Quais países tomaram medidas concretas contra Israel por ataquesarbety apostas loginGaza:arbety apostas login

Alguns países decidiram, inclusive, tomar medidas concretas para pressionar o governo do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, seja cortando relações diplomáticas, suspendendo a vendaarbety apostas loginarmas ou recorrendo à Justiça internacional.

A Colômbia, que anunciou na semana passada o rompimento das relações diplomáticas com Israel, e a Turquia, que suspendeu o comércio com o país, foram os que tomaram medidas específicas mais recentes para tentar influenciar as açõesarbety apostas loginIsrael.

O impacto dessas medidas pode ser “meramente simbólico”, explicou à BBC News Mundo (serviçoarbety apostas loginespanhol da BBC) Yossi Mekelberg, analista especializadoarbety apostas loginOriente Médio e Norte da África da Chatham House, uma consultoria e centroarbety apostas loginpesquisaarbety apostas loginLondres.

“Mas seu efeito cumulativo no isolamento diplomático ou no que isso diz sobre Israel e sobre como conduz a guerra é importante.”

Não é a primeira vez que Israel enfrenta a condenaçãoarbety apostas loginoutros países por suas açõesarbety apostas loginGaza ou na Cisjordânia.

No entanto, a pressão internacional nunca havia sido tão forte quanto agora, principalmente devido à dimensão da destruição sem precedentes causada pela retaliação israelense ao ataque do Hamasarbety apostas login7arbety apostas loginoutubro.

Na ocasião, Israel sofreu seu pior ataquearbety apostas login75 anosarbety apostas loginhistória, com a mortearbety apostas logincercaarbety apostas login1,2 mil pessoas por combatentes do Hamas, que também fizeram 253 reféns.

A resposta israelense foi implacável: maisarbety apostas login34 mil pessoas morreramarbety apostas loginGaza desde então, devido aos bombardeios do Exército israelense; 85% da população foi desalojadaarbety apostas loginsuas casas; e cercaarbety apostas loginmetade, aproximadamente 1,1 milhãoarbety apostas loginpessoas, estão à beira da fome, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Diante desse cenário, explicamos a seguir quais países decidiram tomar ações concretas contra Israel.

Rompimentoarbety apostas loginrelações diplomáticas

Após a eclosão da guerra, e à medida que a destruiçãoarbety apostas loginGaza aumentava, um grupo limitadoarbety apostas loginpaíses decidiu retirar seus embaixadores ou suspender as relações diplomáticas com Israel.

Países da região, como a Jordânia, o Bahrein e a Turquia, enviaram seus embaixadoresarbety apostas loginvolta para casa, algo que o Chade e vários governos latino-americanos, como do Chile,arbety apostas loginHonduras e da Colômbia, também decidiram fazer.

Este último decidiu agora dar um passo à frente e suspender as relações diplomáticas, juntando-se assim à Bolívia e Belize.

“Hoje a humanidade,arbety apostas logintodas as ruas, concorda conosco. A era do genocídio, do extermínioarbety apostas loginum povo inteiro diante dos nossos olhos, diante da nossa humanidade, não pode voltar", declarou o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, no discursoarbety apostas loginque anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Israel na semana passada.

Seis meses antes,arbety apostas login31arbety apostas loginoutubro, o porta-voz do governo boliviano anunciou a mesma decisão, usando palavras semelhantes.

A Bolívia “tomou a decisãoarbety apostas logincortar relações diplomáticas com o Estadoarbety apostas loginIsraelarbety apostas loginrepúdio e condenação à ofensiva militar israelense agressiva e desproporcional que está sendo realizada na Faixaarbety apostas loginGaza”, disse na época o vice-ministro das Relações Exteriores, Freddy Mamani.

Duas semanas depois, Belize anunciouarbety apostas logincomunicado a suspensão das relações diplomáticas com Israel devido aos “incessantes bombardeios indiscriminados” sobre Gaza, já que, desde 7arbety apostas loginoutubro, Israel havia violado “constantemente” o direito internacional.

Mas, afinal,arbety apostas loginque se traduz este rompimento?

