Sob riscocasas de apostas on linefiasco e pressãocasas de apostas on lineChina e Rússia, EUA tentam mostrar força com Cúpula das Américas:casas de apostas on line
- Mariana Sanches - @mariana_sanches
- Da BBC News Brasilcasas de apostas on lineWashington

Crédito, EPA
casas de apostas on line Depoiscasas de apostas on linepassar semanas diante do temorcasas de apostas on lineprotagonizar um fiasco ecasas de apostas on lineameaçascasas de apostas on lineboicote, o governo do americano Joe Biden chega à 9ª edição da Cúpula das Américas,casas de apostas on lineLos Angeles, com a expectativacasas de apostas on linefazer do evento uma virada na política internacional dos Estados Unidos, apesar das baixas e polêmicas entre os participantes.
Os americanos veem o evento como uma oportunidade para "construir uma nova agenda e um novo entendimento do que é importante para o continente americano hoje", afirmou à BBC News Brasil o ex-embaixador dos EUA para o Brasil Thomas Shannon.
Mas não só. Diante da competição com a China por influência na área e da tensão com a Rússia,casas de apostas on linemeio à Guerra da Ucrânia, a Cúpula representa para os americanos a chancecasas de apostas on lineunir o continentecasas de apostas on linetorno da liderança do democrata Biden, que proporá ao menos cinco declarações conjuntas a seus pares, com políticas e planos para temas como conservação ambiental, mudanças climáticas, democracia e resiliência à pandemia. Migração e fortalecimentocasas de apostas on linecadeiascasas de apostas on lineprodução e suprimentos também estarão na mesa.
Em seus propalados objetivos, a Cúpula das Américas organizada pelos americanos ecoa noções da chamada Doutrina Monroe, com seu idealcasas de apostas on linea "América para os Americanos". O ideário, lançadocasas de apostas on line1823, para pregar a não interferência dos europeus sobre suas ex-colônias no continente, recebeu diferentes leituras ao longo dos séculos, mas sempre se resumiu à noçãocasas de apostas on lineque os americanos buscavam primazia (ou interferência) política no continente.
"Essa retórica ainda existe, mas na prática os EUA perderam as principais narrativas na região,casas de apostas on linelegitimidade está abalada com a crise àcasas de apostas on lineprópria democracia e o governo não possui meios para competir com os chinesescasas de apostas on lineinvestimentoscasas de apostas on lineinfraestrutura e inovação, o que ficou evidente com o caso da Huawei", afirma Oliver Stuenkel, professorcasas de apostas on linerelações internacionais da Fundação Getúlio Vargas, mencionando a gigante tecnológica chinesa que terá importância nas redescasas de apostas on line5Gcasas de apostas on linepaíses da região, como o Brasil, apesar das tentativas dos americanoscasas de apostas on linefazer com que os latinos excluíssem a Huaweicasas de apostas on linesuas operações.
A julgar pelo acidentado percurso que leva parte dos líderes da região à cidade da Califórnia na segunda semanacasas de apostas on linejunho, os resultados simbólicos e práticos do evento para os EUA seguem sendo dúvida.
A principal ausência no evento, o presidente mexicano Andrés Manuel Lopez Obrador, conhecido como AMLO, cumpriucasas de apostas on linepromessacasas de apostas on linenão participar da Cúpula se os governoscasas de apostas on lineNicarágua, Cuba e Venezuela não fossem convidados a comparecer também.
Os EUA se recusaram a enviar convites às equipes do nicaraguense Daniel Ortega, do cubano Miguel Díaz-Canel e do venezuelano Nicolás Maduro, a quem Washington qualifica como ditadores e violadores dos direitos humanos. Nos EUA, as diásporas cubana e venezuelana são politicamente poderosas e decisivas para disputas como as eleições parlamentarescasas de apostas on linemeiocasas de apostas on linemandato, que acontecerãocasas de apostas on linenovembro. E um convitecasas de apostas on lineBiden aos governantes desses países cairia mal nas comunidades.
