Por que fumar cigarro é hábito mais comum entre os mais pobres:freebet casino
- Mariana Alvim - @marianaalvim
- Da BBC News Brasilfreebet casinoSão Paulo
freebet casino Na metafreebet casinoreduzir o hábitofreebet casinofumar freebet casino , o Brasil recebeu notícias positivas neste mêsfreebet casinojulho: foi o segundo país, depois da Turquia, a alcançar patamares da Organização Mundial da Saúde (OMS)freebet casinoações como a proibição do tabacofreebet casinoespaços públicos e a ajuda àqueles que querem largar o vício.
Dados recém-divulgados pelo Ministério da Saúde também mostraram que,freebet casino2018, 9,3% dos adultos brasileiros das 27 capitais declararam fumar - uma diminuição significativafreebet casinorelação a 2006, quando o percentual erafreebet casino16,2%.
Mas a publicação anual da qual estes dados fazem parte, o Vigitel - Vigilânciafreebet casinoFatoresfreebet casinoRisco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, mostrou também algo que é uma tendência não só no Brasil, mas no mundo: o hábitofreebet casinofumar persiste entre aqueles com menor escolaridade e renda.
O percentual dos que se declaram fumantes no Brasil cai à medida que os anosfreebet casinoestudo aumentam: tabagistas são 13% entre aqueles que estudaram durante 0 a 8 anos; 8,8% na faixafreebet casino9 a 11 anosfreebet casinoestudo; e 6,2% para aqueles com 12 ou mais anosfreebet casinoestudo.
A tendência também é observada entre aqueles que fumam 20 ou mais cigarros por dia: 3,3% na faixafreebet casino0 a 8 anosfreebet casinoestudo; 2,4%freebet casino9 a 11 anos; e 1,7%freebet casino12 ou mais anos.
A publicação não traz dados para renda mas, segundo especialistas, o fumo também acompanha os mais pobres - afinal, sobretudofreebet casinopaíses desiguais como o Brasil, os mais escolarizados tendem a ser mais ricos. Um boletim do Banco Central publicado no início do ano demonstrou, por exemplo, quefreebet casinorelação a um trabalhador sem instrução, o ensino fundamental adiciona 38% ao rendimento por hora; o nível médio, 66%; e o superior, 243%.
"A associação entre pobreza e fumo é uma das relações mais consolidadas no conhecimento sobre tabagismo", resume à BBC News Brasil Tânia Cavalcante, médica do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e secretária-executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq).
"Estas pessoas têm menor acesso à informação, como sobre os malefícios do tabagismo, e às escolas, que hojefreebet casinouma forma oufreebet casinooutra abordam o tema. Também têm menos acesso a tratamentos para deixarfreebet casinofumar."
De produto luxuoso a danoso
Paula Johns, diretora da organização ACT Promoçãofreebet casinoSaúde, lembra também que o acesso à informação foi na história um divisorfreebet casinoáguas no perfilfreebet casinoquem fuma.
"No pós-guerra, o cigarro era vendido como um produto glamuroso. Tinha um apelo da emancipação, que atingia os formadoresfreebet casinoopinião, como as sufragistas. A partir da décadafreebet casino1960, 70, aumenta o conhecimento sobre os malefícios do produto, e o perfil começa a mudar", explica.
"A questão do acesso à informação é a principal explicação para o fatofreebet casinohoje os mais pobres fumarem mais, globalmente".
Johns aponta que isto implicafreebet casinoum maior impacto da participação do tabagismo no orçamento dos mais pobres, que é menor - tomando o lugarfreebet casinocustos com alimentação, educação e saúde.
Foi o que demonstrou uma pesquisa publicadafreebet casino2016, com o título Tabagismo e pobreza no Brasil: uma análise do perfil da população tabagista a partir da POF 2008-2009.
A partirfreebet casinodados do Instituto Brasileirofreebet casinoGeografia e Estatística (IBGE), os autores concluíram que 84% da população tabagista recebia entre 1 e 3 salários mínimos per capita; 8,4%freebet casino3 a 5 salários; e 7,5% acimafreebet casino5 salários mínimos.
A renda média dos tabagistas, segundo cálculos com os dadosfreebet casino2008 e 2009, foifreebet casinoR$ 867, enquanto para não tabagistas foifreebet casinoR$ 957.
Foram considerados tabagistas aqueles que consumiram produtos relacionados, como cigarros, charutos, isqueiros e papel para cigarro. Na pesquisa, eles compuseram cercafreebet casino10% da população, com predominânciafreebet casinohomens. O consumo com estes produtos comprometeu 1,5% da renda,freebet casinomédia.
"Isso mostra porque é uma medida efetiva para prevenir o tabagismo o aumento do preço destes produtos", diz Johns, destacando a importânciafreebet casinotaxas e impostos incidindo sobre esses itens, o que é classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "a ação com melhor custo-benefício" para redução do tabagismo.
