O que se sabe sobre os protestos violentos da direita radical no Reino Unido :quem e o dono da arbety
O Reino Unido tem sido palcoquem e o dono da arbetyprotestos organizados pela direita radical desde a semana passada.
Distúrbios ocorreram na capital Londres equem e o dono da arbetycidades como Hull, Liverpool, Bristol, Manchester, Stoke-on-Trent, Blackpool e Belfast, com relatosquem e o dono da arbetypedras lançadas, saques a lojas e ataques a policiais.
Em Liverpool, cercaquem e o dono da arbetymil manifestantes anti-imigração, alguns gritando insultos islamofóbicos, enfrentaram contra-manifestantes, e a polícia teve dificuldade para manter a ordem.
Centenasquem e o dono da arbetypessoas foram presas.
A secretária do interior, Yvette Cooper, condenou as "cenas vergonhosasquem e o dono da arbetyviolência e vandalismo" após diasquem e o dono da arbetyprotestosquem e o dono da arbetycidades do Reino Unido.
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Ela disse à BBC que "haverá uma cobrança" e prometeu "justiça rápida" para aqueles envolvidos nos distúrbios.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, convocou uma reuniãoquem e o dono da arbetyemergência nesta segunda-feira (5/8) devido aos protestos violentos, que ele descreveu como "vandalismo".
A reunião, conhecida como Cobra, contou com a presençaquem e o dono da arbetyministros, funcionários públicos, policiais e agentesquem e o dono da arbetyinteligência.
Após a reunião, Starmer anunciou a criaçãoquem e o dono da arbetyum "exército permanente"quem e o dono da arbetypoliciais especializados para combater os protestos violentos.
Ele também afirmou que a justiça criminal será "intensificada". A polícia declarou que está "trabalhando incansavelmente" para identificar os envolvidos na desordem.
Origem
Os protestos ocorreram após um ataque a facaquem e o dono da arbetySouthport, no noroeste da Inglaterra, na semana passada, no qual três meninas, entre seis e nove anos, que participavamquem e o dono da arbetyuma aulaquem e o dono da arbetydança, foram mortas. O assassinato delas chocou o país.
Informações falsas nas redes sociais sugeriam que o suspeito do ataque, identificado como Axel Rudakubana,quem e o dono da arbety17 anos, era um imigrante radical islâmico que chegouquem e o dono da arbetybarco ao Reino Unido como refugiadoquem e o dono da arbety2023.
Isso levou manifestantes anti-imigraçãoquem e o dono da arbetyoutras localidades a se deslocarem para Southportquem e o dono da arbetyresposta.
A polícia esclareceu que o ataque não está relacionado ao terrorismo e afirmou que Rudakubana nasceu no Reino Unido.
Ele enfrenta acusaçõesquem e o dono da arbetytrês homicídios, 10 tentativasquem e o dono da arbetyhomicídio e umaquem e o dono da arbetypossequem e o dono da arbetyarma branca.
Rudakubana permaneceráquem e o dono da arbetycustódia até uma nova audiência marcada para outubro.
A imigração é um tema sensível no Reino Unido e um dos principais desafios para o governo trabalhista que acabouquem e o dono da arbetyassumir o poder no país.
Nos 12 meses até junhoquem e o dono da arbety2023, foram identificados 52 mil e quinhentos imigrantes que entraram irregularmente no Reino Unido, um aumentoquem e o dono da arbety17%quem e o dono da arbetyrelação aos 12 meses anteriores.
Embora esse número represente uma fração menorquem e o dono da arbetycomparação com outros países europeus ou asiáticos que enfrentam imigraçãoquem e o dono da arbetymassa, o tema foi amplamente debatido na recente campanha eleitoral britânica.
O Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia, tinha a redução da imigração como umaquem e o dono da arbetysuas principais propostas.
O assunto continua sendo uma prioridade para partidos políticos mais alinhados à direita e também gera discussões nas redes sociais, muitas vezes alimentando a desinformação.
Desinformação
Uma análise da BBC revelou que influenciadores nas redes sociais incentivaram os protestos, embora não houvesse uma única força organizadora.
Nem todos os participantes dos protestos ou aqueles que postaram sobre o ataquequem e o dono da arbetySouthport compartilham visões extremistas.
Muitos foram atraídos por preocupações sobre crimes violentos ou desinformação sobre imigração ilegal.
A Políciaquem e o dono da arbetyMerseyside, responsável pela áreaquem e o dono da arbetySouthport, identificou o grupo anti-imigração Ligaquem e o dono da arbetyDefesa Inglesa (EDL) como uma influência significativa.
Embora a EDL não exista mais formalmente, suas ideias sobre imigração ilegal e ódio aos muçulmanos ainda são amplamente promovidas nas redes sociais por Stephen Yaxley-Lennon (que usa o pseudônimo Tommy Robinson) e seus seguidores.
Além disso, teorias da conspiração sobre "elites" encobrindo abusosquem e o dono da arbetycrianças britânicas também estãoquem e o dono da arbetycirculação.
Um influenciador no X (antigo Twitter) associado a Yaxley-Lennon, que usa o nome "Lord Simon", foi um dos primeiros a convocar publicamente os protestos nacionais.
