Por que os massacres nos EUA estão cada vez mais mortíferos?:betstars poker

  • Tara McKelvey
  • Da BBC News
Homenagem às vítimasbetstars pokerataque no Texas

Crédito, Getty

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Númerobetstars pokervítimasbetstars pokerataques a tiros nos EUA vem aumentando desde os primeiros incidentes nos anos 1940

betstars poker Três dos cinco mais trágicos ataques a tiros na história recente dos Estados Unidos ocorreram nos últimos 16 meses.

O mais gravebetstars pokertodos foi realizado no último mês, deixando 58 vítimas fataisbetstars pokerLas Vegas. No segundo mais mortífero, 49 morreram na boate Pulse,betstars pokerOrlando, na Flórida,betstars pokerjunhobetstars poker2016.

Antes disso,betstars poker2007, o ataque à faculdade Virginia Tech matou 32 pessoas, enquanto 27 morreram no massacre da escola Sandy Hook,betstars pokerNewtown,betstars pokerConnecticut,betstars poker2012. Por fim, o atentado mais recente, ocorrido no último domingobetstars pokeruma igrejabetstars pokerSutherland Springs, no Texas, fez 26 vítimas fatais até o momento.

Esse é um fenômeno que começoubetstars poker1949,betstars pokerCamden,betstars pokerNova Jersey, quando foi registrado um dos primeiros ataques a tiros no país - o ex-militar Howard Unruh disparou contra seus vizinhos, matando 13 pessoas. Nas décadas seguintes, o númerobetstars pokervítimas foi aumentando: 16betstars pokerAustin, no Texas,betstars poker1966, e 21betstars pokerSan Ysidro, na Califórnia,betstars poker1984.

As razões por trás dessa tendência perturbadora são várias e bastante complexas, o que faz com que muitas pessoas nos Estados Unidos e ao redor do mundo tenham dificuldades para entender o porquêbetstars pokertanta violência. Por isso, a BBC buscou especialistas para tentar descobrir o que está por trás disso.

Armas usadas são mais poderosas

Os atiradores têm usado cada vez mais armas com cartuchosbetstars pokeralta capacidade, o que permite disparar muitos tiros antesbetstars pokerterbetstars pokerrecarregá-las. "Mais pessoas estão sendo alvejadas por mais balasbetstars pokermenos tempo", explica David Hemenway, da Escolabetstars pokerSaúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Adam Lanza, que matou 26 na escola Sandy Hook, e James Holmes, que fez 12 vítimasbetstars pokerAurora, no Colorado, ambosbetstars poker2012, usaram armas assim. Os dados mostram claramente que o númerobetstars pokermortes é maior quando fuzis são empregadosbetstars pokerataques individuais.

Fuzil é disparado

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Fim do veto à vendabetstars pokerarmasbetstars pokerassalto semiautomáticas e cartuchosbetstars pokeralta capacidade levou a nova erabetstars pokermassacres, dizem especialistas

Pesquisadores também analisaram as leis. Uma proibição à vendabetstars pokerarmasbetstars pokerrifles semiautomáticos e cartuchosbetstars pokeralta capacidade foi instauradabetstars poker1994 e derrubadabetstars poker2004. Especialistas dizem que, com o fim desse veto, foi dado início a uma nova erabetstars pokermassacres.

Com essas armas, os atiradores puderam disparar mais rapidamente e por mais tempo, matando mais pessoas nos atentados.

Os Estados americanos têm leis próprias. Depois do ataque à Sandy Hook, Connecticut aprovou uma lei que baniu os fuzis semiautomáticos. Outros afrouxaram suas legislações, no entanto. Na Georgia, por exemplo, foi aprovada uma lei que permite às pessoas portar armasbetstars pokersalasbetstars pokeraulas, boates e outros locais.

Especialistas do Centro Legal Giffordsbetstars pokerPrevençãobetstars pokerViolência com Arma publicaram que Estados com controles mais rígidos nessa área tendem a ter menos violência armada.

Atiradores escolhem seus alvos com mais cuidado

Os atentados são realizados atualmentebetstars pokerlocais onde há um grande númerobetstars pokerpessoas, como o festivalbetstars pokermúsicabetstars pokerLas Vegas, que tinha um públicobetstars poker22 mil pessoas. "Com essa multidão, o atirador não precisa nem mirar", diz Jay Corzine, da Universidade da Flórida Central.

A maioria dos autoresbetstars pokerataques a tiros os planeja com muito cuidado, segundo o Homicide Studies, periódico científico dedicado a estudos sobre homicídios. "Eles estão fazendo o deverbetstars pokercasa", explica Corzine. Essa preparação, afirma o especialista, significa que os atiradores conseguem fazer mais vítimas.

O autor do ataquebetstars pokerum cinemabetstars pokerAurora, no Colorado,betstars poker2012, havia imaginado, por exemplo, que aquele local "permitiria um maior númerobetstars pokermortos", diz Adam Lankford, da Universidade do Alabama.

Os atiradores se inspiram na mídia

A coberturabetstars pokermassacres, assim como os próprios ataques, se intensificou nos últimos anos. Atiradores publicambetstars pokerredes sociais antesbetstars pokeragir e, às vezes, enquanto estão agindo.

Organizaçõesbetstars pokermídia criam páginas com atualizaçõesbetstars pokertempo real. Além disso, os jornalistas concentram seus esforçosbetstars pokerdizer quem eram os atiradores, o que contribuiria para glorificar esses indivíduos.

Homenagem às vítimasbetstars pokerataque á escola Sandy Hook

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Em 2012, 27 poessoas morreram no massacre da escola Sandy Hook,betstars pokerNewtown, Connecticut

Ainda assim, dizem especialistas, as reportagens não levaram a um aumento no númerobetstars pokermortosbetstars pokerataques. "Acompanho há 25 anos os relatos da mídia sobre ataques a tiros, e o aumento do númerobetstars pokervítimas é bem recente", afirma Corzine.

Mas a cobertura da imprensa pode servirbetstars pokerinspiração para novos atentados. "Massacres são contagiosos", diz Gary Slutkin, fundador da ONG Cure Violence, que se dedica a combater a violência. "As pessoas veem o que os outros fazem e imitam."

Os atiradores competem entre si

Dylan Klebold, um dos atiradores do ataque à escola Columbine,betstars pokerLittleton, no Colorado,betstars poker1999, descreveu seu objetivo: "O maior númerobetstars pokermortes da história dos Estados Unidos".

"É uma disputa por notoriedade", explica Lankford. "Por fazer mais e melhor do que os atiradores que vieram antes."

Ficar famoso desta forma pode parecer um jeito doentiobetstars pokerbuscar a glória. Mas isso tem apelo para alguns. "Todos queremos ser conhecidos após morrermos", diz Slutkin ao descrever como os atiradores contemplam a fama sem refletir direito sobre seu próprio destino ao atingir esse objetivo.

"Eles não pensambetstars pokertudo direito. Isso mostra o quão poderoso esse desejo pode ser."