A curiosa maneira como gregos e romanos usavam eletricidade para aliviar dores sem saber gerá-la:fazer aposta online

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Uma espéciefazer aposta onlinearraia-elétrica (Torpedo torpedo) pode ser observada na parte central superior deste mosaico da vida marinha da era romana, encontradofazer aposta onlinePompeia, na Itália
Os peixes elétricos do Egito, Grécia e Roma
A capacidade que algumas espéciesfazer aposta onlinepeixes têmfazer aposta onlinegerar eletricidade é chamada bioeletrogênese.
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Esses animais utilizam a eletricidade com diversos propósitos, como a comunicação, a caça, a defesa, a navegação e a caracterização do seu entorno.
Algumas espécies eletrógenas vivemfazer aposta onlinelugares onde se desenvolveram civilizações importantes, como as arraias-elétricas que habitam o Mar Mediterrâneo (da ordem Torpediniformes) ou os peixes-gatos-elétricos da África (da família Malapteruridae).

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Bioeletrogênese é o nome da capacidade que alguns peixes têmfazer aposta onlinegerar eletricidade
Sabemos que os egípcios, os gregos e os romanos estavam familiarizados com os peixes elétricos, que aparecem representadosfazer aposta onlinebaixos-relevosfazer aposta onlinemonumentos egípcios, na cerâmica grega efazer aposta onlinemosaicos romanos.
Atordoam como uma conversa com Sócrates, segundo Platão
O contato com esses peixes costuma causar dormência no membro usado para tocá-lo.
Talvez por esta razão, o tratadofazer aposta onlineHipócrates sobre a Dieta nas Doenças Agudas menciona uma espécie indeterminadafazer aposta onlinepeixe, muito provavelmente um peixe eletrógeno, com a terminação narke, que é a raiz da palavra narcose.
Esta é considerada a primeira referência escrita sobre estes animais. Mas, apesar da menção à extraordinária característica dos peixes narke, o Corpus Hippocraticum não inclui nenhum tratamento médico baseado na aplicação dafazer aposta onlineeletricidade.
Platão (427-347 a.C.) também comentou as consequênciasfazer aposta onlinetocar esses animaisfazer aposta onlineseu diálogo Mênon, comparando a sensação resultante com o atordoamento mental derivado das conversas com Sócrates.

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Platão comparou a sensaçãofazer aposta onlinetocar uma arraia-elétrica com o atordoamento mental resultante das conversas com Sócrates
Já Aristóteles (384-322 a.C.) destacou a astúcia das arraias-elétricas na horafazer aposta onlineespreitar e caçar seus alimentos. Como ele relatoufazer aposta onlineDa História dos Animais, estes peixes se escondem no fundo do mar e paralisam as presas que se aproximam.
Seu discípulo Teofrasto (371-287 a.C.) alertou que as descargas das arraias-elétricas também podem ser transmitidas à distância por algum meio, como a água ou equipamentosfazer aposta onlinepesca metálicos. Ele elaborou uma das primeiras descrições sobre os materiais condutoresfazer aposta onlineeletricidade.
Para tratar da inibição do impulso amoroso
Muitos outros autores clássicos falaramfazer aposta onlinetermos similares sobre os poderes extraordinários desses peixes, como Cícero (106-43 a.C.) e o poeta Opianofazer aposta onlineAnazarbo, que descreveu acertadamente, no século 2 d.C., os órgãos do corpo das arraias-elétricas que geram a eletricidade.
Em História Natural, Plínio, o Velho (23-79 d.C.), compilou terapias baseadas na ingestão ou na aplicação tópicafazer aposta onlinedeterminadas partes dos peixes eletrógenos para diferentes finalidades, como a estimulação do parto ou a inibição do impulso amoroso.
Mas, apesarfazer aposta onlinetodo esses conhecimento, ninguém propôs aplicações médicas baseadas na eletricidade desses animais até o ano 46 d.C.
Choquesfazer aposta onlinearraias para combater a dor
O médico Escribônio Largo trabalhou a serviço da corte do imperador romano Cláudio. Ele foi o primeiro a propor, no ano 46, o usofazer aposta onlinechoquesfazer aposta onlinearraias-elétricas para reduzir dores crônicasfazer aposta onlinedifícil tratamento.
Apenas umafazer aposta onlinesuas obras chegou até nós — uma farmacopeia intitulada De compositione medicamentorum liber. Trata-se do primeiro texto conhecido que fala sobre a eletroterapia.
A obra inclui o relatofazer aposta onlineAntero, escravizado liberto do imperador Tibério. Ele sofriafazer aposta onlinegota e tinha fortes doresfazer aposta onlineuma das pernas.
Durante um passeio na praia, Antero pisou acidentalmentefazer aposta onlineuma arraia-elétrica, que deixoufazer aposta onlineperna dormente e eliminou a dor.
É possível que esta experiência tenha inspirado Escribônio a recomendar tratar a gota colocando uma arraia-elétrica vivafazer aposta onlinecontato com o membro afetado, até que a dor diminuísse graças ao entorpecimento.

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Escribônio Largo sugeriu colocar arraias-elétricas sobre a cabeça dos pacientes para tratar a cefaleia
Ele sugeriu aliviar as doresfazer aposta onlinecabeçafazer aposta onlineforma similar — mas, neste caso, era preciso colocar as arraias-elétricas sobre a cabeça dos pacientes.
A obrafazer aposta onlineEscribônio teve alguma repercussão. O médico Dioscórides (50-90 d.C.) endossou esses tratamentos e os recomendou para tratar o prolapso retal. E Galeno (129-201/216) realizou experimentos com arraias-elétricas para comprovar seus benefícios. Mas, inicialmente, ele não obteve resultados positivos, talvez por ter usado animais mortos,fazer aposta onlinevezfazer aposta onlinevivos.
Graças a alguém que teve a ideia genialfazer aposta onlineaplicar a eletricidadefazer aposta onlineforma controlada para aliviar dores insuportáveis e tratarfazer aposta onlinedoenças, a qualidadefazer aposta onlinevidafazer aposta onlinemilharesfazer aposta onlinepessoas melhorou significativamente ao longo dos séculos.
*Alberto Romero Blanco é pesquisadorfazer aposta onlinepré-doutoradofazer aposta onlineinvasões biológicas e ecotoxicologia do Programafazer aposta onlineEcologia, Biodiversidade e Mudanças Globais da Universidadefazer aposta onlineAlcalá, na Espanha.
Este artigo foi publicado originalmente no sitefazer aposta onlinenotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).