sido imposta.

campobet bonus BBC News Brasil: Foi uma decisão acertada?

campobet bonus Rezza: Sim, certamente foi a melhor medida para o momento. Me surpreende que outros países europeus não estejam adotando, porque agora efetivamente é a melhor janelacampobet bonusoportunidade, o vírus já está circulando na Itália há algumas semanas, então eles poderiam ter feito qualquer coisa a mais para contê-lo. Da nossa parte, não tínhamos muita alternativa. Ou deixávamos o vírus se espalhar pelo sul ou tentávamos bloqueá-lo. Se não bloquear, pelo menos retardar acampobet bonusdifusão.

campobet bonus BBC News Brasil: A reação dos outros países tem sido lenta?

campobet bonus Rezza: Havendo mais tempo, e visto aquilo que está acontecendo na Lombardia, penso que a resposta tem sido lenta. Deveriam se mexer antes. Muitos países ainda não começaram a dar atenção para a emergência.

campobet bonus BBC News Brasil: Como o senhor avalia o comportamento social na Itália nesses diascampobet bonusquarentena?

campobet bonus Rezza: Vi uma grande mudançacampobet bonusdomingo para segunda. Porque no domingo (dia 8) aconteceucampobet bonustudo. Gente que foi esquiar, gente que andava para a praia, pessoas que viajavam para o Sul lotando os trens. Aconteceu tudo aquilo que não deveria acontecer. Depoiscampobet bonussegunda-feira, houve uma mudançacampobet bonuscomportamento, como se uma preocupação tivesse tomado conta das pessoas. Em Roma, por exemplo, os casos estão aumentando, mas são relativamente poucos se comparados ao Norte. Roma hoje é uma cidade vazia, então quer dizer que alguma coisa está funcionando.

campobet bonus BBC News Brasil: É eficaz usar máscaras?

campobet bonus Rezza: As máscaras são uteis para a proteção dos outros. Elas bloqueiam a saliva. Se alguém tosse, ou tem um resfriado, elas diminuem o riscocampobet bonusinfecção. Nesse pontocampobet bonusvista, o uso pode ser positivo. Mas é inútil caminhar pela rua usando a máscara. Não serve para nada.

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