Execuçãodeal or no deal bwincão que latia atrásdeal or no deal bwinviatura gera revoltadeal or no deal bwinfaveladeal or no deal bwinSão Paulo:deal or no deal bwin

  • Felipe Souza
  • Da BBC Brasildeal or no deal bwinSão Paulo
Cão Bob e protesto feitodeal or no deal bwinHeliópolis

Crédito, Arquivo pessoal

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Moradores fazem protesto na faveladeal or no deal bwinHeliópolis após a morte do cão Bob

deal or no deal bwin Bob tinha 4 anos, vivia cercadodeal or no deal bwincrianças e era um dos mascotes da faveladeal or no deal bwinHeliópolis, a maiordeal or no deal bwinSão Paulo. O cachorro não tinha casa nem dono, mas ganhava banho, comida, água e até roupas dos moradores.

Na noite do último sábado (11), Bob brincava pertodeal or no deal bwinduas crianças,deal or no deal bwin4 e 7 anos, por volta das 20h, quando correu atrásdeal or no deal bwinum carro da polícia enquanto latia. De acordo com testemunhas do caso ouvidas pela BBC Brasil que pediram para não ser identificadas, um policial se irritou com a situação, sacou uma arma e fez um disparo fatal na cabeça do cão.

"A mesma viatura já tinha passado umas três vezes pelo local. Na quarta, um dos policiais sacou a armadeal or no deal bwindentro da viatura e deu um tiró só na cabeça dele [Bob]. Foi muita maldade", disse uma das testemunhas.

Reações no Facebook após a morte do cachorro Bob

Crédito, Reproducao

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Reações no Facebook após a morte do cachorro Bob

O caso revoltou os moradores da favela e ganhou repercussão nas redes sociais. A foto do cão morto, ao ladodeal or no deal bwinum projétildeal or no deal bwinarmadeal or no deal bwinfogo, se espalhou. Apenas uma das publicações feitas no Facebook teve maisdeal or no deal bwin800 compartilhamentos. "É inacreditável o descontroledeal or no deal bwinquem mais deveria ter controle! Os ferozes dentes trazem perigo para a guarnição inteira?", comentou um internauta.

"Bob irá deixar muita saudade. Acredito que todos que o conheceram tem uma história para contar", afirmou uma mulherdeal or no deal bwinoutra publicação.

A Polícia Militar informou que, na noitedeal or no deal bwinsábado, fez patrulhasdeal or no deal bwináreas próximas a bailes que ocorriamdeal or no deal bwinHeliópolis para "prevenir crimes e garantir o sossego da população". O órgão, porém, disse que "não há registrodeal or no deal bwinanimais feridos".

Manifestação

A indignação dos moradores também se refletiu nas ruasdeal or no deal bwinHeliópolis. As principais vias da região foram bloqueadasdeal or no deal bwinreação à morte do cão, como a estrada das Lágrimas, onde um ônibus foi incendiado. Na avenida Almirante Delamare, moradores viraram caçambas e queimaram lixo para impedir a passagemdeal or no deal bwinveículos.

A Secretaria da Segurança Públicadeal or no deal bwinSão Paulo informou que os protestos foram motivados pela operação policial contra bailes funk. "A Força Tática chegou no local e os suspeitos dispersaram", disse a Secretaria por meiodeal or no deal bwinnota.

Para isso, a polícia usou bombasdeal or no deal bwingás lacrimogêneo e balasdeal or no deal bwinborracha, registradosdeal or no deal bwinvídeos gravados pelos próprios moradores.

Trânsito na regiãodeal or no deal bwinHeliópolis

Crédito, Arquivo pessoal

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Manifestação após mortedeal or no deal bwincachorro causou problemas no trânsito

José Renato Varjão,deal or no deal bwin33 anos, disse ter participado do protesto para cobrar uma punição aos policiais envolvidos no caso. "Você já pensou se todo motoqueiro que for alvodeal or no deal bwinlatidosdeal or no deal bwinum cachorro resolver matá-los? O pior é que, logo depois do crime, outros policiais passaram rindo, zombando da morte do Bob", afirmou.

Bob foi adotado pelos moradoresdeal or no deal bwinHeliópolis após adeal or no deal bwindona se mudar para um apartamento. Eles dizem que a mulher afirmou que não haveria espaço para ele na nova casa e deixou o animal na rua.

Richard Wellington da Silva,deal or no deal bwin23 anos, que costumava alimentar o cachorro, diz que Bob nunca mordeu ninguém. "Pelo contrário, ele gostavadeal or no deal bwintodo mundo porque era amado. Uma prova desse carinho foi a quantidadedeal or no deal bwincrianças que choraramdeal or no deal bwinvolta dele quando ele morreu."