Nova variante do coronavírus atinge mais as crianças? O que os cientistas sabem até agora:betfair em euro

Cientistas investigam possível impacto da nova variante do coronavírus no contágio entre crianças

Crédito, PA Media

Legenda da foto, Cientistas investigam possível impacto da nova variante do coronavírus no contágio entre crianças

O Reino Unido adotou um rigoroso confinamento (lockdown)betfair em euroLondres e outras regiões do país para tentar conter o espalhamento da doença. E até o momento, maisbetfairbetfair em euroeuro40 países já fecharam suas fronteiras para viajantes britânicos por receio da disseminação da nova variante.

A hipótese sobre um impacto maior nas crianças foi aventada por integrantes do grupobetfairbetfair em euroeuroconselheiros científicos sobre vírus respiratórios novos e emergentes (Nervtag, na siglabetfair em euroinglês).

Ao longo da pandemia, as crianças quase sempre “ignoraram” o vírus, mas a nova variante (batizadabetfairbetfair em euroeuroB.1.1.7) pode alterar o papel que elas e as escolas desempenham na disseminação do vírus.

Os cientistas descobriram que variantes anteriores do novo coronavírus (Sars-CoV-2) eram mais difícil infectar as crianças do que adultos. Uma explicação possível é que crianças têm menos “portasbetfairbetfair em euroeuroentrada” (receptores ACE2) que o vírus usa para entrar nas células do nosso corpo.

Wendy Barclay, membro do Nervtag e professora do Imperial Collegebetfairbetfair em euroeuroLondres, afirmou que as mutações do vírus ligadas à variante B.1.1.7 parecem ter tornado mais fácil o caminho pelas “portasbetfairbetfair em euroeuroentrada” que já existiam.

Segundo ela, isso, caso seja confirmado, colocaria as crianças no mesmo patamar dos adultos na pandemia, já que o vírus teria “menos inibições” para infectar os mais novos.

Maisbetfairbetfair em euroeuro40 países fecharam fronteiras para tentar evitar espalhamentobetfairbetfair em euroeurouma variante do coronavírus identificada no Reino Unido

Crédito, Getty Images

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"Assim, se as crianças são realmente suscetíveis a este vírus da mesma maneira que os adultos e dados os seus padrõesbetfairbetfair em euroeurocontato social (principalmentebetfair em euroescolas), seria esperado ver mais crianças sendo infectadas." Ela afirmou que não há qualquer indíciobetfairbetfair em euroeuroque o vírus esteja visando preferencialmente as crianças.

Análises preliminares dos dadosbetfairbetfair em euroeurocomo e onde essa variante B.1.1.7 está se espalhando também acrescentaram "indíciosbetfairbetfair em euroeuroque ela tem uma maior propensão a infectar crianças",betfairbetfair em euroeuroacordo com Neil Ferguson, professor do Centro MRC para Análise Globalbetfairbetfair em euroeuroDoenças Infecciosas do Imperial Collegebetfairbetfair em euroeuroLondres, que também trabalha no Nervtag.

Ele ressaltou que essa associação ainda está sendo estudada e ainda não foi comprovada a relaçãobetfairbetfair em euroeurocausalidade. Ou seja, que a nova variantebetfairbetfair em euroeurofato atinge mais as crianças e que isso não é uma “coincidência”, por exemplo.

“Se essa hipótese for verdadeira, poderia explicar uma proporção significativa, talvez até a maioria, do aumentobetfairbetfair em euroeurotransmissão visto até agora”, acrescentou.

A nova variante, surgida após mutações, se tornou a forma mais comum do vírusbetfair em euroalgumas partes da Inglaterrabetfair em euroquestãobetfairbetfair em euroeuromeses. O governo britânico diz que há motivos para acreditar que ela seja bem mais contaminante, possivelmente 70% mais transmissível.

Há outras hipótesesbetfair em eurodebate para tentar explicar o fenômeno.

Para a epidemiologista Zoë Hyde, da Universidade da Austrália Ocidental, “uma teoria alternativa é que o vírus agora é simplesmente mais prevalente entre as crianças, que têm frequentado escolas com medidas preventivas insuficientes. E é claro que ele explodiria sob essas condições”.

Afinal, as escolas ficaram abertas no Reino Unido mesmo durante o lockdown. Hyde, no entanto, também defende medidas preventivas contra a nova variante, já que é sempre “melhor pecar pelo excessobetfairbetfair em euroeurocuidados”.

Mas especialistas ainda correm para responder diversas dúvidas que surgiram com essa variante. Uma delas é se o vírus se tornoubetfairbetfair em euroeurofato mais contagioso ou se foi o comportamento das pessoas, sem distanciamento social adequado, que catapultou a prevalência dessa variante.

"A quantidadebetfairbetfair em euroeuroevidênciasbetfair em eurodomínio público é inadequada para chegar a conclusões sólidas sobre se o vírus realmente aumentoubetfairbetfair em euroeurotransmissibilidade", diz o virologista Jonathan Ball, professor da Universidadebetfairbetfair em euroeuroNottingham.

Um estudo liderado por Ravi Gupta, professor da Universidadebetfairbetfair em euroeuroCambridge, sugeriubetfair em eurolaboratório que essa mutação aumentabetfair em euroduas vezes a capacidade do vírusbetfairbetfair em euroeuroinfectar células. "Estamos preocupados, a maioria dos cientistas está preocupada."

Enquanto as dúvidas persistem, as medidas restritivas se avolumam. "Experimentosbetfairbetfair em euroeurolaboratório são necessários (para confirmar ou refutar hipóteses), mas é desejável esperar semanas ou meses para ver os resultados e tomar medidas para limitar a propagação? Provavelmente não nessas circunstâncias", diz Nick Loman, professor do Institutobetfairbetfair em euroeuroMicrobiologia e Infecção da Universidadebetfairbetfair em euroeuroBirmingham, no Reino Unido, que defende as restrições para tentar conter essa versão do vírus.

