O cubano treinado pela CIA que passou 40 anos preso nos EUA por tráfico - e agora ganhou liberdade:roleta de emoções

Bascaro

Crédito, Cortesia/Myra Bascaro

Legenda da foto, Antonio Bascaro foi piloto das Forças Armadas do governo Fulgêncio Batistaroleta de emoçõesCuba e tentou derrubar Fidel Castro

O mais irônico é que hoje,roleta de emoçõesmuitos lugares da cidade, se vende legalmente maconha para fins medicinais. O consumo da droga para fins recreativos já é legalroleta de emoçõesdez Estados americanos. A Flórida, contudo, não é um deles.

Miami

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Miami é uma das cidades dos Estados Unidos que mais se transformou nos últimos 50 anos

Mas a saída do cubano da prisão pode ser o começoroleta de emoçõesum destino ainda pior para ele. Como Antonio Bascaro não é cidadão americano e foi condenado por um delito grave, ele corre o riscoroleta de emoçõesser deportado.

"Mas para onde? Em Cuba, onde pode ser preso outra vez por ter sido contra Fidel Castro? Na Guatelama, país onde conheceu minha mãe, mas onde não tem nada nem ninguém, eroleta de emoçõesonde o deportaram para os Estados Unidos há quase 40 anos?", questiona Myra Bascaro, filha do cubano, numa conversa com a BBC News Mundo, o serviçoroleta de emoçõesespanhol da BBC.

Em 1977, a Flórida era porta aberta para a droga que chegava aos Estados Unidos. Miami era a capital do narcotráfico e La Pequeña Habana era a entrada secreta do submundo.

No estado, na cidade e no bairro, o tráficoroleta de emoçõesdrogas cresciaroleta de emoçõesritmo acelerado e, nas ruas, máfias pouco discretasroleta de emoçõescubanos e colombianos se enfrentavam à baseroleta de emoçõesbalas e traição pelo mercado então pujante.

Os Cocaine Cowboys, ou caubóis da cocaína, estavam dando uma guinada no mercado: substituíram a erva pelo pó branco.

Na Pequeña Habana, contudo, a maconha continuava sendo uma moedaroleta de emoçõestroca.

Um amigoroleta de emoçõesBascaro trabalhava lá eroleta de emoçõesloja, uma joalheria, era somente uma fachada para um cenário obscuro que movimentava a cidade.

Uma noite ele convidou Bascaro para jantar.

La Pequeña Habana

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Legenda da foto, La Pequeña Habana,roleta de emoçõesMiami, é um dos bairros mais cubanos da capital da Flórida

"Ali conheci o chefe e único dono da conspiração", contou Bascaro, enquanto ainda estava na prisão.

"Depoisroleta de emoçõesuma apetitosa comida eroleta de emoçõesalguns tragos, ele mesmo me levou para acompanhá-lo na condiçãoroleta de emoçõesobservador a um desembarque que ia fazer", recordou.

"Aceitei o desafio e gosteiroleta de emoçõessentirroleta de emoçõesnovo uma emoção que não sentia havia anos e me envolvi".

- Se arrependeroleta de emoçõesalguma coisa?, perguntou a BBC Mundo a Bascaro.

- Me arrependi muito da minha ação, principalmente pela minha ausência, abandonando meus amigos quando eles mais precisavam, responde o cubano.

Myra Bascaro tinha 12 anos quando seu pai foi condenado nos Estados Unidos. Não ouviu falar dele por outros 12 anos, quando voltou a vê-lo num presídio federal na Pensilvânia.

"Quando meu pai saiuroleta de emoçõesCuba foi para a Guatemala. Viveu ali durante 20 anos e foi onde conheceu minha mãe, e nos tiveram, eu e meus outros dois irmãos".

Myra conta que duranteroleta de emoçõesinfância e começo da juventude nunca soube que o pai estava preso por drogas.

"Para mim, sempre foi um herói, o pilotoroleta de emoçõesguerra que havia lutado contra o regimeroleta de emoçõesFidel Castro".

Myra e o pai

Crédito, Cortesia/Myra Bascaro

Legenda da foto, Myra Bascaro tinha 12 anos quando o pai foi condenado nos Estados Unidos

Ela diz que sempre acreditou que o pai se envolveu com o tráfico porque já estava separado da mulher e,roleta de emoçõesalguma forma, sentiu-se pressionado a ganhar dinheiro para ajudar a família.

