Como pode ser reaçãogloboesporte cIsrael a mísseis iranianos — e o que Irã pode fazergloboesporte cseguida?:globoesporte c

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o Irã "cometeu um grande erro" com o lançamentogloboesporte cmísseis contra o território israelense na noite da terça-feira (1/10) e "pagará por isso".

Os bombardeios iranianos aconteceramgloboesporte cmeio à escaladagloboesporte ctensões no Oriente Médio com os ataquesgloboesporte cIsrael contra o Hezbollah no Líbano.

Netanyahu afirmou, após a divulgação pelas forças militares das informações sobre os disparos, que o governo iraniano não entende a "determinação"globoesporte cseu paísgloboesporte cretaliar contra seus inimigos.

"Eles entenderão", ele diz. "Nós manteremos a regra que estabelecemos: a quem quer que nos ataque, nós atacaremos".

A tensão entre Israel e Hezbollah já havia aumentado desde os ataques do grupo palestino Hamas a Israelgloboesporte c7globoesporte coutubrogloboesporte c2023.

Mas a situação piorou a partirgloboesporte c17globoesporte csetembro desse ano, quando ocorreram explosõesgloboesporte cpagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah no Líbano, matando maisgloboesporte c30 pessoas e deixando maisgloboesporte c2 mil feridos. Israel foi acusado pela ação, mas não negou nem confirmou a autoria.

Segundo as forças israelenses, Israel foi alvogloboesporte ccercagloboesporte c180 mísseis — a maioria deles interceptados. Nesta quarta-feira (2/10), o exércitogloboesporte cIsrael confirmou que oito soldados isralenses morreram nagloboesporte cinvasão terrestre no sul do Líbano.

Mas afinal, qual pode ser a escalagloboesporte cretaliaçãogloboesporte cIsrael ao Irã?

A reaçãogloboesporte cIsrael a mísseis iranianos

Segundo as declarações feitas pelo próprio governo israelense, a resposta virá com força, avalia Frank Gardner, correspondentegloboesporte csegurança da BBC.

A contenção que os aliados internacionais haviam pedidogloboesporte cIsrael após o bombardeio iraniano anterior,globoesporte cabril, provavelmente não estarágloboesporte cevidência desta vez, diz.

A estratégiagloboesporte cIsrael , segundo Gardner, pode ser dividagloboesporte ctrês categorias:

globoesporte c Militar convencional – Um alvo inicial e óbvio seriam as basesgloboesporte conde o Irã lançou os mísseis balísticos. Isso significa plataformasgloboesporte clançamento, centrosgloboesporte ccomando e controle, tanquesgloboesporte creabastecimento e bunkersgloboesporte carmazenamento.

Poderia ir além e atingir bases da IRGC, a Guarda Revolucionária iraniana, bem como defesas aéreas e outras bateriasgloboesporte cmísseis. Também poderiam tentar assassinar indivíduos-chave envolvidos no programagloboesporte cmísseis balísticos do Irã.

globoesporte c Econômico – Essa reação incluiria os ativos estatais mais vulneráveis do Irã, como suas usinas petroquímicas,globoesporte cgeraçãogloboesporte cenergia e, possivelmente, seus interesses no setor naval. Contudo, essa seria uma medida profundamente impopular, já que prejudicaria muito mais a vida da população do que ataques ao setor militar.

globoesporte c Nuclear – Este é o ponto central para Israel. É um fato conhecido, estabelecido pelo órgãogloboesporte cvigilância nuclear da ONU, a AIEA, que o Irã está enriquecendo urânio muito além dos 20% necessários para energia nucleargloboesporte cuso civil.

Israel e outros países suspeitam que o Irã esteja tentando atingir o "pontogloboesporte cruptura", no qual estaria a um passogloboesporte cpoder construir uma bomba nuclear.

Entre os possíveis alvosgloboesporte cIsrael estão Parchin, o epicentro do programa nuclear militar do Irã, reatoresgloboesporte cpesquisagloboesporte cTeerã, Bonab e Ramsar, alémgloboesporte cgrandes instalaçõesgloboesporte cBushehr, Natanz, Isfahan e Fordow.

Gardner explica que Israel se prepara há muito tempo, com respostas prontas para o casogloboesporte cataques ao Irã.

Agora, os oficiais responsáveis pela defesa do país avaliarão quando e com que força retaliarão.

Os alvos militares mais óbvios são as bases terrestresgloboesporte conde foram lançados os mísseis balísticosgloboesporte cterça-feira.

Isso inclui não apenas os silos, mas os centrosgloboesporte ccomando e controle e até mesmo as instalaçõesgloboesporte creabastecimento, diz o correspondente da BBC.

Segundo ele, Israel poderia até mesmo tentar ativargloboesporte credegloboesporte cagentes dentro do Irã para ir atrás daqueles que ordenaram e executaram o ataque com mísseis.

"Além disso, se Israel decidir escalar ainda mais, poderia mirar nas instalações nucleares do Irã", diz.

"De qualquer forma, um contra-ataque iraniano seria quase inevitável, com ambos os países perpetuando o atual ciclogloboesporte cataque e vingança."

Qual a capacidadegloboesporte cresposta do Irã?

O Irã não pode derrotar Israel militarmente, diz Garner. "Sua força aérea está obsoleta, suas defesas aéreas são frágeis e o país teve que lidar com anosgloboesporte csanções ocidentais", afirma o correspondente da BBC.

Mas o país ainda possui uma grande quantidadegloboesporte cmísseis balísticos e outros tipos, alémgloboesporte cdrones explosivos e várias milícias aliadasgloboesporte ctodo o Oriente Médio.

O próximo ataquegloboesporte cmísseis iranianos pode ter como alvo áreas residenciais israelenses,globoesporte cvezgloboesporte cbases militares.

"O ataquegloboesporte cuma milícia apoiada pelo Irã às instalações petrolíferas da Arábia Sauditagloboesporte c2019 demonstrou o quão vulneráveis seus vizinhos são a ataques", lembra Gardner.

A Marinha da Guarda Revolucionária, que opera no Golfo, possui grandes frotasgloboesporte cpequenos barcosgloboesporte cataque com mísseis rápidos que poderiam, potencialmente, sobrecarregar as defesasgloboesporte cum navio da 5ª Frota da Marinha dos EUAgloboesporte cum ataquegloboesporte c"enxame".

"Se receber ordens, também poderia semear minas no Estreitogloboesporte cOrmuz, interrompendo o fluxogloboesporte caté 20% das exportações diáriasgloboesporte cpetróleo do mundo, o que teria um grande impacto na economia global."

E, além disso, há as bases militares dos EUA espalhadas pela costa árabe do Golfo,globoesporte cKuwait a Omã.

O Irã advertiu que, se for atacado, não retaliará apenas contra Israel, mas contra qualquer país que perceba como cúmplice.