Como os 4 tiposbonus 300 casinoapego que desenvolvemos na infância afetam nossos relacionamentos:bonus 300 casino

Legenda do áudio, O apego aos nossos pais tem uma explicação evolutiva: o cuidado deles nos ajuda a sobreviver

A ideia fundamental dessa teoria ébonus 300 casinoque as crianças precisam desenvolver uma relaçãobonus 300 casinoapego segura com pelo menos um cuidador principal para se desenvolverem emocional e socialmentebonus 300 casinoforma adequada.

Nas palavras do próprio Bowlby, esse apego é importante “do berço ao túmulo”.

Os psicólogos explicam que o vínculo com nossos pais no iníciobonus 300 casinonossas vidas cria um modelo com base no qual construímos e interpretamos nossos relacionamentos para o restobonus 300 casinonossas vidas.

“As primeiras relaçõesbonus 300 casinoapego são internalizadasbonus 300 casinorepresentações mentais ou esquemas cognitivos ao longo da infância. Elas moldam as expectativas das crianças sobre as relações subsequentes com os seus pares, os seus parceiros românticos e os seus próprios filhos”, explica Marinus van IJzendoorn, que pesquisa o tema na University Collegebonus 300 casinoLondres.

A teoria do apego evoluiu e deu origem à definiçãobonus 300 casinoquatro tiposbonus 300 casinoapego, que passaram a fazer parte do vocabulário da conversa sobre o amor na mídia e nas redes sociais.

Mas, como explica van IJzerdoorn à BBC News Mundo, o serviçobonus 300 casinoespanhol da BBC, identificar o tipobonus 300 casinoapegobonus 300 casinouma pessoa é algo mais complexo do que preencher um questionário na internet.

O apego na infância

John Bowlby percebeu que as crianças e outros mamíferos evitam a todo custo ser separados dos pais.

Esse comportamento tem uma razão evolutiva: são os pais que dão aos filhos a proteção e os cuidados necessários para sobreviverem.

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Legenda da foto, O tipobonus 300 casinoapego que uma criança desenvolvebonus 300 casinorelação aos pais dependebonus 300 casinoquão atentos e sensíveis eles são às suas necessidades
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Dependendo do quão atentos e disponíveis os pais estão para atender às necessidades do filho, a criança se comportarábonus 300 casinouma forma oubonus 300 casinooutra.

“As diferenças na qualidade das relaçõesbonus 300 casinoapego das crianças dependem,bonus 300 casinoparte, da forma como os cuidadores interagem com elas, se é mais ou menos sensível e responsiva aos seus sinaisbonus 300 casinoangústia”, explica van IJzedoorn, que também é autor do livro Questions of Significance (Questõesbonus 300 casinoSignificância,bonus 300 casinotradução literal).

Se uma criança se sente amada e segura no seu relacionamento com o seu principal cuidador, é mais provável que ela explore o mundo ao seu redor, seja sociável e brinque com outras pessoas, argumentou Bowlby.

Caso contrário, é provável que sinta ansiedade e desenvolva comportamentos como procurar constantemente os pais ou mesmo chorar até atingirem um nível desejávelbonus 300 casinoproximidade física e psicológica com o cuidador.

A psicóloga Mary Ainsworth testou essa teoria por meiobonus 300 casinoum experimento que envolvia separar criançasbonus 300 casinoum anobonus 300 casinoseus pais e depois reuni-los.

Ainsworth descobriu que as crianças se comportavambonus 300 casinotrês maneiras diferentes.

A maioria das crianças se ressentiubonus 300 casinoter sido separada dos pais, mas quando se reuniu com eles foi facilmente consolada.

Outras se sentiram extremamente desconfortáveis ​​por estarem separadas dos pais e, quando se reuniram com eles, exibiram comportamentos que sugeriam que não só queriam ser consoladas, mas também que os pais fossem punidos por partirem.

E um terceiro grupobonus 300 casinocrianças não parecia muito angustiado com a separação e, quando reencontrou os pais, na verdade evitou contato com eles.

Ainsworth descobriu que esses diferentes comportamentos tinham a ver com o relacionamento entre a criança e seus paisbonus 300 casinocasa.

