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O cruel experimento com ratos que revelou poder da esperança:campeonbet
No seu estudo publicadocampeonbet1942 com o título "Morte vodu", Cannon mencionou vários casoscampeonbetmortes súbitas, misteriosas e aparentemente psicogênicas (de origem psíquica),campeonbetvárias partes do mundo, que ocorriamcampeonbetaté 24 horas após o indivíduo ter violado,campeonbetforma traumática, normas sociais ou religiosas.
Ele relatou que "um indígena brasileiro condenado e sentenciado por um pajé, indefeso contracampeonbetprópria reação emocional a esse pronunciamento, faleceucampeonbetquestãocampeonbethoras (...) [e] uma maori neozelandesa que comeu uma fruta e posteriormente ficou sabendo que ela provinhacampeonbetum lugar tabu morreu no dia seguinte, ao meio-dia".
Depoiscampeonbetanalisar minuciosamente essas evidências, Cannon ficou convencidocampeonbetque esse fenômeno era real e se perguntou: "Como um estadocampeonbetmedo sinistro e persistente pode acabar com a vidacampeonbetum ser humano?".
Richter explicou que a conclusãocampeonbetCannon foicampeonbetque a morte era consequência do estadocampeonbetchoque produzido pela liberação contínuacampeonbetadrenalina. E acrescentou que, se isso for verdade, pode-se esperar que, nessas circunstâncias, a respiração dos indivíduos ficaria agitada e seu coração bateria cada vez mais rápido.
Isso "os conduziria gradualmente a um estadocampeonbetcontração constante e,campeonbetúltima instância, à mortecampeonbetsístole". Mas o estudocampeonbetRichter com ratos demonstrou exatamente o contrário.
Nadar ou afogar-se
No seu laboratório na Universidade Johns Hopkins,campeonbetBaltimore, nos Estados Unidos, Richter havia colocado ratos domesticados (ou seja, que nasceram, cresceram e iriam morrercampeonbetlaboratório)campeonbetrecipientescampeonbetvidrocampeonbetonde não poderiam escapar. Ele queria observar por quanto tempo os ratos sobreviveriam nadando na águacampeonbetdiferentes temperaturas, antescampeonbetse afogar.
Mas havia um problema: "Em todas as temperaturas, um pequeno númerocampeonbetratos morreu entre cinco e dez minutos depois da imersão, enquanto,campeonbetalguns casos, outros aparentemente mais saudáveis nadaram até 81 horas".
Era uma variação grande demais para que os resultados fossem significativos. Mas Richter afirmou que "a solução veiocampeonbetuma fonte inesperada: a descoberta do fenômeno da morte súbita".
Richter então alterou o experimento. Ele começou cortando os bigodes dos ratos, "possivelmente destruindo seu meiocampeonbetcontato mais importante com o mundo exterior". E introduziu, além dos ratos domesticados, animais híbridos e outros recém-capturados nas ruas.
Enquanto a maioria dos ratos domesticados nadou entre 40 e 60 horas antescampeonbetmorrer, os ratos híbridos (cruzamentos entre ratos domesticados e selvagens) "morreram muito antes desse tempo".
Mas o mais surpreendente foi que os ratos selvagens, que costumam ser fortes e excelentes nadadores, afogaram-secampeonbet"1 a 15 minutos depoiscampeonbetsua imersão nos recipientes".
Por quê? Cannon afirmava que as mortes súbitas aconteciam devido à grande quantidadecampeonbetadrenalina liberada pelo estresse, que acelerava a respiração e os batimentos cardíacos.
Ocorre que os dados coletados por Richter indicavam que "os animais morriam por desaceleração do ritmo cardíaco e não por aceleração". Ou seja, a respiração desacelerava e a temperatura do corpo diminuía, até que o coração deixavacampeonbetbater.
Essa informação era valiosa, mas não foi ela que fez o experimento ficar tão famoso. Havia um outro ponto que não podia ser ignorado.
