Alter do Chão: o que dizem polícia e ativistas sobre caso1xbet kode promoprisão1xbet kode promointegrantes1xbet kode promoONG na Amazônia:1xbet kode promo

Crédito, Reuters
"Entendemos que essas acusações fazem parte1xbet kode promouma estratégia para desmoralizar e criminalizar as ONGs e movimentos sociais1xbet kode promoforma caluniosa", diz1xbet kode promonota a associação indígena Iwipuragã, do povo Borari, uma das mais1xbet kode promocem entidades que saíram1xbet kode promodefesa dos ativistas. "A Brigada1xbet kode promoAlter sempre atuou1xbet kode promodefesa do nosso território, conhecemos a seriedade do trabalho e honestidade dos nossos brigadistas."
Em coletiva1xbet kode promoimprensa sobre o caso, o delegado José Humberto Melo Júnior disse que que prisões preventivas foram pedidas por existirem provas "robustas" da atuação dos voluntários, citando vídeos feitos pelo grupo mostrando os incêndios e áudios1xbet kode promoque eles conversam sobre as queimadas. O inquérito ainda está1xbet kode promoandamento.
'Grande perplexidade'
A Brigada, a ONG PSA, a defesa dos jovens presos e diversos ativistas contestam as acusações feitas pela polícia. "[A prisão] é incabível, e o que dizem ser provas não prova nada, é difamação", diz a arquiteta Bruna Bichara, moradora da cidade e integrante da brigada. "A gente está aqui para manter a floresta1xbet kode promopé."
A Brigada disse1xbet kode promonota que a prisão "causou grande perplexidade" e que os brigadistas desde o início contribuíram com as investigações da polícia, prestando depoimento e fornecendo documentos. "A verdade real dos fatos virá à tona e a inocência da Brigada será provada", diz a nota.
O advogado Wlandre Leal, um dos que atuam na defesa dos quatro jovens presos, disse que os critérios para a prisão preventiva não se aplicam ao caso e que vai entrar com um pedido1xbet kode promohabeas corpus no Tribunal1xbet kode promoJustiça do Pará.
Segundo a legislação, para a prisão preventiva é necessário que seja provado que há uma ameaça à segurança pública ou ao andamento do processo.
A investigação do Ministério Público Federal não apontou indícios1xbet kode promoque os brigadistas tivessem iniciado o incêndio que começou no dia 141xbet kode promoAlter do Chão.
"Na investigação federal, nenhum elemento apontava para a participação1xbet kode promobrigadistas ou organizações da sociedade civil", disse a entidade1xbet kode promonota publicada na quarta (27).
A investigação apontou para outro caminho: a suspeita é1xbet kode promoque ele teria começado1xbet kode promoterras invadidas por grileiros investigados pelo MP desde1xbet kode promo2015. Um deles, Silas da Silva Soares, foi condenado pela polícia e está foragido, segundo nota publicada pelo MPF1xbet kode promosetembro.
O MPF,1xbet kode promoum documento assinado por dez procuradores, também pediu à Justiça acesso ao inquérito completo da Polícia Civil, para avaliar se há competência federal para assumir a investigação, já que se trata do mesmo incêndio sendo investigado.

Crédito, Getty Images
O incêndio que devastou Alter do Chão
Um dos principais destinos turísticos da Amazônia, a floresta1xbet kode promoAlter do Chão foi atingida por um incêndio devastador que começou1xbet kode promo141xbet kode promosetembro e consumiu uma área1xbet kode promocerca1xbet kode promo650 mil m². Demorou quatro dias para o fogo ser controlado pelo Corpo1xbet kode promoBombeirose e pelos brigadistas.
A Polícia Civil afirmou que uma das provas contra os brigadistas é um vídeo feito pelo grupos onde "só estão eles" e o fogo.
As brigadas1xbet kode promoincêndio atuam1xbet kode promoparceria com o Corpo1xbet kode promoBombeiros, mas, segundo relatos feitos à BBC News Brasil, é comum que cheguem antes no local dos incêndios, pois estão espalhados e moram mais perto das regiões afetadas, que costumam ser1xbet kode promodifícil acesso.
Uma equipe da BBC acompanhou o trabalho da Brigada1xbet kode promoAlter do Chão no dia 191xbet kode promosetembro, quando a maior parte do fogo já tinha sido controlado.
A reportagem presenciou o grupo recebendo a notícia1xbet kode promoalguns focos restantes1xbet kode promoincêndio, acompanhou a chegada ao local afetado antes do Corpo1xbet kode promoBombeiros e apagando o fogo. Os brigadistas também fizeram novas rondas pela região onde tinha ocorrido o incêndio para ver se não havia novos focos — porque a mata seguia muito seca.