Na verdade, não está claro. Nenhum desses três países tem grande peso político no Oriente Médio, e suas trocas comerciais e diplomáticas com Israel antes desta crise eram modestas.

A Colômbia é, no entanto, o segundo parceiro comercialarbety apostas loginIsrael na América Latina, depois do Brasil.

Colômbia e Israel assinaram um acordoarbety apostas loginlivre comércioarbety apostas login2020, e o Exército colombiano utiliza aeronaves e armas israelenses para combater cartéisarbety apostas logindrogas e grupos insurgentes.

Mas, por enquanto, este acordo não parece ter sido afetado, e o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia comunicouarbety apostas loginintençãoarbety apostas login“manter a atividade das respectivas seções consularesarbety apostas loginTel Aviv e Bogotá”.

O efeito deste rompimento nas relações diplomáticas é, sobretudo, “simbólico, e manifesta uma sensaçãoarbety apostas loginisolamento e uma mudançaarbety apostas loginatitudearbety apostas loginrelação a Israel”, analisa Mekelberg.

Mas o especialista da Chatam House lembra também que esse tipoarbety apostas logindecisão costuma ter um componente ideológico earbety apostas loginpolítica interna.

“É como o que aconteceu no Brasil; com (o ex-presidente, Jair) Bolsonaro, havia um apoio total a Israel, e quando a esquerda voltou (ao poder), as críticas voltaram.”

Cortearbety apostas loginrelações comerciais

Na semana passada, a Turquia anunciou que iria suspender todo o comércio com Israel até que o governo liderado por Benjamin Netanyahu aceitasse “um fluxo ininterrupto e suficiente”arbety apostas loginajuda humanitáriaarbety apostas loginGaza.

Segundo o ministro do Comércio turco, “as transaçõesarbety apostas loginexportação e importação relacionadas com Israel, abrangendo todos os produtos, foram interrompidas”.

O comércio entre os dois países somou US$ 7 bilhões no ano passado.

A Turquia foi o primeiro paísarbety apostas loginmaioria muçulmana a reconhecer Israel,arbety apostas login1949. Mas suas relações bilaterais pioraram nas últimas décadas.

O episódio mais tenso ocorreuarbety apostas login2010, quando a Turquia rompeu relações diplomáticas com Israel depois que o país atacou uma frotaarbety apostas loginseis navios turcosarbety apostas logináguas internacionais que tentavam chegar a Gaza, furando o bloqueio marítimo que Israel impõe à região.

O ataque dos militares israelenses resultou na mortearbety apostas login10 ativistas turcos pró-palestinos.

As relações foram restabelecidasarbety apostas login2016, mas ambos os países expulsaram seus respetivos embaixadores dois anos depois, devido a um novo conflito sobre o assassinatoarbety apostas loginpalestinos na fronteiraarbety apostas loginGaza.

A situação se agravou ainda mais desde 7arbety apostas loginoutubro. Netanyahu e o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, têm trocado cada vez mais acusações mútuas.

Enquanto Erdogan comparou o líder israelense a Hitler, Mussolini e Stalin — e o chamouarbety apostas login“carniceiroarbety apostas loginGaza”, Netanyahu afirmou que o presidente turco “apoia os assassinosarbety apostas loginmassa e estupradores do Hamas, nega o genocídio armênio [e] massacra os curdosarbety apostas loginseu próprio país”.

Suspensão da vendaarbety apostas loginarmas

Vários países — como Canadá, Itália, Japão, Bélgica e Espanha — anunciaram nos últimos meses que iriam deixararbety apostas loginvender armas a Israel.

Mas, analisandoarbety apostas loginforma mais detalhada estas decisões, a realidade que prevalece é um pouco diferente.

Na Bélgica, foi a região da Valônia que decidiu suspender a vendaarbety apostas loginpólvora a Israel. A Itália também anunciou a suspensão das exportaçõesarbety apostas loginarmas desde 7arbety apostas loginoutubro, embora seu ministro da Defesa tenha admitido depois que eles continuavam a enviar para Israel as encomendas que haviam sido feitas previamente, com garantiasarbety apostas loginque não seriam utilizadasarbety apostas loginGaza.

