Conflito entre Israel e palestinos: o que está acontecendo e mais 5 perguntas sobre a ondam estrelabet com ptbviolência:m estrelabet com ptb

Mulher palestina e homem israelense frente à frente

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Recente escaladam estrelabet com ptbviolência renovou atenções do mundo para um conflito que se arrasta por décadas - e também trouxe à tona muitas perguntas

m estrelabet com ptb A recente escaladam estrelabet com ptbviolência entre Israel e o Hamas, o grupo extremista que controla a Faixam estrelabet com ptbGaza, atraiu novamente as atenções do mundo para um conflito que se arrasta por décadas, misturando política e religião.

E que já deixou mortos e feridosm estrelabet com ptbambos os lados, sendo a maior parte das vítimasm estrelabet com ptbterritório palestino.

Também trouxe à tona muitos questionamentos.

Abaixo, a BBC News Brasil responde a algumas das perguntas mais buscadasm estrelabet com ptbportuguês no Google sobre o confronto.

Conflito israelense

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Legenda da foto, Houve violenta repressãom estrelabet com ptbpalestinos por parte da polícia israelense durante Ramadã

O que está acontecendom estrelabet com ptbIsrael?

O conflito entre israelenses e palestinos já existe há muito tempo, mas o gatilho para a nova escaladam estrelabet com ptbviolência teve origem nas ameaçasm estrelabet com ptbdespejom estrelabet com ptbfamílias palestinasm estrelabet com ptbSheikh Jarrah, um bairro fora dos muros da Cidade Velham estrelabet com ptbJerusalém.

Pelo planom estrelabet com ptbpartilha da ONU, na fundação do Estadom estrelabet com ptbIsrael,m estrelabet com ptb1948, Jerusalém deveria ser divididam estrelabet com ptbduas partes, o lado oriental, palestino, e o lado ocidental, israelense.

Sheikh Jarrah fica na parte palestina. Então, por que a Justiçam estrelabet com ptbIsrael determinou que as famílias palestinas fossem expulsas? Porque considerou que os judeus que entraram na justiça tinham a posse do terreno.

Para entender essa disputa, é preciso voltar no tempo.

A defesa desses judeus israelenses alega quem estrelabet com ptb1870, quando a Palestina ainda estava sob domínio do Império Turco Otomano, eles haviam comprado as terrasm estrelabet com ptbSheikh Jarrah.

Ali permaneceram até 1948, quando, logo após a fundação do Estadom estrelabet com ptbIsrael, o país foi atacado pelos vizinhos árabes. Israel ganhou a guerra, mas a Jordânia acabou ocupando a parte orientalm estrelabet com ptbJerusalém.

Foi então que a Jordânia e o braço da ONU para refugiados, a Acnur, construíram,m estrelabet com ptbSheik Jarrah, casas para abrigar 28 famílias palestinas refugiadas.

Mas as famílias palestinas nunca ganharam direito definitivo sobre a posse da terra.

Foi quando Israel ocupou Jerusalém Orientalm estrelabet com ptb1967, que começou então o litígio. Os proprietários judeus passaram a tentar reaver a área na Justiça.

Trata-sem estrelabet com ptbuma questão que desafia os limites da Justiçam estrelabet com ptbestrelabet com ptbquem determina as regrasm estrelabet com ptbum país.

Se,m estrelabet com ptbum lado, as leis israelenses permitem que judeus reivindiquem direitom estrelabet com ptbpropriedade às terras que possuíam antesm estrelabet com ptb1948,m estrelabet com ptboutro, não concedem o mesmo direito a palestinos que eram proprietáriosm estrelabet com ptbterras que atualmente pertencem a Israel.

Ou seja, um palestino não poderá contar com essa lei para dizer que pertence a ele uma terram estrelabet com ptbJerusalém Ocidental ou mesmom estrelabet com ptbalguma parte ocupada por Israel após vencer guerras e anexar territórios.

Em 1982, os tribunais israelenses decidiram a favor da adoçãom estrelabet com ptbum acordo entre os arrendatários palestinos e os proprietários judeus.

Esse acordo estabeleceu que os inquilinos palestinos tinham "arrendamentos protegidos" sob a lei israelense, mas que os proprietários ainda manteriam a posse da terra.

