Os judocas do Congo que eram presosa quina de hojejaulas após derrotas e foram ao jogos do Rio:a quina de hoje
- Rodrigo Pinto
- Enviado especial da BBC Brasil ao Rioa quina de hojeJaneiro
Os judocas do Congo presosa quina de hojejaulas após derrotas que sonham com ouro no Rio
a quina de hoje No Brasil desde 2013, os judocas congoleses Yolande Bukasa e Popole Misenga fizeram parte da equipea quina de hojeatletas refugiados que competiram sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional nos Jogos do Rio 2016.
No entanto, mais do que brigar por medalhas (que eles acabaram não conseguindo levar), Yolande e Popole esperavam aparecer na TV durante a competição e, assim, serem vistos por suas famílias,a quina de hojequem estão distantes há quase 20 anos.
"Não sei se estão vivos", diz Yolande, que vivea quina de hojefavor na Cidade Alta, favela na Zona Norte do Rio.
"Em uma competição no Brasil, todas as pessoas na África vão querer ver, vão assistir na televisão", emenda Popole, que mora com a esposa brasileira e filhoa quina de hojeum quarto e sala na favela Cinco Bocas,a quina de hojeBrása quina de hojePina.
Os congoleses vieram ao Brasil disputar uma competição internacional três anos atrás. Mas contam que o chefe da delegação congolesa os deixou no hotel sem dinheiro nem passaportes.
"Não aguenteia quina de hojefome. Fugi", lembra Yolande.
Acabaram ficando por aqui. Mas ela e Popole reviveram no Brasil algo que haviam experimentadoa quina de hojeseu país natal: abandono, maus-tratos e fome.

No país há três anos, Popole Misenga vive com o filho na favela Cinco Bocas

Yolande Bukasa ainda moraa quina de hojefavor na casaa quina de hojeoutras pessoas na Zona Norte do Rio
"Passei fome tantas vezes que me acostumei", diz Yolande.
Quando crianças - ela aos dez anosa quina de hojeidade, ele, aos sete -, os dois deixaram suas casas sem olhar para trás. Moradores da região do Bukavu, área fronteiriça com Ruanda, eles sobreviveram à sanguinária guerra civil congolesa, que dexou cercaa quina de hoje6 milhõesa quina de hojemortos e maisa quina de hoje500 mil refugiados.
"Eu, criança pequena, voltei da escola e saí na rua pra brincar. E nunca mais voltei pra casa", lembra Yolande, que não teve, desde então, notíciasa quina de hojesua família.
Popole fugiu para a floresta. "Comia frutas". Acabou resgatado e levado a um centro para crianças refugiadas, na capital Kinshasa. Ali, conheceu Yolande, quando ambos começaram a praticar judô.
Campeõesa quina de hojeseu país, começaram a viajar com a seleção nacional.

Popole já foi campeão africanoa quina de hojejudô e espera conseguir uma medalha nos Jogos

Quando perdia, Yolande era punida ficando presaa quina de hojeuma jaula por dias
"Quando vencíamos, ganhávamos algum dinheiro. Quando perdíamos, nos colocavam numa jaula", relembra Yolande.
Já no Rio, ao deixarem o hotel, foram ajudados por angolanos e congoleses que os levaram para a regiãoa quina de hojeBrása quina de hojePina.
Popole logo foi apelidado pelos vizinhosa quina de hojeCinco Bocasa quina de hojePopó. Conheceu a brasileira Fabiana e teve um filho. Yolande ainda luta para conseguir um lugar para morar.
A ajuda mais concreta que receberam foi do Instituto Reação, do ex-judoca e medalhista Flávio Canto.
"Aléma quina de hojetreinamento, nós temos uma equipe multidisciplinar, com nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e preparador físico. Eles têm uma cesta básica e um kimono", lista o treinador Geraldo Bernardes, quatro vezes à frente da equipe olímpica brasileira e responsável pelas atividades no Reação.

O sensei Geraldo Bernardes treina a dupla no Instituto Reação
Geraldo reconhece que as chancesa quina de hojemedalha dos dois atletas não são grandes, mas se diz confiante.

Crédito, AP
Popole derrotou Avtar Singh, da Índia, ema quina de hojeprimeira luta nos Jogos Olímpicos
"Técnico que é técnico tem que acreditar nas coisas improváveis."







