Caso Battisti: 'Afago' a Bolsonaro? O que há por trás da decisão da Bolíviaaposta corrida de galgosextraditar italiano, que rende críticas a Evo:aposta corrida de galgos
- Marcia Carmo
- De Buenos Aires para a BBC News Brasil

Crédito, Reuters
Battisti foi preso no último sábadoaposta corrida de galgosSanta Cruzaposta corrida de galgosla Sierra e entregue, no dia seguinte, pela Bolívia à Itália
aposta corrida de galgos O presidente da Bolívia, Evo Morales aposta corrida de galgos , foi alvoaposta corrida de galgosuma sérieaposta corrida de galgoscríticasaposta corrida de galgosaliados por causa da prisão e da extradição do italiano Cesare Battisti no país.
Mas especialistas e fontes ouvidas pela BBC News Brasil apontam que Evo optou pelo "pragmatismo", que já o caracterizouaposta corrida de galgosoutras situações.
Evo, disseram, não pretende desagradar o colega brasileiro Jair Bolsonaro - apesaraposta corrida de galgosestaremaposta corrida de galgospontos distantes do espectro ideológico - e correr o riscoaposta corrida de galgosficar isolado na região. Ainda segundo a avaliação deles, o presidente boliviano quer evitar problemasaposta corrida de galgosum anoaposta corrida de galgoseleição presidencial, quando tentará o quarto mandato presidencial seguido na Bolívia.
"Não importa o presidente que esteja no poder no Brasil, seja eleaposta corrida de galgosesquerda ouaposta corrida de galgosdireita, Evo faráaposta corrida de galgostudo para evitar conflitos com o país que é o principal parceiro da Bolívia, tanto na área econômica e comercial quanto no setoraposta corrida de galgossegurança. Temos uma ampla e frágil fronteira com o Brasil e dele dependemos", disse o analista Javier Gómez, do Centroaposta corrida de galgosEstudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário (Cedla, na siglaaposta corrida de galgosespanhol),aposta corrida de galgosLa Paz.
O analista boliviano observou que Evo "briga" permanentemente com os Estados Unidos, ao qual chamaaposta corrida de galgos"império", mas que jamais faria o mesmo com o Brasil.
Para Gómez, o presidente boliviano já deve ter registrado "os primeiros sinaisaposta corrida de galgosmudança" na relação do Brasil com a Bolívia desde que Bolsonaro chegou ao poder, e não pretende piorar ainda mais a situação. O analista citou como exemplo o caso do projetoaposta corrida de galgosconstrução do chamado corredor bioceânico, ligando o Atlântico, do Brasil, ao Pacífico, no Chile, que, ao contrário do esperado, excluiria a Bolívia, como anunciou o presidente do Chile, Sebastián Piñera, logo após encontro com Bolsonaro, no início deste mês no Brasil.
Nos vídeos disponíveis na internet, Piñera cita pontos no Brasil, no Paraguai, na Argentina e no Chile. E não se refere à Bolívia.
'Hermano'
Político definido comoaposta corrida de galgosesquerda e bolivariano,aposta corrida de galgosreferência ao grupo que surgiu com o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez (1954-2013), Evo até chamou Bolsonaroaposta corrida de galgos"hermano" (irmão) num tuíte no dia da posse do presidente brasileiro - mesma forma como se referia a Lula,aposta corrida de galgosquem era muito mais próximo, quando este era presidente do Brasil.

Crédito, Reuters
Apesaraposta corrida de galgosideologicamente distanteaposta corrida de galgosBolsonaro, Morales não pode se dar ao luxoaposta corrida de galgosse isolar na região, dizem analistas
O pragmatismoaposta corrida de galgosEvo foi ainda apontado pelos especialistas pela forma com que ele conduz a economia boliviana, com responsabilidade fiscal e crescimento, e poraposta corrida de galgosdecisãoaposta corrida de galgosparticipar da posseaposta corrida de galgosBolsonaro, no dia 1ºaposta corrida de galgosjaneiro,aposta corrida de galgosBrasília, dez dias depois participar da polêmica posse do presidente venezuelano Nicolás Maduro,aposta corrida de galgosCaracas.
Na cerimônia na Venezuela, Evo sentou ao lado dos colegas da Nicarágua eaposta corrida de galgosCuba que, como Maduro, tinham sido banidos da listaaposta corrida de galgosconvidados à posseaposta corrida de galgosBolsonaro.
'Dividido'
O analistaaposta corrida de galgostemas internacionais Francisco Solares, do Colégioaposta corrida de galgosInternacionalistas do departamento (Estado)aposta corrida de galgosSanta Cruz, disse que a extradição do italiano Battisti foi "claramente" um gestoaposta corrida de galgosEvo para Bolsonaro.
"É uma formaaposta corrida de galgossinalizar um recomeço na relação com o Brasil", disse Solares. Para ele, todas as decisões passam pelo presidente, e a medida teria "dividido" o governo, já que a ala mais à esquerda, ligada ao vice-presidente Álvaro García Linera, não aprovaria a decisãoaposta corrida de galgosextraditar Battisti.
O historiador e jornalista argentino Pablo Stefanoni, que morou sete anosaposta corrida de galgosLa Paz, e é apontado por acadêmicos como um dos mais entendidos sobre os atosaposta corrida de galgosEvo e dos líderesaposta corrida de galgosesquerda da região, avalia que a "rápida ação"aposta corrida de galgosextraditar Battisti, sem direito a apelação para continuar no país, confirma o pragmatismo do líder boliviano.
"Battisti foi extraditadoaposta corrida de galgosmenosaposta corrida de galgos24 horas. Evo quis se livrar rápido da situação para não ter problemas com Bolsonaro. Mas com a decisãoaposta corrida de galgosexpulsar Battisti certamente dividiu o governo. A ala mais à esquerda do governo não apoia este tipoaposta corrida de galgosmedida", disse Stefanoni à BBC News Brasil.
Nas redes sociais, Stefanoni escreveu que Battisti foi um "regalo" (presente)aposta corrida de galgosEvo para o líder italiano Matteo Salvini e para o "hermano" Bolsonaro.

