'Fico deprimida': como médicos que combateram meningite na ditadura veem pandemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocovid-19:aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano

A epidemia dos anos 70

Era abrilaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1971 quando teve início aquela que se tornaria a maior epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite da história do Brasil. Os primeiros casos foram identificados no distritoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSanto Amaro, na Zona Sulaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo. Meses depois, a propagação da enfermidade ganhou proporções epidêmicas.

O país havia passado por dois surtos da doença anteriormente,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1923 eaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1945, mas nenhum deles havia sido tão grave.

Durante a epidemia, o Brasil foi acometido por dois subtiposaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite meningocócica: do tipo C, a partiraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoabrilaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano71, e do tipo A,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomaioaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1974.

Os mais atingidos, a princípio, foram moradoresaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoregiões carentes, que tiveram sintomas clássicos da doença, como doraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocabeça, febre alta e rigidez na nuca. Nos bairros mais pobres, muitas pessoas morreram sem diagnóstico ou tratamento.

O avanço da epidemia foi pouco noticiado. Isso porque era tempoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano'milagre econômico' e o governo militar não admitia a existência do problema sanitário. Na época, médicos foram proibidosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoconceder entrevistas sobre o tema. Reportagens sobre a enfermidade foram censuradas. Não havia dados oficiais.

"Desde o início, os médicos alertaram as autoridades sobre a epidemia e a necessidadeaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoações para que ela fosse contida. Mas os militares não tomavam medidas sobre o assunto", relembra o epidemiologista Eliseu Waldman,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano73 anos, que na época era residente no Institutoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoInfectologia Emílio Ribas,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo.

Em alguns pontos, os profissionaisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde que trabalharam durante a epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite consideram que o período atual é muito pior,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanodecorrênciaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomedidas do presidente e por se trataraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoum vírusaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanopropagação muito rápida. Em outros aspectos, ressaltam que a situação atual é melhor, como sob o pontoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanovista da democracia, que impede que as principais informações sobre a covid-19 sejam ocultadas.

Para os médicos que atuaram no combate à meningite, no entanto, a postura atualaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoBrasília lembra a dos militaresaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocinco décadas atrás.

"Estou revivendo algo que jamais imaginei que fosse aconteceraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanonovo, no sentido sanitário e político", desabafa o infectologista Roberto Focaccia,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano74 anos, que atuou na linhaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanofrente contra a epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite.

Da meningite ao coronavírus

Quando os casosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite começaram a aumentar exponencialmente, o governo militar se preocupouaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoesconder a situação. Poucas pessoas sabiam do problema. Os veículosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocomunicação logo foram impedidosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoinformar sobre o assunto.

"Os epidemiologistas da época tiveram acesso às notificações e viram que a incidênciaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite estava muito acima do habitual. Nós, profissionais da saúde, sabíamos da real situação, mas éramos impedidosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanofalar com a mídia", relata a epidemiologista Rita Barradas Barata,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano68 anos. No período, ela era aluna do internatoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomedicina do Emílio Ribas.

"A preocupação dos militares na época era com o 'milagre econômico'. Eles não queriam,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanohipótese nenhuma, associar um país crescendo economicamente com o desgaste causado por uma epidemia", acrescenta Rita.

O descaso das autoridades com a epidemia causou mortes e subnotificações, apontam os profissionaisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde.

"A população não sabia, a princípio, que tinha que tomar medidas, como evitar aglomerações, para se prevenir da meningite. Isso não saía na mídia, porque a ditadura não permitia. Foi uma época terrível", comenta a infectologista Marinella Della Negra,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano75 anos, que era residente do Emílio Ribas na época.

"Essa tentativaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosilenciamento impediu que ações rápidas e adequadas fossem tomadas", disse a jornalista Catarina Schneider,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoentrevista à BBC News Brasil no fimaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomarço. Mestreaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoComunicação Social, ela é autora da tese 'A Construção Discursiva dos jornais O Globo e Folhaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoS.Paulo sobre a Epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoMeningite na Ditadura Militar Brasileira' (1971-1975).