Por décadas, conta a filha, o passado do pai não influenciou emroleta de emoçõesvida. Mas, há alguns anos, ela decidiu largar o emprego para dar início a uma campanha nas redes sociais na tentativaroleta de emoçõesajudá-lo a reduzir a pena.

"Fiz tudo o que estavaroleta de emoçõesminhas mãos, mas não tive sucesso. Os diferentes governos dos EUA perdoaram centenasroleta de emoçõespresos, mas o perdão a meu pai sempre foi negado", conta.

Nesses quase 40 anosroleta de emoçõesque Bascaro ficou preso foram aprovadas muitas leis que reduziam penasroleta de emoçõespessoas condenadas por tráficoroleta de emoçõesdrogas, mas nenhuma beneficiou o cubano.

"Como foi condenadoroleta de emoções1980, muitas das leis beneficiaram presos que haviam entrado depois nas penitenciárias. Mas como ele já estava havia tanto tempo na prisão, essas reduções contavam apenas para os que haviam sido condenadas depois, porque acreditavam que os outros já estavam mortos".

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Segundo minha família, desde pequeno eu dizia que seria médico ou piloto. Quase fui os dois, mas deixei a Escolaroleta de emoçõesMedicina para entrar para a Escola Navalroleta de emoçõesCubaroleta de emoções1952.

Depois, fui estudar aviação na Universidade da Força Aérea americana, na baseroleta de emoçõesPensacola, na Flórida,roleta de emoções1954, onde me graduei com mérito.

No início do anoroleta de emoções1956, voltei a Cuba e entrei para a Aviação Naval. Prestei meus serviços militares como piloto aviador naval na base aeronavalroleta de emoçõesMariel, até que Fidel Castro desembarcouroleta de emoçõesCuba e eu me ofereci para participar das patrulhas aéreas, que tinham o objetivoroleta de emoçõesevitar entrada e saídaroleta de emoçõesarmamentos nas áreas ocupadas pelas guerrilhas.

Me mantive sempre na zonaroleta de emoçõesoperações. Fui o tenente naval acadêmico (capitão) mais jovem da Marinharoleta de emoçõesGuerraroleta de emoçõesCuba, pois fui promovido antesroleta de emoçõescompletar 24 anosroleta de emoções1958.

Bascaro

Crédito, Cortesia/Myra Bascaro

Legenda da foto, Bascaro combateu a guerrilha na Sierra Maestra, onde acabou capturado pelo grupo comandado por Raúl Castro

Nesse ano, tive que fazer uma aterrisagemroleta de emoçõesemergência com meu avião, o Marina 50, que ainda está no museu da Revolução Cubanaroleta de emoçõesHavana.

Cai nas montanhas, na região controlada por Raúl Castro. Fui capturado por integrantes da guerrilha e levado ao hospital.

Foi quando Raúl veio me visitar. Tentou me convencer a integrar o grupo dele e eu neguei. Nunca trairia meus princípios nem minha honra militar.

Então ordenou que me prendessem e estive sob o controle dele do dia 11roleta de emoçõesnovembroroleta de emoções1958 a 3roleta de emoçõesjaneiroroleta de emoções1959.

No dia 9roleta de emoçõesjaneiro, fui enviadoroleta de emoçõesbarco a Havana. Detido, fui para a prisão do Castelo do Morro.

La Cabaña

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Legenda da foto, A fortaleza La Cabaña foi usada como prisão para o governoroleta de emoçõesFidel Castro no início da Revolução

Ali fiquei até o dia 15roleta de emoçõesmarçoroleta de emoções1959, quando fui liberado e dispensado da Marinha poucos dias depois.

No Morro, ouvia toda noite rajadasroleta de emoçõestiros. Me pegaram várias vezes para ser fuzilado. Por sorte, os membros da Marinha foram separados. Os demais foram executados sumariamente.

No entanto, não sei por que não me mataram.

Se faço as contas, tenho mais vidas que um gato.

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Na capital cubana, árvores antigas fazem sombra quase o ano todo numa pequena praça onde queima uma chama eterna, guardada por soldados dia e noite,roleta de emoçõesfrente às relíquias da guerra da Revolução Cubana.

avião
Legenda da foto, No Museu da Revolução, está o avião Vought Kingsfisher da Marinha cubana

Ali, no pátio do museu, está um caminhão vermelhoroleta de emoçõesentregas, com o qual um gruporoleta de emoçõesjovens assaltou o Palácio Presidencial para matar o ditador Fulgêncio Batistaroleta de emoçõesmarçoroleta de emoções1957.

