Tudo o que você precisa saber sobre as usinas nuclearesfreebet galera betAngra 1 e 2, e por que são diferentesfreebet galera betChernobyl:freebet galera bet

  • Amanda Rossi
  • Da BBC News Brasilfreebet galera betSão Paulo
Usinas Angra 2 (à esquerda) e Angra 1 (à direita); os reatores ficam dentro das estruturas brancas

Crédito, Eletronuclear

Legenda da foto, Usinas Angra 2 (à esquerda) e Angra 1 (à direita); os reatores, onde a energia nuclear é gerada, ficam dentro das estruturas brancas

freebet galera bet A recém-lançada sériefreebet galera betTV freebet galera bet Chernobyl freebet galera bet , sobre um dos piores acidentes nucleares no mundo, na usinafreebet galera betmesmo nome, na Ucrânia Soviética,freebet galera bet1986, fez telespectadores brasileiros questionarem como é a produçãofreebet galera betenergia nuclear no Brasil, na Central Nuclearfreebet galera betAngra dos Reis (RJ).

"Terminei Chernobyl e estou tentando não surtar por morar perto das usinasfreebet galera betAngra dos Reis", escreveu uma pessoa no Twitter. "Assisti Chernobyl ontem, mas algo agora me assola: quais reatores são usados nas usinasfreebet galera betAngra 1 e 2?", disse outra. "Depoisfreebet galera betver Chernobyl, só consigo pensar que nós temos Angra."

"O tema nuclear inspira um profundo medo na sociedade, o que amplifica muito a percepção dos reais riscos", pondera Leonam dos Santos Guimarães, presidente da Eletronuclear, responsável pelas usinas nucleares do Brasil e subsidiária da Eletrobras, controlada pelo governo federal.

"Isso ocorre porque (a tecnologia nuclear) teve o pior marketing da história. Foi apresentada à humanidade através do holocaustofreebet galera betHiroshima e Nagasaki (cidades japonesas onde os Estados Unidos lançaram bombas atômicas,freebet galera bet1945). Logo a seguir veio a Guerra Fria, com ameaçafreebet galera betdestruiçãofreebet galera betlarga escala com bombas nucleares", diz Guimarães.

Como, então, é a produçãofreebet galera betenergia nuclear no Brasil? Por que as usinas estão localizadasfreebet galera betAngra dos Reis, área turística com floresta e mar exuberantes entre São Paulo e Riofreebet galera betJaneiro, as cidades mais populosas do Brasil? E quais são as medidasfreebet galera betsegurança tomadas para evitar um acidente nuclear, como o retratado pela série produzida pela HBO?

Chancefreebet galera betacidente é muito baixa, mas impactos seriam graves

O Brasil tem apenas duas usinas nucleares, Angra 1 e Angra 2, responsáveis pela produçãofreebet galera bet3% da energia consumida no país - para comparação, a usina hidrelétricafreebet galera betItaipu gera 15%.

Angra 1 entroufreebet galera betoperação comercialfreebet galera bet1985 e, Angra 2,freebet galera bet2001. A construçãofreebet galera betuma terceira usina, Angra 3, foi iniciada há 35 anos, tem 62% das obras executadas, mas atualmente o canteiro encontra-se paralisado.

A instalação das usinasfreebet galera betAngra levoufreebet galera betconta justamente a proximidade tanto do Rio comofreebet galera betSão Paulo. Dessa forma, é mais fácil transmitir a energia produzida para os grandes centrosfreebet galera betconsumo. Além disso, estar perto do mar é importante, já que é preciso muita água para resfriar o sistema - vale dizer que essa água não entrafreebet galera betcontato com a radioatividade.

Vista aérea das usinasfreebet galera betAngra 1 e Angra 2, envoltas pelo mar e florestafreebet galera betAngra dos Reis

Crédito, Maxar Technologies/Google Earth

Legenda da foto, Vista aérea das usinasfreebet galera betAngra 1 e Angra 2, envoltas pelo mar e florestafreebet galera betAngra dos Reis
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Em uma usina nuclear, a energia é gerada pelo processofreebet galera betfissão nuclear do urânio - ou seja, a quebra dos átomos - que ocorre dentrofreebet galera betuma estrutura chamadafreebet galera betreator.

Uma pequena pastilhafreebet galera beturânio enriquecido, com o tamanhofreebet galera betuma bala, é capazfreebet galera betproduzir a mesma eletricidade que 22 caminhões tanquesfreebet galera betóleo diesel. "O combustível nuclear é o mais denso que o homem pode utilizar, ou seja, uma pequena quantidade produz muita energia", explica Guimarães.