As crianças que eram facilmente consoladas pelos pais tendiam a virbonus 300 casinolares onde os pais estavam atentos às suas necessidades.

As crianças dos grupos 2 e 3 tendiam a ter pais menos sensíveis e menos atentos às necessidades dos filhos.

Essa foi a gênese dos tiposbonus 300 casinoapego que conhecemos hoje.

O apego na idade adulta

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Legenda da foto, Os psicólogos Phillip Shaver e Cindy Hazan descobriram que o “sistemabonus 300 casinoapego comportamental” também se aplica aos relacionamentos

Anos depoisbonus 300 casinoBowlby e Ainsworth, a teoria do apego foi estendida aos adultos.

Os psicólogos descobriram que outros tiposbonus 300 casinorelacionamentos, como os românticos, fazem parte do mesmo “sistemabonus 300 casinoapego comportamental”.

“O amor romântico é um processobonus 300 casinoapego que as pessoas vivenciambonus 300 casinoforma diferente devido a variaçõesbonus 300 casinosuas históriasbonus 300 casinoapego”, concluíram Phillip Shaver e Cindy Hazanbonus 300 casino1987.

Ou seja, descobriram que a forma como uma pessoa se relacionava com os pais na infância acabava sendo replicadabonus 300 casinoseus relacionamentos amorosos e, portanto, havia relacionamentos amorosos cada vez menos saudáveis.

Portanto, os tiposbonus 300 casinoapego que Ainsworth identificou nabonus 300 casinoexperiência também se aplicam a casais românticos. São eles: apego ansioso, apego evitativo (ou evitante) e apego seguro.

Adultos com apego ansioso caracterizam-se por buscar altos níveisbonus 300 casinointimidade e aprovaçãobonus 300 casinoseus parceiros, a pontobonus 300 casinose sentirem extremamente dependentes deles.

Muitas vezes temem ser abandonados ou rejeitados. Por isso, buscam intensamente uma sensaçãobonus 300 casinosegurança e estabilidadebonus 300 casinoseus relacionamentos.

A ideiabonus 300 casinoperder a relação com o parceiro gera altos níveisbonus 300 casinoansiedade, que são amenizados pela atenção e cuidado com ele.

Ao perceberem que deixambonus 300 casinoter essa atenção e cuidado, tendem a se preocupar, a se sentirem desamparados, a se apegarem ainda mais ao parceiro ou a puni-lo.

Em suma, são pessoas que valorizam muito as suas relações íntimas, mas tendem a permanecerbonus 300 casinoum estadobonus 300 casinohipervigilância por medobonus 300 casinoque a relação estaria ameaçada.

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Legenda da foto, Alguns psicólogos associam o apego ansioso ao ciúme e à baixa autoestima

Aqueles com apego evitativo, por outro lado, caracterizam-se por buscar um alto nívelbonus 300 casinoindependência e evitar a intimidade.

São pessoas que se consideram emocionalmente autossuficientes e pouco vulneráveis.

Portanto, sentem que não precisam ter relacionamentos próximos com outras pessoas e não têm interessebonus 300 casinoconstruir ou manter essa proximidade com as pessoas ao seu redor.

Os adultos com apego evitativo muitas vezes se sentem ameaçados quando outra pessoa se aproxima deles emocionalmente.

São pessoas que tendem a basear seu valorbonus 300 casinosuas conquistas pessoais,bonus 300 casinovezbonus 300 casinobuscar a aceitação dos outros. Eles não acreditam que um parceiro possa lhes fornecer apoio emocional.

Já as pessoas com apego seguro caracterizam-se por expressar abertamente as suas emoções, procurar apoio quando precisam e ter boa autoestima.

Elas tendem a mostrar capacidadebonus 300 casinoresolver conflitos, se comunicarbonus 300 casinoforma eficaz e se sentir confortáveis ​​com a proximidade, sem medobonus 300 casinoficarem presas.

Simplificando, elas não têm medobonus 300 casinodar ou pedir.

Também não têm medobonus 300 casinoficar sozinhas, pois não dependem excessivamentebonus 300 casinoaprovação externa.