A censura da época proibia matérias sobre o tema porque afirmava que elas seriam alarmistas e tendenciosas.

"Era muito fácil ocultar dados na época, porque não havia um sistemaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoinformação consolidado com levantamentos da saúde pública", diz o infectologista Eliseu Waldman.

Os médicos passavam informaçõesaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano"off" para os jornalistas, para alertar a população. As poucas matérias publicadas sobre o assunto eram desmentidas pelas autoridades, que diziam que não se tratavaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanouma situação preocupante.

"Diziam que esconder isso era questãoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSegurança Nacional. Por várias vezes, demos entrevistas a jornais e pedíamos para não nos identificar. No dia seguinte, havia uma receitaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanobolo ou uma poesia,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanovez da reportagem", relembra Roberto Focaccia.

Os profissionaisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde traçam um paralelo entre a situação vivida com a covid-19 e a da meningite nos anos 70.

"O presidente Bolsonaro quis esconder a real situação da pandemia (em referência ao período, no começoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanojulho,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoque o Ministério da Saúde deixouaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanodivulgar dados consolidadosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomortes por covid-19), como se fosse possível. Hoje, todo mundo já sabe o que estamos passando com o coronavírus", diz Rita Barradas.

Uma das principais aliadas da população,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeio à pandemia do novo coronavírus, é a tecnologia. A internet se tornou peça importante no enfrentamento à covid-19.

"A diferença entre a pandemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoagora e a epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite é que no passado havia uma censura muito grande e não era possível veicular o que realmente estava acontecendo. Hoje não cabe mais a postura totalitária, principalmente com o advento da internet. O medo acabou e os profissionaisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde falam sobre o que está acontecendo, apesaraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoo presidente tentar negar a gravidade da doença", declara Marinella Della Negra.

O negacionismo

Em 1973, a meningite chegou também nas áreas mais nobres e pessoasaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoalto poder aquisitivo passaram a morreraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanodecorrência da meningite. O governo militar continuou negando a existência da epidemia.

O pico da epidemia no país foi registradoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1974. Na época, a propagaçãoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanooutro sorotipo causou crescimento ainda maioraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocasos.

Alémaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo, ao menos outro seis Estados brasileiros, nas regiões Sul e Sudeste, sofreram intensamente com a enfermidade. Havia, ao menos, 67 mil casos nas áreas mais afetadas, sendo 40 mil deles apenasaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo.

O Instituto Emílio Ribas, que era referência no tratamento, tinha 300 leitos disponíveis, mas chegou a acompanhar cercaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano2 mil pacientes. "O sistemaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde não estava preparado para isso. Hospitais que não estavam ativados precisaram ser alugados pelo poder público para receber os pacientes", relata Eliseu Waldman.

"Vi muita gente morreraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoquatro ou cinco horas. Era uma coisa louca. Não cabia mais gente no Emílio Ribas. Não havia mais área administrativa. Tudo virou espaço para pacientes com meningite. Muitos pacientes dormiam no chão. Alguns seguravam o próprio soro", diz Roberto Focaccia.

"Nós, médicos, trabalhávamos como loucos. Morávamos no hospital, praticamente", comenta Focaccia. Sobrecarregados, os profissionaisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde usavam capacetes, óculos e botas para se proteger. Assim como no contexto do novo coronavírus, também houve registrosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanotrabalhadores da saúde contaminados com a meningite.

Com o aumentoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocasos, os pacientes menos graves passaram a ser levados outras unidadesaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúdeaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo. Até escolas foram adaptadas para receber doentes. Os mais graves permaneceram no Emílio Ribas.

Sem informações, muitas pessoas desconheciam os cuidados necessários para se prevenir e não sabiam os sintomas da meningite. "Muita gente morreu por faltaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoinformação. Não houve pressão do governo para adotar medidas urgentes. As consequências da postura dos militares foram terríveis", lamenta Focaccia.