O combustível usado no reator é formado por centenas dessas pastilhas. É um material radioativo, que se torna ainda mais radioativo com o processofreebet galera betfissão.

"Um acidente nuclear é basicamente o vazamento do material radioativo", explica Roberto Schaeffer, professor do Programafreebet galera betPlanejamento Energético da Universidade Federal do Riofreebet galera betJaneiro (UFRJ). "É muito mais provável que outras barragens no Brasil se rompam do que ocorra um acidentefreebet galera betAngra. Ainda assim, me assusta mais um acidentefreebet galera betAngra, devido à possível severidade", opina.

Segundo Guimarães, "a prática da indústria prevê uma probabilidadefreebet galera betacidente severo, com liberaçãofreebet galera betmaterial radioativo para o ambiente, na ordemfreebet galera betum a cada um milhãofreebet galera betanos".

O físico e mestrefreebet galera betengenharia nuclear Luiz Pinguelli Rosa, professor emérito do Institutofreebet galera betPós-Graduação e Pesquisafreebet galera betEngenharia da UFRJ, reconhece que existem diversos dispositivos para evitar que material radioativo vaze para o meio ambiente. "Mas (essa tecnologia) falhoufreebet galera betThree Mile Island (acidente nuclear nos Estados Unidos,freebet galera bet1979),freebet galera betChernobyl efreebet galera betFukushima (acidente nuclear no Japão,freebet galera bet2011). Desde então houve um avanço, mas não foi definitivo", avalia.

Equipefreebet galera betlimpeza atua no telhado da usina

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Segundo testemunhas, a série Chernobyl faz um retrato fiel dos efeitos da radiação no corpo humano; na imagem, um membro da equipefreebet galera betlimpeza no telhado da usina soviética

Angra 1 e Angra 2 têm reatores diferentes do usadofreebet galera betChernobyl

As usinas brasileiras sãofreebet galera betum tipo diferentefreebet galera betChernobyl. O reator usadofreebet galera betAngra 1 e Angra 2 é chamado PWR, onde o processofreebet galera betfissão é controlado com água pressurizada. É o tipofreebet galera betreator mais utilizado no mundo.

Já o reatorfreebet galera betChernobyl usava grafite para controlar o processo. Depoisfreebet galera betuma explosãofreebet galera betvapor, o grafite incendiou, enviando radioatividade para atmosfera. O fogo demorou oito dias para ser controlado.

"São tecnologias completamente diferentes. O acidente que ocorreufreebet galera betChernobyl é impossívelfreebet galera betocorrerfreebet galera betum reator PWR, porque água não pega fogo", explica Pinguelli.

"O que pode ocorrer (no reator PWR) é uma explosãofreebet galera betvapor, que espalhe material radioativo no ambiente", completa o pesquisador. Há uma sériefreebet galera betprocedimentosfreebet galera betsegurança para evitar que uma explosão como essa ocorra. Por isso, é algo "muito pouco provável, mas não quer dizer que seja impossível".

Caso algo ocorra, o sistema conta com barreirasfreebet galera betcontenção sucessivas, para que o material radioativo não se espalhe para o ambiente externo. Em usinas como asfreebet galera betAngra, a quantidade dessas barreirasfreebet galera betcontenção é superior à que existiafreebet galera betChernobyl.

Ilustração mostra como é a estruturafreebet galera betAngra 1: 5-reator, 6-piscinafreebet galera betcombustível usado, 7-barreirafreebet galera betcontençãofreebet galera betaço, 8-barreirafreebet galera betcontençãofreebet galera betconcreto, 1,2,3 e 4- turbinas e geradores, 9-salafreebet galera betcontrole, 10-administração

Crédito, Eletronuclear

Legenda da foto, Ilustração mostra como é a estruturafreebet galera betAngra 2: 5-reator, 6-piscinafreebet galera betcombustível usado, 7-barreirafreebet galera betcontençãofreebet galera betaço, 8-barreirafreebet galera betcontençãofreebet galera betconcreto, 1,2,3 e 4- turbinas e geradores, 9-salafreebet galera betcontrole, 10-administração

Primeiro, as pastilhas combustíveis têm uma estrutura molecularfreebet galera betbarreira, para reter os produtos gerados na fissão, que são radioativos. Essas pastilhas, porfreebet galera betvez, ficam dentrofreebet galera betum tubo feitofreebet galera betuma liga metálica especial, que também visa bloquear a saídafreebet galera betradiação.

