Novos vídeos mostram brasileiros ridicularizando russos durante a Copa:slots a 1 centimo
- Ricardo Senra e Nathalia Passarinho
- BBC News Brasil

Num dos vídeos que circulam pelas redes sociais, um adolescente é induzido a dizer que quer 'dar para o Neymar'
slots a 1 centimo Começam a circularslots a 1 centimogruposslots a 1 centimobrasileiros no WhatsApp novos vídeosslots a 1 centimotorcedores do Brasil ridicularizando estrangeiros na Rússia durante a Copa do Mundo slots a 1 centimo .
Em um deles, um adolescente é induzido a repetir frases como "Eu dei para o Neymar", "eu sou filho da p..." e "eu sou veado".
Tudo indica que as imagens foram gravadas na Fan Festslots a 1 centimoRostov, onde o Brasil disputou seu primeiro jogo da Copa no domingo, quando empatou com a Suíça
Brasileiros que moram na Rússia publicaram, nas redes sociais, críticas ao rapaz que fez o vídeo.
"Esses lixos que infelizmente são do meu paísslots a 1 centimoorigem não se limitaram a ofender mulheres, agora fazem isso com crianças! Covardes nojentos", escreveu no Facebook a brasileira Fernanda Kuznetsova, que moraslots a 1 centimoSão Petersburgo.
Em outro vídeo, um gruposlots a 1 centimomulheres segue instruçõesslots a 1 centimoum homem que diz: "Eu quero dar a b... para vocês". As três jovens repetem, sem saber o significado das palavras. O rapaz comemora e,slots a 1 centimoseguida, grita: "Brasil! Brasil!"

Neste vídeo, três jovens são induzidas a dizer que querem fazer sexo com o brasileiro. Elas repetem as palavras sem, aparentemente, entender o significado delas
Os novos vídeos causaram também revolta entre brasileiros que viajaram para acompanhar a seleção.
"Nunca vi tanta faltaslots a 1 centimocaráter e sem vergonhice", disse uma brasileira ao assistir às imagens. As gravações foram publicadas inicialmenteslots a 1 centimocanais no YouTube e no Facebook.
A polêmica teve início quando começou a circular um vídeo no qual torcedores brasileiros, sob o pretextoslots a 1 centimoensinar cantosslots a 1 centimotorcida, fazem com que uma mulher repita palavras que remetem ao órgão sexual feminino. Eles rodeiam a jovem e gritam: "Essa é bem rosinha!"

O caso que gerou maior repercussão é oslots a 1 centimoum gruposlots a 1 centimobrasileiros que induziram uma jovem a repetir palavras que remetem ao órgão sexual feminino
Ela sorri e repete animada, claramente sem compreender o teor do que está sendo dito. A atitude desses homens foi recriminada até por celebridades brasileiras, como Fernanda Lima e Bruna Linzmeyer.
"Não é engraçado. É machismo. Misoginia. E vergonha. Muita vergonha", afirmou a Linzmeyer,slots a 1 centimoseu perfil do Instagram. As cantoras Ivete Sangalo e Daniela Mercury lamentaram, pelo Twitter, o que chamaramslots a 1 centimo"papelão machista" e "abuso moral".
Na Rússia, onde o machismo ainda é considerado dominante, não há leis específicas contra assédio sexual.
De acordo com o advogado russo Andrei Shugaev, dificilmente esses casos poderiam ser enquadrados como crime ou contravenção. Segundo ele, falar palavrõesslots a 1 centimopúblico é uma ofensa administrativa punível com multa ou detenção.
No entanto, Shugaev destaca que a polícia russa não tem agido com rigidez nesses casos durante a Copa do Mundo.
Petição
Já a jurista e ativista feminista russa Alena Popova iniciou uma petição online, endereçada ao Ministérioslots a 1 centimoAssuntos Interiores da Rússia, pedindo que os autores do vídeo sejam responsabilizados.

Crédito, Empics
A jurista russa Alena Popova escreveu uma petição denunciando os autores por 'humilhação pública à honra e à dignidadeslots a 1 centimooutra pessoa'
Segundo a petição, há diferentes artigos na legislação do país que punem quem "publicamente humilha a honra e a dignidadeslots a 1 centimouma menina ou mulher russa".
Conforme o documento, os autores do vídeo podem ser enquadradosslots a 1 centimodois artigos que penalizam quem "insulta a outrem" ou "atenta contra a ordem pública".
"Mais do que isso, queremos que os estrangeiros que fizeram o vídeo peçam desculpas públicas à jovem e a todos os cidadãos da Rússia pelo sexismo, desrespeito às leis russas, desrespeito às cidadãs russas, insulto e humilhação baseadaslots a 1 centimogênero", conclui a petição.
Popova também confirmou à BBC News Russian que encaminhou um pedido, por email, à Embaixada do Brasil na Rússia, perguntando que sanções, pelas leis brasileiras, poderiam ser aplicadas aos autores do vídeo. No email, ela também pergunta se a diplomacia brasileira pretende adotar alguma providência.
Até a publicação desta reportagem, a BBC News Brasil não conseguiu contato com as pessoas que aparecem nos vídeos.