Algo semelhante aconteceu na Espanha, que também anunciou que suspenderia os enviosarbety apostas loginarmas — e, mais tarde, se descobriu que continuava a enviar munições. Madri disse, no entanto, que eram destinadas a exercícios militares.

A situação do Canadá é parecida. O primeiro-ministro do país, Justin Trudeau, anunciou que possíveis novos acordosarbety apostas loginvendaarbety apostas loginarmas a Israel estavam suspensos, mas não aqueles que já estavam acordados.

No Japão, foi uma empresa, a Itochu Corporation, que suspendeu a colaboração com um fabricantearbety apostas loginarmas israelense. E, na Holanda, um tribunal obrigou o país a interromper uma vendaarbety apostas loginaeronaves militares a Israel.

Mas estas decisões dificilmente vão ter impacto na guerra.

Maisarbety apostas login95% das importaçõesarbety apostas loginarmas israelenses são provenientes dos Estados Unidos e da Alemanha, que não deram nenhum sinal claroarbety apostas loginque vão suspendê-las.

O impacto destas restrições à vendaarbety apostas loginarmas “é limitado, uma vez que são os Estados Unidos e a Alemanha que fornecem a maior parte das armas, enquanto os outros enviam principalmente componentes ou equipamentos muito específicos que provavelmente podem ser substituídos por outros, então não vai mudar nada”, argumenta Yossi Mekelberg.

Acionamento da Justiça internacional

Diante da ofensiva israelensearbety apostas loginGaza e do aumento das mortes no território, a África do Sul optouarbety apostas logindezembro passado por uma estratégia diferente para tentar deter Israel: recorreu à Justiça internacional.

Seus advogados entraram com um processo na Corte Internacionalarbety apostas loginJustiça (CIJ)arbety apostas loginHaia, no qual acusaram Israelarbety apostas logincometer genocídio contra a população palestinaarbety apostas loginGaza, o que o Estado israelense nega.

Em janeiro, o tribunal, que julga disputas entre Estados, emitiu uma decisão provisória, determinando que Israel tomasse medidas para evitar atos genocidasarbety apostas loginGaza, mas não chegou a exigir que interrompessearbety apostas loginofensiva militar.

“Israel saiu relativamente ileso desse processo, mas o fatoarbety apostas logino processo ter sido aberto significava que Israel havia perdido a batalha”, disse à BBC Michael Oren, que foi embaixadorarbety apostas loginIsrael nos Estados Unidos entre 2009 e 2013.

Neste momento, no entanto, há uma forte preocupação entre os membros do alto escalão israelense, mas por causa das medidas que outro tribunal internacional pode tomar.

A possibilidadearbety apostas logino Tribunal Penal Internacional (TPI) emitir mandadosarbety apostas loginprisão contra os principais líderes políticos e militares israelenses, incluindo o próprio Netanyahu, é motivoarbety apostas logintensão.

O TPI, que tem o poderarbety apostas loginacusar e julgar indivíduos por crimesarbety apostas loginguerra ou crimes contra a humanidade, investiga há três anos as açõesarbety apostas loginIsrael nos territórios ocupados — e, mais recentemente, também as ações do Hamas.

No passado, já emitiu mandadosarbety apostas loginprisão contra líderes como Vladimir Putin, da Rússia, Muammar Gaddafi, da Líbia, e o guerrilheiro Joseph Kony,arbety apostas loginUganda.

Embora o TPI não tenha confirmado nada, quando o procurador-chefe do tribunal, Karim Khan, visitou Israel e a Cisjordânia ocupadaarbety apostas logindezembro do ano passado, ele deixou claro que “todos os protagonistas devem cumprir o direito humanitário internacional".

"Se não fizerem isso, não reclamem quando meu escritório for obrigado a agir", ele acrescentou, na ocasião.

Mekelberg diz: “Aonde isso vai levar, eu não sei, mas deveria enviar uma mensagem a Israelarbety apostas loginque toda ação tem consequências.”