Por que vitóriapíxbetTrump pode ser segundo baque para União Europeia já abalada por Brexit:píxbet

Donald Trump

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Legenda da foto, VitóriapíxbetTrump pode estimular liderançaspíxbetdireita na Europa a adotar estratégia semelhante.

'Surfistas'

Essa apropriação do discurso pode ter começado antes mesmo do anúncio oficial da vitória do candidato republicano.

Enquanto os últimos votos eram contados nos Estados Unidos, Marine Le Pen, líder do partidopíxbetextrema direita francês Frente Nacional, felicitou Trump "e o povo americano livre".

"A eleiçãopíxbetTrump é uma boa notícia para nosso país", declarou Le Pen, candidata às eleições presidenciais francesaspíxbet2017 - e que já se comparou várias vezes ao republicano.

Marine Le Pen

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Legenda da foto, "A eleiçãopíxbetTrump é uma boa notícia para nosso país", disse a francesa Marine Le Pen

Para ela, o resultado das eleições americanas, a exemplo do Brexit, representa uma sanção às "elites políticas e midiáticas" e consagra um "grande movimento mundial que vê o retorno dos povos livres".

Seu pai, Jean-Marie Le Pen, controvertido fundador da Frente Nacional que chegou ao segundo turno das eleições presidenciais francesaspíxbet2002, publicou empíxbetcontapíxbetuma rede social: "Hoje os EUA, amanhã a França".

O também ultraconservador presidente húngaro, Víktor Orban, também celebrou a vitóriapíxbetTrump e disse que a política externa defendida pelo republicano é "vital" para a Hungria, que se nega a participarpíxbetum esquemapíxbetdivisãopíxbetrefugiados decidido pela União Europeia.

Também houve elogios na extrema-direita alemã.

"A vitóriapíxbetTrump é um sinal claropíxbetque os cidadãos do mundo ocidental querem mudança política", disse Beatrix von Storch, deputada europeia pelo AFD, partido que teve um desempenho histórico nas últimas eleições regionais no país.

"Porque nos Estados Unidos, assim como na Alemanha, os cidadãos desejam fronteiras seguras, menos globalização e políticas que se concentrampíxbetseus próprios países."

'Alerta'

No Parlamento Europeu, os dois principais grupos políticos - socialista e conservador - concordam que a eleiçãopíxbetTrump deveria servir como um "alerta" para os políticos europeus.

"Devemos considerar com mais seriedade as preocupações e medos das pessoas e dar respostas concretas e realistas. Não devemos deixar espaço aberto para os radicais, eles não devem ser os vencedores desse tipopíxbetsituação", defende Manfred Weber, líder do grupo conservador no Parlamento Europeu.

Gianni Pittella, presidente do grupo socialista, vê a vitória do empresário republicano como "a expressãopíxbetum vírus que infectou nossas sociedades, não só nos Estados Unidos, mas também na Europa".

"Seria um erro fatal estigmatizar como ignorantes ou bárbaros aqueles que acreditam nas mentiraspíxbetTrump, Le Pen e Orban. Agora, mais do que nunca, devemos nos reconectar com os perdedores da globalização."

Defesa

Vladimir Putin

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Legenda da foto, Desde a anexação da Crimeia por Moscou, a Otan tomou medidas para fortalecerpíxbetpresença militar nos países que dividem fronteira com a Rússia

Para Giles Merritt, diretor do grupopíxbetreflexão Amigos da Europa, o principal golpe para a União Europeia será relacionado à defesa, devido à "imprevisível mudança e volatilidade que a PresidênciapíxbetTrump trará".

Durante a campanha, o republicano ameaçou retirar seu país da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) - a principal aliança militar ocidental -, da qual os EUA é o principal membro, e manifestou interessepíxbetse aproximar da Rússia, vista atualmente como uma ameaça à segurança europeia.

Desde a anexação da península ucraniana da Crimeia por Moscou, há dois anos, a Otan tomou uma sériepíxbetmedidas para fortalecerpíxbetpresença militar nos países que dividem fronteira com a Rússia, algo possível graças ao apoio americano.

"Se Trump executar suas ameaças, a União Europeia ficaria desprotegida frente à Rússia. Isso representaria uma ameaça para os países bálticos,píxbetcujas fronteiras a Rússia tem multiplicado manobras militares", analisou o professor Santander.

Por outro lado, Merritt recorda que os Estados Unidos também participam da aliança internacional que combate o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque, um conflito que alimenta a crisepíxbetrefugiados e a ameaça terrorista na União Europeia.

"Longepíxbetser a principal garantiapíxbetsegurança, parece possível que os Estados Unidos passarão a ser fontepíxbetmaior instabilidade e isso exige à União Europeia preparação para lidar com problemas."

Comércio

Parlamento Europeu

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Legenda da foto, Trump pode enterrar negociações para um tratadopíxbetlivre comércio entre Estados Unidos e União Europeia

Caso não ocorram surpresas, Trump também terminarápíxbetenterrar as negociações para um tratadopíxbetlivre comércio entre Estados Unidos e União Europeia, recentemente ameaçadaspíxbetbloqueio pelo governo francês.

"Os sentimentos protecionistaspíxbetTrump epíxbetoposição a acordos comerciais representa uma séria ameaça ao comércio e ao investimento entre os Estados Unidos e a União Europeia", observou Merritt.

Juntas, as duas potências respondem por maispíxbet40% do PIB mundial e quase um terço das transações comerciais,píxbetum valor estimadopíxbetUS$ 1,5 trilhõespíxbetdólares (R$ 4,84 trilhões).

"Um impacto nisso enviaria ondaspíxbetchoque por todo o mundo", afirmou o analista.

Não é à toa que,píxbetsuas primeiras felicitações ao novo presidente norte-americano, a maioria dos líderes europeus recordou a importância das relações entre as duas potências para a prosperidade global.

"Europa e os Estados Unidos simplesmente não têm outra opção alémpíxbetcolaborar o mais estreitamente possível. Não acredito que nenhum país pode ser grande isoladamente", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

"Mas acredito que América e Europa podem, devem e irão trabalhar juntas", acrescentou, convidando o xará a uma reuniãopíxbetBruxelas "quando melhor lhe convier".

Participe

A vitória do candidato republicano, Donald Trump, tem dividido opiniões nas redes sociais, inflamando ainda mais as polêmicas que marcaram a campanha presidencial.

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