Em marçoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1974, o general Ernesto Geisel assumiu a Presidência do país, no lugar do general Médici. Ele nomeou o médico sanitarista Pauloaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoAlmeida Machado para o Ministério da Saúde.

Machado concedeu uma entrevista para a jornalista Eliane Cantanhede, na época repórter da revista Veja. Ele admitiu que o Brasil vivia uma epidemia, alertou a população e ensinou medidasaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanohigiene. No entanto, a entrevista foi vetada pela censura. O principal argumento era que as declarações poderiam causar pânico e não havia vacina para todos.

Ao comparar a epidemia do passado com a situação do novo coronavírus, os médicos que atuaram no enfrentamento à meningite acreditam que a conduta negacionistaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoBolsonaro, que chegou a classificar a covid-19 como uma "gripezinha", pode ser mais perigosa que a postura dos militares da décadaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano70.

"Os militares tentavam reduzir a importância da epidemia, mas não havia nenhum deles abraçando alguém ou incentivando que as pessoas se expusessem. Na época, apesaraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanonão divulgarem o correto a fazer, não havia alguém incentivando práticas erradas, como temos hoje. Por exemplo, quando um presidente sai sem máscara, sendo que a orientação é para usá-la, ele está incentivando as pessoas a agirem errado", diz Marinella Della Negra.

Marinella também critica fala recenteaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoBolsonaro, que incentivou seus seguidores a invadirem hospitais e filmarem o que encontrarem no interior.

"É totalmente insano pedir para as pessoas entraremaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanohospitais para filmar, sem ter conhecimento dos riscos disso. É preciso respeitar os pacientes e os profissionaisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde. Nem na ditadura foi sugerido algo parecido. É uma conduta fora da racionalidade. É uma ausência totalaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanorespeito", assevera a infectologista.

O fim da epidemia

Em meadosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1974, o governo já não conseguia mais esconder o grave problema sanitário. Na época, aulas foram suspensas e eventos foram cancelados, como os Jogos Pan-Americanosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1975, que aconteceriamaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo, mas foram transferidos para a Cidade do México.

"Começou uma psicose coletiva e as pessoas ficaram com medoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanose contaminar. Ninguém passava maisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanofrente ao Emílio Ribas. Os táxis não paravam mais lá", relembra Focaccia.

Na época, assim como no período atual, também havia as notícias mentirosas sobre a epidemia, hoje conhecidas como fake news. Ainda que não houvesse redes sociais, os boatos eram propagados rapidamente por meio do boca a boca. Uma dessas mentiras dizia que uma pessoa poderia contrair meningite apenas ao passar na rua do Emílio Ribas, mesmo sem proximidade com qualquer pessoa infectada.

"As fake news sempre são desinformativas. Em meio a uma pandemia, como agora, é um crime contra a saúde pública. É tão grave quanto a faltaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoinformação, pois ambos levam a população a condutasaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanorisco", pontua Marinella Della Negra. As redes sociais e aplicativosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomensagem colaboram atualmente para a rápida propagação das fake news, que têm alcance maior que os boatos do passado. Em razão disso, especialistas ressaltam a necessidadeaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanobuscar informações corretas eaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanofontes confiáveis.

As notícias oficiais sobre a epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite, confirmadas pelo governo militar, começaram a ser veiculadas somente no começoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano1975. Isso porque o Brasil havia assinado, no ano anterior, um acordo com o Instituto Pasteur Mérieux e importou cercaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano80 milhõesaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanodosesaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanovacina contra a meningite.

Os números oficiais sobre a doença passaram a ser divulgados pelo governo militar para estimular a população a aderir à Campanha Nacionalaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoVacinação Contra a Meningite Meningocócica (Camem), que teve inícioaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoabrilaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano75.

Em menosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanouma semanaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocampanha, cercaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano90% da população brasileira foi vacinada. "Fizeram uma operação militar para imunizar as pessoas", comenta Eliseu Waldman. A imunização era feita por meioaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanouma pistolaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanovacinação.