A exclusão deu a alguns líderes na região, especialmente aqueles cujo eleitorado écasas de apostas on lineesquerda, a condiçãocasas de apostas on lineconfrontar os americanos e recolher pontos emcasas de apostas on linepolítica doméstica, ao se posicionarem contra a decisão da Casa Branca, como AMLO.
E deu aos chineses a possibilidadecasas de apostas on linealfinetar Washington. "Cuba, Nicarágua e Venezuela não são países das Américas?" ironizou Zhao Lijian, porta-voz do Ministériocasas de apostas on lineRelações Internacionais da China.

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"América para os americanos": Doutrina Monroe pregava que a dominação no continente deveria ser dos EUA
Força-tarefa na Casa Branca
A Casa Branca tentou minimizar a ausênciacasas de apostas on lineAMLO. De um lado, autoridades americanas disseram que a Cúpula ainda poderia ter sucesso sem ele. De outro, a gestão Biden lançou uma verdadeira força-tarefacasas de apostas on lineprimeiro escalão para atrair mandatários à Califórnia.
A vice-presidente Kamala Harris foi despachada a Honduras, para se encontrar com a recém-eleita Xiomara Castro, que já avisou que mandará ao encontro apenas seu ministrocasas de apostas on linerelações exteriores.
Um emissáriocasas de apostas on lineBiden, o ex-senador Cristopher Dodd, estevecasas de apostas on lineBrasília para transmitir "uma mensagem pessoal" do ocupante da Casa Branca sobre a importância da presençacasas de apostas on lineBolsonarocasas de apostas on lineLos Angeles. Depoiscasas de apostas on lineum ano e meio no poder, Biden também ofereceu a Bolsonaro a primeira oportunidadecasas de apostas on lineuma interação direta entre os líderes. Pela reunião bilateral, Bolsonaro, que se ressentia por não ser recebido antes pelo mandatário americano, depoiscasas de apostas on linelançar dúvidas sobre a eleição dos EUAcasas de apostas on line2020, mudoucasas de apostas on lineideia e decidiu comparecer ao evento.
O próprio Biden também passou 25 minutos ao telefone na semana passada para convencer o presidente argentino Alberto Fernandez a viajar a Los Angeles, que também protestava pela exclusão dos três países.
E a mulher do presidente americano, a primeira-dama Jill Biden, se lançou a um tour entre Equador, Panamá e Costa Rica para cortejar os presidentes relutantes a participar do encontro, criado pelos EUAcasas de apostas on line1994.
No total, cercacasas de apostas on linemetade dos mandatários das Américas estarácasas de apostas on lineLos Angeles. Alémcasas de apostas on lineAMLO, outras ausências notórias são os líderescasas de apostas on lineBolívia (Luis Arce), Honduras (Xiomara Castro) e Uruguai (Lacalle Pou), que contraiu covid-19 às vésperas do evento.

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Andrés Manuel López Obrador, do México, será ausência sentida na Cúpula
"Que os americanos tenham que ter feito esse tipocasas de apostas on lineesforço para atrair pessoas para Cúpula mostra mais fraqueza do que força. Por muitos anos, a América Latina ficou longe da prioridade na política externa dos EUA. Agora, os presidentes latinos escreveram na parede que também não veem os americanos com tanta urgência assim", afirma Daniella Campello, professoracasas de apostas on linepolítica da FGV e pesquisadora do Wilson Center.
Para Stuenkel, ter atraído Bolsonaro para a Cúpula livrou os americanos da "humilhação"casas de apostas on linese ver sem os dois principais países (Brasil e México)casas de apostas on lineseu evento. E também da comparação com o líder russo Vladimir Putin, que apenas duas semanas antescasas de apostas on linelançar a invasão à Ucrânia conseguiu atrair a Moscou tanto Bolsonaro quanto Fernandez. "Mas, na prática, os americanos estão se adequando para uma nova situação,casas de apostas on lineque a América Latina depende muito menoscasas de apostas on lineWashington do que antes", diz Stuenkel.
