O supercomputador que mudará previsão do tempo no Brasil e recolocará país no mapa da meteorologia:vbet alternative link

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O equipamento será instalado no Centrovbet alternative linkPrevisãovbet alternative linkTempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do instituto,vbet alternative linkCachoeira Paulista, no interiorvbet alternative linkSão Paulo, e será responsável por fornecer previsõesvbet alternative linkcurto, médio e longo prazo para o tempo e o clima.
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Fim do Matérias recomendadas
A nova tecnologia também deve reposicionar o Brasilvbet alternative linkforma competitiva no cenário internacional.
"Temos uma situaçãovbet alternative linkemergência climática, com aumento da frequência e intensidadevbet alternative linkeventos extremos — ondasvbet alternative linkcalor, chuvas extremas — causando prejuízos e colocando a sociedade civilvbet alternative linkrisco”, explica o físico Saulo Ribeirovbet alternative linkFreitas, chefevbet alternative linkDivisãovbet alternative linkModelagem Numérica do Sistema Terrestre do Inpe.
"O que acontece é que o Brasil perdeu muitovbet alternative linktermosvbet alternative linkcapacidadevbet alternative linkfornecer informaçõesvbet alternative linkalta relevância, acuradas e no tempo certo na comparação com outros centros do mundo."
O novo sistema substituirá dois supercomputadores que não conseguem mais realizar todas as operaçõesvbet alternative linkprevisão meteorológica evbet alternative linkpesquisavbet alternative linkque o país necessita.
Um deles, o famoso Tupã, foi parcialmente desligado sem alardevbet alternative linknovembrovbet alternative link2023. Outra parte dele, o subsistemavbet alternative linkarmazenamentovbet alternative linkdados, deve ser desligada ainda neste mês.
Já o outro supercomputador, anexado ao Tupãvbet alternative link2018, é um sistema complementar que não tem capacidade para realizar as operações diáriasvbet alternative linkprevisão meteorológica e, ao mesmo tempo, desenvolver pesquisasvbet alternative linkponta na área.

Crédito, Inpe
Um modelo sul-americano
A promessa évbet alternative linkque a nova máquina tenha uma capacidade tecnológica muito maior: cinco vezes mais performance do que o sistema atual.
Esse salto é essencial para que o Inpe possa colocarvbet alternative linkpé outra novidade: um modelo do sistema terrestre desenvolvido especialmente para fazer previsões climáticas sobre a América do Sul, recolocando o Brasil na discussão global sobre os efeitos da mudança climática.
"Esses modelos do sistema terrestre são muito complexos e requerem o usovbet alternative linkprocessamento paralelo massivo, são dezenasvbet alternative linkmilharesvbet alternative linkprocessos simultâneos [no supercomputador] para chegar numa previsãovbet alternative linktempo num prazo curtovbet alternative linkforma a ser útil para o usuário final", afirma Pedro Dias Leite, professor do Instituto Astronômico e Geofísico da Universidadevbet alternative linkSão Paulo (USP).
Com o novo modelo matemático — batizadovbet alternative linkMonan, que na cultura tupi-guarani quer dizer "terra sem males" — e o novo supercomputador, o instituto quer retomar a competência brasileiravbet alternative linkprover boas previsões meteorológicas.
A expectativa é saber, por exemplo, quando, onde e quanto vai chover, a intensidade e a duraçãovbet alternative linkfenômenos como El Niño e La Niña e os efeitos do aumento da temperatura global.
São informações imprescindíveis para orientar investimentos públicos e evitar perdas humanas e materiaisvbet alternative linkeventos extremos, como no caso das recentes inundações no Rio Grande do Sul.