Mas agora, judeus ganharam no tribunalm estrelabet com ptbIsrael o direitom estrelabet com ptbreaver suas propriedadesm estrelabet com ptbSheikh Jarrah.

A decisão final ainda será dada pela Suprema Corte israelense, portanto, continua o debate legal e moral entre os direitos dos inquilinos detentores do arrendamento, ou seja, as famílias palestinas, e os titulares da propriedade, segundo a lei israelense, os judeus.

E mais simbólico ainda é que a decisãom estrelabet com ptbretirada das famílias tenha ocorrido justamente na área orientalm estrelabet com ptbJerusalém, que deveria ser a capitalm estrelabet com ptbum Estado palestino, segundo o plano da ONU, o mesmo que abriu caminho para a fundaçãom estrelabet com ptbIsrael.

Essa parte orientalm estrelabet com ptbJerusalém inclusive está sob ocupação militarm estrelabet com ptbIsrael desde a guerram estrelabet com ptb1967, uma ocupação que é considerada ilegal pela comunidade internacional, com exceçãom estrelabet com ptbpoucos países.

Mas essa é uma disputa muito maior do que por "um punhadom estrelabet com ptbcasas", diz Jeremy Bowen, editor da BBC para o Oriente Médio.

Há décadas, israelenses têm ocupado áreasm estrelabet com ptbterritórios palestinos por meio dos chamados assentamentos, tantom estrelabet com ptbJerusalém Oriental quanto na Cisjordânia.

Pelo plano da ONU, a área conhecida como Palestina, que estava sob domínio britânico na época, deveria ser dividida entre o que viria a ser o Estadom estrelabet com ptbIsrael e a Palestina. A grande maioria desses assentamentos é considerada pela ONU uma violação das leis internacionais.

Como mencionado anteriormente, Jerusalém seria divididam estrelabet com ptbduas. E o território palestino ficaria assim, desmembrado, mas com pontosm estrelabet com ptbcomunicação, ou seja, seria possível transitar por todam estrelabet com ptbextensão.

Hoje, depoism estrelabet com ptbocupações e anexações por Israel, o mapa atualm estrelabet com ptbnada se assemelha àquelem estrelabet com ptb1948. A faixam estrelabet com ptbGaza vive sob bloqueiom estrelabet com ptbIsrael e do Egito. E não tem comunicação com a Cisjordânia, comandanda pela Autoridade Palestina e onde há um pouco maism estrelabet com ptbestabilidade.

Mas a Cisjordânia, que também está há décadas sob ocupação militar israelense, é palco tambem do avanço constante na construção dos chamados assentamentos.

No território, há cercam estrelabet com ptb430 mil judeus israelenses que ocupam 132 assentamentos (e 124 "postos avançados" menores).

Em pelo menos seis ocasiões desde 1979 o Conselhom estrelabet com ptbSegurança da ONU reafirmou que estes assentamentos são "uma violação flagrante da legislação internacional". A última delas foim estrelabet com ptb2016 - o documento oficial também menciona Jerusalém Oriental.

E o que diz Israel? Israel defende as iniciativas argumentando que representam uma estratégiam estrelabet com ptbdefesam estrelabet com ptbsua integridade, e não uma tentativam estrelabet com ptbminar a soberania palestina. Diz tambem que não dá a refugiados o direitom estrelabet com ptbretorno às suas casas porque isso comprometeria a própria existênciam estrelabet com ptbum Estado judeu.

Segundo Bowen, o fatom estrelabet com ptbo conflito ter desaparecido das manchetes internacionais nos últimos anos não significa que tenha acabado.

"É uma ferida aberta no coração do Oriente Médio", diz ele, que gera ódio e ressentimento que atravessa não apenas os anos, mas gerações.

Mas não foram só as ameaçasm estrelabet com ptbdespejo que deflagraram a atual ondam estrelabet com ptbviolência.

Nas últimas semanas, houve a violenta repressãom estrelabet com ptbpalestinos por parte da polícia israelense durante o Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, culminando com o usom estrelabet com ptbgás lacrimogêniom estrelabet com ptbestrelabet com ptbgranadas dentro da mesquitam estrelabet com ptbal-Aqsa, o lugar mais sagrado para os muçulmanos depoism estrelabet com ptbMeca e Medina. Os palestinos protestavamm estrelabet com ptbsolidariedade às famílias ameaçadasm estrelabet com ptbdespejo.