Ratos sem esperança
"O que mata esses ratos?", era a perguntacampeonbetRichter. "Por que os ratos selvagens, ferozes e agressivos morrem rapidamente e isso não acontece com a maioria dos ratos mansos e domesticados, quando submetidos às mesmas condições?"
De fato, ele observou que alguns ratos selvagens morriam até mesmo antescampeonbetentrar na água, ainda nas mãos dos pesquisadores.
Para Richter, estava claro que o confinamento no frascocampeonbetvidro eliminava qualquer possibilidadecampeonbetfuga e, ao mesmo tempo, ameaçava os ratos com o afogamento imediato.
Assim, o pesquisador Richter chegou à conclusãocampeonbetque o comportamento dos ratos estava ligado ao que chamoucampeonbetfaltacampeonbetesperança.
"Estejam eles presos nas mãos [dos pesquisadores] ou confinados no recipiente para nadar, os ratos encontram-secampeonbetuma situação contra a qual não têm defesa. Esta reaçãocampeonbetdesesperança é exibida por alguns ratos selvagens muito pouco tempo depoiscampeonbetterem sido agarrados com a mão e impedidoscampeonbetmover-se; parece que, literalmente, eles 'se rendem'."
Por outro lado, se o instintocampeonbetsobrevivência fosse disparadocampeonbettodos os casos, por que os ratos domesticados pareciam convencidoscampeonbetque, se continuassem nadando, poderiam acabar se salvando? Poderiam os ratos ter "convicções" diferentes e até esperança?
Respiro
Richter resolveu então introduzir o elemento "esperança" no experimento. Ele pegou ratos similares e os colocou no recipiente. Mas, pouco antes que morressem, ele os retirava, segurava por um momento, soltava e voltava a colocá-los na águacampeonbetseguida.
"Assim", escreveu ele, "os ratos aprendem rapidamente que a situação, na verdade, não é desesperadora; a partir daí, eles voltam a ser agressivos, tentam escapar e não dão sinaiscampeonbetque se deram por vencidos."
Esse pequeno intervalo fez muita diferença. Os ratos que experimentavam um breve respiro nadavam muito mais. Sabendo que a situação não estava perdida, que não estavam condenados e que uma mão amiga poderia vir salvá-los, eles lutavam para viver.
"Eliminando a desesperança, os ratos não morrem", concluiu Richter.
Morte por convicção
A intençãocampeonbetRichter era contribuir para a pesquisa da chamada "morte vodu", a morte súbita que, segundo ele, não acontecia apenascampeonbet"culturas primitivas", como havia ressaltado Cannon.
"Durante a guerra, foi informado um número considerávelcampeonbetmortes inexplicáveis entre soldados das forças armadas deste país [os Estados Unidos]. Esses homens morreram com aparente boa saúde. Na autópsia, nenhuma patologia foi observada", segundo ele.
"Neste ponto, também é interessante que, segundo R. S. Fisher, médico forense da cidadecampeonbetBaltimore, diversas pessoas morrem todos os anos depoiscampeonbettomar pequenas dosescampeonbetveneno, definitivamente subletais (com efeito baixocampeonbetletalidade), oucampeonbetinfligir-se pequenas feridas não letais", prossegue Richter, "eles aparentemente morrem por estarem convictos dacampeonbetmorte".
O experimentocampeonbetRichter foi repetido milharescampeonbetvezes por laboratórios farmacêuticos para testar componentes antidepressivos, depois que,campeonbet1977, o pesquisador Roger Porsolt descobriu que os ratos que recebiam esses componentes lutavam por mais tempo.
Graças às ações da organização protetora dos direitos dos animais Peta, a práticacampeonbetcolocar os ratos para nadar nos laboratórios foi consideravelmente reduzida. Mas as lições desse experimento cruel permanecem vivas na Psicologia.
O teste dos ratos ficou famoso além do seu ambiente naturalcampeonbetestudo, assim como a ideiacampeonbetque a esperança dá a essas criaturas a força necessária para lutar por suas vidascampeonbetmeio a uma situação desesperadora.
- Texto originalmente publicadocampeonbethttp://bbc.co.ukhttp://roberthost1.accountsupport.com/geral-61800982
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