Crédito, Reuters
"No modelo, precisamos representar tudo que você consegue ver pela janela", diz Gilvan Sampaio, coordenador-geral do Inpe.
Maisvbet alternative link60 pessoas, entre pesquisadores e especialistasvbet alternative linkquase 30 instituições, como órgãos governamentais, universidades federais e estaduais e centros na Argentina, Chile e Estados Unidos, estão envolvidas na construção do Monan.
O objetivovbet alternative linktamanho esforço comunitário é fornecer um modelo para previsões meteorológicas que, pela primeira vez, levarávbet alternative linkconta particularidades brasileiras e sul-americanas.
É o caso, por exemplo, do Pantanal, que não é bem representado nos modelos europeus ou americanos.
"Estamos trazendo especialistasvbet alternative linktodas as partes para contemplar as peculiaridades dos fenômenos que ocorrem no Brasil", diz Sampaio.
"Os atuais modelos americanos e europeus podem rodar a previsãovbet alternative linkqualquer lugar do mundo. Mas o modelo é como se fosse um carrovbet alternative linkFórmula 1: se você coloca para rodarvbet alternative linkInterlagos, precisavbet alternative linkuma calibragem diferente do que se coloca para rodar numa pista da Inglaterra."
Quando o modelo for finalizado e o supercomputador estiver devidamente instalado, o Inpe poderá fornecer previsõesvbet alternative linkescalasvbet alternative linkpoucos dias, semanas, meses e anos com maior precisão da intensidade do fenômeno e, ainda,vbet alternative linkescala menor, "dividindo" o continentevbet alternative linkquadradosvbet alternative linkapenas 3 por 3 km — hoje a resolução évbet alternative link20 por 20 km.
Em outras palavras, a previsão terá um zoom maior, com mais precisão da localização do fenômeno meteorológico.
Tudo isso, no entanto, ainda deve levar anos para se concretizar totalmente.
Investimento atrasado
Quando foi instalado,vbet alternative link2010, o Tupã — um supercomputador XE6 da fabricante americana Cray — era uma das máquinas mais poderosas do mundo: ocupava a 29ª colocação da lista global Top 500, que avalia supercomputadores todos os anos.
Era o 3º com maior performance entre aqueles dedicados à previsãovbet alternative linktempo evbet alternative linkclima sazonal (muitos supercomputadores hoje são usados para fins militares ouvbet alternative linkpesquisavbet alternative linkoutras áreas, como a medicina).
Com o passar dos anos, no entanto, o Tupã começou a ficar para trás.
A Cray deixouvbet alternative linkcomercializar o modelo, e a máquina brasileira deveria ter sido trocada aindavbet alternative link2015, o que não aconteceu.
Para manter a capacidadevbet alternative linkperformance, o Inpe adquiriu,vbet alternative link2017, outro supercomputador, o CX-50, da mesma fabricante, anexado ao Tupãvbet alternative link2018.
Mesmo assim, alguns gabinetes precisaram ser desligados para economizar energia e manter outras partes das máquinas funcionando.
Em 2021, a faltavbet alternative linkorçamento quase levou o Inpe a desligarvbet alternative linkvez o equipamento original, já consideradovbet alternative linkestadovbet alternative linkpenúria.

Crédito, Inpe
A falta crônicavbet alternative linkinvestimentos é uma das principais causas para a defasagem brasileira na áreavbet alternative linkprevisão do tempo e do clima, segundo todos os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.
Em 2021, por exemplo, o Inpe teve o menor orçamentovbet alternative linkuma década,vbet alternative linkR$ 85 milhões — uma quedavbet alternative link37% na comparação com 2020.
Naquele mesmo ano, o instituto começou a realizar as primeiras reuniões do comitê científico do Monan.
Desde então, a construção do modelo vem avançando, ainda que não na velocidade ideal, por faltavbet alternative linkum supercomputador potente o suficiente para rodar todas as operações matemáticas necessáriasvbet alternative linkteste e pesquisa.
Aindavbet alternative link2022, o Inpe conseguiu aprovar um projetovbet alternative linkR$ 200 milhões com o Fundo Nacionalvbet alternative linkDesenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Ministériovbet alternative linkCiência, Tecnologia e Inovação.
A Financiadoravbet alternative linkEstudos e Projetos (Finep), no entanto, só liberou a primeira parcela para compra do novo supercomputadorvbet alternative linkmarço deste ano.
São R$ 500 mil para um resfriador, R$ 5 milhões para cobrir as despesasvbet alternative linkimportação e R$ 32 milhões para a máquinavbet alternative linksi — a primeiravbet alternative linkquatro.
Esses valores fazem parte da primeira partevbet alternative linkum cronogramavbet alternative linkquatro etapas: até 2026, a Finep vai disponibilizar novas parcelas, que serão usadas para comprar novos supercomputadores.
Questionada pela reportagem, a Finep afirmou que o "desembolsovbet alternative linkquatro parcelas deveu-se a especificidades do próprio projeto" e à necessidadevbet alternative link"respeitar a anualidade orçamentária".

