Como as redes sociais podem fazer você gastar mais e prejudicar suas finanças pessoais:bet supremo

Esta não seria a primeira vez que a gerentebet supremosegurançabet supremomedicamentos, que morabet supremoToronto, no Canadá, esbanja dinheiro inspiradabet supremopostagens no Instagram.

Ela gastou uma quantia semelhantebet supremouma bolsa Prada durante uma viagem à Itáliabet supremo2017. Tudo o que ela faz - seja sair para jantarbet supremorestaurantesbet supremoalta gastronomia ou aulasbet supremoestilo para comprar roupas - está ligadobet supremoalguma forma com o que ela vê na plataformabet supremorede social.

"Mesmo que eu veja algo que me interessebet supremooutro lugar, tenho o hábitobet supremochecar a hashtag no Instagram para ver o que outras pessoas postaram a respeito", conta Vijay.

"Não é como um anúncio. São pessoas reais fazendo coisas reais. Eu sou influenciada apenas a ver e fazer o que eles estão fazendo, porque parece que elas estão curtindo."

Mas essa satisfação tem um custo. Um estudo recente da Universidade da Califórnia, nos EUA, e da Universidadebet supremoToronto, no Canadá, mostra que as pessoas estão gastando mais e economizando menos porque só veem o que os outros estão consumindo, e não o que estão poupando - e as redes sociais exacerbaram essa concepção.

Isso gera uma percepção equivocada, chamadabet supremoviésbet supremovisibilidade, que os pesquisadores sugerem estar mudando nossos hábitosbet supremoconsumo.

O que é o viésbet supremovisibilidade?

Um dos autores do estudo, David Hirshleifer, professor da Universidade da Califórniabet supremoIrvine, explica que o viésbet supremovisibilidade surge a partir da maneira como interagimosbet supremoambientes sociais. As pessoas tendem a falar sobre as coisas que estão fazendo, diz ele, o que significa que destacamos mais o consumo do que o não consumo.

"Se eu for até a casabet supremoum amigo, eu posso ver ele tomando cafébet supremouma xícara barata ou usando roupas que não são caras", diz Hirshleifer.

"Mas se eu der uma olhada [no perfil dele] na rede social, ele pode estar postando sobre um restaurante caro ou uma viagem incrível que fez."

Segundo ele, qualquer tipobet supremocomunicação que não sejabet supremopessoa para pessoa vai criar um viésbet supremovisibilidade maior.

Esta concepção tem orientado cada vez mais as tendênciasbet supremocompra, à medida que os meiosbet supremocomunicação se tornam mais baratos e variados.

"A queda nos custosbet supremocomunicaçãobet supremolonga distância, a ascensão da televisão a cabo e do videocassete e, posteriormente, a chegada da internet aumentaram muito a capacidade que os indivíduos têmbet supremoobservar o consumo dos outros", diz o estudo.

O aumento da consciência sobre o que as outras pessoas estão fazendo não apenas nos faz gastar mais, dizem os especialistas, como também nos leva a suposições equivocadas sobre nossa própria situação financeira e perspectivasbet supremoganhos futuros.

Amplificação

Bing Han, coautor do estudo e professor da Universidadebet supremoToronto, afirma que quando se tratabet supremopoupar, as pessoas aceitam dicasbet supremooutros indivíduosbet supremosuas redes sociais porque consideram suas situações socioeconômicas semelhantes.

"Essa sinalização dos meus 'semelhantes' sobre o que eles pensambet supremorelação ao futuro, aumento dos rendimentos, e as atitudes que eles tomam a respeito, meio que me oferecem algum tipobet supremopista sobre o meu futuro", diz ele.

Toda vez que você posta nas redes sociais sobre uma experiência ou algo que comprou, tem o potencialbet supremoinfluenciar seus seguidores.

"É o tipobet supremoefeito dominó que leva outras pessoas a fazerem alguma coisa. Não é necessariamente que se sintam pressionadas, é como se elas aprendessem combet supremoatividade, com seu consumo ", explica.

"Você tem essa crença ebet supremocrença é relevante para elas. Elas meio que adaptam estratégias e comportamentos semelhantes."