"Mas na época da vacinação, a epidemia estavaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanofranco declínio, porque a população já estava naturalmente imunizada", diz Focaccia à BBC News Brasil.

Os números sobre as mortes causadas pela epidemia (de 1970 a 75) são divergentes. Há levantamentos que apontam para 1,6 mil apenasaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo. Já uma edição do jornal O Globo,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano30aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanodezembroaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano74, diz que foram 2,5 mil mortosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoSão Paulo, 304 no Rioaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoJaneiro e 111 no Rio Grande do Sul.

"Os dados da epidemia foram minimizados, assim como acontece agora com a covid-19. Na época, computavam apenas testes com cultura positiva, mas a maioria era falso negativo, porque muitos pacientes se automedicavam com antibióticos para a meningite e isso falseava os resultados do exameaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanocultura do líquor (o líquido da espinha) ouaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosangue", relata Focaccia.

'Situação muito pior'

Enquanto a epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite demorou anos para ser controlada, a pandemia do novo coronavírus segue permeada por incertezas. Apesaraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanohaver diversos testes pelo mundo, ainda não há vacinas ou medicamentos com eficácia comprovada contra o Sars-Cov-2, nome oficial do vírus.

Do pontoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanovista sanitário, a epidemiologista Rita Barradas Barata cita que o Sars-Cov-2 traz mais prejuízos que a epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite, pois se trataaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoum vírus com rápida propagação.

"Os primeiros casosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite foram registrados no começo do século passado. Por isso, muitas pessoas desenvolveram imunidade ao longo da vida. Além disso, já havia tratamento indicado no período da epidemia, apesaraposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoa vacina ter chegado depois ao país. Mas o novo coronavírus circula pela primeira vez entre humanos, então ninguém tem imunidade ou memória relacionada a ele, por isso a propagação é muito rápida", explica.

Sob o aspecto político, ela ressalta a importânciaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanovivermosaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoum períodoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanodemocracia. No entanto, avalia que grande parte da condutaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoBolsonaro é mais prejudicial para os brasileiros que as medidas adotadas pelos militares no combate à epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite.

"Há coisas que nem na ditadura aconteceram. Na epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite, nenhum profissionalaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanosaúde recebeu ordem para tratar um paciente assim ou assado. Os médicos tinham liberdade para seguir o tratamento que consideravam adequado", declara,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoreferência à orientação do governo Bolsonaro para o tratamento com cloroquinaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanopacientes com a covid-19.

Rita considera as açõesaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoBolsonaro preocupantes. Em todo o mundo, o presidente tem sido criticadoaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanorazão da postura adotada no enfrentamento à pandemia. Com maisaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betano53 mil óbitos, o Brasil é o segundo com mais mortes pelo novo coronavírus.

"É muito bom termos a liberdadeaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanoimprensa, que permite que as pessoas saibam o que está acontecendo. A ditadura foi um período horrível. Mas não havia nada como o que está acontecendo agora,aposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanorelação à postura do presidente. O que estamos vivendo hoje é algo que nunca vi", diz.

"Não há um comando. O Ministério da Saúde está tomado por diversos militares. Na época da epidemiaaposta esportiva - casa de apostas esportivas online betanomeningite, os médicos sanitaristas eram os responsáveis por avaliar as medidas que seriam tomadas. Mas agora, nem os médicos são ouvidos mais", critica Rita.

Em meio à pandemia, o Brasil está há um mês sem ministro da saúde, desde a saída do médico Nelson Teich. Ele deixou a pasta por se recusar a contraria evidências científicas para relaxar o isolamento social e recomendar o uso da cloroquina no tratamento da covid-19, como queria Bolsonaro. Desde então, o Ministério da Saúde é comandado por um militar que está interinamente na função, o general Eduardo Pazuello.

"Nunca imaginei que fosse ver algo assim. É uma coisa assustadora. Sinceramente, fico deprimida com os rumos que as coisas estão tomando no país", lamenta Rita.