Quem são os 41 milhõesesportebet aípobres dos Estados Unidos, o país mais rico do mundo:esportebet aí

  • Jay Shambaugh
  • Do Instituto Brookings, especial para a BBC*
Homem puxando carrinhoesportebet aícompras

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Taxaesportebet aídesemprego nos EUA é a menor desde 2000, mas várias famílias não viram seus recursos aumentarem

esportebet aí A despeito da criaçãoesportebet aímilhõesesportebet aípostosesportebet aítrabalho nos Estados Unidos, muitos cidadãos do país ainda vivem na pobreza.

Por quase seis anos, a economia norte-americana tem gerado uma quantidade grandeesportebet aíempregos - são quase 2 milhões por ano.

A recuperação econômica não só restabeleceu o número totalesportebet aípostosesportebet aítrabalho perdidos durante a recessão causada pela crise financeira internacionalesportebet aí2007, como também criou empregos suficientes para dar conta do crescimento populacional.

A taxaesportebet aídesemprego nos EUA éesportebet aíapenas 4,1%, a menor desde 2000. Mas várias famílias não viram seus recursos aumentarem.

Em 2016, quase 41 milhõesesportebet aípessoas, ou 13% da população, viviam na pobreza -esportebet aícomparação com os 15% verificados no auge da recessão,esportebet aí2010.

Quem são essas pessoas?

Nos Estados Unidos, a renda médiaesportebet aíuma famíliaesportebet aíquatro pessoas éesportebet aíUS$ 91 mil (R$ 299,5 mil) por ano.

De acordo com a medição oficial dos EUA, baseadaesportebet aírenda e necessidades nutricionais, uma casa com quatro pessoas é consideradaesportebet aíestadoesportebet aípobreza quando a renda familiar é inferior a US$ 24,3 mil (cercaesportebet aíR$ 80 mil) por ano.

Pode parecer muito se comparado com países classificados comoesportebet aíbaixa renda pelo Banco Mundial - com PIB per capita entre US$ 1 mil (R$ 3,2 mil) e US$ 4 mil (R$ 13 mil). No Brasil, por exemplo, mediçãoesportebet aí2015 do banco estimou que 4,9% da população brasileira estava abaixo da linhaesportebet aípobreza por viver com até US$ 1,90 por dia.

Mas o custoesportebet aívida mais alto nos Estados Unidos e o crescente abismo entre os pobres e a classe média podem resultaresportebet aídificuldades para famílias americanasesportebet aíbaixa renda.

menino comendo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Em 2016, quase 41 milhõesesportebet aípessoas, ou 13% da população, viviam na pobreza nos EUA

Entre os que vivem na pobreza, dadosesportebet aí2016 mostram que há cercaesportebet aí13,3 milhõesesportebet aícrianças - 18% têm menosesportebet aí18 anos.

À medida que a população envelheceu, o númeroesportebet aípessoas pobres com maisesportebet aí65 anos aumentou para 4,6 milhões - 9% do total.

Mas é o grupoesportebet aípessoas com idade para trabalhar (de 18 a 64 anos) que apresenta os dados mais dramáticos: quase 23 milhões deles, ou 12% do total, vivem na pobreza.

O Projeto Hamilton, do Instituto Brookings, tem analisado essa questão.

No grupoesportebet aípessoas com idade para trabalhar:

- 4 a cada 10 estavam empregados

- 1 a cada 10 tinha trabalhoesportebet aíperíodo integral, durante o ano todo, mas não ganhava o suficiente

- 1 a cada 4 estava empregado, mas não tinha contrato para o ano inteiro

- 1 a cada 25 estava à procuraesportebet aítrabalho

- Dos que não tinham trabalhoesportebet aíperíodo integral, 1esportebet aí3 estava nessa circunstância involuntariamente

Grupoesportebet aípessoas andando

Crédito, Getty Images

Legenda da foto,

Mulheres e negros têm mais chanceesportebet aíficar fora do mercadoesportebet aítrabalho

Pule Podcast e continue lendo
BBC Lê

Podcast traz áudios com reportagens selecionadas.

Episódios

Fim do Podcast

O fatoesportebet aíquatro entre 10 adultos pobres estarem empregados revela que apenas suprir a lacunaesportebet aípostosesportebet aítrabalho - retornando às taxas pré-recessão - não significa que todos estejam vivendo bem e prosperando.

Também não quer dizer que todos estejam encontrando emprego. Cercaesportebet aímetade dos adultos pobresesportebet aíidade para trabalhar não está inserida no mercadoesportebet aítrabalho.

Dos postos criados, muitos são no setoresportebet aíhotelaria, administração, saúde e tecnologia da informação, embora algumas áreas muito afetadas pela recessão - como construção civil e manufatura - ainda não tenham se recuperado completamente da crise.

Uma fotografia da mãoesportebet aíobra dos EUA revela uma sérieesportebet aídiferenças na sociedade:.

- A taxaesportebet aíemprego para mulheres retornou aos níveis pré-recessão (55%)

- Americanos negros foram mais afetados pela recessão, se recuperaram mais rapidamente, mas ainda têm mais chancesesportebet aíficarem desempregados que os brancos

- Mulheres que completaram até o ensino médio ou com escolaridade menor têm mais chancesesportebet aíficar fora da força produtiva

- Homens foram mais afetados pela recessão e seu retorno ao trabalho tem sido mais lento

Gráfico mostra distribuição da pobreza por municípios

O númeroesportebet aíhomens entre 25 e 54 anos que estão empregados vem caindo há maisesportebet aí50 anos - e oesportebet aímulheres, desde 2000.

Em parte, isso pode ser uma consequência da queda dos salários entre os que ganham menos, com uma renda individual médiaesportebet aíUS$ 31.100 (R$ 102.369) por ano.

É possível que muitos daqueles que não fazem parte da força produtiva tenham dificuldadeesportebet aíencontrar emprego sem uma significativa intervenção governamental.

Maisesportebet aíum quinto dos que têm idade para trabalhar e estão vivendo na pobreza são classificados como deficientes e 15% são "cuidadores"- responsáveis por cuidaresportebet aíoutra pessoa, como crianças e idosos.

Para incluir essas pessoas no mercadoesportebet aítrabalho, seria preciso melhorar a ofertaesportebet aícreches e financiamentos, enquanto adultos com deficiência precisamesportebet aímais apoio e tratamento.

O retrato que construímosesportebet aítrabalho e pobreza nos Estados Unidos revela que os mais pobres são um grupo diverso, com variados tiposesportebet aíexperiências.

Ainda assim, a distribuição desigual da pobreza é chocante:

-Há duas vezes mais famílias afro-americanas (22%) na pobreza do que famílias brancas

-19% dos hispânicos vivem na pobreza

-Mulheres (14%) têm mais chancesesportebet aíserem pobres que os homens (11%)

-Taxasesportebet aípobreza variamesportebet aí11% a 14% entre as regiões

-Muitos municípios - principalmente do Sudeste e Sudoeste - têm taxasesportebet aípobreza superiores a 25%

Nos últimos anos, o aumento do emprego e das rendas, juntamente com a queda na pobreza, tem sido encorajador.

Mas a economia ainda vai precisar manter esse crescimento para ajudar aqueles que vivemesportebet aídificuldade.

esportebet aí *Esta análise foi encomendada pela BBC a especialistas do Instituto Brookings, que se define como uma organização sem fins lucrativosesportebet aípolítica pública. O professor Jay Shambaugh é diretor do Projeto Hamilton e pesquisadoresportebet aíEstudos Econômicos do Brookings.