Foi então que o Hamas, o grupo extremista palestino que controla a Faixam estrelabet com ptbGaza, resolveu dar um ultimato a Israel para remover suas forças do complexom estrelabet com ptbal-Aqsam estrelabet com ptbestrelabet com ptbSheikh Jarrah.

Israel não acatou a ordem, e o Hamas então começou a disparar foguetes contra cidades israelenses.

Até hoje, o Hamas considera os israelenses invasores, não só das áreas consideradas ocupações ilegais, masm estrelabet com ptbtodo o território, e defende a destruição totalm estrelabet com ptbIsrael, mas não tem poderm estrelabet com ptbfogo para tal.

As dezenasm estrelabet com ptbfoguetes são quase todos interceptados pelo poderoso sistema israelensem estrelabet com ptbinterceptaçãom estrelabet com ptbmísseis, chamado Domom estrelabet com ptbFerro.

Uma foto registrada durante a noite pelo fotógrafo Anas Baba, da agênciam estrelabet com ptbnotícias AFP, reflete a violência do conflito entre o exércitom estrelabet com ptbIsrael e os militantes palestinos, que tem escalado nos últimos dias.

Mísseis israelenses e do Hamas

Crédito, ANAS BABA/Getty Images

Legenda da foto, Os mísseis israelenses, à esquerda, lançados para interceptar os foguetes do Hamas, à direita

À esquerda, o poderoso sistema israelensem estrelabet com ptbinterceptaçãom estrelabet com ptbmísseis, o Domom estrelabet com ptbFerro. À direita, os foguetes lançados contra Israel pelo Hamas, partindom estrelabet com ptbBeit Lahia, no norte da Faixam estrelabet com ptbGaza.

As luzes dos projéteis do Hamas refletidas na noite e os mísseis lançados pelo Domom estrelabet com ptbFerro se converteramm estrelabet com ptbcenas habituais para os habitantesm estrelabet com ptbAshkelon, Sderot e outras populações que vivem nos arredores da Faixam estrelabet com ptbGaza.

BBC

A BBC News Brasil conversou com judeus brasileiros que vivem nos arredoresm estrelabet com ptbTel Aviv. Moradoresm estrelabet com ptbRa'anana, eles falaram sobre os momentosm estrelabet com ptbangústia e apreensão.

Um deles contou sobre como os foguetes enviados pelo Hamas interromperam um jogom estrelabet com ptbfutebolm estrelabet com ptbimigrantes brasileiros.

"Tudo aconteceu muito rápido, no meio do jogo. Já estávamos jogando havia meia hora. Quando tocou a sirene, corremosm estrelabet com ptbdireção ao salãom estrelabet com ptbginástica do clube, que fica no subsolo, designado como nosso abrigo oficial", diz Uri Blankfeld, organizador da partida, que emigroum estrelabet com ptbSão Paulo para Israel há cinco anos.

Qual é a origem do conflito Israel x palestinos?

O confronto entre judeus e palestinos remonta aos anos 40.

Naquela época, as tensões entre os dois povos aumentaram quando a comunidade internacional deu ao Reino Unido a tarefam estrelabet com ptbestabelecer um "lar nacional" na Palestina para o povo judeu ao fim da 2ª Guerra Mundial.

Durante esse confronto, ocorreu o chamado Holocausto - o assassinatom estrelabet com ptbmassam estrelabet com ptbmilhõesm estrelabet com ptbjudeus, bem como homossexuais, ciganos, Testemunhasm estrelabet com ptbJeová e outras minorias, durante a 2ª Guerra Mundial, a partirm estrelabet com ptbum programam estrelabet com ptbextermínio sistemático implementado pelo partido nazistam estrelabet com ptbAdolf Hitler.

O Reino Unido havia tomado o controle da área conhecida como Palestina depois que o Império turco Otomano, fora derrotado na 1ª Guerra Mundial e posteriormente desmembrado. Ou seja, os palestinos passsaram do domínio turco otomano para o domínio britânico.

