Coronavírus: como desigualdade entre ricos e pobres ajuda a explicar altabet366 baixarcasosbet366 baixarcovid-19bet366 baixarManaus:bet366 baixar

  • Matheus Magenta
  • Da BBC News Brasilbet366 baixarLondres
Grando movimentaçãobet366 baixarruabet366 baixarcomércio popularbet366 baixarManaus

Crédito, Mário Oliveira/Semcom

Legenda da foto,

Comércio reabriubet366 baixarjunhona capital do Amazonas

bet366 baixar A desigualdade social passou a dar pistas sobre o que aconteceu na primeira onda da doençabet366 baixarManaus e o que está acontecendo com o aumentobet366 baixarcasos que a cidade enfrenta atualmente.

Em resumo, dados e especialistas apontam que o vírus chegou à cidade com as classes mais abastadasbet366 baixarrotas internacionais e nacionais e depois se espalhou com força pelos bairros mais pobres. Hospitais públicos e cemitérios ficaram lotados. As mortesbet366 baixarcasa mais que dobraram.

Quando passou o pico da doença, que matou quase 3 mil pessoas, e a cidade se reabriu, foram os mais abastados que começaram a encher leitosbet366 baixarhospitais privadosbet366 baixarproporção cada vez maior porque lhes faltam duas coisas: distanciamento social, que antes os salvou mas depois deixarambet366 baixarpraticar, e anticorpos, que o isolamento inicial impediu que desenvolvessem.

Mas para entender como a cidade chegou a uma tragédia que agora se repete, é preciso voltar ao início da pandemia. O primeiro caso oficial na capital do Amazonas surgiubet366 baixar13bet366 baixarmarço. Uma mulherbet366 baixar39 anos que voltou infectadabet366 baixarLondres e procurou um hospital particular ao sentir os sintomas. Não chegou a ser internada.

Até o iníciobet366 baixarabril, a covid-19 estava concentrada nas classes mais ricasbet366 baixarum Estado onde 85% da população depende da rede públicabet366 baixarsaúde (SUS). Naquela época, 57% das internações por doenças respiratórias estavambet366 baixarhospitais particularesbet366 baixarManaus.

Era questãobet366 baixartempo até o cenário se inverter.

Apesar da tragédia, a cidade não adotou um bloqueio total à circulaçãobet366 baixarpessoas, como fizeram a China e a Itália nos momentos mais críticos.

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Fim do Podcast

O prefeitobet366 baixarManaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), resistiu à medida, recomendada à época por especialistas e autoridades do Ministério Público. Dizia temer conflitos armados nas ruas, e adotou outras medidasbet366 baixarrestrição.

Mesmo com lojas, empresas e escolas fechadas, as condiçõesbet366 baixarvidabet366 baixarManaus ajudaram a acelerar o avanço da doença.

A maioria dos manauaras vivebet366 baixarfavelas, morabet366 baixarcasas com maisbet366 baixar3 pessoas, circulabet366 baixartransportes públicos lotados e dependebet366 baixartrabalhos informais para sobreviver. Quase 10% dos domicílios não têm água encanada. E comobet366 baixaroutras capitais brasileiras, essa parcela menos favorecida da população não teve opção alémbet366 baixarseguir a vida como era possível, apesar da pandemia.

O distanciamento social, calculado pela empresa InLoco a partirbet366 baixardadosbet366 baixartelefones celulares, nunca passoubet366 baixar60% da população do Amazonas, mesmo no auge da pandemia.

E se no iníciobet366 baixarabril a minoria das internações estavabet366 baixarhospitais públicos, no iníciobet366 baixarjunho, representavam maisbet366 baixar80% do total.

Valas abertasbet366 baixarManaus

Crédito, Alex Pazuello/Semcom

Legenda da foto,

Amazonas é um dos Estados com maior percentualbet366 baixaraumentobet366 baixaróbitosbet366 baixarrelação a 2019

Foi por volta dessa época que o númerobet366 baixarinfecções começou a cair, e não se sabe bem direito por quê. A cada dia havia menos pessoas doentes, internadas e mortas pela covid-19.

As explicações à época para o recuo da pandemia, que ainda são hipóteses, falam principalmentebet366 baixarduas coisas: 1. efeitos positivosbet366 baixardistanciamento físico e usobet366 baixarmáscara e 2. imunidade coletiva (oubet366 baixarrebanho).

De acordo com essa segunda explicação, haveria tanta gente doente que o vírus não teria conseguido mais se espalhar e matar com força (algo similar ao que acontece quando as pessoas são vacinadasbet366 baixarmassa).

