O lado sombrio do chocolate que você come:minimum deposit in 1xbet

Uma jovem prestes a comer chocolate

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A indústria do chocolate está sendo pressionada a resolver questões éticas eminimum deposit in 1xbetsustentabilidade

Mas como a indústria está lidando com estas questões, que lançam uma grande sombra sobre um negócio tão lucrativo?

Sustentabilidade:minimum deposit in 1xbetonde vem o chocolate?

Um frutominimum deposit in 1xbetcacau aberto mostrando seus grãos

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Legenda da foto, O cacau, a matéria-prima do chocolate, só cresceminimum deposit in 1xbetcondições climáticas bastante específicas

Uma das principais questões da indústria do chocolate é o fatominimum deposit in 1xbetque os grãosminimum deposit in 1xbetcacau, matéria-prima do chocolate, estão longeminimum deposit in 1xbetser abundantes.

Os cacaueiros são bastante sensíveis e requerem alta pluviosidade e temperatura para crescer, alémminimum deposit in 1xbetcobertura florestal para protegê-los da luz e do vento. É por isso que só alguns países oferecem estas condições.

Apenas duas nações da África Ocidental — Costa do Marfim e Gana — são responsáveis ​​por quase 52% dos grãosminimum deposit in 1xbetcacau colhidosminimum deposit in 1xbettodo o mundo, segundo dados do braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para alimentação e agricultura, a FAO.

Gráfico mostraminimum deposit in 1xbetque países as safrasminimum deposit in 1xbetcacau estão concentradas

Outros países da região, como Nigéria e Camarões, ajudam a elevar a participação da África para quase 69%.

Mudanças climáticas e desmatamento

A mudança climática é uma grande preocupação, já que a expectativa éminimum deposit in 1xbetque eleve as temperaturas e aumente os períodosminimum deposit in 1xbetseca na África Ocidental, o que é uma má notícia para os produtoresminimum deposit in 1xbetcacau.

Outro problema é o desmatamento: os produtores muitas vezes não hesitamminimum deposit in 1xbetavançar sobre áreas florestais.

Incêndio para limpar a área ao longo da fronteira do Parque Nacionalminimum deposit in 1xbetTai, na Costa do Marfim

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O desmatamento e o cultivominimum deposit in 1xbetcacau muitas vezes andamminimum deposit in 1xbetmãos dadas

Ambientalistas dizem que o cultivominimum deposit in 1xbetcacau é um dos principais culpados por trás do assombroso índiceminimum deposit in 1xbetdesmatamento na Costa do Marfim — dados do Banco Mundial mostram que o país perdeu 80%minimum deposit in 1xbetsua cobertura florestal nos últimos 50 anos. É uma das maiores taxasminimum deposit in 1xbetdesmatamento do planeta.

E a floresta ainda está ameaçada. O grupo ambientalista Mighty Earth, com sede nos Estados Unidos, que mapeia o desmatamento com a ajudaminimum deposit in 1xbetdadosminimum deposit in 1xbetsatélite, afirma que o país africano viu uma área florestalminimum deposit in 1xbet470 km² desaparecer sóminimum deposit in 1xbet2020.

Mas o desmatamento está fortemente ligado às mudanças climáticas, que no longo prazo ameaçam os meiosminimum deposit in 1xbetsubsistência dos mesmos agricultores.

Michael Odijie, pesquisador da University College London (UCL), no Reino Unido, especializado na indústriaminimum deposit in 1xbetcacau da África, acredita que uma simples economia está conduzindo este círculo vicioso.

"Há um enorme custo ecológico envolvido no cultivominimum deposit in 1xbetcacau. Infelizmente, isso provavelmente continuará porque o custominimum deposit in 1xbetproduçãominimum deposit in 1xbetcacauminimum deposit in 1xbetárea florestal (mata virgem) é menor do queminimum deposit in 1xbetcampos, e os preços [do cacau] são muito baixos para uma produção sustentável", diz Odijie à BBC.

Infográfico mostra ritmo da destruição florestal na Costa do Marfim

Mas a indústria diz que está tomando medidas para corrigir seus atos.