Os tubos são posicionados no interior do vaso reator, feitofreebet galera bettrês centímetrosfreebet galera betaço especial "projetado para resistir ao mais sério acidente", segundo a Eletronuclear.

Em Angra 1, só a tampa do reator pesa cercafreebet galera bet40 toneladas. Ela teve que ser trocada, porque se descobriu que o materialfreebet galera betque era feita era suscetível à corrosão sob tensão. Não havia nenhum sinalfreebet galera betdeterioração, mas por medidafreebet galera betsegurança, foi substituída.

Por fim, o reator está dentrofreebet galera betuma estrutura comfreebet galera bet70 centímetrosfreebet galera betconcreto e uma camadafreebet galera betaço.

Outro tipofreebet galera betacidente possível - embora também improvável - é qualquer situação externa que comprometa a estrutura onde fica o reator, comprometendo as barreirasfreebet galera betcontenção.

É o casofreebet galera betuma quedafreebet galera betavião no local. "A regiãofreebet galera betAngra estáfreebet galera betuma das rotasfreebet galera betaviação mais movimentadas do mundo (a ponte aérea Rio-São Paulo). Então, existe o riscofreebet galera betum avião cair ali", diz Schaeffer. Por exemplo, a rota aérea entre o Aeroportofreebet galera betViracopos,freebet galera betCampinas, e o Aeroportofreebet galera betGaleão, no Riofreebet galera betJaneiro, passa a cercafreebet galera betquatro quilômetrosfreebet galera betAngra 1 e Angra 2 - segundo os trajetos exibidos no site FlightRadar24.com.

Um terremoto ou maremoto nas proximidades também poderia abalar as estruturas do reator. É o que ocorreu com a usinafreebet galera betFukushima, o maior acidente nuclear desde Chernobyl. Após um maremoto, foi formado um tsunami, que atingiu a usina, comprometendo os geradoresfreebet galera betenergia que eram usados para resfriar o sistema. Em consequência disso, ocorreram falhas - como derretimento e explosões nos reatores - que espalharam material radioativo.

O Brasil, porém, não tem históricofreebet galera betterremotos e maremotos. Mesmo assim, após o acidentefreebet galera betFukushima, a Eletronuclear fez verificaçõesfreebet galera betsegurançafreebet galera betAngra, reavaliando a capacidade da estruturafreebet galera betlidar com intempéries naturais.

Mapa do Flightradar24.com mostra rotafreebet galera betavião passando a cercafreebet galera betquatro quilômetrosfreebet galera betAngra 1 e Angra 2

Crédito, Cortesiafreebet galera betFlightradar24.com

Legenda da foto, Mapa do Flightradar24.com mostra rotafreebet galera betavião passando a cercafreebet galera betquatro quilômetrosfreebet galera betAngra 1 e Angra 2

Combustível usado continua radioativo e precisa ser armazenado

Em uma usina nuclear, o reator não é o único local com material radioativo.

Depoisfreebet galera betusado, o combustível continua extremamente radioativo. Por isso, precisa ser armazenadofreebet galera betcondições especiais, para evitar vazamento e contaminação. Não se sabe por quanto tempo esse material permanece perigoso - o prazo pode chegar a 200 mil anos.

"É preciso tomar conta do combustível nuclear usado, como uma babá cuidafreebet galera betum bebê, por milharesfreebet galera betanos. Nesse prazo, há sempre o riscofreebet galera betalgo acontecer. É uma maldade com gerações futuras", opina Schaeffer.

Então, o que é feito com esse combustível usado e radioativo? "Quando o combustível sai do reator, ele é tão perigoso que não é possível transportá-lo. Então, a solução é fazer o armazenamento ao lado do reator", explica Pinguelli.

Dessa forma, todo o combustível já usado ao longo dos 34 anosfreebet galera betoperaçãofreebet galera betAngra 1 e 18 anosfreebet galera betAngra 2 está armazenado na Central Nuclearfreebet galera betAngra dos Reis. São colocadosfreebet galera betduas piscinas profundas, cheiasfreebet galera betágua, constantemente monitoradas, localizadas dentro das barreirasfreebet galera betcontenção que também protegem o reator.