Ilustraçãobetfairbetfair em euroeurocoronavírus

Crédito, EPA

Legenda da foto, No último sábado (19/12), o Reino Unido anunciou a descobertabetfairbetfair em euroeurouma nova variante do coronavírus mais infecciosa e 'forabetfairbetfair em euroeurocontrole', segundo Matt Hancock, ministro da Saúde britânico

betfair em euro ‘Retomar o controle’

Os dados continuam a ser analisados, mas acredita-se que a variante continuou se espalhando mesmo durante o lockdownbetfair em euronovembro.

A taxa “R” — o número médiobetfairbetfair em euroeuropessoas para as quais cada pessoa infectada passa o vírus — para essa variante durante as duras restriçõesbetfairbetfair em euroeuroconfinamento foi estimadobetfair em euro1,2. Quando esse número está acimabetfairbetfair em euroeuro1, significa que o númerobetfairbetfair em euroeurocasos está aumentando; abaixobetfairbetfair em euroeuro1, que as infecções estãobetfair em eurodeclínio.

Por outro lado, o “R” calculadobetfairbetfair em euroeurooutras formas do vírus no mesmo período erabetfairbetfair em euroeuro0,8.

Ferguson, do Imperial Collegebetfairbetfair em euroeuroLondres, disse esperar que o númerobetfairbetfair em euroeuroinfecções caia à medida que as escolas permanecem fechadas no recesso e as pessoas se recolhem para as festasbetfairbetfair em euroeurofimbetfairbetfair em euroeuroano. Várias regiões do Reino Unido proibiram que pessoasbetfairbetfair em euroeurocasas diferentes se encontrem, inclusive no Natal.

"A verdadeira questão então é: até que ponto somos capazesbetfairbetfair em euroeuroflexibilizar essas medidasbetfairbetfair em euroeurorestrição no próximo ano e ainda manter o controle?", afirmou Ferguson.

Boris Johnson ressaltou que, "queremos, se for possível, ter as escolasbetfairbetfair em euroeurovoltabetfairbetfair em euroeuroforma escalonada no iníciobetfairbetfair em euroeurojaneiro, da maneira que estabelecemos. (...) Mas, obviamente, a coisa mais sensata a fazer é seguir o caminho da epidemia e, como mostramos no sábado passado, manter as coisas sob constante escrutínio."

As vacinas funcionarão contra a nova variante?

Acredita-se que sim, pelo menos por enquanto.

Mutações na proteína spike levantam dúvidas já que três das principais vacinas — Pfizer/BioNTech, Moderna e Oxford/AstraZeneca — treinam o sistema imunológico para atacar a proteína spike.

No entanto, o corpo aprende a atacar várias partes dessa proteína. É por isso que as autoridadesbetfairbetfair em euroeurosaúde continuam convencidasbetfairbetfair em euroeuroque a vacina funcionará contra essa nova variante.

"Mas se deixarmos essa variante se espalhar e sofrer mais mutações, isso pode se tornar preocupante", diz Gupta. "Este vírus está potencialmentebetfair em euroviasbetfairbetfair em euroeurose tornar resistente à vacina, ele deu os primeiros passos nesse sentido."

O vírus consegue se tornar resistente à vacina quando, ao mudarbetfairbetfair em euroeuroformato, se esquiva dos efeitos da imunização e continua a infectar as pessoas.

O coronavírus evoluiubetfair em euroanimais e passou a infectar os humanos há cercabetfairbetfair em euroeuroum ano. Desde então, tem passado por quase duas mutações por mês — entre uma amostra colhida hoje e as primeiras da cidade chinesabetfairbetfair em euroeuroWuhan há cercabetfairbetfair em euroeuro25 mutações.

Mulher é vacinada

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estima-se que 70% a 80% das pessoas terãobetfairbetfair em euroeuroser vacinadas para acabar com o surto

Ao longobetfairbetfair em euroeurosua trajetória, o coronavírus ainda está "testando" diferentes combinaçõesbetfairbetfair em euroeuromutações para infectar humanosbetfairbetfair em euroeuromaneira adequada. Já vimos isso acontecer antes: o surgimento e o domínio globalbetfairbetfair em euroeurooutra mutação (G614) é visto por muitos como o momentobetfair em euroque o vírus aprimoroubetfairbetfair em euroeurocapacidadebetfairbetfair em euroeurose espalhar.

Mas logo a vacinaçãobetfair em euromassa colocará um tipo diferentebetfairbetfair em euroeuropressão sobre o vírus, porque ele terá que mudar para infectar as pessoas que foram imunizadas. Se isso impulsionar a evolução do vírus, talvez tenhamosbetfairbetfair em euroeuroatualizar regularmente as vacinas, como fazemos anualmente com a gripe sazonal, para manter o ritmo.

Segundo Anderson Brito, virologista do departamentobetfairbetfair em euroeuroepidemiologia da Escolabetfairbetfair em euroeuroSaúde Pública da Universidadebetfairbetfair em euroeuroYale, nos Estados Unidos, “não é qualquer mutação, única, isolada, que inutilizará uma vacina. Não é simples assim. Só mutações específicas,betfair em euroregiões especiaisbetfairbetfair em euroeuroproteínas virais, podem mudar o comportamento viral. Elas são muito muito raras.”

Além disso, existe uma nova “arma” contra isso. As novas vacinas que usam RNA mensageiro, como a da Pfizer/BioNTech e da Moderna, são mais fáceisbetfairbetfair em euroeuroserem adaptadas contra eventuais mutações que tentem driblar os imunizantes que temos hoje.

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