Crédito, Inpe
Para Ivan Barbosa, coordenador da Infraestruturavbet alternative linkDados e Supercomputação do Inpe, a vantagem da liberaçãovbet alternative linketapas é a possibilidade de, a cada nova parcela, comprar um supercomputador mais atualizado.
"Poderemos fazer a expansão tecnológica e científica,vbet alternative linkforma a acompanhar a evolução dos chips", afirma ele.
"A primeira máquina vai ter uma arquitetura, a quarta vai ter uma melhor."
Para abrigar a nova máquina, cujo edital foi publicado no iníciovbet alternative linkjulho e que só deve chegar ao Brasil no final do ano, o Inpe também está investimento parte do recurso totalvbet alternative linkR$ 200 milhões na melhoria da infraestruturavbet alternative linkseu centro.
Isso inclui a modernização da rede elétrica, do sistemavbet alternative linkar condicionado evbet alternative linkágua (necessária para o resfriamento dos processadores), além da instalaçãovbet alternative linkuma usinavbet alternative linkgeraçãovbet alternative linkenergia elétrica fotovoltaica para abastecer os supercomputadores – só o sistema atual custa cercavbet alternative linkR$ 5 milhões por anovbet alternative linkenergia elétrica,vbet alternative linkacordo com Barbosa.
Modelo comunitário
O desenvolvimento do Monan também será por etapas.
O objetivo, segundo Saulovbet alternative linkFreitas, é que, até o final do ano o modelo já seja capazvbet alternative linkfazer a previsãovbet alternative linkaté 15 dias.
Em 2026, o Monan deve contar com a previsão até um mês. Depois, serão finalizadas as previsões sazonais (de até três meses) evbet alternative linkmédio prazo (de anos).
O modelo está sendo desenvolvido por pesquisadoresvbet alternative linktodo o país, especialistasvbet alternative linkatmosfera, criosfera (gelos continentais), oceanos, solos e vegetação.
Conta também com a colaboraçãovbet alternative linkprofissionais da Argentina, do Chile e dos órgãos americanos Centro Nacionalvbet alternative linkPesquisas Atmosféricas (NCAR, na siglavbet alternative linkinglês) e Administração Nacional do Oceano e da Atmosfera (NOAA).
"O Brasil perdeu a capacidadevbet alternative linkcolocar informaçõesvbet alternative linkforma competitiva", diz Freitas.
"Me perguntam: por que só não usar as informações dos Estados Unidos e da Europa, então? Tem todo um aspecto estratégicovbet alternative linksoberania nacional. Os modelos deles estão preocupados com os impactos nas regiões americanas e europeias. Temos que ter um modelo para as nossas condições", diz ele.
A consciência científica crescente sobre o papel da Amazônia para a regulação do clima na Terra, por exemplo, só reforça a necessidadevbet alternative linko Brasil ter dadosvbet alternative linkqualidade para se colocar nas discussões globais.
Para além da questão geopolítica, há um aspecto prático imprescindível: ter previsões meteorológicas mais precisas para a realidade brasileira é fundamental para a economia, para a gestão pública e para o dia a dia da população, a fim, inclusive,vbet alternative linkevitar tragédias.
"Nós temos uma complexidade adicional que é a Amazônia, uma fontevbet alternative linkenergia evbet alternative linkágua para a atmosfera. Os modelos usados nos centros mundiais não necessariamente têm desempenhos satisfatórios nessa região tropical", diz Pedro Dias Leite, da USP.
Ao ladovbet alternative linkFreitas, do Inpe, ele coordena o comitê científico do Monan.