Palestinos atravessam gás lacrimogêneo carregando uma mulher ferida na cerca da fronteira entre a Cidadem estrelabet com ptbGaza e Israel

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Palestinos atravessam gás lacrimogêneo carregando uma mulher ferida na cerca da fronteira entre a Cidadem estrelabet com ptbGaza e Israel

Naquela ocasião, a área conhecida como Palestina era habitada por uma maioria árabe palestina, mas tambem uma minoriam estrelabet com ptbjudeus.

Os soldados das forças aliadas da Legião Árabe atiram,m estrelabet com ptb06m estrelabet com ptbmarçom estrelabet com ptb1948, do setor lestem estrelabet com ptbJerusalém, sobre os combatentes judeus da Haganah, a forçam estrelabet com ptbautodefesa da Agência Judaica, sediada no bairrom estrelabet com ptbJemin Moshe do setor oeste da cidade durante o primeiro conflito árabe-israelense

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Legenda da foto, Os soldados das forças aliadas da Legião Árabe atiram contra os combatentes judeus da Haganah, a forçam estrelabet com ptbautodefesa da Agência Judaicam estrelabet com ptbmarçom estrelabet com ptb1948

Entre as décadasm estrelabet com ptb1920 e 40, o númerom estrelabet com ptbjudeus chegando à região cresceu, com muitos fugindo da perseguição na Europa e tambémm estrelabet com ptbbuscam estrelabet com ptbuma pátria após o Holocausto.

Mas por que a Palestina? Eles foram incentivados pelo chamado 'sionismo', o movimento nacionalista judaico surgido no século 19 que promovia a ideiam estrelabet com ptbum Estado para o povo judeu. Seria um retorno à terra prometida, onde se desenrolou a maior parte da história judaica até o início da diáspora, ainda na antiguidade

Membros da Haganah, patrulha da forçam estrelabet com ptbautodefesa da Agência Judaica,m estrelabet com ptb1948

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Legenda da foto, Membros da Haganah, patrulha da forçam estrelabet com ptbautodefesa da Agência Judaica,m estrelabet com ptb1948
Agentes da Cruz Vermelha na Palestinam estrelabet com ptb1917

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Agentes da Cruz Vermelha na Palestinam estrelabet com ptb1917

Ao passo que cresceu o númerom estrelabet com ptbjudeus emigrando à Palestina, violência entre judeus e árabes e contra o domínio britânico também aumentou.

A insurgência judaica no protetorado britânico da Palestina incluiu atentados violentos como o contra o hotel King Davidm estrelabet com ptbque 91 pessoasm estrelabet com ptbvárias nacionalidades foram mortas por extremistas judeus.

O hotel era o local dos escritórios centrais das autoridades britânicas na Palestina.

Foi nesse contexto e com os horrores do Holocausto ainda muito próximos que,m estrelabet com ptb1947, a ONU votou para que a Palestina fosse divididam estrelabet com ptbEstados judeus e árabes separados, com Jerusalém se tornando uma cidade internacional.

Belém no início do século 20

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Legenda da foto, Belém no início do século 20

Esse plano foi aceito pelos líderes judeus, mas rejeitado pelo lado árabe e nunca implementado.

Em 1948, ainda sob esse impasse, os governantes britânicos deixaram a região e os líderes judeus declararam a criação do Estadom estrelabet com ptbIsrael.

Comandantes militares israelenses chegam a Jerusalém Oriental, depois que as forças israelenses tomaram Jerusalém Oriental, durante a Guerra dos Seis Diasm estrelabet com ptb1967

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Legenda da foto, Comandantes militares israelenses chegam a Jerusalém Oriental, depois que as forças israelenses tomaram Jerusalém Oriental, durante a Guerra dos Seis Diasm estrelabet com ptb1967

Muitos palestinos e árabesm estrelabet com ptbpaíses vizinhos se opuseram e uma guerra se seguiu. Tropasm estrelabet com ptbpaíses árabes vizinhos invadiram Israel.

Maism estrelabet com ptb700 mil palestinos, segundo a ONU, fugiram ou foram forçados a deixar suas casas no que eles chamamm estrelabet com ptbAl Nakba, ou a "Catástrofe". Ela é marcada na mesma data que Israel celebram estrelabet com ptbfundação.

asentamientos

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Os assentamentos israelensesm estrelabet com ptbterras ocupadas pelos palestinos têm aumentado ao longo dos anos

Quando o confronto terminoum estrelabet com ptbcessar-fogo no ano seguinte, Israel havia expandidom estrelabet com ptbpresença militar para a maior parte do território, incluindo partes do que deveria ser o futuro Estado palestino pelo plano da ONU.

