Índice aponta Brasil mais rico, mas com desafios1xbet 96inclusão social:1xbet 96
- Pablo Uchoa
- Da BBC Brasil1xbet 96Washington

Índice examinou acesso a educação e moradia entre outros
1xbet 96 Um ranking1xbet 96países latino-americanos indicou que o Brasil1xbet 96hoje é uma nação mais rica, mas que ainda fica atrás dos líderes regionais quanto o assunto é a inclusão social.
A análise1xbet 9616 países, feita por um grupo1xbet 96estudos com sede1xbet 96Nova York, olhou para aspectos que vão além1xbet 96componentes econômicos como, por exemplo, a redução da pobreza, geralmente mencionada como indicador1xbet 96maior inclusão.
Foram avaliadas algumas áreas que, acreditam os autores do indicador, explicam os protestos recentes no país e "criam critérios tangíveis" para balizar as políticas públicas.
A segunda edição do Índice1xbet 96Inclusão Social pesou 21 variáveis1xbet 96avanço econômico, inclusão financeira, direitos políticos e civis, acesso a educação e moradia, e avanço nas questões1xbet 96gênero, raça e orientação sexual, para citar algumas facetas.
As informações foram coletadas a partir1xbet 96fontes como a ONU, organizações multilaterais e pesquisas1xbet 96opinião regionais.
"Nosso índice reflete o consenso emergente1xbet 96que a inclusão social compreende um ambiente institucional, social, político e1xbet 96atitudes que vai além da economia e da redução da pobreza e desigualdade", afirmaram os autores.
"No seu sentido mais básico, a inclusão social é uma questão1xbet 96oportunidade: representa a combinação1xbet 96fatores necessários para que um indivíduo desfrute1xbet 96uma vida segura e produtiva como membro totalmente integrado à sociedade – independentemente1xbet 96raça, etnia, gênero ou orientação social."
Desigualdade sistêmica
O Brasil liderou a América Latina1xbet 96percentagem do PIB investido1xbet 96programas sociais, por exemplo, uma medida importante para reverter desigualdades históricas1xbet 96raça e gênero – na opinião dos analistas.
O país também foi considerado1xbet 96melhor situação que outros vizinhos na existência1xbet 96leis para proteção1xbet 96lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). O critério utilizado se baliza puramente no reconhecimento dos direitos e dá pouco peso a problemas como a homofobia e a violência contra individuos LGBT, o que foi apontado como uma falha no índice.
O indicador colocou o Brasil nos últimos lugares do ranking1xbet 96termos1xbet 96participação da sociedade civil na vida pública e nos critérios que apontam a satisfação dos cidadãos quanto à1xbet 96capacidade1xbet 96influenciar os destinos da sociedade. Os dados foram coletados antes dos protestos do mês passado.
A crença dos brasileiros na reação do seu governo piorou quando foi feito o corte por raça e gênero.
"O Brasil fica para trás na região1xbet 96termos da percepção pública sobre a capacidade1xbet 96resposta do governo aos problemas da nação. E é muito difícil mudar isso (a percepção) do dia para a noite", disse à BBC Brasil Christopher Sabatini, diretor1xbet 96Políticas da organização que criou o índice, o Conselho das Américas.
"Existe uma lacuna1xbet 96tempo entre fazer isso e as percepções das pessoas mudarem."
Sabatini notou que a desigualdade econômica no Brasil diminuiu1xbet 96todo o espectro da sociedade, mas a disparidade1xbet 96acesso a serviços como saúde e educação1xbet 96acordo com gênero, raça e etnia continua sendo um desafio persistente.
"O problema é que a ineficiência governamental é algo muito difícil1xbet 96combater. O governo até agora tem se concentrado1xbet 96macrorreformas1xbet 96vez1xbet 96trabalhar mais especificamente nas necessidades básicas como as que o índice aborda", afirma o especialista.
"Não basta simplesmente direcionar os recursos do petróleo para a educação, por exemplo. O que estamos mostrando é uma diferença real1xbet 96acesso. Botar mais dinheiro1xbet 96um sistema que já é desigual – seja o sistema educacional,1xbet 96moradia,1xbet 96Justiça ou o que for – não vai necessariamente resolver o problema."
Em construção
O indicador da inclusão social é reconhecidamente ainda um trabalho1xbet 96construção, o que impede a comparação com a edição anterior do ranking – quando foram avaliados menos países e utilizados menos critérios.
Nesta edição, Venezuela e Argentina ficaram1xbet 96fora. O Brasil ficou1xbet 965º lugar, atrás1xbet 96Uruguai, Chile, EUA e Costa Rica. Mas a pontuação brasileira ficou bem abaixo da dos dois primeiros, indicando que pode haver outros sinais da precariedade da inclusão social brasileira que não foram captadas neste estudo.
"Uma coisa que não captamos ainda foram as diferenças geográficas1xbet 96um país imenso como o Brasil. O acesso a bens e serviços é diferente conforme raça, gênero, orientação sexual... e também localização geográfica. Isto inclui serviços do governo e empregos formais", disse Sabatini.
Durante a discussão1xbet 96Washington, especialistas1xbet 96várias áreas ligadas ao desenvolvimento humano fizeram sugestões para que a pesquisa passe a incorporar aspectos mantidos fora da consulta, como inclusão digital, segregação espacial, acesso a mais serviços, como transporte e justiça, e aspirações da juventude.
Durante o evento, os analistas fizeram uma comparação entre inclusão social e violência, indicando que os países menos inclusivos tendem a registrar mais altos níveis1xbet 96violência.
O especialista que apresentou essas conclusões, Jason Marczak, teorizou que as sociedades mais inclusivas põem os seus atores1xbet 96um "mesmo patamar" no debate público, esvaziando as justificativas para que se apele à violência.