Anos depois desses três primeiros, foi definido um quarto tipobonus 300 casinoapego, o apego desorganizado.

Pessoas com apego desorganizado alternam traçosbonus 300 casinoapego ansioso e apego evitativo, dependendo das circunstâncias.

Elas têm sentimentos confusos sobre os relacionamentos íntimos, por isso tendem a apresentar comportamentos confusos e ambíguos. Elas desejam intimidade e proximidade e, ao mesmo tempo, sentem-se desconfortáveis ​​com isso.

Podem alternar momentosbonus 300 casinoque se agarram ao parceiro com momentosbonus 300 casinoque o afastam.

O apego ansioso, evitativo e desorganizado são, segundo psicólogos especialistas, tiposbonus 300 casinoapego inseguros e podem causar dificuldades no cultivo e manutençãobonus 300 casinorelacionamentos saudáveis.

Mais que um questionário

O professor Marinus van IJzerdoorn enfatiza que identificar um ou outro tipobonus 300 casinoapego na forma como alguém desenvolve seus relacionamentos não é uma questãobonus 300 casinopercepção própria oubonus 300 casinopreenchimentobonus 300 casinoum questionário.

“É impossível que os indivíduos se classifiquembonus 300 casinouma categoria específicabonus 300 casinoapego, embora existam todos os tiposbonus 300 casinoquestionários na internet”, afirma.

“Na verdade, é mais complicado do que isso. A abordagem da entrevista demonstrou ser a melhor formabonus 300 casinomedir o apegobonus 300 casinogruposbonus 300 casinoadultos se quisermos prever o seu comportamento”, acrescenta.

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Legenda da foto, Segundo os psicólogos, o tipobonus 300 casinoapegobonus 300 casinouma pessoa influencia o relacionamento amoroso desde o primeiro encontro

Outra razão que explica por que abordar o tipobonus 300 casinoapegobonus 300 casinouma pessoa é mais complexo do que se identificar com uma categoria ou outra é porque existe a possibilidadebonus 300 casinoque isso mude ao longo da vida.

“Estas não são leis imutáveis”, explica van IJzendoorn.

“O apego é apenas modestamente estável ao longo do desenvolvimento. As experiências com cuidadores, parceiros, pares ou terapeutas alternativos podem mudar a forma como nos lembramos das nossas experiênciasbonus 300 casinoapego na infância e nos colocarbonus 300 casinoum caminho diferente do esperado, para melhor ou para pior”, acrescenta.

Lições para os pais

Como observou Ainsworth, o cerne do nosso estilobonus 300 casinoapego é formado na primeira infância, aproximadamente entre as idadesbonus 300 casinoseis meses e dois anos.

Portanto, embora haja espaço para mudanças ao longo da vida, os pesquisadores consideram essa teoria útil principalmente para sugerir formasbonus 300 casinocriar os filhos.

O professor van IJzendoorn afirma que o que está mais firmemente estabelecido nesse sentido entre a comunidade científica é que existem três características do cuidado parental que impactam a vida social das crianças até a idade adulta: que seja seguro, que seja estável e que seja compartilhado.

“As crianças se desenvolvembonus 300 casinoforma adaptativa quando crescem num ambiente seguro, livrebonus 300 casinoabuso ou violência familiar,bonus 300 casinoestruturasbonus 300 casinocuidados estáveis ​​e contínuas e numa redebonus 300 casinofigurasbonus 300 casinoapego que partilham os seus cuidados, nos quais as crianças que se tornam jovens adultos possam confiarbonus 300 casinocircunstâncias estressantes”, explica a pesquisadora.

Estar disponível para atender às necessidades dos seus filhos, validar as suas emoções, envolver-se nos seus interesses e conviver com eles são algumas das dicas que os psicólogos dão para criar um apego seguro com eles.

É claro que desenvolver um apego seguro na infância é apenas um dos muitos fatores que contribuem para relacionamentos saudáveis ​​e felizes. Existem outras variáveis ​​sociais e emocionais que são tão ou mais importantes.

No entanto, a teoria do apego, nas palavras da psicóloga Coda Derrig, “é uma lente que podemos usar para compreender quem somos e por que nos comportamos daquela maneira com as pessoas que amamos”.