"Hoje, temos 1.800 elementos combustíveis nas piscinasfreebet galera betarmazenagem. Juntas, as duas piscinas não chegam a uma semiolímpica", explica o presidente da Eletronuclear, Leonam dos Santos Guimarães.

"O armazenamento do combustívelfreebet galera betalta radioatividadefreebet galera betpiscinas não é uma boa solução. Era para serem depósitos provisórios. Mas, até hoje, não há uma solução adequada e definitiva. Esse não é um problema exclusivo dos brasileiros, mas dos americanos, europeus...", fala Pinguelli.

Já Guimarães, da Eletronuclear, argumenta que alguns países, como França e Rússia, estão conseguindo reciclar até 90% do combustível usado - o restante ainda deve ser estocado a longuíssimo prazo. A seguir, esse novo composto reciclado é reutilizado no reator. "Mas não é algo disseminado, porque é mais caro que um combustível novo."

De todo modo, defende Guimarães, essa reciclagem pode vir a ser feita no futuro. Assim, "em vezfreebet galera betver o combustível usado como um legado negativo para futuras gerações, se armazenadofreebet galera betforma segura, é um legado positivo", já que poderá ser usado para produzir energia novamente.

Piscinafreebet galera betarmazenamentofreebet galera betcombustível nuclear usado,freebet galera betAngra

Crédito, Eletronuclear

Legenda da foto, Piscinafreebet galera betarmazenamentofreebet galera betcombustível nuclear usado,freebet galera betAngra

Planofreebet galera betemergência prevê evacuaçãofreebet galera betraiofreebet galera bet3 km

Caso as medidasfreebet galera betsegurança e barreirasfreebet galera betcontenção não sejam capazesfreebet galera betconter um vazamento, entrafreebet galera betação o planofreebet galera betemergência. Ele estabelece diferentes raiosfreebet galera betação, dependendo da gravidade do acidente.

O primeiro raio éfreebet galera bet3 km ao redor da Central Nuclear, englobando uma pequena vilafreebet galera bettrabalhadoresfreebet galera betAngra 1 e Angra 2, chamadafreebet galera betPraia Brava, e alguns pontos da Estação Ecológicafreebet galera betTamoios - afetandofreebet galera bettornofreebet galera bet2 mil pessoas.

A cada dois anos, são realizados treinamentosfreebet galera betevacuaçãofreebet galera betemergência nessa área, diz a Eletronuclear. Esses testes contam com a participação do Exército, da Aeronáutica e da Marinha, além da Defesa Civil do Riofreebet galera betJaneiro.

Em situações mais graves, o raiofreebet galera betaçõesfreebet galera betemergência subiria para até 15 quilômetros, o que inclui parte da cidadefreebet galera betAngra dos Reis, a Praiafreebet galera betTaritubafreebet galera betParaty, e outros trechos da Estação Ecológicafreebet galera betTamoios.

"Um acidentefreebet galera betmédia proporção poderia espalhar (radiação) por um raio maior do que isso. Mas não chegaria a São Paulo e Riofreebet galera betJaneiro", explica o professor Pinguelli.

No casofreebet galera betChernobyl, a radiação se espalhou por diversos pontos da Europa. Isso ocorreu,freebet galera betparte, devido ao incêndio prolongado e a condições atmosféricas desfavoráveis, que levaram a radiação para longe.

A cidadefreebet galera betPripyat, a cercafreebet galera bet4 km da usina nuclear, foi evacuada. Até hoje, maisfreebet galera bettrês décadas após o acidente, existe uma zonafreebet galera betexclusãofreebet galera bet30 km ao redorfreebet galera betChernobyl, onde é proibido viver.

Além do planofreebet galera betemergência, a Eletronuclear monitora os níveisfreebet galera betradiação no meio ambiente ao redor das usinas. As conclusões, até agora, são que não houve alterações.

Mapa mostra diferentes raiosfreebet galera betação para o planejamentofreebet galera betemergência da Central Nuclearfreebet galera betAngra

Crédito, Eletronuclear

Legenda da foto, Mapa mostra diferentes raiosfreebet galera betação para o planejamentofreebet galera betemergência da Central Nuclearfreebet galera betAngra

Energia que não produz carbono, mas gera lixo radioativo

Bento Albuquerque, ministrofreebet galera betMinas e Energia do governofreebet galera betJair Bolsonaro, já declarou que Angra 3 "é um projeto prioritário". Para finalizá-lo, são necessários cercafreebet galera betR$ 15 bilhões. Nesse momento, a Eletronorte está estruturando alternativas para financiar o empreendimento.

