Por que a Alemanha, grande potência europeia, tem Exército com equipamentos obsoletos e insuficientes:aplicativo novibet

Crédito, AFP
"Suas capacidades militaresaplicativo novibetmodo algum são equiparáveis ao seu peso econômico ou diplomático", destaca Jonathan Marcus, analista da BBC especializadoaplicativo novibetsegurança e defesa.
"O Exército alemão foi aniquilado nos últimos anos e grande parteaplicativo novibetseus equipamentos estão obsoletos ou mal conservados", diz.
Em várias oportunidades, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se queixouaplicativo novibetque os membros europeus da Otan não têm investido o suficienteaplicativo novibetdefesa. Embora os Estados-membros tenham se comprometidoaplicativo novibet2014 a investir 2% do Produto Interno Bruto (PIB)aplicativo novibetdefesa, a Alemanha só mobilizou 1,2% para este setor, muito abaixo do destinado por outras grandes potências da Europa Ocidental, como Reino Unido (2,14%) e França (1,79%).

Crédito, AFP
Ante a pujança da economia alemã, diz Marcus, críticos alegam que o país "não está gastando o suficienteaplicativo novibetdefesa e queaplicativo novibetcontribuição não é proporcional a suas possibilidades".
Berlim contesta dizendo que investimentoaplicativo novibetcooperação internacional é mais eficaz para prevenir conflitos do que o dinheiro gastoaplicativo novibetprogramasaplicativo novibetarmamento.
Se por um lado Trump quer que a Alemanha e outros países europeus aumentem seu gasto militar, a ministra da Defesa alemã, Ursula von der Leyen, já manifestou "preocupação" pela redução do aporteaplicativo novibetrecursos dos Estados Unidos a organismos internacionais, como as Nações Unidas.
Fiel à tradiçãoaplicativo novibetnão aderir a ações militares que não contem com o respaldo da ONU, a Alemanha não participou da recente ofensiva conjuntaaplicativo novibetEstados Unidos, França e Reino Unido na Síriaaplicativo novibetresposta ao suposto usoaplicativo novibetarmas químicas por parte das tropas leais ao presidente Bashar al-Assad.

Crédito, Getty Images
Dependência
Jufy Dempsey, editora do centroaplicativo novibetanálise Strategic Europe, explicou à BBC que a segurança da Alemanha "depende fortemente dos Estados Unidos, da França e da Otan".
Em maioaplicativo novibet2017, a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, afirmou que "os temposaplicativo novibetque poderíamos depender totalmente dos outros estão acabando". Mas nada indica que a capacidade técnica e armamentista da Bundeswehr tenha melhorado nos últimos anos.
Karl-Heinz Kamp, presidente da Academia Federal para Política e Segurança - um organismo governamental que se dedica à capacitaçãoaplicativo novibetagentes públicos da Alemanha - afirma que investimentos estão sendo feitos, embora tenham passado despercebidos.
"Nos últimos anos, temos incrementado o orçamento da Defesa, mas isso não foi notado porque o PIB está crescendo ainda mais rapidamente. Por isso, temos nos afastado do famoso objetivoaplicativo novibet2% da Otan,aplicativo novibetvezaplicativo novibetnos aproximarmos", diz à BBC. Segundo Kamp, o gasto com a Defesa cresceuaplicativo novibettermos absolutos, mas o PIB aumentou ainda mais, afastando o país da meta.
"O governo planeja investir muito maisaplicativo novibetdefesa, chegando a um percentualaplicativo novibet1,5% do PIBaplicativo novibet2021."
A metaaplicativo novibet2% ficaria para 2024, segundo Kamp. Mas ele admite que a situação das Forças Armadas alemãs ainda é precária. "Estão corretas todas as notícias sobre submarinos que não navegam e tanques que não disparam."
De acordo com um informeaplicativo novibetfevereiro baseadoaplicativo novibetentrevistas com os próprios militares, os seis submarinos 212A da Marinha alemã estão foraaplicativo novibetserviço. Essa é também a situaçãoaplicativo novibet244 carrosaplicativo novibetcombate.
A frotaaplicativo novibetaviõesaplicativo novibettransporte A400M sofre com manutenção deficiente, e a escassezaplicativo novibetaeronaves atrasa, com frequência, o traslado das tropas.
Mas os problemas não afetam apenas os armamentos mais sofisticados. Faltam bensaplicativo novibetuso cotidiano das tropas, como roupaaplicativo novibetproteção, óculosaplicativo novibetvisão noturna e peçasaplicativo novibetreposição para automóveis.
O representante das Forças Armadas no Parlamento alemão, Hans-Peter Bartels, atribui esses problemas aos "25 anosaplicativo novibetcortes no orçamento" da Defesa. Já Kamp afirma que o fim da Guerra Fria e a sensaçãoaplicativo novibetque um conflito seria improvável levaram, a partiraplicativo novibet1990, a que quase todos os países europeus se "descuidassem"aplicativo novibetsuas Forças Armadas.
"Conduzimos o carro sem manutenção, óleo, nem reposições, e agora está acontecendo o que acontece com todos os carros velhos", resume.