Tanta gente quanto? Por causa da faltabet366 baixartestes e estrutura para analisar esses exames, pesquisadores tentam há meses dimensionar o real tamanho da pandemia na cidade e no Brasil como um todo.

Os números oficiais apontam para 2,6 mil mortes e 53 mil infectadosbet366 baixarManaus desde março, ou 2% dos 2,2 milhõesbet366 baixarhabitantes.

Dadosbet366 baixarcartórios, no entanto, mostram um númerobet366 baixarmortos na cidade durante a pandemia que supera a média histórica. É o que se chamabet366 baixarmortesbet366 baixarexcesso. Esse total aumentou quase 50%bet366 baixar2019 para 2020, oubet366 baixar6.398 para 9.420.

E um estudo recente, coordenado pela imunologista Ester Sabino, professora e diretora do Institutobet366 baixarMedicina Tropical da Universidadebet366 baixarSão Paulo (USP), estimou que não foram apenas 2%, mas sim 66% dos habitantesbet366 baixarManaus os contaminados pelo vírus. Ou seja, 1,5 milhãobet366 baixarpessoas infectadas.

"Embora intervenções não farmacêuticas, alémbet366 baixaruma mudança no comportamento da população, possam ter ajudado a limitar a transmissão do Sars-CoV-2bet366 baixarManaus, a taxabet366 baixarinfecção excepcionalmente alta sugere que a imunidadebet366 baixarrebanho desempenhou um papel significativo na definição do tamanho da epidemia."

O fato é que o recuo da pandemia durou poucobet366 baixarManaus. O comércio reabriubet366 baixarjunho, só quebet366 baixaragosto o númerobet366 baixarpessoas infectadas voltou a crescer e especialistas passaram a defender medidas rígidasbet366 baixardistanciamento social. Mas não se sabe o que está acontecendo e nem se há ou não uma segunda ondabet366 baixarcasos na cidade.

E afinal, se Manaus atingiubet366 baixarfato o patamarbet366 baixarimunidade coletiva, por que o vírus voltou a se espalhar? São as mesmas pessoas sendo infectadasbet366 baixarnovo? Se as pessoas podem ser reinfectadas, faz sentido falarbet366 baixarimunidade coletiva?

A desigualdade social novamente pode dar algumas pistas.

Homem faz dedetizaçãobet366 baixarmercadobet366 baixarManaus

Crédito, Altemar Alcantara/Semcom

Legenda da foto,

Mais pobres não tiveram opção alémbet366 baixarseguir a vida como era possível, apesar da pandemia

Covid-19bet366 baixarbairros ricos e hospitais particulares

A maior médiabet366 baixarnovos casos num períodobet366 baixar24 horas foi atingidabet366 baixarManausbet366 baixar29bet366 baixarmaio: 646. O ponto mais baixo desde então foibet366 baixar12bet366 baixarjulho: 180. Em 1ºbet366 baixaroutubro, a média diária estábet366 baixar456. É o maior número desde 5bet366 baixarjunho.

Em 29bet366 baixarabril, morriam 63 pessoas por dia na cidade, segundo dados oficiais. Hoje são 4. Em 24bet366 baixarabril, 98 pessoas eram internadas diariamente. Agora são 11.

O problema é que esses números não mostram os diferentes perfis das pessoas atingidasbet366 baixarcada fase. Vale lembrar que maisbet366 baixar60% da população do Amazonas recebeu o auxílio emergencial do governo federal, o quinto maior índice do país.

Se as classes menos favorecidas foram amplamente afetadas no ápice da pandemiabet366 baixarManaus, entre abril e junho, agora, a doença parece se voltar novamente para os mais ricos, que eram a maioria bem no início da pandemia. Naquela época, só havia casos importadosbet366 baixarviajantes que chegavam doentes à cidade.

A Fundaçãobet366 baixarVigilância Sanitária do Amazonas afirmou que,bet366 baixaranálise da incidência do coronavírus por bairrobet366 baixarManaus,bet366 baixaragosto, houve "um crescimento no númerobet366 baixarcasosbet366 baixarbairros como Ponta Negra e Adrianópolis, embet366 baixarmaioria habitado por pessoas com maior poder aquisitivo".

Segundo a presidente do órgão, Rosemary Pinto, o Estado enfrenta "um aumentobet366 baixarcasos pontuaisbet366 baixaraglomerados, principalmente nas classes A e B".

Outro indicador é a ocupaçãobet366 baixarleitosbet366 baixarhospitais privados. A proporção da rede privada erabet366 baixar55%bet366 baixar6bet366 baixarabril, chegou a 7%bet366 baixar18bet366 baixarjunho e agora estábet366 baixar41% do totalbet366 baixarpessoas internadas com doenças respiratórias.