Sua conta promoveu falsas alegaçõesquem e o dono da arbetyque o suspeito do ataquequem e o dono da arbetySouthport era um solicitantequem e o dono da arbetyasilo recente no Reino Unido, e seu vídeo alcançou maisquem e o dono da arbety1 milhãoquem e o dono da arbetyvisualizações. Ele incentivou os manifestantes a saírem às ruas e a causarem um grande impacto.
A BBC analisou postagens nas redes sociais e grupos no Telegram para entender os motivos dos principais atores dos protestos.
Embora não haja um único organizador, vários influenciadores amplificaram falsas alegações sobre o agressor, atingindo um grande público, incluindo pessoas sem conexão com grupos extremistas.
"Não houve uma única força motriz", afirma Joe Mulhall, chefequem e o dono da arbetypesquisa do grupo antirracismo Hope Not Hate.
"Isso reflete a natureza da extrema direita contemporânea. Há um grande númeroquem e o dono da arbetypessoas engajadasquem e o dono da arbetyatividades online, mas sem estrutura formalquem e o dono da arbetyliderança, sendo direcionadas por influenciadores das redes sociais."
O Telegram, aplicativo historicamente usado por ativistasquem e o dono da arbetydireita radical, teve um papel crucial na disseminaçãoquem e o dono da arbetydesinformação e na organização dos protestos.
Um grupo temáticoquem e o dono da arbetySouthport foi criado no Telegram cercaquem e o dono da arbetyseis horas após o ataque, com desinformação sobre o suspeito e postagensquem e o dono da arbetyoutros gruposquem e o dono da arbetydireita radical, como a Frente Nacional (National Front).
Convocações para protestos foram compartilhadas, incluindoquem e o dono da arbetyuma ruaquem e o dono da arbetySouthport onde está localizada uma mesquita.
Essas chamadas, inicialmente limitadas a grupos menores no Telegram, migraram para TikTok, X e Facebook, onde foram amplamente compartilhadas.
Algumas postagens pediam para os participantes esconderem suas identidades da polícia e pediam "deportaçõesquem e o dono da arbetymassa".
Ativistasquem e o dono da arbetydireita radical, como Matthew Hankinson e Stephen Yaxley-Lennon, também se aproveitaram da tragédia para promover suas agendas.
Matthew Hankinson, que deixou a prisão no ano passado após cumprir seis anos porquem e o dono da arbetyparticipação na Ação Nacional, um grupo neonazista banido, afirmou no X que estava "documentando ao vivo" a manifestaçãoquem e o dono da arbetySouthport.
Seus vídeos coincidem com os horários dos confrontos e um deles foi visto maisquem e o dono da arbety8 mil vezes.
Hankinson usaquem e o dono da arbetyconta para tentar justificar violência extrema, postar material racista e citar o neo-Nazista que assassinou a deputada trabalhista Jo Cox.
Ele afirmou à BBC que foi a Southport para prestar solidariedade e condolências, começando a filmar ao ver os confrontos entre a polícia e os manifestantes.
Por outro lado, Yaxley-Lennon, mais ativo que Hankinson, usou seu perfil no X para amplificar suas mensagens e criticar as autoridades.
Ele deixou o Reino Unido na noitequem e o dono da arbetydomingo, antesquem e o dono da arbetyuma audiência judicial que poderia ter levado àquem e o dono da arbetydetenção.
Hankinson, que tevequem e o dono da arbetyconta X restaurada no ano passado, agora tem 800 mil seguidores e suas postagens sobre a tragédiaquem e o dono da arbetySouthport foram frequentemente compartilhadas e curtidas.
A BBC identificou dois apoiadores proeminentesquem e o dono da arbetyHankinsonquem e o dono da arbetyvídeos dos protestosquem e o dono da arbetySouthport: Rikki Doolan e Jesse Clarke.
Doolan, um autodenominado pregador, gravou um vídeo no protesto dizendo: "Sou britânico e orgulhoso, caso contrário não estaria aqui."
Clarke postou vídeos dos protestosquem e o dono da arbetyLondres, frente à residência do primeiro-ministro, dizendo: "Estamos foraquem e o dono da arbetyDowning Street agora."
Grupos menores, como a Alternativa Patriótica, que organizam manifestações anti-imigrantes, também promoveram os protestos relacionados ao ataquequem e o dono da arbetySouthport.
Embora não tenham o mesmo alcance, seu slogan "Basta" foi amplamente compartilhado, com quase 60 mil menções no X desde 29quem e o dono da arbetyjulho,quem e o dono da arbetyacordo com a ferramentaquem e o dono da arbetyanálisequem e o dono da arbetyredes sociais Brandwatch.
"A linguagem vemquem e o dono da arbetyindivíduosquem e o dono da arbetyextrema direita, mas a organização é muito mais orgânica", diz Mulhall. "Estão surgindo grupos locais no Facebook, que seguem a liderança dos influenciadores e passam a informação localmente. O clima é criado no Twitter, mas a organização acontecequem e o dono da arbetyoutros lugares."