Crédito, Anistia Internacional
A arquiteta Bruna Bichara diz à BBC News Brasil que o grupo não sai para fazer a detecção e o combate sem antes ter autorização do Corpo1xbet kode promoBombeiros.
No dia 141xbet kode promosetembro, quando a fumaça na região foi vista pela primeira vez, o grupo acionou os bombeiros e dois integrantes da brigada foram1xbet kode promomoto até o local onde a fumaça tinha sido vista, segundo ela.
Com a confirmação do fogo, diz a arquiteta, um grupo1xbet kode promobrigadistas se reuniu1xbet kode promofrente à delegacia da Polícia Civil1xbet kode promoAlter do Chão e, dali, seguiu para o local com a própria Polícia Civil.
"Fomos na viatura da polícia até o ponto1xbet kode promofogo, onde a detecção havia sido feita, e eles voltaram para nos buscar à noite", conta ela. "No dia seguinte, subimos o drone e vimos a enorme linha1xbet kode promofogo que tinha na floresta. Foram três dias intensos1xbet kode promocombate ao fogo."
A BBC News Brasil questionou a Polícia Civil sobre isso, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.
Acusações citam até Leonardo DiCaprio
Em entrevista coletiva sobre o caso, o delegado afirmou que a ONG criava focos1xbet kode promoincêndio para depois fotografar e que tinha um contrato para vender fotos do incêndio por R$ 47 mil para a ONG WWF-Brasil.
Segundo ele, as fotos teriam sido usadas1xbet kode promocampanhas para amealhar doações internacionais, incluindo uma do ator Leonardo1xbet kode promoDiCaprio no valor1xbet kode promoU$ 500 mil.
A WWF-Brasil disse que essas acusações são inverídicas. "A WWF-Brasil não adquiriu nenhuma foto ou imagem da Brigada, nem recebeu doação do ator Leonardo DiCaprio." A entidade diz que "fazer acusações sem provas é um desrespeito à Constituição".
A WWF também afirma que repassou o valor1xbet kode promoR$ 70 mil para a ONG comprar equipamentos1xbet kode promocombate ao fogo para os brigadistas, como abafadores, sopradores, coturnos e máscaras1xbet kode promoproteção.
Segundo a entidade, a Brigada ainda estava dentro do prazo para a prestação1xbet kode promocontas sobre o uso do dinheiro.
A Polícia Civil também afirmou que a Brigada teria recebido um financiamento1xbet kode promoR$ 300 mil, mas prestado contas1xbet kode promoapenas R$ 100 mil.
A Brigada, no entanto, diz que ainda estava1xbet kode promoprocesso1xbet kode promoprestação1xbet kode promocontas sobre as verbas que foram recebidas. "A Brigada fez a devida declaração1xbet kode promodoações no final do mês1xbet kode promosetembro. Doações recebidas após essa data estão sendo consolidadas e serão declaradas apropriadamente."
O irmão1xbet kode promoJoão Romano, um dos brigadistas que foram presos, publicou um vídeo nesta quarta1xbet kode promoque afirma que seu irmão é inocente e que as acusações contra os brigadistas não são verídicas.
"Estão colocando esses quatro meninos como criminosos, mas eles são vítimas1xbet kode promoalguma que eles mexeram lá, a gente não sabe direito o que acontece", disse Moreno Romano no vídeo. "Esses quatro meninos arriscavam a vida combatendo o fogo na Amazônia, defendendo a floresta"
"João mora lá há três anos. Deixou uma vida confortável aqui1xbet kode promoSão Paulo para morar numa cabana que nem parede tem no meio da floresta", diz.
Eugênio Scannavino, do Projeto Saúde e Alegria, diz que o destino dos recursos recebidos da organização internacional Rainforest Alliance foi decidido1xbet kode promoconjunto com um grupo1xbet kode promotrabalho composto pelas ONGs e por membros do Corpo1xbet kode promoBombeiros, da Secretaria do Meio Ambiente e do ICMBio.
"Tinhamos um recurso1xbet kode promoR$ 140 mil e usamos para compra1xbet kode promomaterial1xbet kode promocombate e treinamento1xbet kode promotrês brigadas. O único dinheiro repassado para a brigada foi o que serviu para formação dos voluntários, que foi feita com o apoio do Corpo1xbet kode promoBombeiros".

