"Você só precisa ser branca para vencer": propagandaonabet esta fora do arcreme branqueador gera polêmica:onabet esta fora do ar
- Claudia Jardim
- De Bangkok para a BBC Brasil

Crédito, Reproducao
Propaganda gerou debate sobre racismo introjetado na sociedade tailandesa
onabet esta fora do ar “Você só precisa ser branca para vencer”. A frase, ditaonabet esta fora do arum comercialonabet esta fora do arcreme branqueador na Tailândia, gerou polêmica e reacendeu o debate sobre racismo no país.
A busca por uma pele branca é quase obsessiva na Tailândia.
Diversos cosméticos nas prateleirasonabet esta fora do arfarmácias e perfumarias prometem clarear a pele. As mulheres tailandesas expostas ao sol diariamente tentam dissimular a cor da pele com maquiagem branca, evidenciando a diferença do tom entre o rosto e o corpo.
A busca por uma peleonabet esta fora do arporcelana e o racismo introjetadoonabet esta fora do armensagens deste tipo ganhou uma nova dimensão com o lançamentoonabet esta fora do armais um comercial que promete “embranquecer” os tailandeses.
“(A campanha) sugere que as pessoasonabet esta fora do arpele escura são perdedoras, é definitivamente racista”, escreveu um usuário da rede social tailandesa pantip.com, onde a campanha virou polêmica.
Na propaganda do creme clareador, uma famosa atriz local afirma: “Sabeonabet esta fora do aruma coisa? Para estar onde estou agora a competição foi muito alta. Não é fácil ficar aqui por um longo tempo. E uma vez que eu pararonabet esta fora do artomar contaonabet esta fora do armim mesma, tudo o que tenho dedicado, (ao) investimento da (minha) brancura, tudo se acabará”.
Neste ponto, a câmera mostra outra atriz, que pouco a pouco vai se tornando ainda mais pálida, enquanto a atriz famosa vai se tornando negra. A mensagem final da propaganda resume: “Você só precisa ser branca para vencer”.
No Twitter, um popular blogueiro inglês radicado no país, Richard Barrow, qualificou a campanha como a "mais racista que eu já vi”.

Crédito, Twitter
Tuíteonabet esta fora do arblogueiro inglês critica anúncio que diz que cadeirasonabet esta fora do armetrô são reservadas para brancos
"Os tailandeses tiveram a cabeça 'perfurada' há muito tempo pela ideiaonabet esta fora do arque a brancura te faz belo (…) Branco é mais bonito. Negro não é bonito”, escreveu um usuário chamado Ban Bua Ver Chomph.
Vários usuários pediram um boicote às empresas que defendem o branqueamento da pele.
A empresa produtora do creme teveonabet esta fora do arse retratar após a polêmica. Por meioonabet esta fora do aruma nota pública, a Seoul Secret pede desculpas pelo “erro”.
Após afirmar que a empresa não tinha o objetivoonabet esta fora do arenviar uma mensagem racista, na mesma nota, a Seoul Secret reafirma que aparência é um elemento importante para o êxito - neste caso, ser branco.
“O que tentamos transmitir é que automelhoriaonabet esta fora do artermosonabet esta fora do arpersonalidade, aparência, habilidades e profissional é crucial”, diz o documento. Após a polêmica a empresa decidiu retiraronabet esta fora do arcirculação o vídeo e suspendeu outros materiais publicitários relacionados à campanha.
Pele escura, salário menor
A busca por uma tez branca vai alémonabet esta fora do arcampanhas publicitáriasonabet esta fora do arbeleza e afeta as relações sociais eonabet esta fora do artrabalho.
Na escolaonabet esta fora do aridiomasonabet esta fora do arque o professor M.E dá aulas a jovens tailandeses, no centroonabet esta fora do arBangkok, professoresonabet esta fora do arpele escura ganham menos que seus colegas brancos.
Em muitos casos, não são contratados por causa do tom da pele. “Aqui o racismo é contra a aparência asiática e pessoasonabet esta fora do arpele escura”, diz o professor canadense.



Na Tailândia, assim como no Brasil, cor é relacionada à classe social
De acordo com M.E, que não quis ter seu nome revelado, a diferença salarial pode chegar a até 40%onabet esta fora do arrelação aos professores brancos. “Eles (professoresonabet esta fora do arpele escura) não podem trabalhar.
E se podem, ganham menos que os nativos (de outros países, brancos procedentes da Europa ou América do Norte”, afirmou M.E à BBC Brasil. “O centro da cidade não é para eles (na visão dos donos do curso)”.
Nas ruasonabet esta fora do arBangkok, a publicidade é destinada a um perfil da população que não é visto caminhando pela cidade exposto ao sol, dirigindo táxis, motocicletas ou vendendo comida nas esquinas.
Assim como no Brasil, na Tailândia a cor da pele está relacionada com as classes sociais. A maioria dos brancos estão na capital, descendentes da elite chinesa.
Osonabet esta fora do arpele mais escura são, na maioria, migrantes internos, similares na cor e no ofício aos nordestinos brasileiros das décadasonabet esta fora do ar1950 até 1980. Outros que costumam ser rejeitados pelo tom da pele são os imigrantes dos países vizinhos Mianmar, Laos e Camboja.
“O problema acentua a questãoonabet esta fora do arclasses na Tailândia. Aqueles com a pele escura são vistos como pobres do nordeste rural. Os desprezamos, como os cambojanos ou indianos com características escuras”, afirmou o crítico social Lakkana Punwichai à BBC News.

Crédito, AFP
Cremes para branquear a pele também estão disponíveisonabet esta fora do aroutros países, como na Costa do Marfim
Punwichai afirma que esse não é um problema exclusivamente tailandês, “esse é um problemaonabet esta fora do artodo o mundo”.
Em 2011, a propagandaonabet esta fora do arum creme branqueador instalada no metrôonabet esta fora do arBangkok indicava que aquela fileiraonabet esta fora do arassentos era “reservada à pessoas brancas”. Recentemente uma representante local da Unilever, Citra, lançou um concurso para entregar 100 mil bolsasonabet esta fora do arestudo a universitários que tivessem a pele mais clara. A polêmica obrigou a empresa a se desculpar.
A obsessão pela pele branca não poupouonabet esta fora do arcríticas a Nonthawan "Maeya" Thongleng, vencedora do Miss Mundo Tailândia,onabet esta fora do ar2014. Ela foi criticada por não ser tão branca quanto as outras competidoras que disputavam a coroa.