Os autores do estudo afirmam que o viésbet supremovisibilidade foi ampliado pelas redes sociais, uma vez que a atividadebet supremoconsumo fica bastante visível.

Stephane Couture, professor assistentebet supremocomunicação do Glendon College, da Univesidadebet supremoYork, no Canadá, explica que a cultura promocional das redes sociais oferece aos usuários uma plataforma para exibir seus gastos.

"O padrãobet supremoconsumo existia antes das redes sociais: essa ideiabet supremoque, se as pessoas ao nosso redor estão consumindo, tendemos a consumir mais. De uma maneira geral, as redes sociais estão apenas ampliando essas tendências", avalia.

Promoção x praticidade

Os autores da pesquisa destacam que o viésbet supremovisibilidade pode ajudar a entender por que as taxasbet supremopoupança pessoal nos EUA - a quantidadebet supremorenda disponível que as pessoas economizam - caíram a partir dos anos 1980.

Naquela época, as taxas giravambet supremotornobet supremo10%; bem acima dos cercabet supremo3% registradosbet supremo2007.

Os pesquisadores apontam para uma tendência similar nos países desenvolvidos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O relatório mais recente do governo americano mostra que as taxas oscilaram entre 6% e 7%bet supremo2018, embora o endividamento pessoal continue a crescer.

Vijay reconhece que, se não esbanjasse comprando uma bolsabet supremomarca, provavelmente economizaria dinheiro ou usaria para algo mais prático, como reformarbet supremocasa.

"O pensamento às vezes passa pela minha cabeça - que eu não estou sendo prática", diz ela.

"Nossa casa está um pouco velha. Se algo precisar ser consertado, talvez tenhamosbet supremousar nossas economias,bet supremovezbet supremoter o dinheiro disponível."

O gerente financeiro Parth Bhowmick,bet supremo28 anos, que também vivebet supremoToronto, acredita que o Instagram faz com que ele gaste pelo menos mais US$ 150 por mêsbet supremocomida, porque acaba saindo para jantarbet supremoquatro a cinco vezes por semana. Umbet supremoseus amigos administra uma conta no Instagram que promove restaurantes.

"Às vezes, entro no feed dele e vejo que ele estábet supremoum restaurante chinês. Isso planta uma semente na minha mentebet supremoque eu não como comida chinesa há algum tempo. E penso que talvez eu deva comer (comida chinesa)", relata.

Bhowmick conta que o que começou como uma busca por ideiasbet supremorestaurantes se transformoubet supremoum hábitobet supremosair para jantar vários dias por semana com a namorada.

Ele acredita que provavelmente comeria fora menos vezes se não estivesse no Instagram - por isso, tentou reduzir o númerobet supremoperfis relacionados a restaurantes e comida que segue.

"Eu percebi que isso diminuiu a quantidadebet supremovezes que eu tenho vontadebet supremosair para ir a um restaurante ou experimentar algum prato que não conhecia."

Ainda assim, Bhowmick diz que ficou surpreso ao constatar quanto ele gasta por mês comendo fora.

"Vai acumulando, quando você olha para trás no fim do mês e faz um cálculo do que você gastou..."

"Isso me lembra que eu poderia estar cozinhando e não gastar tanto", avalia.

Vivemosbet supremouma bolha?

Hirshleifer diz que um dos objetivos do estudo era tornar as pessoas mais conscientes sobre seus gastos.

"Os psicólogos descobriram algumas vezes que, se alguém toma consciênciabet supremoum viés psicológico, isso pode reduzir o viés", explica.

Couture alerta, porbet supremovez, que as pessoas precisam ter cuidado para não serem enganadas pela bolha da rede social.

"A ideia da bolha é que, como selecionamos nossos amigos nas redes sociais, criamos uma bolha,bet supremomodo que só existe a realidade na qual nossos amigos confirmam aquilobet supremoque já acreditamos", diz ele.

Mas quando se tratabet supremogastar e economizar, as pessoas talvez precisem olhar além da "realidade" da rede social, acrescenta.

bet supremo Leia a versão original bet supremo desta reportagem (em inglês) no site BBC Capital bet supremo .

bet supremo Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube bet supremo ? Inscreva-se no nosso canal!