A giganteminimum deposit in 1xbetconfeitaria Mars, a maior vendedoraminimum deposit in 1xbetchocolate do mundo, com sede nos Estados Unidos, afirmou à BBC que implementou medidas para tornarminimum deposit in 1xbetcadeiaminimum deposit in 1xbetsuprimentosminimum deposit in 1xbetcacau mais sustentável, o que inclui ter cacau totalmente "livreminimum deposit in 1xbetdesmatamento" até 2025.

"O cacauminimum deposit in 1xbetorigem ilegal não tem lugar na cadeiaminimum deposit in 1xbetsuprimentos da Mars", disseminimum deposit in 1xbetnota.

A Mars também observou que faz parte da Cocoa and Forest Initiative, uma parceria público-privada com os governos da Costa do Marfim eminimum deposit in 1xbetGana que visa acabar com o desmatamento e restaurar áreas florestais nestes países.

Exploração infantil

Um policial leva uma criança que trabalhavaminimum deposit in 1xbetuma instalaçãominimum deposit in 1xbetprocessamentominimum deposit in 1xbetcacau da Costa do Marfim durante uma operação

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Legenda da foto, O trabalho infantil é uma prática comum na lavouraminimum deposit in 1xbetcacau

Há evidências do usominimum deposit in 1xbetcrianças (e adultos)minimum deposit in 1xbetcondiçõesminimum deposit in 1xbettrabalho forçado no cultivominimum deposit in 1xbetcacau.

Jáminimum deposit in 1xbet1998, o Fundo das Nações Unidas para a Infância disse que criançasminimum deposit in 1xbetpaíses vizinhos estavam sendo sistematicamente traficadas para a Costa do Marfim para trabalharminimum deposit in 1xbetplantaçõesminimum deposit in 1xbetcacau.

E a prática persiste,minimum deposit in 1xbetacordo com a Anti-Slavery International, ONG com base no Reino Unido.

"As estimativas sãominimum deposit in 1xbetque pelo menos 30 mil adultos e crianças estão trabalhandominimum deposit in 1xbetsituaçãominimum deposit in 1xbettrabalho forçado no setorminimum deposit in 1xbetcacauminimum deposit in 1xbettodo o mundo", diz Jessica Turner, uma porta-voz da Anti-Slavery International, à BBC.

Mas o uso mais amplo do trabalho infantil é outra questão. O termo se refere ao trabalho que, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), "priva as criançasminimum deposit in 1xbetsua infância" — o que inclui interferir na escolaridade e oferecer condições prejudiciais ou perigosas.

Em 2020, um estudo da Universidademinimum deposit in 1xbetChicago, nos Estados Unidos, descobriu que duasminimum deposit in 1xbetcada cinco crianças que vivemminimum deposit in 1xbetregiõesminimum deposit in 1xbetcultivominimum deposit in 1xbetcacau na Costa do Marfim eminimum deposit in 1xbetGana estavam envolvidasminimum deposit in 1xbettrabalhos classificados como arriscados — atividades como o usominimum deposit in 1xbetferramentas afiadas, turnos noturnos ou exposição a produtos químicos utilizados na agricultura.

A indústria do chocolate assumiu, desde 2001, o compromissominimum deposit in 1xbetacabar com o trabalho infantil na produçãominimum deposit in 1xbetcacau, como parteminimum deposit in 1xbetum acordo internacional chamado protocolo Harkin-Engel.

Mas perdeu o prazo para atingir a reduçãominimum deposit in 1xbet70% no trabalho infantil na Costa do Marfim eminimum deposit in 1xbetGana até 2020.

A World Cocoa Foundation (WCF), organização guarda-chuvaminimum deposit in 1xbetalgumas das maiores empresas da indústriaminimum deposit in 1xbetchocolate no mundo, reconheceu a questão do trabalho infantil, citando estimativasminimum deposit in 1xbetque apenas na Costa do Marfim eminimum deposit in 1xbetGana há 1,6 milhãominimum deposit in 1xbetcrianças trabalhando no cultivominimum deposit in 1xbetcacau.

Em seu site, a WCF declara que tem "tolerância zero para qualquer casominimum deposit in 1xbettrabalho forçado, escravidão moderna ou tráfico humano na cadeiaminimum deposit in 1xbetsuprimentos".