Mas e a imunidadebet366 baixarrebanho? O aumentobet366 baixarcasos significa que esse patamar não foi atingido?

Homem compra peixe no portobet366 baixarManaus

Crédito, Reuters

Legenda da foto,

Monitoramentosbet366 baixarisolamento social apontam que adesão no Amazonas ficou abaixo da média nacional

Segundo a imunologista Ester Sabino, que coordenou o estudo que apontou que 66% dos habitantesbet366 baixarManaus já haviam sido infectados e que a cidade havia atingido a imunidadebet366 baixarrebanho, esse patamar não significa que a pandemia acabou.

Em seu perfil no Twitter, ela explicou que imunidadebet366 baixarrebanho significa que o espalhamento do vírus vai ser cada vez menor, mesmo sem outras medidasbet366 baixarcontenção, como o usobet366 baixarmáscaras. "Mas não quer dizer que as pessoas não expostas previamente não irão se infectar."

Segundo ela, quando se atinge esse patamarbet366 baixarimunidadebet366 baixarrebanho, a taxabet366 baixarcontágio (R) não passabet366 baixar1 mesmo sem outras medidasbet366 baixarcontenção, como uso massivobet366 baixarmáscaras.

Ou seja, antes da imunidadebet366 baixarrebanho ser atingida, estima-se que,bet366 baixarmédia, 100 pessoas infectadas transmitam o vírus para 250 pessoas. Depois, 100 pessoas infectadas transmitirão o vírus para menosbet366 baixar100 pessoas, e esse número vai caindo ao longo do tempo.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, uma boa parte das pessoas que não foram expostas previamente ao vírusbet366 baixarManaus está justamente nas classes mais abastadas.

"O grupo que tem acesso a hospitais privados galgou menor 'imunidade parcial' que a parcela mais pobre, que depende do SUS. Estudosbet366 baixarseroprevalência (proporção da população que já teve contato com o vírus) já feitosbet366 baixarSão Paulo e no Maranhão demonstraram que as pessoas com maior renda se protegeram melhor da covid. Portanto esse grupo seria mais vulnerável durante uma segunda onda, ao relaxarem suas medidasbet366 baixarisolamento", afirmou Bruce Walker Nelson, biólogo e professor do Instituto Nacionalbet366 baixarPesquisas da Amazônia.

Para a física Patricia Magalhães, pesquisadora da Universidadebet366 baixarBristol, no Reino Unido, e integrante do grupobet366 baixarcientistas Ação Covid-19, Manaus deve estar vivenciando um fenômeno que ela caracteriza como estourobet366 baixarbolhasbet366 baixarproteção.

"Bolhasbet366 baixarproteção ocorrem quando o vírus, depoisbet366 baixarcircular por bastante tempo num determinado ambiente, passa a ter dificuldadebet366 baixarencontrar alguém suscetível para infectar. Ou porque está cercadobet366 baixarpessoas doentes ou imunes. O distanciamento social e o usobet366 baixarmáscaras ajudam a perpetuar essa situaçãobet366 baixarque o vírus tem dificuldadebet366 baixarcircular. Mas com o aumento excessivo da circulação, abertura do comércio,bet366 baixarbares e das escolas, há um aumentobet366 baixarcirculaçãobet366 baixarpessoas suscetíveis e aí essa bolha pode estourar e o vírus pode atingir regiões e grupos que tiveram muito pouco contato com o vírus no primeiro momento. E aí um novo surto começa."

O pesquisador Ricardo Parolin Schnekenberg, que vê imunidadebet366 baixarrebanho como sinalbet366 baixarincompetência e não como méritobet366 baixarpolíticabet366 baixarsaúde, afirma que há ainda uma grande lacunabet366 baixartodas essas hipóteses sobre Manaus. Afinal, não sabemos como funciona a defesa do corpo contra a covid-19.

"Estudos mostram que o númerobet366 baixaranticorpos das pessoas que tiveram contato com covid-19 caem ao longo do tempo. Mas ainda não temos certeza se essas pessoas continuarão protegidas contra novas infecções, se elas perderão total ou parcialmente a proteção ou se terão resposta imunológica mais rápida quando enfrentarem o vírus novamente. Não há certeza sobre nada, e há casos comprovadosbet366 baixarreinfecçãobet366 baixarpacientes por todos os lados", disse Schnekenberg, doutorandobet366 baixarneurociências clínicas na Universidadebet366 baixarOxford e parte do grupobet366 baixarestudos do Imperial Collegebet366 baixarLondres para covid-19.