A Jordânia ocupou terras que a oeste do rio Jordão que ficaram conhecidas como Cisjordânia e o Egito ocupou Gaza.

Jerusalém foi dividida entre as forças israelenses no Ocidente e as forças da Jordânia no Oriente.

Um combatente da Haganah (grupo paramilitar judaico) pouco antes do início da Guerra da Independênciam estrelabet com ptbIsraelm estrelabet com ptb1948

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Um combatente da Haganah (grupo paramilitar judaico) pouco antes do início da Guerra da Independênciam estrelabet com ptbIsraelm estrelabet com ptb1948

Como nunca houve um acordom estrelabet com ptbpaz, com cada lado culpando o outro, houve mais guerras e confrontos nas décadas que se seguiram, vencidas por Israel, que sempre contou com o apoio dos Estados Unidos.

Em outra guerra,m estrelabet com ptb1967, a chamada Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou Jerusalém Oriental e a Cisjordânia, bem como as Colinasm estrelabet com ptbGolã da Síria, a Faixam estrelabet com ptbGaza e a península do Sinai.

A maioria dos refugiados palestinos e seus descendentes vivem estrelabet com ptbGaza e na Cisjordânia, bem como nas vizinhas Jordânia, Síria e Líbano.

Nem eles nem seus descendentes foram autorizados por Israel a retornar para suas casas - Israel diz que isso sobrecarregaria o país e ameaçariam estrelabet com ptbexistência como um estado judeu.

BBC

Israel ainda ocupa a Cisjordânia. Embora Israel tenha saídom estrelabet com ptbGazam estrelabet com ptb2005, a ONU ainda considera aquele pedaçom estrelabet com ptbterra como parte do território ocupado. Isso porque Israel determina o que entra e sai da Faixam estrelabet com ptbGaza por meiom estrelabet com ptbum controle militar.

Por isso, é tão comemoradam estrelabet com ptbIsrael a destruição dos túneis da Faixam estrelabet com ptbGaza que levam clandestinamente desde armas e munição até alimento e remédios para o território sob bloqueiom estrelabet com ptbIsrael há 14 anos.

Israel reivindica toda Jerusalém comom estrelabet com ptbcapital, enquanto os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capitalm estrelabet com ptbum futuro Estado palestino, conforme previa o plano da ONU.

Os Estados Unidos, que têmm estrelabet com ptbIsrael seu maior aliado no Oriente Médio, são um dos poucos países a reconhecer a reivindicaçãom estrelabet com ptbIsrael sobre a cidade inteira.

Cisjordânia

O que é a Faixam estrelabet com ptbGaza?

A Faixam estrelabet com ptbGaza é uma estreita faixam estrelabet com ptbterra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo. Faz fronteira com Israel no leste e no norte e com o Egito a sudoeste.

O território tem 41 quilômetrosm estrelabet com ptbcomprimento e apenasm estrelabet com ptbseis a 12 quilômetrosm estrelabet com ptblargura, com uma área totalm estrelabet com ptb365 quilômetros quadrados.

Masm estrelabet com ptbpopulação ém estrelabet com ptbcercam estrelabet com ptb1,9 milhãom estrelabet com ptbpessoas, o que a torna um dos territórios mais densamente povoados do planeta.

Mapam estrelabet com ptbIsrael

Na Faixam estrelabet com ptbGaza, os últimos 21 assentamentos judeus na área foram desmontadosm estrelabet com ptb2005 e seus colonos, evacuados. Naquele ano, os militares israelenses desocuparam o território, mantido no entanto sob bloqueio militar há anos. A maior parte controlada por Israel e outra, pelo Egito.

A imensa maioriam estrelabet com ptbseus habitantes (98% a 99%) é palestina.

Chama-se Faixam estrelabet com ptbGaza devido à cidadem estrelabet com ptbGaza, cuja existência remonta à Antiguidade, e é governada pelo grupo extremista palestino Hamas.

O que é o Hamas?

O Hamas é o maior dentre diversos gruposm estrelabet com ptbmilitantes islâmicos da Palestina.

