Por que os filmes sobre o caso Suzane Von Richthofen se tornaram alvosretirer freebet winamaxpolêmica nas redes:retirer freebet winamax

  • Vinícius Lemos
  • Da BBC News Brasilretirer freebet winamaxSão Paulo
Filme sobre Richtofen

Crédito, Stella Carvalho/Divulgação

Legenda da foto, Filmes sobre assassinato dos Richthofen se tornaram alvosretirer freebet winamaxpolêmica nas redes

retirer freebet winamax Há maisretirer freebet winamax17 anos, Suzane von Richthofen ganhou destaqueretirer freebet winamaxnoticiáriosretirer freebet winamaxtodo o Brasil. O caso da jovem que matou os paisretirer freebet winamaxuma mansãoretirer freebet winamaxSão Paulo, com a ajuda do namorado e do cunhado, causou indignaçãoretirer freebet winamaxtodo o país e também repercutiuretirer freebet winamaxveículosretirer freebet winamaxcomunicação internacionais. A história foi alvoretirer freebet winamaxreportagens, livros e agora será contada nos cinemas.

Em doisretirer freebet winamaxabril serão lançadas, simultaneamente, duas produções cinematográficas sobre o caso. Os dois filmes contarão versões distintas sobre o crime. Um deles mostrará o caso sob o pontoretirer freebet winamaxvistaretirer freebet winamaxSuzane. O outro contará a história sob o viésretirer freebet winamaxDaniel Cravinhos, na época namorado dela.

Nas produções, o público poderá acompanhar situações como a relaçãoretirer freebet winamaxSuzane com os pais, o relacionamento dela com Daniel e o dia do assassinato. O casal Marísia e Manfred Albert von Richthofen foi morto na madrugadaretirer freebet winamax31retirer freebet winamaxoutubroretirer freebet winamax2002. Os dois foram assassinados com golpesretirer freebet winamaxbarrasretirer freebet winamaxferro na cabeça — a mãe também foi asfixiada com uma toalha e um saco plástico.

A filha das vítimas, Daniel e o irmão dele, Cristian Cravinhos, foram condenados por homicídio triplamente qualificado. Suzane, que tinha 18 anos na época do crime, e o então namorado pegaram 39 anos e seis mesesretirer freebet winamaxprisão, enquanto Cristian foi condenado a 38 anos e seis meses.

Os envolvidos no crime, principalmente Suzane, costumam voltar com frequência aos noticiários — seja pelas 'saidinhas temporárias' delaretirer freebet winamaxdatas comemorativas ou pela recente aprovação no Sistemaretirer freebet winamaxSeleção Unificada (Sisu) para o curso técnicoretirer freebet winamaxTurismo pelo Instituto Federalretirer freebet winamaxEducação, Ciência e Tecnologiaretirer freebet winamaxSP (IFSP).

Carla Diaz e Leonardo Bittencourt

Crédito, Stella Carvalho/Divulgação

Legenda da foto, Carla Diaz vive Suzane no filme e Leonardo Bittencourt interpreta Daniel Cravinhos

Há cercaretirer freebet winamaxdois anos, o caso passou a ganhar também as áreasretirer freebet winamaxcultura e entretenimento dos noticiários. Isso porque a produtora Santa Rita anunciou que faria dois filmes sobre o tema.

O anúncio causou revoltaretirer freebet winamaxmuitas pessoas, que afirmaram que as obras serão uma formaretirer freebet winamaxreverenciar os responsáveis pelo crime. Outros, porém, elogiaram a iniciativa e disseram estar ansiosos para assistir nos cinemas a um dos crimes nacionais que mais repercutiram no mundo.

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Nesta semana, os filmes — intitulados A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou meus Pais — voltaram a repercutir nas redes sociais, após a divulgação do primeiro trailer das produções. O assunto chegou a figurar entre os mais comentados no Twitter.

Nas redes sociais, diversas críticas foram feitas ao fatoretirer freebet winamaxas produções abordarem o caso Richthofen. "Um filme sobre o crime da Suzane Von Richthofen? Acho bizarro e triste isso. Dar ibope para uma criminosa fria que matou os próprios pais, só no Brasil mesmo", escreveu uma mulher. "Brasil adora enaltecer criminosos", criticou outra. "O povo tinha que boicotar! É bem provável que tentem justificar o que ela fez, como se tivesse algum problema psicológico ou coisa parecida", afirmou um homem.

