Alergias alimentares: a vidaesporte com uquem não pode comer ‘quase nada’:esporte com u

Ela viveesporte com uacordo com uma "lista exaustiva e extraordinariamente longa"esporte com ualimentos proibidos devido às suas alergias e intolerâncias. E explica como conseguiu transformar suas restrições alimentares no que acredita ser algo "positivo".

"É a piada mais cruel que alguém poderia fazer, porque eu realmente gostoesporte com ucomer", diz Debbie.

Ela é alérgica a frutos do mar, nozes e aipo (salsão), e também sofre da síndrome da alergia oral, o que significa que todas as frutas, legumes e verduras cruas fazem mal a ela - assim como laticínios, lactose, soja, trigo e produtos que contêm glúten.

Como consequência, Debbie anda sempre com duas Epipens - adrenalina autoinjetável - na bolsa devido à ameaçaesporte com uuma reação alérgica e choque anafilático.

Assim como ela, existe um número crescenteesporte com upessoas que precisam evitar diariamente diversos alimentos para prevenir doenças e até a morte.

"Eu tenho que tomar anti-histamínico todos os dias para afastar outras coisas, porque não acredito que saiba todos os tiposesporte com ualergia que tenho", explica.

"Os anti-histamínicos padrão têm cercaesporte com u10 mg. Os meus sãoesporte com uaproximadamente 180 mg cada."

Debbie diz que seus problemas começaramesporte com u2005, quando estava grávidaesporte com u20 semanas e abortou o bebê.

Uma semana depois, ela desenvolveu pela primeira vez uma alergia no pescoço após comer frutos do mar no jantar.

"Acho que foi uma alteração hormonal que provocou essa mudança no meu corpo... e se tornou constante desde então, e cada vez que eu tinha, ficava um pouco pior."

"Eu só tinha comido um camarão... Começou uma erupção que literalmente subiu pelo meu corpo, fiquei muito quente, bastante desorientada, me senti muito mal e depois fiquei com muito frio", se recorda.

"A última coisa que eu lembro desse episódioesporte com uparticular foiesporte com urastejar até a cama... Eu sentia apenas que precisava apagar."

Depois desse incidente "assustador", Debbie foi encaminhada a uma clínica especializadaesporte com uPlymouth, onde foi diagnosticada com anafilaxia - reação alérgica aguda e potencialmente fatal, no casoesporte com ufrutos do mar, nozes e aipo.

Ela também foi diagnosticada com síndrome da alergia oral, conhecida como síndrome pólen-alimento, que causa coceira, inchaço e desconforto na boca e garganta após a ingestãoesporte com ufrutas ou verduras e legumes crus.

Esse tipoesporte com ualergia aumentou significativamente nos últimos 20 anos, se tornando a principal formaesporte com ualergia alimentar no Ocidente, segundo especialistas.

Debbie diz que as reações alérgicas aumentaram à medida que ela foi ficando mais velha.

Ela se recordaesporte com u"se acabaresporte com ulágrimas" no centro da cidade porque não havia "nada" que pudesse comer.

"Eu só me lembroesporte com upegar todos os sanduíches e ver que todos tinham glúten, e se não tinham glúten, tinham manteiga, queijo e sabe-se lá mais o quê. Eu não podia comer nem uma maçã. Só conseguia pensar: 'estou com muita fome'."

"Eu soluçava olhando para os alimentos que não podia comer... acho que a principal mudança é essa, você precisa se concentrar naquilo que pode comer".

Desde então, ela aprendeu a reformularesporte com udieta e atitude e diz que não sente mais faltaesporte com unada.

O que desencadeia a alergia?

O médico Hasan Arshad, professoresporte com ualergia e imunologia clínica da Universidadeesporte com uSouthampton, no Reino Unido, diz que os pacientes às vezes desenvolvem alergias após algum "acontecimento" na vida.

"Esse acontecimento pode ser uma sérieesporte com ucoisas, por exemplo, uma gastroenterite, uma infecção que provoca estresse no sistema imunológico. Pode ser um evento hormonal, pode ser o estresse físico", explica.

"Há algumas evidências experimentaisesporte com uque, uma vez que o sistema imunológico é 'ofendido'esporte com ualguma forma, que leve à quebra da tolerância, e à comida que era tolerada, o sistema imunológico reage a ela".