O nomem estrelabet com ptbárabe é um acrônimo para Movimentom estrelabet com ptbResistência Islâmica, que teve origemm estrelabet com ptb1987 após o início da primeira intifada palestina, ou levante, contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixam estrelabet com ptbGaza. Em seu estatuto, o Hamas se comprometeu com a destruiçãom estrelabet com ptbIsrael.

O grupo inicialmente tinha o duplo propósitom estrelabet com ptbimplementar uma luta armada contra Israel, liderada por seu braço militar, as Brigadas Izzedine al-Qassam,m estrelabet com ptbestrelabet com ptboferecer programasm estrelabet com ptbbem-estar social aos palestinos.

Mas desde 2005, quando Israel retirou tropas e colonosm estrelabet com ptbGaza, o Hamas também se envolveu no processo político palestino.

Venceu as eleições legislativasm estrelabet com ptb2006, pouco antesm estrelabet com ptbreforçar seu poder no ano seguinte, derrubando o movimento rival Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas e ganhando o controlem estrelabet com ptbGaza. A Cisjordânia, no entanto, continuou sob o controle do Fatah.

Isso na prática criou dois governos diferentesm estrelabet com ptbdois pedaçosm estrelabet com ptbterritório palestinom estrelabet com ptbcerta forma ilhadosm estrelabet com ptbIsrael.

Desde então, militantesm estrelabet com ptbGaza travaram três guerras com Israel.

O Hamas como um todo, oum estrelabet com ptbalguns casosm estrelabet com ptbala militar, é classificado como um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, bem como outras potências globais.

Emm estrelabet com ptbfundação, o Estatuto do Hamas definiu a Palestina histórica, incluindo a atual Israel, como terra islâmica e exclui qualquer paz permanente com o Estado judeu.

O documento também ataca os judeus como povo, o que deixa clara a dificuldadem estrelabet com ptbnegociação com o grupo.

Em 2017, o Hamas produziu um novo documentom estrelabet com ptbpolítica que suavizou algumasm estrelabet com ptbsuas posições declaradas e usou uma linguagem mais moderada.

Não houve reconhecimentom estrelabet com ptbIsrael nesse documento, mas ele aceitou formalmente a criaçãom estrelabet com ptbum Estado palestino provisóriom estrelabet com ptbGaza, na Cisjordânia em estrelabet com ptbJerusalém Oriental, algo que é conhecido como a fronteiras pré-1967.

Por que pré-1967? Porque depois dessa guerra, Israel ocupou e anexou terriórios que deveriam ser dos palestinos segundo o plano da ONU.

O documento também enfatiza que a luta do Hamas não é contra os judeus, mas contra "os agressores sionistasm estrelabet com ptbocupação". Em resposta, Israel disse que o grupo estava "tentando enganar o mundo".

Qual é o poderm estrelabet com ptbfogo do Hamas?

Embora sejam o lado mais fraco do conflito com Israel, Hamas e Jihad Islâmica têm armas suficientes para atacar Israel e já experimentaram diferentes táticas.

O armamento mais significativo no arsenal palestino são,m estrelabet com ptblonge, seus mísseis superfície-superfície.

Parte deles, acredita-se, entram estrelabet com ptbGaza por túneis cavados a partir da península do Sinai, no Egito. Essa também seria a origemm estrelabet com ptboutros artefatos, como os mísseis guiados antitanque Kornet.

A maior parte do arsenalm estrelabet com ptbHamas e Jihad Islâmica vem, contudo, da própria faixam estrelabet com ptbGaza, que conta com uma capacidade produtiva relativamente complexa e sofisticada para esses armamentos.

Especialistas internacionais, inclusive israelenses, acreditam que o know-how iraniano e a assistência do país tenham um papel importante no crescimento da indústria bélica na região.

Estimar a dimensão exata do arsenal do Hamas é impossível, mas ele certamente inclui milharesm estrelabet com ptbarmasm estrelabet com ptbdiferentes alcances. Os militares israelenses têm suas próprias estimativas - que não chegam, contudo, a compartilhar publicamente.

Um porta-voz se limita a dizer que o grupo poderia manter o poderm estrelabet com ptbfogo dos ataques da escalada do conflitom estrelabet com ptb2021 por "um período significativom estrelabet com ptbtempo".