Houve também comentários elogiando as produções e fazendo uma analogia com filmes internacionais que também abordaram crimes. "Mas quando faz filmeretirer freebet winamaxserial killer americano baseadoretirer freebet winamaxfatos reais, todo mundo assiste e aplaude. Mas aqui não pode! Brasileiro e a síndromeretirer freebet winamaxvira-lata", escreveu uma jovem. "Isso é normal. O cinema americano também adora transformar históriasretirer freebet winamaxassassinosretirer freebet winamaxfilmes. O importante é que não queiram,retirer freebet winamaxforma alguma, fazer o espectador criar alguma empatia por ela (Suzane). Ela é uma psicopata clássica", disse um rapaz.

Em meio à polêmica, a BBC News Brasil conversou com especialistasretirer freebet winamaxcinema e com um produtor dos filmes para entender: afinal, uma produção audiovisual sobre um crime pode ser uma formaretirer freebet winamaxfavorecer os criminosos?

Esclarecimentos da produtora

Logo após a repercussão do trailer, a produtora Santa Rita e a Galeria Distribuidora, responsáveis pelos filmes, lançaram um comunicado sobre as produções. No texto, esclareceram itens que se tornaram alvosretirer freebet winamaxboatos — como a possibilidaderetirer freebet winamaxque Suzane pudesse lucrar com as produções e que as obras foram financiadas com recursos públicos.

Carla Diz vive Susane von Richthofen

Crédito, Stella Carvalho/Divulgação

Legenda da foto, Filmes mostrarão situações como a relação familiar dos Richtofen, o assassinato e o julgamento dos responsáveis pelo crime

No texto, as empresas responsáveis pelas obras negam que as produções tenham sido feitas por meioretirer freebet winamaxrecursos públicos ou com alguma formaretirer freebet winamaxincentivo governamental. "Estes filmes são produzidos 100% com investimento privado, sem verba pública (Lei Rouanet, fundo setorial ou outros meios)".

O texto também afirma que Suzane, Daniel, Cristian ou qualquer pessoa retratada nas produções não ganhará dinheiro com as obras. "Eles não estão envolvidos e tampouco têm contato com atores, produtor, diretor ou equipe".

"Como é um caso público e a produção só se baseia nos autos do processo, sem conexão com os envolvidos, não haverá qualquer tiporetirer freebet winamaxpagamento (aos envolvidos no crime)", diz. Os roteiros dos filmes foram escritos com base nos depoimentosretirer freebet winamaxSuzane e Daniel à Justiça — eles apresentam contradições entre si, principalmente ao apontar quem teria sido o mentor dos assassinatos, pois Suzane diz que foi Daniel, enquanto o ex-namorado dela afirma que foi a filha das vítimas.

Um dos produtores dos filmes, Marcelo Braga, afirma que desde o início era esperado que os filmes — estrelados pelos mesmos atores — recebessem críticas por retratar um crimeretirer freebet winamaxgrande repercussão. "Trata-seretirer freebet winamaxum dos crimes reais mais midiáticos do Brasil e aqui não temos a tradiçãoretirer freebet winamaxproduzir filmes dessa natureza", justifica,retirer freebet winamaxentrevista à BBC News Brasil.

Suzane Von Richtofen sendo vivida por Carla Diaz

Crédito, Stella Carvalho/Divulgação

Legenda da foto, Para cineastas, é natural que casosretirer freebet winamaxgrande repercussão, como o dos Richthofen, se tornem filmes

"O que nos chamou atenção é que outras dezenasretirer freebet winamaxfilmes gringos são bem vistos e não criam esta reação, justamente pelo Brasil não ter tradiçãoretirer freebet winamaxrealizar filmesretirer freebet winamaxcrimes reais que aqui aconteceram e impactaram a nossa sociedade. Esta foi a diferença", acrescenta.

Braga acredita que, após o lançamento, o público entenderá a importância dos filmes sobre o caso Richthofen. "A sociedade precisa debater suas questões para conhecer aspectos da natureza humana. Como produtores, esperamos que os filmes sejam bem aceitos pelo grande público e crie um debate positivo", declara.

"Um dos pontos que nos chamou a atenção foi o desafioretirer freebet winamaxdesenvolver um projeto cinematográfico onde pudéssemos,retirer freebet winamaxalguma forma, entender e mostrar ao público a dinâmica psicológica que envolveu esse crimeretirer freebet winamaxexcepcional repercussão pública", afirma o produtor.