Crédito, Reuters
A Polícia Civil divulgou transcrições1xbet kode promoáudios com conversas1xbet kode promobrigadistas dizendo que mais incêndios eram esperados, o que, segundo as autoridades, seria prova1xbet kode promoque os voluntários colocaram fogo na floresta.
"É época1xbet kode promoqueimada, é claro que estavam prevendo que teria muito mais fogo", diz Scannavino. A Brigada afirma que os trechos1xbet kode promoáudio estão sendo disseminados sem a devida contextualização e que não são prova1xbet kode promonenhuma atividade ilegal.
Defesa das ONGs
Um dos voluntários presos é Gustavo1xbet kode promoAlmeida Fernandes, que é gerente1xbet kode promologística do Projeto Saúde e Alegria, alvo da operação1xbet kode promobusca e apreensão.
Segundo Eugênio Scannavino, os membros da ONG acertavam os últimos detalhes1xbet kode promouma ação com 30 médicos para levar atendimento e fazer cirurgia1xbet kode promoum dos locais mais remotos do Pará quando cerca1xbet kode promodez policiais armados entraram na sede da entidade.
Os policiais, diz ele, levaram todos os equipamentos e documentos da ONG que estavam no local. "Levaram tudo, os computadores, todas as nossas notas fiscais, todos os documentos originais, o HD que tem o backup, bloquearam nosso acessos às nossas contas."
A ONG foi recentemente premiada pelo Prêmio Melhores ONGs do Brasil e é reconhecida pela Rede1xbet kode promoEmpreendedorismo Social da Folha1xbet kode promoS.Paulo.
"São prêmios focados na gestão, na administração, que sempre foi impecável nos nossos 30 anos1xbet kode promotrabalho", diz Scannavino. "Tivemos auditoria do Ministério Público Estadual e passamos com louvor, temos um monte1xbet kode promoauditoria o tempo todo."
"Confio no trabalho dos brigadistas, tenho certeza que eles não botaram fogo", afirma ele. "A gente recebe ameaças veladas permanentes no nosso trabalho. Às vezes nossos carros são hostilizados, nosso vigia já foi ameaçado. É um clima1xbet kode promoinsegurança permanente."

Crédito, Reuters
Caetano Scannavino, irmão1xbet kode promoEugênio e coordenador do PSA, disse1xbet kode promocoletiva1xbet kode promoimprensa que a operação foi uma "situação kafkaniana",1xbet kode promorefererência ao livro O Processo,1xbet kode promoFranz Kafka,1xbet kode promoque um homem inocente sofre um longo processo sem saber quais são as acusações. Ele disse também que foi uma "ação política para tentar desmoralizar as ONGs que atuam na Amazônia".
Mais1xbet kode promocem entidades assinaram um manifesto1xbet kode promoapoio ao Projeto Saúde e Alegria, incluindo a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese1xbet kode promoBelém, parte da Igreja Católica, o Instituto Socioambiental (ISA), diversos sindicatos1xbet kode promotrabalhadores rurais que dependem da preservação da floresta, diversos coletivos indígenas, redes1xbet kode promopesquisadores e instituições educacionais que atuam na amazônia.
"Queremos que a polícia investigue e prenda os grileiros e especuladores, as quadrilhas que (...) usam o fogo como estratégia para limpar a área. E não que acuse sem provas quem trabalha para defender a floresta", diz o manifesto.
A Anistia Internacional também se posicionou sobre o caso. "Não há, até o momento, informações sobre as investigações ou os procedimentos adotados pelas autoridades contra os acusados que justifiquem a decisão pela prisão", diz a entidade.
Amazônia teve aumento1xbet kode promoincêndios1xbet kode promo2019
Os incêndios são um problema crônico na Amazônia e costumam acontecer durante o período1xbet kode promoseca.
Eles podem ocorrer naturalmente, mas especialistas afirmam que a maioria dos incêndios é causada pela atividade humana, como agricultores e madeireiros limpando terras para plantio ou pastagem.
"O fogo sinaliza a conclusão do processo1xbet kode promodesmatamento", disse à BBC1xbet kode promosetembro a ecologista Michelle Kalamandeen, que trabalha na floresta amazônica.
"As árvores gigantes da floresta tropical que frequentemente associamos à Amazônia são cortadas, deixadas para secar e,1xbet kode promoseguida, o fogo é usado como ferramenta para limpar a terra para prepará-la para pastagens, plantio ou até mineração ilegal."
O número1xbet kode promoincêndios foi o dobro entre janeiro e agosto1xbet kode promo20191xbet kode promocomparação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional1xbet kode promoPesquisas Espaciais (Inpe).
Questionado sobre o problema, o governo do presidente Jair Bolsonaro inicialmente desacreditou os próprios dados oficiais do Inpe, que é uma instituição governamental, depois passou a afirmar que os fogos eram causados por ONGs, sem apresentar evidências.
Depois das afirmações1xbet kode promoativistas1xbet kode promoque a prisão dos quatro brigadistas1xbet kode promoAlter do Chão tiveram motivação política, o governo do Estado do Pará soltou uma nota dizendo que "não interfere1xbet kode promoinvestigações da Polícia Civil, que é autônoma".
Disse também que "não há nenhuma predisposição contra qualquer segmento social", que "as ONGs são fundamentais para a preservação das florestas no Estado" e que o governo "continua parceiro1xbet kode promotodas as instituições e entidades que respeitam as leis brasileiras."

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