Crédito, Getty Images
Dempsey, poraplicativo novibetvez, aponta que o problema não é sóaplicativo novibetdinheiro, mas tambémaplicativo novibetgestão. "Há uma grave faltaaplicativo novibetplanejamento", critica.
"Comparado com outros exércitos, grande parte dos recursos vai para custeioaplicativo novibetpessoalaplicativo novibetvezaplicativo novibetpara a renovação e treinamento das equipes."
A ministra Von der Leyen prometeu,aplicativo novibetfevereiro, que o novo governoaplicativo novibetcoalizão manteria o aumento no orçamento da Bundeswehr. Ela advertiu, porém, que serão necessários anos para corrigir as deficiências.

Crédito, Getty Images
Receioaplicativo novibetmilitarização
O baixo investimento no Exército alemão tem razãoaplicativo novibetser. Jonathan Marcus acredita que a situação atual "reflita o legado da Segunda Guerra Mundial e dos anosaplicativo novibetnazismo, assim como um forte consenso na política internaaplicativo novibetreceio ao militarismo".
Dempsey afirma que,aplicativo novibetum país ainda marcado pela dolorosa lembrançaaplicativo novibetAdolf Hitler e do Terceiro Reich, "não agrada à classe política falar sobre Forças Armadas".
Segundo a especialista, após a queda do Muroaplicativo novibetBerlim,aplicativo novibet1989, e a unificação alemã, houve uma grande replanejamento militar.
"Basicamente se reduziu o tamanho (das Forças Armadas), quando foram suprimidos o Exército da República Democrática Alemã, o Estado oriental aliado com a União Soviética e o bloco comunista dos anos da Guerra Fria."
A reduzida Bundeswehr se envolveuaplicativo novibetpoucas atividades até os ataquesaplicativo novibet11aplicativo novibetsetembroaplicativo novibet2001 contra as Torres Gêmeasaplicativo novibetNova York (EUA). Após esse episódio, as forças alemãs passaram a ser empregadas sob a bandeira da Otanaplicativo novibetmissõesaplicativo novibetmanutenção da paz eaplicativo novibetestabilização que incluíram combatesaplicativo novibetlugares como Afeganistão e Kosovo.

Crédito, Getty Images
Algumas das missões foram alvoaplicativo novibetpolêmica. Em setembroaplicativo novibet2009, dezenasaplicativo novibetcivis morreramaplicativo novibetKunduz, no Afeganistão, após o lançamentoaplicativo novibetbombasaplicativo novibetcaça F-15 norte-americano sob instruçõesaplicativo novibetum oficialaplicativo novibetinteligência alemão que havia alertado sobre a presençaaplicativo novibetguerrilheiros talebãs naquela área.
O incidente gerou protestos do governo afegão e culminou com a demissão do então ministro da Defesa alemão, Franz Josef Jung.
O desafio russo
Como outros países da Europa, a Alemanha passou, nos últimos anos, a ver a Rússiaaplicativo novibetVladimir Putin como uma potencial ameaça.
A Conferênciaaplicativo novibetSegurançaaplicativo novibetMunique,aplicativo novibet2014, marcou uma mudançaaplicativo novibettom. Passou a prevalecer a retóricaaplicativo novibetque a Alemanha precisa ter um poderio militar compatível comaplicativo novibetimportância e seu peso político e econômico no cenário internacional.
Depois disso, Berlim impulsionou a assinatura, pela União Europeia, da Cooperação Estruturada Permanenteaplicativo novibetDefesa. Os Estados Unidos encaram essa proposta com receio, já que o acordo é visto como o embriãoaplicativo novibetum exército comum no velho continente que poderia, eventualmente, entraraplicativo novibetcontradição com a Otan.
Mas muitos dizem que os esforços alemãesaplicativo novibetaparelhar suas Forças Armadas têm sido mais lentos que o esperado. Dampsey argumenta que o poder bélicoaplicativo novibet"dissuasão da Alemanha ainda é fraco". Para ela, a maior garantia do país europeu a uma eventual invasão russa continua a ser o artigo 5 do Tradado da Aliança Atlântica, que diz que todos os países-membros devem responder solidariamente a um eventual ataque contra qualquer um deles.

Crédito, AFP
Vendaaplicativo novibetarmas
A escassezaplicativo novibetequipamentos da Bundeswehr contrasta com o dinamismo da indústria armamentista do país, que foi o quarto maior exportador mundialaplicativo novibetarmasaplicativo novibet2017, segundo dados do Instituto Internacionalaplicativo novibetEstudos para a Pazaplicativo novibetEstocolmo.
Empresas como a Hekler & Koch, cujo fuzil G36 é um dos mais usados por Forças Armadasaplicativo novibetdiferentes países, figuram na lista dos maiores fabricantes mundiais.
Após anosaplicativo novibetcríticas e protestosaplicativo novibetativistas, a Hekler & Koch anunciouaplicativo novibet2017 que deixariaaplicativo novibetvender seus produtosaplicativo novibetpaísesaplicativo novibetconflito e que pratiquem violações sistemáticas dos direitos humanos.

Crédito, Getty Images









