Como valorizar a carreira1xbet japanprofessor no Brasil?:1xbet japan

"Ao contrário1xbet japanpaíses (com ensino considerado1xbet japanalta qualidade) como Cingapura, Finlândia e Canadá, no Brasil o trabalho é visto como algo que qualquer um pode fazer. A maioria não escolhe ser professor, é escolhido (por falta1xbet japanoutras oportunidades)."

A mudança dessa mentalidade é "fundamental", diz Louzano. "A docência é uma das profissões mais complexas1xbet japanse fazer bem-feito,1xbet japanensinar 40 alunos1xbet japanuma mesma sala com demandas e históricos diferentes."

O tema ganha força nesta terça-feira, dia do professor,1xbet japanque estão planejados protestos pela educação1xbet japandiversas cidades brasileiras e1xbet japanque a presidente Dilma Rousseff escreveu1xbet japanseu perfil no Twitter que "educação1xbet japanqualidade exige professores mais bem formados e melhor remunerados".

Também nesta terça-feira, professores fluminenses decidiram1xbet japanuma assembleia continuar uma greve iniciada há 2 meses.

Salários

O debate sobre a atratividade da profissão também passa por salários. Um levantamento da ONG Todos Pela Educação com base1xbet japandados do Pnad (pesquisa nacional1xbet japanamostra1xbet japandomicílios do IBGE) mostra que os professores1xbet japaneducação básica brasileiros ganham apenas um terço do que a média1xbet japanprofissionais formados1xbet japanciências exatas.

Isso ajudaria a explicar a dificuldade1xbet japanmuitas escolas1xbet japanconseguir bons professores1xbet japanfísica e matemática, já que profissionais com esse tipo1xbet japanformação conseguem remuneração muito superior1xbet japanoutras áreas.

Ao mesmo tempo, o levantamento da ONG aponta que o salário dos professores tem crescido gradativamente entre 2002 e 2011 (o Pnad1xbet japan2012 ainda não foi computado), ganhando competitividade perante os rendimentos1xbet japanoutros profissionais com ensino superior completo.

"A diferença salarial está caindo, mas as condições1xbet japantrabalho não dizem respeito apenas ao salário", explica Alejandra Meraz Velasco, gerente técnica da Todos Pela Educação.

Beatriz Lugão, diretora do Sindicato Estadual dos Professores do Rio, cita entre as queixas da categoria "a falta1xbet japanautonomia pedagógica (o fato1xbet japanos professores se sentirem limitados quanto à elaboração das aulas, por exemplo), turmas superlotadas, sucateamento1xbet japanescolas e filtro ideológico na indicação política (do corpo1xbet japandiretores)".

Simultaneamente, um dos avanços1xbet japanpolíticas públicas, diz Paula Louzano, é a adoção1xbet japanum piso salarial nacional aos professores, ainda que não tenha sido estabelecido1xbet japanâmbito federal um limite máximo1xbet japanhoras1xbet japantrabalho.

"Isso faz com que alguns professores trabalhem 71 horas semanais,1xbet japanduas ou três escolas diferentes. A qualidade desse trabalho vai ser afetada."

Gestão escolar

Para Naercio Menezes, coordenador1xbet japanpesquisas do centro1xbet japanpolíticas públicas do Insper, o professor está lentamente recompondo seu poder1xbet japancompra perante outras carreiras, mas ele argumenta que não há uma correlação clara entre salários1xbet japanmestres e o desempenho dos estudantes1xbet japanavaliações como a Prova Brasil. E diz que o número1xbet japanfaltas desses professores é um dos fatores que prejudicam os alunos.

"O mais importante é a gestão (escolar)", defende. "Se a escola não introduz a meritocracia e o bônus pelo desempenho (dos professores), há uma acomodação geral no sistema."

A ideia não é consenso entre especialistas. Louzano argumenta que a escola pública,1xbet japangeral, não oferece apoio suficiente ao docente para impor cobranças por meritocracia.

"É preciso pensar numa política que combine apoio (ao professor) e incentivos (ao seu desempenho)", opina.

Mas a gestão escolar volta a aparecer como um fator importante1xbet japanuma recente pesquisa da Fundação Lemann e do Itaú BBA, que mapeou iniciativas bem-sucedidas1xbet japanescolas1xbet japanregiões carentes do país.

Entre essas iniciativas estão estratégias para valorizar o docente – mesmo na ausência1xbet japanum plano1xbet japancarreira – e capacitação especial para os professores1xbet japanpontos específicos do conteúdo escolar que eles tenham tido dificuldade1xbet japanensinar aos alunos.

Formação

A capacitação e formação dos mestres é citada também por Paula Louzano como um dos pontos cruciais para a valorização do docente e a melhoria do ensino básico no país.

Ela cita duas preocupações específicas: primeiro, a não-valorização1xbet japansuas habilidades ("infelizmente consideramos aceitável que, se falta um professor1xbet japanfísica, qualquer um possa dar aula no lugar dele") e,1xbet japansegundo lugar, a proliferação1xbet japancursos privados1xbet japanqualidade duvidosa - muitos à distância e com carga horária insuficiente – na formação1xbet japandocentes.

"Há no mercado cada vez mais cursos baratos,1xbet japanfinal1xbet japansemana, e sem tutores qualificados, que certificam (pessoas a serem professores)", argumenta. "Por que não consideramos isso aceitável1xbet japanengenharia ou medicina, mas sim na formação1xbet japannossos professores?"

Questionado pela BBC Brasil, o Ministério da Educação enumerou projetos diversos voltados à valorização1xbet japandocentes, como o Plano Nacional1xbet japanFormação1xbet japanProfessores (com cursos1xbet japanlicenciatura e formação pedagógica), o Pibid (programa1xbet japanconcessão1xbet japanbolsas a alunos1xbet japanlicenciatura) e a Universidade Aberta do Brasil, que tem cursos1xbet japanaperfeiçoamento a professores1xbet japanáreas como matemática, gestão escolar e educação integral, entre outros.