Azitromicina não tem eficácia contra covid-19 grave, mostra estudo brasileiro inédito:o que e cbet

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Quinze dias depois, a situaçãoo que e cbetsaúde dos participantes foi avaliada atravéso que e cbetuma escala com seis categorias, como ter recebido alta, mas manifestar sequela; estar internado usando ventilação mecânica; ou mesmo óbito — o que aconteceuo que e cbetpercentual alto, já que o grupoo que e cbetpacientes acompanhados só incluía pessoaso que e cbetestado grave.
Não houve diferença entre os dois grupos na melhora segundo esta escala; a mortalidade após 29 dias também foi praticamente igual (42% no grupo que recebeu azitromicina, versus 40% no grupo controle).
O tempo médioo que e cbetinternação foi, ainda,o que e cbet26 dias para os que receberam azitromicina e 18 no grupo que recebeu apenas o tratamento padrão. A incidênciao que e cbetefeitos colaterais foi semelhante nos dois grupos.
"Nosso estudo avaliou pacientes graves,o que e cbetuma fase tardia da doença, mas não sabemos como a azitromicina funcionariao que e cbetpacientes ambulatoriais (mais leves)", destaca Luciano Cesar Ponteso que e cbetAzevedo, médico do Hospital Sírio-Libanês e parte da equipe que assina o artigo no Lancet.
"Gostaríamos muito que tivesse funcionado, porque é um medicamento barato, conhecido e normalmente bem tolerado na questão dos efeitos colaterais", acrescenta, afirmando que, com os resultados, espera que ao menos o remédio deixeo que e cbetser receitado indiscriminadamente no tratamento para covid-19, o que poderia levar a falta do medicamento para quem precisa e também aumento da resistênciao que e cbetbactérias.

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Isto porque a função original da azitromicina éo que e cbetantibiótico, muito usadoo que e cbetinfecções bacterianas nas chamadas vias aéreas superiores, como no nariz e garganta. Mas ela tem também efeito anti-inflamatório, por isso pensou-se que o medicamento pudesse ter efeito na covid-19 —o que e cbetque a reação exagerada do sistema imunológico, que gera uma inflamação, tem sido apontada como um dos principais mecanismoso que e cbetagravamento da nova doença.
"A azitromicina é descrita também como uma imunomoduladora. Mas, para doenças virais,o que e cbeteficácia tem poucas avaliações e não é conclusiva", explica o médico, que tem doutorado pela Universidadeo que e cbetSão Paulo (USP) e pós-doutorado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Ainda assim, ele relata que a azitromicina tem sido amplamente usada contra a covid, seja para casos mais leves ou graves. Um levantamento mundial da Sermo, uma plataforma virtual para médicos, mostrouo que e cbetabril que a azitromicina era o segundo medicamento mais receitado por profissionais entrevistados (41%) contra a covid-19, atrás apenas dos analgésicos. Foram consultados 6,2 mil médicoso que e cbet30 países.
Um marco para a aposta na azitromicina foi um estudo da França que mostrou o que seriam resultados benéficos da associação deste antibiótico com a hidroxicloroquina, envolvendo cercao que e cbet30 pacientes.
Divulgadoo que e cbetmaio na plataforma medRxiv (em que são postados trabalhos sem a chamada revisão dos pares), o trabalho foi dias depois retirado do ar a pedido dos próprios pesquisadores, com a seguinte justificativa: "Por conta da controvérsia sobre a hidroxicloroquina e da natureza retrospectiva desse estudo, os autores pretendem revisar o manuscrito após a revisão dos pares".
Coalizão já publicou sobre hidroxicloroquina e dexametasona
A associação entre hidroxicloroquina e azitromicina já havia sido testadao que e cbetoutra pesquisa da mesma equipe brasileira, publicadao que e cbetjulho no New England Journal of Medicine.
No entanto, os pacientes envolvidos tinham quadros leves ou moderadoso que e cbetcovid-19, diferente do estudo publicado nesta sexta-feira, com pacientes graves. Naquele artigo, foi mostrado que a hidroxicloroquina sozinha ou associada à azitromicina não provocava melhora na comparação com o tratamento padrão.
Tanto o artigo publicado na Lancet quanto no New England Journal of Medicine são fruto da Coalizão Covid-19 Brasil, uma associação entre diferentes hospitais e instituições que criou nove linhaso que e cbetpesquisa com tratamentoso que e cbetpotencial para a nova doença.
A coalizão é formada pelo Hospital Israelita Albert Einstein; HCor; Hospital Sírio-Libanês; Hospital Moinhoso que e cbetVento; Hospital Alemão Oswaldo Cruz; a Beneficência Portuguesao que e cbetSão Paulo; o Brazilian Clinical Research Institute (BCRI); e a Rede Brasileirao que e cbetPesquisao que e cbetTerapia Intensiva (BRICNet).
Segundo Luciano Cesar Ponteso que e cbetAzevedo, na pesquisa a azitromicina mostrou ter pouco efeito anti-inflamatório, indicando a necessidadeo que e cbetum medicamento mais forte com esta função.
Na quarta-feira (03/09), a coalizão publicou, como parteo que e cbetuma colaboração internacional, um artigo no Journal of the American Medical Association (JAMA), que mostrou um candidato promissor: o corticoide dexametasona. Em pacientes graves com covid-19, o uso deste anti-inflamatório diminuiu a mortalidade.
Sobre o estudo com a azitromicina, Azevedo aponta como limitações a análiseo que e cbetum grupo focadoo que e cbetquadros graves,o que e cbetdetrimentoo que e cbetuma população mais ampla; a associação com a hidroxicloroquina, o que dificulta o entendimentoo que e cbetqual poderia ser a ação da azitromicina isolada; e a ausênciao que e cbetum grupoo que e cbetcontrole utilizando placebo.

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