Ele destaca que o númeroesporte com upessoas nos países ocidentais que estão sendo diagnosticadas com alergia está crescendo, o que ele acredita estar ligado a ambientes "ultralimpos",esporte com ucontraste com os das gerações anteriores.

Arshad, que também é diretor do David Hide Asthma and Allergy Research Centre na Ilhaesporte com uWight, na Inglaterra, lembra que as alergias podem ter um efeito profundo sobre a saúde mental dos pacientes.

"Muitas pessoas relatam que têm medoesporte com usair, e isso é comumesporte com ucrianças também. Elas vivem constantemente com medoesporte com uque possam ter uma reação... isso pode ser devastador".

"As pessoas perguntam: 'Você come?', sim eu como, e como bastante", diz Debbie.

"Você tem basicamente que cozinhar do zero, você não pode confiaresporte com uenlatados, molhos prontos e coisas assim, o que para ser honesta eu prefiro não consumiresporte com uqualquer maneira."

"Fazemos muitas pastasesporte com ucurry e pastas tailandesas, preparamos nossos próprios molhos, fazemos muitos legumes cozidos no vapor. Posso comer massas sem glúten, muitos pratos à baseesporte com uarroz, carnes, ovos, há uma variedade incrívelesporte com uqueijos veganos, e faço meus próprios bolos", revela.

"O único aspecto negativo, para mim, é que você não pode ser espontâneo e pensar 'vou sair e comer alguma coisa'."

"Isso exige um planejamento prévio da minha parte... Preciso entraresporte com ucontato com o restaurante ou café, me certificaresporte com uque eles podem servir comida para mim e estão felizes com isso", explica.

"Então minha listaesporte com uopções (de restaurante) não é muito longa."

Ela conta que quando vai a uma festa costuma comer antes e só toma um drinque - se for a um jantar, precisa ter uma "longa conversa (com os anfitriões) antes sobre as principais coisas que precisam evitar".

"Petiscos são complicados, mas se tenho vontadeesporte com ucomer algo doce, pego um poucoesporte com ucacauesporte com upó, óleoesporte com ucoco e manteigaesporte com ucoco e faço meu próprio chocolate."

Debbie diz queesporte com ufamília e amigos são extremamente compreensivos, e que seu marido e filhos comem as mesmas refeições que elaesporte com ucasa.

As crianças, com nove e 12 anos, aprenderam a usaresporte com uEpipen para o casoesporte com uuma emergência.

"Meus filhos ficam muito preocupados", afirma. "Eles costumam perguntar: 'Mamãe, você está bem? Aquelas pessoas estão comendo camarão'... mas é só tranquilizá-los que fica tudo bem."

Seu filho tem intolerância a laticínios e lactose desde um anoesporte com uidade, mas não apresenta outros sinaisesporte com ureações alérgicas.

"Minha filha pode comer qualquer coisa, o que é incrível", diz Debbie com um sorriso no rosto.

Ela acrescenta que a reação das pessoas é muitas vezes desafiadora -esporte com uvezesporte com uquando alguém insinuava que ela decidiu ser assim.

"Antes, a reação era: 'Sério? Você também não pode comer isso?', mas desde que fui diagnosticada adequadamente todo mundo tem me apoiado", diz ela.

"Acho que tem sido uma coisa boa para mim... me deixou mais consciente da comida".

"Apesaresporte com utudo, acho que tem sido muito positivo."

Lidando com alergias

- A alergia é uma reação produzida pelo sistema imunológico do corpo quando exposto a uma substância normalmente inofensiva.

- Existem basicamente dois tiposesporte com umedicamentos que podem ser usados ​​para aliviar os sintomasesporte com uuma reação alérgica a alimentos: anti-histamínicos e adrenalina para reações graves.

- A adrenalina funciona estreitando os vasos sanguíneos para neutralizar os efeitos da pressão arterial baixa e abrindo as vias aéreas para ajudar a aliviar as dificuldades respiratórias.

- A síndrome da alergia oral é causada por anticorpos que confundem certas proteínasesporte com ufrutas frescas, nozes ou vegetais com pólen. É possível desativar os alérgenos cozinhando qualquer fruta, legume e verdura.

Fonte: NHS, sistemaesporte com usaúde público do Reino Unido.

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