Filmes sobre crimes

Para cineastas ouvidos pela BBC News Brasil, é natural que casos como oretirer freebet winamaxSuzane se tornem filmes.

O cineasta Rubens Rewald afirma que era esperado que o crimeretirer freebet winamaxSuzane inspirasse uma produção audiovisual. "Histórias sobre grandes assassinatos impactam e podem trazer certa sedução", diz. Segundo ele, casos como oretirer freebet winamaxSuzane despertam curiosidade nas pessoas por serem crimes considerados exceção, por serem incomuns, e que acabam tendo grande repercussão.

"O crime da Suzane mexeu com o país, porque envolve matricídio e parricídio, que estão entre os crimes mais terríveis. É uma coisaretirer freebet winamaxtragédia grega. Então, a figura dela é forte, mexeu com o imaginário da população brasileira. Foi algo muito forte, então é natural que a indústria cultural se aproprie disso. Faz parte. No mundo inteiro é assim", declara Rewald.

Carla Diaz e Leonardo Bittencourt

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, Filmes serão lançados simultaneamenteretirer freebet winamaxdoisretirer freebet winamaxabril. Segundo produtores, as produções não irão romantizar o crime

Cineasta e coordenador do cursoretirer freebet winamaxCinema da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Humberto Neiva também sairetirer freebet winamaxdefesa do filme sobre a históriaretirer freebet winamaxSuzane Richthofen. "Desde os primórdios do cinema, a indústria cinematográfica mundial sempre se encantou com histórias que retratam criminosos. Grande parte do público se interessaretirer freebet winamaxconhecerretirer freebet winamaxperto os acontecimentos que envolvem as atitudes da natureza humana".

"Acredito que há pessoas que estão criticando os dois filmesretirer freebet winamaxrazãoretirer freebet winamaxo crime ainda estar muito vivo na cabeça delas. Talvez se essa história tivesse acontecido há muitas décadas atrás, aceitassem melhor a obra como um documento histórico e não se voltariam contra o filme", acrescenta Neiva.

Ele não acredita que os filmes irão endeusar ou romantizar Suzane ou os irmãos Cravinhos. "O retrato cinematográficoretirer freebet winamaxum personagem verídico, seja qual for, não endeusa a figuraretirer freebet winamaxfoco", afirma Neiva.

Os cineastas pontuam que diversos filmes nacionais e internacionais também retrataram crimes. Entre as produções, há o clássico A Sangue Frio, que conta a história realretirer freebet winamaxquatro assassinatosretirer freebet winamaxmembrosretirer freebet winamaxuma família tradicional na cidaderetirer freebet winamaxHolcomb, no Kansas, nos Estados Unidos, no fim dos anos 50.

Entre as adaptações mais recentesretirer freebet winamaxcrimes que chocaram o mundo está a minissérie documental Conversations with a Killer: The Ted Bundy Tapes ("Conversas com um assassino: as fitasretirer freebet winamaxTed Bundy"). A produção conta a históriaretirer freebet winamaxTed Bundy (1946-1989), autor confesso da morte de, ao menos, 36 mulheres entre 1974 e 1978, nos Estados Unidos. Em 1989, ele foi executadoretirer freebet winamaxuma cadeira elétrica, na Flórida. O criminoso também foi temaretirer freebet winamaxfilmes.

Rewald afirma que filmes que retratam crimesretirer freebet winamaxgrande repercussão não são formasretirer freebet winamaxromantizar a figura do assassino ouretirer freebet winamaxincentivar práticas delituosas. "As pessoas,retirer freebet winamaxmodo geral, não são assassinas. Um filme que fala sobre assassinos está retratando uma exceção, não uma tendência mundial. Isso fascina, porque as pessoas querem ver o diferente. Acho um absurdo censurar filmes com essa temática, sob o argumentoretirer freebet winamaxque vai incitar a violência, porque isso não é verdade", declara o cineasta.

"Um filme que retrata um fato histórico trágico não influencia diretamente as pessoas. Milharesretirer freebet winamaxfilmes mostraram e mostram histórias baseadasretirer freebet winamaxassassinatos verídicos e não temos nenhuma comprovaçãoretirer freebet winamaxuma influência direta nas ações das pessoas no mundo real. Acredito que serveretirer freebet winamaxalerta para que possamos evitar fatos como esses", afirma Neiva.

"A gente precisa viverretirer freebet winamaxum estadoretirer freebet winamaxplena liberdade artística, onde qualquer tema pode virar um livro ou um filme", diz Rewald.

Línea.

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