Os grupos palestinos têm usado diferentes tiposm estrelabet com ptbmísseis, nenhum deles novom estrelabet com ptbtermosm estrelabet com ptbdesign básico. De forma geral, contudo, as armas têm apresentado alcance maior e cargas explosivas mais potentes.

bombardeo

Crédito, AFP

Legenda da foto, Os israelenses realizaram vários bombardeiosm estrelabet com ptbGaza

O Hamas opera uma variedadem estrelabet com ptbmísseism estrelabet com ptblongo alcance como o M-75, que avança até 75 km, o Fajr (até 100 km) e o R-160 (até 120 km). Também conta com alguns M-302s, que chegam ainda mais longe, até 200 km.

Assim, o grupo teria capacidadem estrelabet com ptbatingir tanto Jerusalém quanto Tel Aviv, além da faixa costeira, que concentra maior densidade populacional e infraestrutura.

O Exército israelense diz que maism estrelabet com ptbmil foguetes foram disparados contra o paísm estrelabet com ptbtrês diasm estrelabet com ptbconflitom estrelabet com ptb2021. Outros 200 teriam caído na própria Faixam estrelabet com ptbGaza, um possível indicativo dos problemas oriundosm estrelabet com ptbum processom estrelabet com ptbprodução disperso e ainda pouco desenvolvido.

Entre os mísseis que cruzaram a fronteira, 90% foram interceptados pelo sistema antimísseis Domom estrelabet com ptbFerro, partem estrelabet com ptbum amplo sistemam estrelabet com ptbdefesa aérea que operam estrelabet com ptbIsrael.

Seu objetivo é proteger o paísm estrelabet com ptbmísseis balísticos, mísseism estrelabet com ptbcruzeiro, foguetes e outras ameaças aéreas. As baterias são feitasm estrelabet com ptbmísseis interceptores, radares e sistemasm estrelabet com ptbcomando que analisam os lugares que os foguetes inimigos podem atingir.

A Palestina é um país?

A Palestina, reconhecida oficialmente como o "Estado da Palestina" pela ONU, é um Estado soberano de jure (expressãom estrelabet com ptblatim que significa pela lei ou pelo direito). Ou seja, é independente teoricamente, mas não na prática.

Seu território é formado pela Cisjordânia e Faixam estrelabet com ptbGaza e advoga Jerusalém comom estrelabet com ptbcapital, ainda que, na prática, seu controle administrativo parcial é mantido apenas sobre as 167 "ilhas" na Cisjordânia e no interior da Faixam estrelabet com ptbGaza, enquanto seu centro administrativo está atualmente localizadom estrelabet com ptbRamallah.

São chamadasm estrelabet com ptb"ilhas" porque não se comunicam por terra.

O Estado da Palestina é reconhecido por 138 dos 193 membros da ONU, entre eles o Brasil, ao passo que Israel é reconhecido por 164. Desde 2012, a Palestina tem o statusm estrelabet com ptbEstado observador não membro nas Nações Unidas.

O reconhecimento brasileiro ocorreum estrelabet com ptb2010 durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Argentina fez o mesmo dias depois.

O Brasil e a Argentina foram os primeiros países ocidentais a reconhecer o Estado palestino, que já havia sido reconhecido por cercam estrelabet com ptb100 países da Ásia e da África.

Na ocasião, o ministério das Relações Exterioresm estrelabet com ptbIsrael manifestou "pesar e decepção" com a decisão do presidente brasileiro e afirmou que o reconhecimento "prejudica o processom estrelabet com ptbpaz".

O governo israelense da época considerou que o reconhecimento "constitui uma violação do acordo interino firmadom estrelabet com ptb1995, que estabelecia que o status da Cisjordânia e da Faixam estrelabet com ptbGaza será determinadom estrelabet com ptbuma negociação entre as partes".

A Palestina é membro da Liga Árabe, da Organizaçãom estrelabet com ptbCooperação Islâmica, do G77, do Comitê Olímpico Internacionalm estrelabet com ptbestrelabet com ptboutros organismos internacionais.

A Palestina é membro da Liga Árabe, da Organizaçãom estrelabet com ptbCooperação Islâmica, do G77, do Comitê Olímpico Internacionalm estrelabet com ptbestrelabet com ptboutros organismos internacionais.

Raya

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