Crédito, Getty Images
Outros gargalos
A aquisição dos quatro novos supercomputadores e o desenvolvimento completo do Monan ainda levarão anos para serem concluídos.
Assim, a perspectivavbet alternative linko Brasil voltar a ter competitividade entre os centros globaisvbet alternative linkprevisão do tempo e do clima é, ainda, uma promessa.
O avançovbet alternative linkpesquisas na área evbet alternative linkuma operação útil para a população brasileira enfrenta ainda outros gargalos.
Segundo os especialistas, há sobreposiçãovbet alternative linkatividades entre diferentes organizações que trabalham com dados meteorológicos no país.
Falta articulação e coordenação entre os órgãos para uma cadeia padronizadavbet alternative linkinformações, que inclua desde as previsões meteorológicas, ao cálculovbet alternative linkriscovbet alternative linkdesastres climáticos e o enviovbet alternative linkalertas claros para a população.
A criaçãovbet alternative linkuma Rede Nacionalvbet alternative linkMeteorologia, discutida há anos pelo Inpe, Instituto Nacionalvbet alternative linkMeteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária e o Centro Gestor e Operacional do Sistemavbet alternative linkProteção da Amazônia (Censipam, vinculado ao Ministério da Defesa), ainda não se concretizou.
Um dos objetivos dela seria justamente eliminar a sobreposiçãovbet alternative linkatividades.
Há ainda outras defasagens. O Brasil não possui seu próprio satélite estacionário para obter informações meteorológicas e usa equipamentos americanos ou europeus. Novamente há uma questão geopolítica.
"Durante a guerra das Malvinas (1982) boa parte da América do Sul ficou sem informação satelital", conta Freitas, do Inpe.

Crédito, Lockheed Martin
No iníciovbet alternative linkjunho, por meio do Inpe evbet alternative linkoutras pastas, o governo brasileiro assinou um acordo com o governo chinês para o desenvolvimentovbet alternative linkum satélite com foco no Brasil que fornecerá dados para a previsão do tempo e o monitoramentovbet alternative linkeventos climáticos extremos.
No caso destes eventos, cada vez mais frequentes, para evitar consequências danosas para a população há ainda outro fator crucial. É preciso contar com uma rede observacional robusta, o que vai além da previsão meteorológica.
No Brasil, a rede foi estruturada pelo Centro Nacionalvbet alternative linkMonitoramento e Alertasvbet alternative linkDesastres Naturais (Cemaden) e é formada por radares meteorológicos e pluviômetros (instrumentos utilizados para coletar e medir as chuvas).
Isso porque não basta saber se vai chovervbet alternative linkdeterminado dia: é preciso saber quanto está chovendo no momento e quais as característicasvbet alternative linkdeterminado município para disparar um alerta para deslizamentovbet alternative linkterra, por exemplo.
"Manter uma rede observacional é um grande desafio. Precisavbet alternative linkrecursos para aquisição dos equipamentos e para a manutenção deles", explica Regina Alvalá, coordenadora do Cemaden. "Para um país da dimensão do Brasil, é muito difícil".
Alvalá exemplifica: o Brasil tem 8,5 milhõesvbet alternative linkquilômetros quadrados; já o Japão, 400 mil quilômetros quadrados (0,5% do território brasileiro).
Mas, enquanto o país asiático tinha maisvbet alternative link8 mil pluviômetros (que medem a chuva) no início dos anos 2000, o Brasil não tinha nem mil.
Hoje, diz ela, são pouco maisvbet alternative link3 mil pluviômetros na rede do Cemaden.
O centro, inclusive, também receberá mais recursos do governo para expansãovbet alternative linksuas capacidades. Serão R$ 50 milhões do novo Programavbet alternative linkAceleração do Crescimento (PAC) para aumentar a listavbet alternative linkmonitoramentovbet alternative linkmunicípios que apresentam maior chancevbet alternative linkocorrênciavbet alternative linkdesastres climáticos.