Crédito, AFP
'Battisti foi extraditadoaposta corrida de galgosmenosaposta corrida de galgos24 horas. Evo quis se livrar rápido da situação para não ter problemas com Bolsonaro', opina analista boliviano
Homem forte
Battisti foi preso no último sábado (12)aposta corrida de galgosSanta Cruzaposta corrida de galgosla Sierra, ao lado do território brasileiro, e entregue, no dia seguinte, pela Interpol Bolívia à Interpol da Itália no aeroporto internacionalaposta corrida de galgosViru Viru, na mesma cidade.
O anúncio da extradiçãoaposta corrida de galgosBattisti foi feito por um dos homens fortes da administraçãoaposta corrida de galgosEvo, o ministroaposta corrida de galgosGoverno Carlos Romero, responsável pela áreaaposta corrida de galgossegurança na gestão central. Romero não faria nada sem a determinação diretaaposta corrida de galgosEvo, concordaram analistas e fontes ouvidas pela BBC News Brasil.
No domingo, no rápido comunicado, com direito a poucas perguntas, na sede da Interpolaposta corrida de galgosSanta Cruzaposta corrida de galgosla Sierra, Romero informou que Battisti tinha entrado no país "de forma irregular" e por isso seria extraditado, segundo as "normas migratórias" do país. E que a operação tinha sido detalhada entre as autoridades diplomáticas da Bolívia e da Itália.
Em nenhum momento ele citou a palavra Brasil. Nem mesmo quando perguntado, respondeu apenas que "o Estado requerente é a Itália" e disse ainda que não havia registro do lugar por onde o italiano entrara, evitando especificar que tinha sido do Brasil para a Bolívia. Romero também evitou dar detalhesaposta corrida de galgoscomo a prisão tinha sido feitaaposta corrida de galgosuma rua da cidade.
No dia seguinte, segunda-feira, ele confirmou que Battisti tinha pedido "refúgio",aposta corrida de galgosdezembro, à Comissão Nacionalaposta corrida de galgosRefugiados (Conare) e que o pedido tinha sido negado.
Nesta terça-feira, três dias depois da expulsãoaposta corrida de galgosBattisti da Bolívia, o caso continua rendendo críticas - mas também elogios - a Evo Morales.
O irmão do vice-presidente, Raúl García Linera, que apoia o governo, disse que a decisão bolivianaaposta corrida de galgosentregar Battisti às autoridades italianas foi "injusta, covarde e reacionária". Poraposta corrida de galgosvez, um dos integrantes do Movimento ao Socialismo (MAS), que é a baseaposta corrida de galgosapoio política e socialaposta corrida de galgosEvo, chamou Romeroaposta corrida de galgos"judas", também pela mesma decisão.
A decisãoaposta corrida de galgosEvo foi, porém, elogiada por políticosaposta corrida de galgosSanta Cruzaposta corrida de galgosla Sierra, reduto da oposição à La Paz, que antes o criticavam, como Samuel Doria Medina. "Digo, sem ódio, mas com firmeza, que a Bolívia não pode ser refúgioaposta corrida de galgosassassinos e refugiados", disse.
No fimaposta corrida de galgossemana, a detenção e extradiçãoaposta corrida de galgosBattisti marcou uma espécieaposta corrida de galgosxadrez político e policial internacional.
No domingo, autoridades brasileiras chegaram a afirmar que Battisti seria entregue pelo Brasil à Itália.
Mais tarde, o chanceler brasileiro Ernesto Araújo dizia, no Twitter, que o Ministério da Justiça e o Itamaraty estavam tomando "todas as providências necessáriasaposta corrida de galgoscooperação com os governos da Bolívia e da Itália para cumprir a extradiçãoaposta corrida de galgosBattisti e entregá-lo às autoridades italianas".
Poraposta corrida de galgosvez, Bolsonaro parabenizou os responsáveis pela prisão do "terrorista" que, disse, vinha sendo protegido pelos governos do PT.
O líder italiano Salvini agradeceu às autoridades brasileiras pelo empenho que levou à prisãoaposta corrida de galgosBattisti - comunicado que também foi publicado no Twitteraposta corrida de galgosBolsonaro. O governo italiano afirmou que Battisti não passou pelo Brasilaposta corrida de galgosseu percurso até a Itália por questõesaposta corrida de galgossegurança eaposta corrida de galgostempo.
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