"Esperamos que no final do ano que vem possamos retomar as obras no canteiro. A previsãofreebet galera betentradafreebet galera betoperação comercialfreebet galera betAngra 3 é 2026", diz Leonam Guimarães, presidente da empresa - umfreebet galera betseus antecessores no cargo, Othon Luiz Pinheiro da Silva, foi preso no âmbito da Operação Lava Jato, acusadofreebet galera betcorrupção durante as obrasfreebet galera betAngra 3.

A nova usina é considerada "irmã gêmea"freebet galera betAngra 2. "É como se você fosse comprar um carro zero quilômetro e escolhesse um Opala. Ele é novo, nunca foi usado, mas não tem a tecnologiafreebet galera bethoje, não tem Airbag, por exemplo. Então, Angra 3 é uma usina nova, com tecnologia velha", diz Schaeffer.

Porém, Guimarães explica que o projetofreebet galera betAngra 3 foi sendo atualizado ao longo dos anos. Por exemplo, seu controle será digital, ao contráriofreebet galera betAngra 2, que é analógico. De certa forma, seria como acrescentar um Airbag no Opala.

"Não podemos dizer que o Brasil está defasado. Na verdade, o mundo todo está. A tecnologia nuclear é uma tecnologia antiga, velha. Experimentou muito avanço durante algumas décadas, depois não mais", afirma Pinguelli.

A maior parte das usinas nucleares foi construída entre os anos 1970 e 1980. Com uma vida útil médiafreebet galera bet40 anos, muitas delas estão próximas do fim dafreebet galera betoperação. "Nesse momento, a indústria nuclear mundial está diminuindo e não crescendo. O motivo é que mais usinas antigas estão sendo aposentadas, porque já atingiramfreebet galera betvida útil, do que usinas estão sendo construídas", fala Schaeffer.

Construçãofreebet galera betAngra 3

Crédito, Eletronuclear

Legenda da foto, Angra 3 estáfreebet galera betconstrução há maisfreebet galera bettrês décadas e foi investigada pela Operação Lava Jato

Se por um lado algumas usinas estão se aposentando, outras estão pedindo a expansão da licençafreebet galera betoperação para mais 20 anos. É o que deve ocorrer com Angra 1freebet galera betum futuro próximo. Em 2024, expira a licença da usina. No final deste ano, a Eletronuclear espera dar entradafreebet galera betuma solicitaçãofreebet galera betextensão das atividades por duas décadas.

Além da conclusãofreebet galera betAngra 3, a Eletronuclear e alguns especialistasfreebet galera betenergia defendem a construçãofreebet galera betnovas usinas nucleares no Brasil.

Um dos principais argumentos é que o Brasil é um dos poucos países do mundo com condiçõesfreebet galera betatuarfreebet galera bettodo o processofreebet galera betproduçãofreebet galera betenergia atômica: possui uma das maiores reservasfreebet galera beturânio do mundo (localizada na Bahia), tem tecnologia para enriquecer o material (no município fluminensefreebet galera betResende) e possui usinas há maisfreebet galera bettrês décadas. "Só Brasil, Estados Unidos e Rússia reúnem essas três condições", fala Guimarães.

Outro argumento pró-usinas nucleares é que, assim como as fontes renováveis, elas não geram gases causadoresfreebet galera betefeito estufa. Por outro lado, ao contrário das renováveis, não dependemfreebet galera betcondições climáticas. Ou seja, sem vento, sem sol ou com queda dos níveis dos rios, a produçãofreebet galera betenergia eólica, solar e hidrelétrica pode diminuir. Já a nuclear é capazfreebet galera betfuncionar continuamente.

"Se queremos descarbonizar a geração elétrica, temos que combinar as duas tecnologias disponíveis: as renováveis, que são intermitentes, e a nuclear, que consegue produzir energia o tempo todo", defende o presidente da Eletronuclear.

Já entre os argumentos contrários está o preço elevado da energia nuclear - a energiafreebet galera betAngra 3 deve ser mais cara até do que a geração solar. Entre os fatores que encarecem a produção estão, inclusive, as elevadas exigênciasfreebet galera betsegurança. Além disso, pesam contra a energia nuclear os riscosfreebet galera betacidentes e a geraçãofreebet galera betum lixo radioativo que precisa ser armazenado e monitorado indefinidamente - por milharesfreebet galera betanos, considerando a tecnologia atual.

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