O trauma da 1ª Guerra Mundial que inspirou 'O Senhor dos Anéis':bonus sportsbet io

"Bem, você pode concordar com as palavras ou não", ele disse. "Mas essas são as molasbonus sportsbet iosustentaçãobonus sportsbet ioO Senhor dos Anéis."

O espectro da morte pairou sobre a infânciabonus sportsbet ioTolkien, e essas experiências moldaram profundamente a maneira como ele via o mundo, influenciando os temas que revisitaria repetidamente ao escrever seus contos da Terra-média .

John Ronald Reuel Tolkien nasceubonus sportsbet io1892, filhobonus sportsbet io"dois pais muito ingleses e extremamente britânicos", na África do Sul, para onde se mudaram levados pela carreira do pai no setor bancário.

Em uma visita à Inglaterra com a mãe e o irmão mais novo Hilary, o pai – que planejava se juntar a eles – morreu inesperadamentebonus sportsbet iofebre reumática. Sendo ele a fontebonus sportsbet iorenda, a morte repentina deixou a família desprovida. A mãe, Mabel, decidiu ficar no Reino Unido, estabelecendo-sebonus sportsbet iouma casabonus sportsbet iocampo barata na vilabonus sportsbet ioSarehole, pertobonus sportsbet ioBirmingham.

O retorno à Inglaterra foi "uma espéciebonus sportsbet ioretorno duplo para casa, o que tornou o efeito dos prados ingleses, das pausas no campo, imensamente importante para mim", disse Tolkien à BBC.

A mistura da zona rural da área do entorno com a industrializada Birmingham influenciou fortemente as paisagens que ele mais tarde evocoubonus sportsbet ioO Senhor dos Anéis.

Tolkien era extremamente próximobonus sportsbet ioMabel, que ensinava os filhosbonus sportsbet iocasa e despertou nele o amor por contar histórias, mitos e por botânica. Ela nutriu neles seu notável dom para línguas, ensinando latim, francês e alemão desde cedo, e inspirando Tolkien a inventar suas próprias línguas mais tarde, puramente por diversão.

Quando ele tinha 12 anos, Mabel foi diagnosticada com diabetes tipo 1, que antes da descoberta da insulinabonus sportsbet io1921, era um prognóstico fatal. A mãebonus sportsbet ioTolkien se converteu ao catolicismo na virada do século e, quando morreubonus sportsbet io14bonus sportsbet ionovembrobonus sportsbet io1904, os dois meninos órfãos foram deixados sob a custódiabonus sportsbet ioum padre, o padre Xavier Morgan, e depois com uma tia.

A proeza acadêmicabonus sportsbet ioTolkien garantiu-lhe uma vaga na Universidadebonus sportsbet ioOxford, onde estudou clássicos antesbonus sportsbet iomudar para filologia por causabonus sportsbet ioseu talento para línguas. Quando a Primeira Guerra Mundial estouroubonus sportsbet io1914, ele conseguiu adiar o alistamento devido aos estudos. Mas no ano seguinte, após formar-se, e diantebonus sportsbet iocrescente pressão social e familiar, ele foi comissionado como segundo tenente nos Fuzileirosbonus sportsbet ioLancashire e enviado para a Frente Ocidental.

' Lama, caos e morte '

O batalhãobonus sportsbet ioTolkien chegou ao Somme no iníciobonus sportsbet iojulhobonus sportsbet io1916. A batalha provaria ser um dos conflitos mais sangrentos da história humana. O horror brutal da guerrabonus sportsbet iotrincheiras que ele suportou lá, com lama, caos e morte, deixou uma marca indelével nele e permeou seus escritos posteriores.

Os camposbonus sportsbet iobatalha devastados pela guerra da França e da Bélgica podem ser vistosbonus sportsbet iosuas descrições da paisagem infernal e desoladabonus sportsbet ioMordorbonus sportsbet ioO Senhor dos Anéis. Ecos do imenso sofrimento e carnificina que ele testemunhou – forjados pela nova guerra mecanizada – podem ser encontradosbonus sportsbet ioseu retrato das terríveis máquinasbonus sportsbet ioguerra orcs e do desmatamento da Terra-média pelo mago corrompido Saruman.