Lá também está o Granma, a embarcação usada por Fidel Castro e seus seguidores para voltar a Cuba, para iniciar o levante.

Num cantoroleta de emoçõespouco destaque também está um avião, o Vought Kingsfisher da Marinha cubana, a primeira aeronave usada por rebeldes cubanos.

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Legenda da foto, Uma placa no Museu da Revolução conta a história do avião que Bascaro diz ter pilotado

Ele foi tomado depoisroleta de emoçõesuma aterrisagem forçada na zona da terceira frente oriental, liderada por Raúl Castro.

Foi uma das raras ocasiõesroleta de emoçõesque uma guerrilha na América Latina teve acesso a um avião. Foi a primeira aeronave nas mãos dos cubanos contrários ao governoroleta de emoçõesFulgêncio Batista.

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Quando fui liberado por um erro da La Cabaña (nome do forte centenário transformadoroleta de emoçõesprisão por Fidel Castro), me escondi durante mais dois meses na casa da minha madrinha – até que pedi asilo na Embaixada do Uruguai e saíroleta de emoçõesCuba para me juntar aos treinamentos para a invasão da Baia dos Porcos.

Em fevereiroroleta de emoções1961, entrei na Brigada 2506 para invadir Cuba. Fui treinado pela CIA (o serviçoroleta de emoçõesinteligência americana) na Guatemala e fiz parte dos esquadrões B-26 e P-51, organizados pelo general (Luis) Somoza.

Fui nomeado para organizar o esquadrão P-51, mas não foi possível decolar. Iríamos começar a operação no dia 19roleta de emoçõesabril. Nesse dia, a brigada teve que se dispersar nos pântanos e a maioria (dos integrantes) foi capturada, depoisroleta de emoçõester sido abandonada.

Bahíaroleta de emoçõesCochinos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A invasão da Baía dos Porcos foi organizada pela CIA, a agênciaroleta de emoçõesinteligência americana

Naquela época, eu estava pronto para voarroleta de emoçõesqualquer coisa que tivesse motores e asas para ajudar meus companheiros abandonados naquela praia deserta e sem rotaroleta de emoçõesfuga.

Acreditávamos que Fidel Castro fuzilaria a todos, mas depois acabou os trocando por peçasroleta de emoçõesreposição e remédios.

Isso foi algo que atrapalhou meu sonho e oroleta de emoçõesmuitos companheiros por muito tempo. Eu sei que muitos decidiram não voar novamente e se dedicaram a outras atividades não por faltaroleta de emoçõescoragem, mas por causa da decepção causada pelo abandono da brigada, enviada para morrer.

Depois dessa operação e sem nada no horizonte para salvar Cuba, voltei à Guatemala.

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Em 1978, a organização criminosaroleta de emoçõesque Bascaro fazia parte era liderada por José Luis Acosta, outro cubano, 20 anos mais novo que ele, e contava com uma ampla rede que ia desde provedores colombianos até advogados e policiais corruptos na Flórida. O grupo tinha frotasroleta de emoçõesaviões e embarcações.

O início do fim do grupo foi provocado pelo mau tempo, ou por azar.

Um dos barcos para pescaroleta de emoçõescamarão, usados para transportar drogas na área do Golfo do México, encalhou e foi identificado.

O FBI, a polícia federal americana, assumiu o caso. Grampearam telefones, começaram as investigações e montaram as peças. Em 21roleta de emoçõesfevereiroroleta de emoções1980, Bascaro foi detido na Guatemala e enviado a Miami. Foi entregue à agência antidrogas dos EUA (DEA, na siglaroleta de emoçõesinglês).

Um tribunal no estado da Georgia, nos EUA, para onde Bascaro foi levado depois, o declarou culpadoroleta de emoções"conspiração para importar e distribuir maconha".

Bascaro

Crédito, Cortesia/Antonio Bascaro

Legenda da foto, Bascaro tem hoje 84 anos

Foi então que ele recusou a primeira das ofertas das autoridades para ganhar uma redução da penaroleta de emoçõestrocaroleta de emoçõescolaboração com os investigadores.

Ofereceram a ele naquela ocasião eroleta de emoçõesmuitas outras vezes depois que testemunhasse diante do júri contra outros integrantes da rede.

Bascaro recusou. Acabou condenado a 60 anosroleta de emoçõesprisão.