Há ou não uma segunda onda no Amazonas?

O governo do Amazonas aponta que o aumentobet366 baixarinternações hospitalares "é reflexo das aglomerações, cada vez mais frequentes, ocasionadas por uma parcela significativa da população que não adotou e, cada vez mais, está abandonando as medidas não farmacológicas preconizadas (como distanciamento social, não aglomeração, uso constantebet366 baixarmáscara e lavagem frequente das mãos)".

E segundo a Fundaçãobet366 baixarVigilância Sanitária do AM, o problema se concentrabet366 baixarbalneários, bares, casas noturnas, festasbet366 baixaraniversário, casamentos e convenções partidárias às vésperas das eleições municipais. As autoridades dizem que a transmissão vírus se dá entre pessoasbet366 baixar30 a 49 anos, mas quem acaba internado são "os maioresbet366 baixar60 anos e aqueles com comorbidades, que entrarambet366 baixarcontato com quem se expôsbet366 baixaraglomerações".

O avanço da doença no Estado levou a um racha entre pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Há duas divergências principais: se o aumentobet366 baixarcasos já configura uma segunda onda, e quais medidasbet366 baixarcontenção deveriam ser adotadas pelas autoridades para evitar o espalhamento da doença.

O imbróglio começou no fimbet366 baixarsetembro, quando o epidemiologista Jesem Orellana afirmoubet366 baixarentrevista ao canal GloboNews que o Estado deveria adotar um lockdown para conter a pandemia. Ou seja, instituir um bloqueio rigoroso à circulaçãobet366 baixarpessoas e à abertura do comércio, entre outros pontos.

"Para você conseguir conter a circulação do vírus não há outra solução que não seja o lockdown e o lockdown rigorosobet366 baixarque você consiga fazer uma fiscalização efetiva da mobilidade intermunicipal, tanto da partebet366 baixartransporte transporte coletivo quanto do transporte privado das pessoas, reduzir os horáriosbet366 baixarrestaurantes,bet366 baixarbares e proibir eventos públicos. Sem isso, você não consegue reduzirbet366 baixarforma significativa a circulação viral. E aí, na verdade, o que se faz é desacelerar a propagação", disse Orellana.

A declaração gerou reação do governo do Estado, que refutou a possibilidadebet366 baixaradotar um lockdown.

"Nem passa pela minha cabeça a possibilidadebet366 baixar'lockdown',bet366 baixarfechar tudo aqui no Estado. Nós conseguimos avançar muito, o Amazonas é referência hoje no combate à covid-19", declarou o governador do AM, Wilson Lima (PSC).

Em seguida, a Fiocruz declarou que Orellana não falavabet366 baixarnome da instituição e divulgoubet366 baixar30/9 uma nota técnica assinada por um grupobet366 baixarnove pesquisadores.

O documento recomenda uma sériebet366 baixarmedidasbet366 baixarcombate ao novo coronavírus, mas não falabet366 baixarsegunda onda nembet366 baixarlockdown.

"Entendemos que a atual situação vivenciada pelo Estado do Amazonas ebet366 baixarparticular nabet366 baixarcapital, Manaus,bet366 baixarrelação a ocorrência da covid-19, seja perfeitamente reversível, com a implementação/ implantaçãobet366 baixarmedidas que visem a diminuição dos contatos entre as pessoas; o reforço das medidasbet366 baixarproteção individual e coletiva; aumento na capacidade da testagembet366 baixarcasos suspeitos e contatos; o aumento da sensibilidade da vigilância epidemiológica local com ampliação da captaçãobet366 baixarsuspeitos através da demanda passiva e busca ativabet366 baixarcasos, identificar e testar contatos, constituindo as cadeiasbet366 baixartransmissão."

Em entrevista à Agência Brasil, Marcelo Gomes, pesquisadorbet366 baixarsaúde pública da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, que monitora os casosbet366 baixarcovid-19 e outras síndromes respiratórias, afirmou que ainda é cedo para falarbet366 baixarsegunda onda ou imunidadebet366 baixarrebanho no Amazonas.

"A gente não pode afirmar com certeza que Manaus já está com imunidadebet366 baixargrupo. Existem alguns trabalhos sugerindo isso, mas são resultados com limitações e incertezas e, portanto, devem ser interpretados com muita cautela."

Para Orellana, "alguns cientistas e políticos"bet366 baixarManaus insistembet366 baixargerenciar "de forma tão precária a epidemia num contexto que mais se assemelha a um experimento natural, onde se tenta a qualquer custo alcançar a chamada imunidadebet366 baixarrebanho por incompetência" e o "caldeirão da morte encheu".

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