Última chance?
Analistascasas de apostas on linepolíticas internacionais apontam que Biden pode estar diantecasas de apostas on linesua última oportunidadecasas de apostas on linese mostrar capazcasas de apostas on linealterar positivamente a relação entre EUA e América Latina.
"Biden não conseguiu mostrar que é realmente muito diferentecasas de apostas on lineTrump para a região", afirma Ryan Berg, pesquisador sobre América Latina do Center for Strategic and International Studies.
Segundo Berg, depoiscasas de apostas on lineprometer um novo olhar para a América Latina na campanha, Biden falhoucasas de apostas on linealterar sensivelmente a dinâmicacasas de apostas on linerelações americanas com a região. Suas políticas migratórias diferiram pouco do que fez seu antecessor, Donald Trump.
Os governos latinos se ressentemcasas de apostas on linenão haver um plano econômico dos EUA para resgatar o continente,casas de apostas on linecrise mesmo antes do início da pandemiacasas de apostas on linecovid-19. E notam que a distribuiçãocasas de apostas on linevacinas contra covid-19 na área foi feita primeiro pela China, e só depois pelos EUA.
Trump, cuja bandeira eleitoral foi o mote "América First", que incluía até a construçãocasas de apostas on lineum muro na fronteira com o México para evitar a migração, não cultivou relações próximas com a América Latina. A esse vácuocasas de apostas on linepoder, muitos analistas internacionais atribuem o crescimento acelerado da presença da China na região.
Quebrando a tradiçãocasas de apostas on linesua diplomacia silenciosa, Pequim acusou os americanoscasas de apostas on linequerer forçarcasas de apostas on lineagenda a todos os países latinos com a formatação dos convidados e da agenda da Cúpula das Américas. "Os EUA têm falado nas Américas para os americanos, mas é para o povo americano apenas", afirmou o porta-voz Zhao.
A crítica dos chineses encontra eco na América Latina. É comum ouvircasas de apostas on linediplomatas da América do Sul que os EUA só querem discutir o tema da migração a partir da perspectiva do Triângulo Norte da América Central (Guatemala, Honduras e El Salvador), algo que não tem nada a ver com a realidadecasas de apostas on lineBrasil e Colômbia, por exemplo, que tem recebido enormes contingentescasas de apostas on linevenezuelanos. Por outro lado, os americanos se mostrariam pouco porosos a demandas brasileiras, como do fimcasas de apostas on lineusocasas de apostas on linealgemas para deportados brasileiroscasas de apostas on linevoos dos EUAcasas de apostas on lineretorno ao Brasil.
Assim como Trump, Biden tem demonstrado dificuldadecasas de apostas on lineolhar para a região não apenas da óticacasas de apostas on linesuas políticas domésticas - e o que pode ou não agradar um eleitorado latino conservador da Flórida - e entender que não existe uniformidade nas questões do continente. Segundo Thomas Shannon, a diplomacia americana precisa comparecer ao evento disposta a ouvir, e não só falar.
Para o diplomata americano Michael McKinley, ex-embaixador no Brasil, Colômbia e Peru, é precisamente por esses velhos erros que a atual Cúpula corre o riscocasas de apostas on linefalhar.
"Apesar dos esforços do governo Biden para delinear uma visão nova e positiva para o envolvimento com a América Latina e o Caribe, é provável que velhos problemas entremcasas de apostas on linejogo na próxima Cúpula das Américas. A política interna (dos EUA) e os governos da região com uma visão mais céticacasas de apostas on lineWashington e suas intenções contribuem para essas tensões. É necessária uma nova perspectiva dos EUA - que levecasas de apostas on linemaior consideração a diversidade, as prioridades e a complexidade política da região. Sem essa mudança, a percepção e a realidade do declínio da influência dos EUA provavelmente se aprofundarão", escreveu McKinleycasas de apostas on lineartigo para o United States Institute of Peace.

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