"Não cooperei porque minha moral e ética, mais meu treinamento militar, não me permitem usar nada nem testemunhar contra alguém apenas para resolver meus problemas. Ninguém me obrigou a unir à conspiração, por isso não cooperei nem joguei ninguém no buraco para salvar minha própria pele".

Mas outros integrantes do grupo colaboraram com os investigadores. Acosta, líder da organização, caiuroleta de emoções1982 e foi liberadoroleta de emoções1994.

Outro cubano, também condenado e que escapou enquanto dava ajudava as autoridades, foi liberadoroleta de emoções2002.

Bascaro é o último do grupo a recuperar a liberdade.

Durante as últimas décadas, muito se perguntou se há algo na condenação ou na ficha dele que não se saiba, algum motivo secreto que justifique por que todos os seus pedidosroleta de emoçõesperdão eroleta de emoçõesredução da pena foram ignorados.

Finalmente, pelas antigas regras ainda do temporoleta de emoçõesque foi condenado, a sentença foi reduzida por boa condutaroleta de emoções2019.

Amy Povah, presidente do Can-Do Foundation, uma organização não-governamental que busca a reduçãoroleta de emoçõespenasroleta de emoçõescondenados por tráficoroleta de emoçõesdrogas nos EUA, acredita que a históriaroleta de emoçõesBascaro faz parte do lado negro da Justiça americana.

"Antonio foi acusadoroleta de emoçõesconspiração, que é um dos pontos mais abusivos no arsenal do Departamentoroleta de emoçõesJustiça dos EUA porque responsabiliza uma pessoa por açõesroleta de emoçõesoutras, a não ser que ela coopere", explica Povah à BBC Mundo.

De acordo com a ativista, como Bascaro se negou a colaborar com as autoridades, ele foi responsabilizado por todas as atividades ilícitasroleta de emoçõesque haviam participado os companheiros da organização criminosa.

Bascaro

Crédito, Cortesia/Myra Bascaro

Legenda da foto, Antonio, quarto à direita, quando estudava na Academia Navalroleta de emoçõesCuba

Já os que firmam um acordo recebem sentenças mais curtas por ajudar o promotor a condenar qualquer um que se negue a colaborar.

"Mas para obter o benefícioroleta de emoçõesum acordo, não basta confessar (o crime). Cooperar significa dar uma ajuda substancial que,roleta de emoçõestermos legais, significa colaborar diretamente com a investigação e acusaçãoroleta de emoçõespessoas que não sejam o acusadoroleta de emoçõesparticiparroleta de emoçõesatividades criminosas", assinala Povah.

Segundo ela, a maioria dos acusados firmam o acordoroleta de emoçõescolaboração, mas há pessoas como Bascaro que se recusam e sobre eles é imposta uma "sentença draconiana".

Em uma entrevistaroleta de emoções2016 à rederoleta de emoçõestelevisão americana NBC, Nickolas Geeker, promotor que acusou Bascaro, reconheceu que ele próprio não sabia por que a prisão do cubano havia se estendido por tanto tempo.

Num comunicado à BBC Mundo, o Departamentoroleta de emoçõesJustiça dos EUA confirmou a negativa a dois pedidosroleta de emoçõesperdão do cubano, ainda que não tenha apresentado motivos.

raya

Esses 39 anos como preso federal têm sido um novo ensinamentoroleta de emoçõesminha vida. Aprendi a conhecer melhor os seres humanos, porque aqui você pode encontrar todos os tiposroleta de emoçõespessoas. Isso me ajudou a permanecer vivo no sistema.

Aproveitei minha estada aqui para melhorar meus conhecimentos: fiz vários cursosroleta de emoçõespsicologia, me faltam 20 créditos para me graduarroleta de emoçõesNegócios, terminei cursosroleta de emoçõesagente imobiliário e da bolsaroleta de emoçõesvalores... enfim, aproveitei para estudar o que me podia ser útil na minha saída.

Mas foi tempo demais e, quando se vive aqui, sempre se senteroleta de emoçõesperigo iminente. Agora, gostariaroleta de emoçõesuma vida tranquila perto dos meus filhos e netos, eroleta de emoçõesestreitar nossa relação.

Quando sair, pensoroleta de emoçõesendireitar o máximo possível o meu estado físico e mental que está deteriorado, tentar reorganizar a minha vida e ser produtivo para a minha família e sociedade, se o Grande Arquiteto do Universo me permitir.

raya

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