A organização também afirma que está comprometidaminimum deposit in 1xbet"eliminar o trabalho infantil no cacau", aumentando os investimentosminimum deposit in 1xbetprogramasminimum deposit in 1xbetdesenvolvimento social para enfrentar o problema — e afirma que, somenteminimum deposit in 1xbet2019, o dinheiro destinado a estes programas foi maior do que todo o períodominimum deposit in 1xbet2001-2018.

A BBC entrouminimum deposit in 1xbetcontato com a WCF para comentar a questão, mas não recebeu uma resposta até o momento da publicação desta reportagem.

Pagamos um preço justo pelo chocolate que comemos?

Uma pilhaminimum deposit in 1xbetmoedasminimum deposit in 1xbetchocolate

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Legenda da foto, Até mesmo alguns representantes da indústria do chocolate dizem que não pagamos um preço justo pela iguaria

De acordo com ativistas e até mesmo algumas vozes na indústria do chocolate, não.

A Inkota, ONG com sede na Alemanha que realiza uma campanhaminimum deposit in 1xbetconscientização chamada Make Chocolate Fair (Torne o chocolate justo,minimum deposit in 1xbettradução livre), afirma que os preços pagos aos produtoresminimum deposit in 1xbetcacau alimentam os problemas enfrentados pela indústria do chocolate.

"Os produtoresminimum deposit in 1xbetcacau estão numa profunda pobreza, e isso está diretamente ligado a questões como trabalho infantil e desmatamento", explica Evelyn Bahn, consultoraminimum deposit in 1xbetDireitos Humanos da Inkota, à BBC.

Em 2020, especialistasminimum deposit in 1xbetcomércio justo estimaram que o produtorminimum deposit in 1xbetcacau médio ganha apenas US$ 0,90 (R$ 4,80,minimum deposit in 1xbetvalores atuais) por dia, o que está abaixo do limiarminimum deposit in 1xbetpobreza extrema do Banco Mundial (US$ 1,90, ou R$ 10,20).

"A pobreza e todas as práticasminimum deposit in 1xbettrabalho que emanam dela se devem principalmente ao baixo preço pago aos produtoresminimum deposit in 1xbetcacau", diz Michael Odijie.

Women sorting cocoa beans at a Ghana facility

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os agricultores e trabalhadores da lavouraminimum deposit in 1xbetcacau ganham,minimum deposit in 1xbetmédia, menosminimum deposit in 1xbetUS$ 1 por dia

Ativistas como a Inkota e a Fairtrade Foundation acreditam que os preçosminimum deposit in 1xbetmercado dos grãosminimum deposit in 1xbetcacau precisam ser aumentados para resolver esta situação, e algumas empresasminimum deposit in 1xbetchocolate se comprometeram publicamente a pagar mais aos agricultores.

Um exemplo é a Tony's Chocolonely, empresa holandesa que começou como uma plataformaminimum deposit in 1xbetativismo contra o trabalho forçado na indústriaminimum deposit in 1xbetchocolate, e atualmente é a marcaminimum deposit in 1xbetchocolate mais vendida do país.

"A única razão pela qual existimos é tornar o chocolate livreminimum deposit in 1xbettrabalho infantil e escravo. E pagar um preço justo [pelo cacau] é um princípio importante", diz Ben Greensmith, diretor administrativo da empresa no Reino Unido, à BBC.

E isso não significa necessariamente que os clientes acabariam pagando muito mais pela iguaria.

A Inkota estima que o preçominimum deposit in 1xbetuma barraminimum deposit in 1xbet100gminimum deposit in 1xbetchocolate aumentariaminimum deposit in 1xbetmenosminimum deposit in 1xbetUS$ 0,20 (R$1) se os produtoresminimum deposit in 1xbetcacau recebessem salários dignos porminimum deposit in 1xbetprodução.

"Não é um aumento grande, e faria uma diferença enorme para a vida dos produtoresminimum deposit in 1xbetcacau", argumenta Bahn.

- Texto originalmente publicadominimum deposit in 1xbethttp://roberthost1.accountsupport.com/geral-62067426

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