Se toda mudançafreebet casinocomportamentofreebet casinorelação ao dinheiro é difícil, isto é agravado, no caso do tabagismo, por tratar-sefreebet casinoum vício.
Tabaco e pobreza: 'Círculo vicioso'
A Organização Mundial da Saúde já intitulou umafreebet casinosuas campanhas como "Tabaco e pobreza: um círculo vicioso", dizendo que ambos estão "ligados inextricavelmente".
Argumentando que o tabagismo é um dos principais fatoresfreebet casinorisco para doençasfreebet casinotodo o mundo - o principal no caso daquelas crônicas e não transmissíveis, como diabetes e hipertensão -, a OMS dizfreebet casinoum dos seus comunicados que "fumar mata as pessoas no augefreebet casinosua produtividade, privando casasfreebet casinochefesfreebet casinofamília e naçõesfreebet casinotrabalhadores saudáveis".
"Tabagistas também são menos produtivos enquanto estão vivos por contafreebet casinouma saúde mais fragilizada", acrescenta.
No mundo, isto tem implicações marcantes para paísesfreebet casinobaixa e média renda - origemfreebet casino80% dos 1,1 bilhãofreebet casinofumantes no mundo.
Um relatório publicado no prestigiado periódico Lancet em 2017 diagnosticou: "A prevalência do fumo e consequente morbidade e mortalidade está caindo na maioria (mas nãofreebet casinotodos) países ricos, mas a mortalidade futurafreebet casinopaísesfreebet casinobaixa e média renda tende a ser enorme".
Países do primeiro mundo não escapam a esta discussão, como está acontecendo na Inglaterra, onde o governo está escrevendo um novo projeto para alterar a legislação visando tornar o país livre do tabaco até 2030.
O país comemora ter uma das menores taxasfreebet casinofumantes da Europa, mas os dados mostram que o hábito persiste desproporcionalmentefreebet casinolaresfreebet casinomenor renda. Lá, 1freebet casinocada 3 moradoresfreebet casinoconjuntos habitacionais fuma; entre trabalhadores manuais, o número éfreebet casino1 a cada 4. Para ocupações a nível gerencial, a participação éfreebet casino1 para 10.
Um estudo já indicou que os homens mais pobres da Inglaterra e do Paísfreebet casinoGales tinham duas vezes mais chancesfreebet casinomorrer entre 35 e 69 anos do que os mais ricos - e a morte deles foi quase cinco vezes mais provávelfreebet casinoser causada pelo fumo.
Na Inglaterra, os dados mostram também maior prevalência do fumo entre pessoas LGBT e com distúrbios mentais.
Pesquisadores avaliam que pessoas com mais vulnerabilidades têm níveis mais altosfreebet casinodependência; são mais propensas a estar pertofreebet casinooutros fumantes, normalizando o comportamento; e também podem ter que lidar com mais fatoresfreebet casinoestresse, como instabilidadefreebet casinorenda e moradia precária.
Indígenas
Paula Johns aponta que outro grupo sabidamente mais propenso a fumarfreebet casinovários países são indígenas - algo observadofreebet casinolugares como Estados Unidos, Canadá e Brasil.
Estas variáveis não foram consideradas no Vigitel, mas no estudo Tabagismo e pobreza no Brasil: uma análise do perfil da população tabagista a partir da POF 2008-2009 sim.
Entre os brancos, o percentualfreebet casinofumantes foifreebet casino9,4%; pardos, 9,9%; pretos, 12,3%; e indígenas, 12,4%.
Em relação à divisão regional, pesquisas indicam maior percentualfreebet casinotabagistas nas regiões Sul e Sudeste, que ao mesmo tempo apresentam os melhores indicadores socioeconômicos no país.
Por que pessoas com menos escolaridade e renda tendem mais ao tabagismo, e as regiões com estas características não?
Segundo as entrevistadas, não há explicações consolidadas, mas hipóteses.
"No Sul, temos a leitura do impacto da produçãofreebet casinotabaco nestes locais, como no Rio Grande do Sul, onde empresas desta indústria têm grande poder político e econômico. Estados com fronteiras, como perto do Paraguai, também podem ter mais fumantes, por estaremfreebet casinorotasfreebet casinocontrabando e terem acesso a produtos mais baratos", diz Tânia Cavalcante, acrescentando que experiências locaisfreebet casinopolíticas públicasfreebet casinoprevenção ao tabagismo também podem explicar diferenças.
Johns lembra tambémfreebet casinohábitos culturais. "Alguns casos na Europa mostram uma relação entre tabagismo e cidades mais frias. O estilofreebet casinovida pode ter um impacto também."
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