O autor do livro Tolkien and the Great War, John Garth, disse à BBCbonus sportsbet io2017 que acreditava que o romancista usavabonus sportsbet ioescrita como um "exorcismo" dos horrores que viu na Primeira Guerra Mundial. A febre das trincheiras não foi a única maneira pela qual a guerra afetou o romancista, ele sugere. "Ele perdeu doisbonus sportsbet ioseus amigos mais queridos no Somme e, você pode imaginar, ele deve ter ficado tão destruído por dentro quanto fisicamente", disse ele.

Essa crença é compartilhada por Malcolm Guite, poeta e teólogo. Ele disse ao podcast BBC Great Lives,bonus sportsbet io2021, que "há detalhes que eu acho que vêm diretamentebonus sportsbet iosua experiênciabonus sportsbet ioguerra, e que provavelmente ele não não poderia ter escrito imediatamente (depois). Ele ficou traumatizado. Então, os cadáveres nas piscinas dos pântanos olhando para cima, o terrível desperdício na frentebonus sportsbet ioMordor com vapor venenoso saindo da terra, tudo isso é da Frente Ocidental."

Da mesma forma, a experiênciabonus sportsbet ioTolkien sobre a profunda camaradagem estabelecida entre soldados que vivem tais atrocidades acrescenta um realismo sutil e significativo ao vínculo inabalável entre os dois principais hobbitsbonus sportsbet ioO Senhor dos Anéis, Sam e Frodo.

"Tolkien disse especificamente que esse era o relacionamento daqueles jovens oficiais que foram massacrados e seu batman (um soldado designado a um oficial como servo pessoal), como eram chamados", disse Guite.

Em novembrobonus sportsbet io1916, após mesesbonus sportsbet iobatalha, Tolkien contraiu febre das trincheiras, uma doença causada por piolhos, e foi invalidado e enviadobonus sportsbet iovolta à Inglaterra. No final da guerra, quase todas as pessoas com quem ele serviubonus sportsbet ioseu batalhão foram mortas.

Embora as experiênciasbonus sportsbet ioTolkien durante a guerra possam ter acrescentado profundidade e autenticidade ao mundo mitológico que ele criou, o próprio autor sempre afirmou que não escreveu O Senhor dos Anéis como uma alegoria para a Primeira Guerra Mundial, ou qualquer outro evento específico da história.

"As pessoas não entendem completamente a diferença entre uma alegoria e uma aplicação", disse ele à BBCbonus sportsbet io1968.

"Você pode ir a uma peçabonus sportsbet ioShakespeare e pode aplicá-la a coisas embonus sportsbet iomente, se quiser, mas elas não são alegorias... Quero dizer, muitas pessoas aplicam o Anel à bomba nuclear e acham que eu tinha issobonus sportsbet iomente, e a coisa toda é uma alegoria disso. Bem, não é."

Mas parte do apelo duradourobonus sportsbet ioO Senhor dos Anéis é que ele é mais do que meramente uma alegoria direta. Os temas que ele explora – guerra e trauma, industrialização e a destruição do mundo natural, a influência corruptora do poder e como o vínculobonus sportsbet ioamizade pode ajudar as pessoas a suportar adversidades e perdas – ressoam muito alémbonus sportsbet ioum único evento ou tempo.

O romancebonus sportsbet iofantasia foi, às vezes, descartado por alguns críticos como apenas uma históriabonus sportsbet ioaventurabonus sportsbet ioamigos corajosos lutando contra um mal indescritível. Mas O Senhor dos Anéis não é uma glorificação da guerra – é uma reflexão sobre como a morte e o trauma do conflito mudam irrevogavelmente aqueles que os testemunham e os vivem.

A sensaçãobonus sportsbet iodeslocamento sentida por muitos soldados da Primeira Guerra Mundial ao retornarem para casa, recebidos por aqueles que não conseguiam compreender o que eles tinham visto e feito, aparece no último livro quando os hobbits retornam ao Condado.

Eles encontram seu mundo mudado após a batalha, e os companheiros hobbits incapazesbonus sportsbet ioentender por que Frodo e Sam, assombrados pelo que viveram, nunca mais conseguirão ser tão inocentes.

"Um crítico disse uma vez que era um livro muito alegre, não é?" Tolkien disse à BBC. "Todos os garotos certos voltam para casa e todos ficam felizes e contentes. Não é verdade, é claro. Não é possível que ele tenha lido a história."